Otan decide que entregará comando ao Afeganistão ‘até meados de 2013’

2

Do G1, com agências internacionais

A Otan vai transferir a responsabilidade pela segurança às forças afegãs “até meados de 2013” e passará a ter um papel de apoio até a retirada das tropas internacionais do Afeganistão no final de 2014, anunciou nesta segunda-feira a aliança atlântica em sua declaração final.

Reunida em Chicago, a organização também informou que, até 2014, só permanecerá no país uma missão de treinamento que seguirá preparando oficiais locais, quase 13 anos após o início da invasão do país.

“Após essa etapa, o papel da força internacional evoluirá cada vez mais de uma missão centrada, principalmente, no combate para uma missão de formação, de instrução e de assistência” até o final de 2014, afirma a Otan.

Também foi feito um pedido ao Paquistão para que reabra a rota terrestre que permite o caminho entre o Afeganistão e o Mar da Arábia. O Paquistão fechou a rota e passou a exigir um pedágio para a passagem das tropas, que é considerado “inaceitável” pelos Estados Unidos.

Na declaração dedicada ao Afeganistão divulgada após o jantar dos 28 chefes de Estado e de Governo, os aliados consideram ter “dado novos passos importantes no caminho para um Afeganistão estável e seguro”.
O documento confirma o calendário estabelecido anteriormente na cúpula da Otan de Lisboa em 2010, apesar da retirada anunciada das forças de combate de vários países.

A transferência da responsabilidade pela segurança e pelas operações de combate contra a insurreição em meados de 2013 corresponde ao momento em que as duas últimas das cinco etapas do processo de transferência da segurança para o Exército afegão serão implementadas.

O presidente afegão, Hamid Karzai, anunciou no dia 13 de maio o lançamento da terceira etapa desse processo ao término do qual o Exército afegão vai garantir a segurança para 75% da população.

Entre meados de 2013 e o final de 2014, as tropas da Otan permanecerão no país e ficarão encarregadas “de garantir que os afegãos sejam beneficiados do apoio de que precisam para se adaptar as suas novas responsabilidades, mais importantes”, reduzindo sempre os contingentes internacionais “gradualmente e de maneira responsável”, indica a declaração.

“A missão de combate liderada pela Otan chegará ao fim” no final de 2014, mas a aliança atlântica continuará a conceder “um sólido apoio político e prático de longo prazo” ao governo afegão, acrescenta a Otan, que se disse “preparada para trabalhar no estabelecimento, a pedido do governo da República Islâmica do Afeganistão, de uma nova missão para depois de 2014”.

Esta eventual missão de formação e de instrução das forças afegãs “não será uma missão de combate”, indica a declaração.

FONTE: G1

0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de
guest

2 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Guilherme Poggio
Editor
12 anos atrás

Ao Afeganistão com ou sem Super Tucano?

Ivan
Ivan
12 anos atrás

Com Super Tucano…
… ou outro Light Air Support (LAS), mesmo que inferior.

Poggio,

Algumas missões programadas para o Light Air Support (LAS) são realizadas hoje por caças ‘a jato’, que tem custo operacional desproporcional ao valor dos alvos de uma guerra assimétrica, enquanto outras são desempenhadas por drones (VANT ou C-VANT), como o Predator e Reaper, que possuem custo operacional no TO baixo mas exigem uma infraestrutura de comunicação e controle de 1º mundo.

Não há condições de equipar a Força Aérea do Afeganistão com caças F-16, a exemplo do Iraque, nem muito menos faz sentido criar uma infraestrutura de comunicação para Predators e Reapers operados por oficiais locais.

O papel do Light Air Support (LAS) será este, prover vigilância, reconhecimento e apoio aéreo local, operado por oficiais locais, sem demandar muito da infraestrutura norte americana.

Observe alguns dos requerimentos principais do LAS:

► “Data link capability. The aircraft is required to have a line-of-sight data link (with beyond line-of-sight desired) capability of transmitting and receiving still and video images.”
► “Intelligence, Surveillance and Reconnaissance (ISR) capabilities. The aircraft will have to laser track and designate targets, as well as track targets using electro-optical and infrared video/still images.”
► “Weaponry. The LAAR aircraft will need at least 4 weapons stores capable of carrying a variety of weapons, including 500 lb bombs, 2.75 inch rockets, rail-launched missiles, and illumination flares. The aircraft will also be capable of aerial gunnery, either with an integrated or pylon mounted gun.”

Tirando a capacidade de ataque com canhões/metralhadoras, as outras são comuns aos C-VANTs como os Reapers.

Sds,
Ivan.