O maior exército do mundo pertence a um … partido
O Exército de Libertação Popular da China (ELPC), a maior força militar do mundo com aproximadamente três milhões de militares, não pertence a uma nação, mas sim a um partido.
O ELPC, que agrega as forças navais, terrestres, aéreas e estratégicas, é o braço armado do Partido Comunista da China (PCC). O comando do ELPC é feito por uma comissão do PCC e o Ministério da Defesa da China não possui nenhuma autoridade sobre as Forças Armadas.
Caramba, isso é que é ordem unida. Tudo padronizado, até os rostos… 🙂
Gafanhoto é tudo igual!
Uma grande virtude do People’s Liberation Army – PLA, ou Exército de Libertação Popular é a disciplina.
Mesmo quando suas armas eram extremamente defasadas em relação a OTAN ou União Soviética, sua disciplina era exemplar, segundo comentários que sempre encontrei em publicações e internet.
Com armas cada vez mais modernas, mantido o gigantismo dos seus números, é uma instituição poderosa, que impõe respeito (ou mais que isso) a toda a Ásia.
Sds,
Ivan.
Alguém lembra da ‘ordem unida’ que Sun Tzu demonstrou a Ho-lü, rei de Wu?
Vou copiar e colar este trecho de ‘Arte da Guerra’:
“Em certa ocasião, Ho-lü, rei de Wu, concedeu uma audiência a Sun Tzu. Naqueles dias, Wu estava na minência de envolver-se numa guerra sangrenta, de alto risco, com o vizinho Estado de Tchu. A visita do servo ilustre, que desejava ingressar nas fileiras do exército real, deixara o soberano entusiasmado.
– Sun Tzu, li inteiramente os treze capítulos da sua Arte da Guerra. Será que poderia realizar uma pequena experiência de controle do movimento de tropas? – perguntou-lhe o rei, visando a mensurar na prática a habilidade do visitante.
– Posso.
– Mas o senhor seria capaz de fazê-lo até mesmo usando mulheres? – provocou o monarca, ironicamente, como que a duvidar das teorias de Sun Tzu.
– Sim – respondeu o interlocutor, com serenidade e segurança.
Então, o rei aquiesceu e ordenou que viessem à sua presença suas cento e oitenta lindas concubinas.
Deu toda autonomia a Sun Tzu, para que treinasse, da
forma como melhor lhe conviesse, a tropa feminina, podendo, inclusive, escolher o local do castelo real que mais se adequasse à tarefa. Somente depois de tudo pronto, verificaria pessoalmente o resultado.
Sem importar-se com o papel ridículo que lhe queriam imputar, o general nomeado pelo rei dividiu o contingente em duas companhias, e colocou na liderança as duas concubinas favoritas do monarca.
Instruiu todas quanto ao uso de alabardas, e repassou-lhes orientações que todas, praticamente, jamais tinham ouvido em toda a sua vida. O desafio era grande.
– Vocês sabem em que posição ficam o coração, as mãos direita e esquerda e as costas?
– Sabemos – disseram as mulheres, ainda um tanto desconfiadas e inseguras, por não saberem onde terminaria aquela aventura.
– Quando eu der a ordem ‘Em frente, marche’, virem-se para a direção do coração; quando eu falar ‘Esquerda, volver’, voltem-se na direção da mão esquerda; quando eu disser ‘Direita, volver’, para a direção da mão direita; e quando eu ordenar ‘Meia-volta, volver’, marchem na direção de suas costas.
Compreenderam?
– Compreendemos – responderam elas, que, em seguida, receberam as armas.
Para certificar-se de que nenhuma dúvida pairava no ar, Sun Tzu, zeloso, deu a mesma ordem acima por mais três vezes e as explicou, pormenorizadamente, em cinco oportunidades.
Chegou, depois disso, o grande momento. O general bateu no tambor o sinal de ‘Direita, volver’. O pequeno exército, em vez de cumprir a ordem, caiu na gargalhada.
