Griffin B terrestre
O US Army está testando o míssil Griffin B como um possível substituto do Javelin. No Afeganistão as tropas baseadas em locais remotos estão usando o míssil Javelin como sua própria artilharia em locais fora do alcance da Artilharia e distantes das bases de caças e helicópteros que demoram a chegar.
O Javelin custa US$ 75 mil enquanto o Griffin é menor e mais barato. Enquanto Griffin B pesa 20,5kg contra 22,3 do Javelin, tem uma cabeça de guerra de 5,9kg contra 8,2kg do Javelin, mas o alcance é de 5.600 metros graças as asas maiores. O Griffin B está sendo testado em um lançador terrestre com seis mísseis. O Griffin B é guiado a laser enquanto o Javelin é guiado por infravermelho.
Palma, palma, palma, não priemos cânico!!
O peso do Javelin é de 12 kg e não de 22.
22 é todo o sistema, que conta com um lançador, o míssil e o tubo.
Uma coisa que acho que está errado em todos os sites de referência é o peso da ogiva do Javelin, que é tida como sendo de mais de 8 kg.
Eu acho exagerado tendo em vista que todo o míssil pesa 12 quilos. Sobram 4 quilos para a célula, motor, aletas, sistema de orientação, bateria, etc.
Oito quilos é a ogiva por exemplo do Hellfire que tem peso 4 x maior que o Javelin e 6 a ogiva do TOW, que pesa quase o dobro.
Também o peso do Griffin B é em torno de 16 kg. 20 é como o tubo lançador.
Isto também ajuda a explicar o maior alcance em relação ao Javelin Block I, que deve estar na faixa de 3,2 a 4 km.
Eu tenho os seguintes valores:
Peso completo (Unidade de tiro+tubo container+missil) = 22,3 kg
Unidade de tiro (Posto de tiro) = 6,4 kg
Tubo container = 4,1 kg
Missil = 11,8 kg
Bacchi
Rsbacchi,
E quanto ao peso da ogiva ser de 70% do peso do míssil, gostaria de saber sua opinião.
Mudando de pato pra ganso, é interessante como houve um aumento do alcance dos atuais mísseis, tanto sup-sup, quanto ar-ar, sup-ar e ar-sup.
Um míssil que segue a linha de visão, guiado por CLOS ou por beam rider laser, tem que ficar preso à trajetória tensa e seu alcance é determinado pelo tempo de queima do propulsor que mantém o míssil voando.
Acaba o propelente e o míssil rapidamente perde sustentação e cai.
Com sistemas de navegação mais complexos na forma de plataformas inerciais avançados e maior capacidade de processamento, etc, aliado a orientação terminal, em que o míssil não tem que seguir uma trajetória tensa, o alcance de um míssil com mesma massa total/massa da ogiva, passou a ser significativamente maior usando uma trajetória parabólica (balística ou semibalística).
Estamos assistindo os espasmos finais dos mísseis “teleguiados” por linha de visada, que estão prestes a cederem de vez seu lugar a mísseis autoguiados com capacidade LOAL e com capacidade de vôo parabólico, que sobem para ganhar energia cinética e caem com o motor já desativado em uma trajetória balístico ou vôo planado.
Esse é o caso do Griffin, que com 16 kg tem alcance impensável (6 km) para um míssil CLOS de mesma massa.
A capacidade de adquirir e travar no alvo de forma autônoma (podendo contar ou não com a interferência de um operador humano) também é essencial para esses novos mísseis, que dentre outras coisas não tem seu alcance limitado à sensibilidade dos sensores do lançador e mesmo do míssil, quando operando no modo LOBL.
Outro fator importante nesses novos mísseis é a duração da “bateria” que deve se estender pelo tempo que for necessário ao cumprimento da missão, muito tempo após a queima total do propelente.
Interessante nessa foto do Griffin sendo lançado por uma torreta de controle remoto é a grande inclinação do lançador, semelhante ao que seria feito no caso de um tiro balístico, o que denota estar o alvo a grande distância.
O Javelin é outro exemplo interessante. Pesando parcos 11,8 kg consegue ter alcance cinemático de mais de 5 km quando usado no modo “indireto”, embora na versão inicial esteja limitado a 2,5 km devido ao modo de orientação (LOBL), que é a distância máxima em que o sensor do Javelin consegue identificar e travar em um veículo de combate.
Versões atuais aumentaram significativamente o alcance sem mexer no motor ou na aerodinâmica, mas apenas na melhora do sensores.
joseboscojr escreveu em 11 de março de 2012 às 18:33
“… Rsbacchi, e quanto ao peso da ogiva ser de 70% do peso do míssil, gostaria de saber sua opinião. …”.
Parace-me estranho, eu diria até inverossimil, mas não tenho dados sufcientes para discutir este assunto.
Abraços
Bacchi