O Brasil sobe de classe
Carlos José Marques, diretor editorial
Há algo de realmente surpreendente no trilho de avanço social do País. Depois do advento da chamada nova classe média, com a inclusão de nada menos que 25 milhões de brasileiros entre os emergentes com potencial de compra para reativar a economia, eis que surge agora a perspectiva de um incremento ainda maior dessa massa de consumidores nos próximos dois anos.
Quem atesta é a Fundação Getúlio Vargas. Ela acaba de divulgar um estudo prevendo que até 2014 o Brasil contará com um total de, ao menos, 118 milhões de pessoas aptas a serem classificadas como de classe média, dada a sua condição de vida. O número é quase o dobro dos 65,8 milhões verificados em 2003. Ou seja: em pouco mais de uma década, o País conseguirá resgatar boa parte dos excluídos que, até aqui, representam a imensa maioria da população.
Além disso, aponta a FGV, a quantidade de cidadãos das classes A e B crescerá proporcionalmente mais do que a da classe C. Em números, 29,3% ante 11,9% desta última, no mesmo período de 2003 a 2014. É um feito e tanto, com claros dividendos políticos para o governo. A perspectiva da Copa do Mundo, que acontece justamente em 2014, e da Olimpíada, com novos aportes de investimentos, leva a crer que o bonde não vai parar por aí.
O estudo, batizado como “De Volta ao País do Futuro”, calcula em 52,1 milhões de brasileiros o número dos que subirão à classe C e em 15,7 milhões aqueles que ascenderão à classe A. Atualmente, o Brasil já conta com 150 mil pessoas listadas como “milionárias” – aquelas que possuem ao menos US$ 1 milhão líquido para gastar. Essa prosperidade aumenta na inversa proporção da quantidade de miseráveis.
Pelo levantamento da FGV, a pobreza aqui segue caindo a um ritmo de 7,9% ao ano e a desigualdade de renda diminui desde dezembro de 2000. É alvissareira a ideia de o Brasil estar no prumo, prestes a alcançar um lugar de destaque entre as ditas nações desenvolvidas.
FONTE: Isto É
Blá, blá, blá, blá …
O que ninguém fala é que as classes se dividem em:
A1
A2
B1
B2
C1
C2
D
E
Ou seja, na terra da fantasia, vale tudo para enganar desinformados.
Fonte: Quanto É
Uma hora essa mamata acaba e a conta chega, e ela virá bem salgada.
Nem no País das maravilhas isso cola. Vejam só! Quando eu fiz Economia eu apreendi sobre uma coisa Chamada PIB. E so para deixar claro seu que o PIB é um indicador relativo e superficial para se medir uma economia. Mas é um indicador importante em termos de comparação e de desempenho economico. Vejam bem! Todos falam que o Brasil está em um forte crescimento e que é uma potência economica e tudo mais. Que está a salvo de tudo e que é o melhor mais seguro dos país. Agora observem que em 2011 o Brasil cresceu 2,7% no seu… Read more »
Invincible disse: 12 de março de 2012 às 16:52 “Alguém consegue me dizer aonde está o bum da economia brasileira? Cadê o bom? Como um país se desenvolve ser gerar valor em nada do que exporta? Será que ninguém percebe que essa pseudo classe média (que nos países ricos se chama pobreza) está baseada em programa sociais e nos seus reflexos? Até quando pagaremos essa conta?” Perfeito resumo. Ninguém fala da dívida pública e a conta vai só aumentando…. Invincible cuidado cara, falar a verdade hoje é coisa de pessoas do ‘mal’ entende? Aquelas que não sabem ver ‘o progresso’,… Read more »
Pois é!
Eu escrevi tão sem pensar que saiu coisa errada. Mas vc´s entenderam.
