Mísseis no quintal de casa
Moradores de um edifício residencial em Bow, bairro da zona leste de Londres ao lado do Parque Olímpico, foram surpreendidos ontem com um panfleto do Ministério da Defesa britânico (MoD). “Informações que você pode querer saber sobre a contribuição das Forças Armadas para os Jogos Olímpicos e Paralímpicos em sua região”, diz o cabeçalho da página.
A tal notícia que os moradores “podem querer saber” é que o edifício foi um dos escolhidos pelo exército britânico para a instalação de uma base para mísseis de alta velocidade, que seriam utilizados para defender o Parque Olímpico de eventuais ataques terroristas.
Um dos moradores, o jornalista Brian Whelan, publicou uma cópia do panfleto em seu perfil no twitter e em seu site pessoal, e a notícia rapidamente ganhou as páginas dos principais veículos de comunicação britânicos. O Ministério da Defesa confirmou que tem estudado a instalação de bases de defesa em determinados locais, mas afirmou que a decisão final ainda não foi tomada.
O tom do panfleto não é de dúvida ou consulta à opinião dos moradores. O texto afirma que o local foi escolhido por sua posição estratégica ao lado do Parque Olímpico e que a base, instalada no terraço do edifício, seria vigiada durante todo o tempo por uma equipe de até 10 soldados. Os moradores foram convidados a ouvir mais explicações em uma reunião no próximo sábado, 5 de maio.
O texto ainda garante que a base seria removida logo após o fim dos Jogos, e que sua instalação não tornaria o edifício um alvo para terroristas. Será difícil, porém, convencer os moradores: a presença de mísseis e soldados das forças armadas no quintal de casa transmite qualquer coisa, menos segurança.
FONTE: Veja Online
Mísseis sup-ar de orientação por CLOS precisam estar bem posicionados de modo a cobrir grande área, principalmente quando estão protegendo “alvos” pontuais dentro de cidades onde a profusão de edifícios traz grande dificuldade para manter o alvo alinhado com o lançador, daí a necessidade de posicionar o lançador no alto de edifícios.
Num futuro não muito distante, com a adoção do CAMM, um míssil sup-ar com orientação autônoma, capacidade NLOS e lançamento vertical, ficará mais fácil a vida dos artilheiros britânicos. Só o que precisará ficar bem posicionado será o radar de médio alcance, de preferência em uma plataforma elevável/telescópica.
Nisso os franceses saíram na frente com seu VL-Mica que agrega tudo (ou quase, já que não conta com um data-link) que um moderno sistema de mísseis sup-ar deve ter.