‘Tanques de guerra verdes’ são testados nos EUA
Um tanque de guerra “verde”, que usa um motor híbrido, movido a diesel e eletricidade, já estaria sendo testado pelo Exército americano, de acordo com informações da empresa de defesa e tecnologia BAE Systems, que desenvolveu o veículo.
A empresa afirmou que o novo tanque é entre 10% e 20% mais eficiente no uso de combustível e mais rápido do que os carros de combate convencionais, impulsionados por diesel.
O veículo pesará 63 toneladas, transportará 12 soldados e integrará os planos futuros de combate dos Estados Unidos.
O novo Veículo de Combate por Terra (GCV na sigla em inglês) terá um motor diesel gerador de eletricidade incorporado a um tanque mais rápido do que o tradicional.
Segundo o fabricante, ele será mais eficiente, ágil e terá mais força de aceleração graças a seu sistema elétrico que permitirá ainda a incorporação de novas tecnologias.
A ideia também é que o tanque possa ser usado como uma espécie de gerador elétrico em acampamentos militares.
Outra vantagem, assegura a empresa, é que ele será bem mais silencioso que os tanques impulsionados por diesel, o que ajudaria em manobras táticas.
Além disso, teria uma durabilidade de 30 a 40 anos e sua tecnologia será adaptada a desenvolvimentos futuros que permitam aumentar sua eficiência.
‘Vida ou morte’
O preço ainda não está definido, mas alguns analistas calculam que ficará entre US$ 12 milhões e US$ 17 milhões por veículo, quase quatro vezes mais do que custam os tanques atuais.
Se a transição for efetivada, eles devem substituir os atuais veículos Stryker e Bradley usados pelo Exército americano.
Dispor de veículos eficientes em termos de energia é estrategicamente importante para os militares dos EUA.
Os custos com combustível são consideráveis. Mas em conflitos como os do Iraque e Afeganistão, contar com fontes de energia alternativa também é uma questão de vida ou morte.
Como disse em 2012 o general aposentado Steve Anderson, que serviu como chefe de logística no Iraque, cerca de mil soldados morreram no Iraque e no Afeganistão enquanto transportavam combustível.
Anderson também calculou que o Departamento de Defesa gastou cerca de US$ 20 milhões no Iraque em barracas e estruturas móveis dos acampamentos. A maior parte deste dinheiro foi usado para comprar o combustível usado para resfriar ou aquecer os locais.
Ambiente
Para o ambiente, a escolha destes veículos pode ser uma boa notícia.
“A mudança do Exército americano para veículos elétricos e tecnologias verdes é importante”, diz Miriam Pemberton, do International Study Center de Washington.
“Tudo o que os militares americanos façam para reduzir suas emissões terá um impacto significativo”, afirma.
“Este impacto seria ainda maior se os militares priorizassem tecnologias que pudessem ser usadas para fins civis.”
“Isso asseguraria que a mudança contribuiria para reduzir as emissões em toda a nossa economia. Os próprios militares consideram as mudanças climáticas como uma das maiores ameaças para a segurança”, completa ela.
FONTE: BBC / COLABOROU: Flighter
63 t?????
Alguém pisou no corguinho.
Muito bem joseboscojr, estou contigo!
Esta noticia tem uma porção de coisas estranhas!!!
Em primeiro lugar pelo testo (ou texto?) e pela figura pode-se concluir que não se trata de um tanque (carro de combate) e sim de um VBTP (Veiculo Blindado Transporte de Pessoal).
O testo fala em veiculo para substituir o Bradley e o Stryker. Ora, estes dois são VBTPs.
Outra coisa estranha (como joseboscojr comentou) é o peso!!!
63 toneladas!!!
Será que não ha um erro?
Acho que só o Namer (Israel) tem este peso (ou próximo a ele).
Fora isto, acho falar de um veiculo blindado verde, um despropósito.
A tração hibrida para um veículo blindado tem qualidades excepcionais, que não tem nada a ver com o meio ambiente.
Um dos meus últimos trabalhos na ENGESA foi estudar um veiculo hibrido para substituir o Cascavel e Urutu, e neste estudo, nem pensei no meio ambiente.
Bacchi
Aliás deixei de fazer um comentário sobre um absurdo desta noticia: de que este “mastodonte” deve substituir o Stryker!!!
Isto é um absurdo!!!
O Stryker faz parte do conceito da brigada média – uma brigada que deve ser inteiramente aero transportada por aviões, que a deixem o mais proximo possivel do provavel cenario de sua intervenção.
Esta brigada estava já em estudo quando eclodiu a primeira Guerra do Golfo. Este fato mostrou como seria util a mesma se já estivesse em dotação do exército estadunidense.
Com efeito, para atuação imediata só estavam disponiveis as tropas aero terrestres e as divisões de infantaria leve, não adequadas para enfrentar numa emergencia as divisões pesadas do exército iraquiano, enquanto não chegavam as divisões pesadas do exército estadunidense, de desdobramento mais demorado.
Para os veiculos das brigadas medias (designadas posteriormente como Brigadas Stryker) foi estabelecido um peso que permitisse seu transporte por aviões C-130.
Foram adotados veiculos MOWAG Piranha III.
Só foi aceito um peso maior para os veículos MGS, devido a impossibilidade de manter o peso dos memos dentro do maximo estabelecido. Mesmo assim foi algo como 2 toneladas a mais.
Segundo esta noticia estapafurdia pretende-se trocar um veiculo de cerca de 23 toneladas por um de 65 toneladas!!!
Bacchi