Como diria o Martin Luther King: What worries me is not the cry of the poor. It is the silence of good…
“Quanto é”? Minha opinião pessoal: Revistinha chapa-branca, um panfleto partidário dedicado a explorar somente os escandalos dos partidos de oposição. Se o escândalo é do PT, fingem que não viram e ficam publicando como matérias de capa umas bobagens exotéricas ou matérias ligadas à saúde. Só se o caldo engrossa muito, daí publicam uma reportagenzinha de duas páginas sobre o escândalo. Para mim, “Isto” não serve nem para banheiro do meu cachorro. Sobre a novidade incensada pela revistinha, só esqueceram de dizer que o Brasil cresceu APESAR do governo e não graças a ele. O Brasil é um fusca de… Read more »
Caro Observador… você fez jus ao seu apelido… Se o país cresce 2,7% puxado principalmente por commodities e pelo setor de serviços. Aonde está a indústria? Mas isso tem uma explicação muito simples. Os setores de commodities tem uma influência muito forte do governo que de serta forma de grande liberdade para regular e definir as regras. Entretando a industria gera mais riqueza a cadeia produtiva e sem dúvidas é uma grande distribuidora de renda, na medida em que cada etapa de transformação carrega uma grande quantidade de valor agragado e por consequência pessoas envolvidas. Acontece que uma industria forte… Read more »
Permitam-me ser um pouco menos apocalíptico. Ignorando-se a revista, que é quase propaganda oficial… Vamos pontuar o debate para que “não caia tudo no mesmo saco”. Daí a César o que é de César já dizia o mestre. 1. – O PIB. O fato de o Brasil ter crescido pouco em 2011 deve-se as políticas anticíclicas adotadas pelo Ministério da Fazenda em 2010. Tivemos um crescimento irreal de 7,5% e, como em economia milagre não existe, esse crescimento não natural despertou um movimento inflacionário, que por sua vez seguiu-se de medidas de ajuste e que terminaram por debelar o crescimento… Read more »
Nobre Corsário, Primeiramente excelente análisa. Gostei de verdade. O nosso crescimento de 2010 que foi 7,5% não aconteceu por conta de um Boom da Economia. Temos que considerar o fato do GF ter injetado uma grande quantidade de dinheiro na economia para eleger a Dilma. Sem contar que o ano de 2010 foi de crescimento excepecional devido ao ano de 2009 que teve uma retração 0,2%. Logo o que vemos é que uma economia que estava saindo da recessão teve um incremento de capital por parte do governo e cresceu 7,5%. Logo vemos que esse crescimento foi absolutamente artificila e… Read more »
Caríssimo Invencible, “É claro que nós estamos no campo da retórica e sendo a economia uma ciência social não cabe uma resposta certa, apenas o debate.” Perfeito! Apenas gostaria de levantar 2 pontos que você comentou: 1° A taxa efetiva de crescimento do Brasil: concordo com você que vivemos numa “taxa gangorra”, podendo dar pavão hoje e veado amanhã. Os 7,5% foram subsidiados e 2011 pagou o pato. Como todo economista tem um palpite kkkk… acho que a taxa “ideal” de crescimento do Brasil hoje é algo entre 3,8 e 4,5%. O problema é que o número é baixo e… Read more »
Corsário
O problema é que com os políticos que temos estaremos sempre mais próximos de ser uma China ou Índia nos índices de qualidade de vida. E jamais chegaremos perto da Alemanha ou do Japão. Essa é nossa triste realidade.
Caro Corsario: Não querendo ser chato e voltar a um assunto já debatido, mas tenho algumas considerações que não pude fazer antes por razões de trabalho. Infelizmente, não consigo ser tão otimista quanto você. Sobre a questão de que cada país deve achar a sua vocação, eu concordo, como também concordo que o setor de serviços pode contratar muito mais pessoas que a indústria. Porém, conheço histórias, aqui no Brasil mesmo, de cidades que fizeram esta opção de permitir a desindustrialização e concentraram-se no setor de serviços. Todas se deram muito mal. Primeiro, porque na média o setor de serviços… Read more »
Observador disse:
15 de março de 2012 às 5:32
Uma grande empresa alemã do setor automotivo quer instalar uma fabrica de carros aqui e já dclarou que vair desisitir da idéia devido a “regulamentação” que o governo quer impor e restringir seus lucros.
Mas, esse mesmo governo dá guarida a terroristas italianos condenados em seus países de origem por crime comum, e ainda os mantém com status de exilados políticos.
Só falta o governo “dar de ombros” e “permitir” que a empresa alemã não venha para cá…
Excelentes comentários, parabéns a todos.