Sem perder sua postura firme e serena, Sun Tzu retomou a palavra:
– Se as regras não são claras e as ordens não são completamente explicadas, a falha é do general. Assumo isso e repetirei as ordens mais três vezes, além de explicá-las mais cinco.
E assim aconteceu. Pacientemente, o estrategista instruiu a tropa, certificando-se, ao final, de que nenhum mal-entendido pairava no ar.
Estando tudo pronto, ele efetuou a batida no tambor e o sinal de volver à esquerda. Mas as mulheres, novamente, desandaram a rir sem medida.
Diante desse quadro hilário, Sun Tzu, com o semblante sério, porém equilibrado, afirmou:
– Se as instruções e os comandos não são claros, a falha é do general. Mas quando são claros e não são executados conforme a disciplina em vigor, temos aí um crime por parte das lideranças.
Surpreendendo a todos, Sun Tzu ordenou que as duas líderes das tropas fossem decapitadas.
O rei de Wu foi imediatamente avisado do ocorrido por um de seus emissários que assistiam à ordem unida, e não se conteve com a notícia de que suas duas concubinas preferidas estavam prestes a serem executadas.
Desesperadamente, enviou de volta o representante, com a seguinte mensagem:
– É meu desejo que essas duas mulheres não sejam mortas.
Sun Tzu não cumpriu a contra-ordem, argumentando que não considerava sensato, da parte do rei, mudar de idéia quanto ao fato de ter-lhe dado plenos poderes sobre aquela legião feminina.
– Seu servo já recebeu a nomeação real e, quando o general está à frente do exército, não precisa acatar todas as ordens do soberano – asseverou.
Assim, determinou que as duas mulheres fossem penalizadas com a morte, para que o fato servisse de exemplo às demais. Logo após, indicou outras duas concubinas, na ordem de excelência, para liderar as companhias.
Feito isto, repetiu os sinais no tambor e as mulheres volveram à direita, à esquerda, à frente e fizeram meia-volta, deram joelhadas e se agarraram de acordo com o que estava determinado. Nenhuma delas esmoreceu ou ousou emitir o mais leve rumor de deboche.
Sun Tzu mandou, em seguida, um mensageiro ao rei, para informá-lo de que as tropas já se encontravam em boa ordem e que o próprio rei poderia vir revisá-las e inspecioná-las pessoalmente.
– Estes soldados podem ser empregados de acordo com qualquer dos desígnios reais. Têm condição de caminhar até mesmo pelo fogo e pela água.
– O General pode ir para sua hospedaria e descansar. Eu não desejo inspecionar a tropa e quero que o senhor Sun Tzu retire-se deste palácio – sentenciou, um tanto decepcionado, o rei de Wu.
– Impressiona-me saber que o rei gosta de palavras vazias. Não é capaz de juntá-las aos atos, pondo-as em prática – retrucou Sun Tzu.
Depois de refletir por um tempo, Ho-lü percebeu que, de fato, Sun Tzu era um homem capacitado e, no momento oportuno, fez dele o general do Exército Real.
Poucos meses depois, as tropas do Estado de Wu destruíram as hostes do forte Estado de Tch’u, a oeste, e, posteriormente, invadiram Ying. Ao norte, intimidaram Ch’i e Chin. Devido a estas realizações, o nome de Sun Tzu tornou-se ilustre.
Os demais Estados vizinhos, que antes incomodavam Wu, passaram a solicitar proteção a Ho-lü e oferecer-se como aliados, graças aos grandes feitos bélicos do seu Estado.”
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Pois é, ordem unida é exercício de disciplina.
Se uma tropa é incapaz de fazer movimentos coordenados em conjunto para uma apresentação, como poderá lutar de forma coesa e objetiva.
Sds,
Ivan, an old infatryman.
Se a gente analisar pelo tamanho do país e de sua população, dá pra afirmar que três milhões de soldados parece ser pouco para a grandeza da China…