IMBEL: Facas de Campanha IA2 e AMZ
IA2 – IMBEL Modelo A2 e AMZ – Amazônia
Origem
As pesquisas de mercado da IMBEL, em 2008, identificaram a demanda das Forças Armadas brasileiras por uma faca com requisitos militares, importante instrumento de trabalho do soldado em campanha. Foi constatado que as facas usadas por soldados brasileiros eram cópias importadas ou modelos civis adaptados a desenhos militares.
As Facas de Campanha IA2 e AMZ têm origem nas Facas-Baioneta que foram desenvolvidas para os novos fuzis IA2, projetadas apara atender às severas condições do uso militar.
Os requisitos operacionais foram obtidos nas pesquisas feitas junto aos usuários finais da Brigada de Operações Especiais, da Brigada Paraquedista e dos guerreiros de selva.
O design obedeceu às linhas dos fuzis IA2, com traços mais retos, com as mesmas cores das novas armas e com cuidadosa ergonomia.
Dois modelos: IA2 e AMZ
O modelo IA2 (IMBEL, modelo A2) tem dimensões equilibradas para multiuso, sugerida para tropas de apoio ao combate, logísticas, guarnições de blindados, unidades de PE, de guarda e forças policiais.
O modelo AMZ (Amazônia) foi inicialmente desenvolvido para uso do soldado da Amazônia. Tem peso e dimensões projetados para atender aos trabalhos individuais em área de selva, sem afetar a agilidade do soldado. Entretanto, nos testes das facas de campanha, as Facas AMZ mostraram-se as mais indicadas para uso militar em qualquer ambiente operacional.
O que as facas IA2 e AMZ têm?
As facas de campanha IA2 e AMZ são resistentes à corrosão e permitem tanto golpes de impacto quanto cortes precisos. O tipo de aço e o tratamento térmico foram projetados para equilibrar flexibilidade a torções com a dureza para deter o fio e, se necessário, recuperá-lo em campanha.
O pomo do punho, em formato de bico de águia, além de ajudar a reter a faca na mão do soldado, permite o uso para martelagem. O punho foi projetado para resistir ao ressecamento e tem alta resistência a impactos ou abrasão.
As bainhas caracterizam as facas IA2 e AMZ como instrumentos de trabalho em campanha. As bainhas são resistentes à umidade, robustas, leves e possuem características fundamentais para conservar a faca de campanha: uma forte mola interna reduz os ruídos nos deslocamento e sua estrutura permite que a água escorra pelo orifício do cadarço. Os cadarços são os mesmos usados em pára-quedas.
São possíveis dois tipos de conexão no equipamento individual: uma presilha de aço para acoplagem rápida no equipamento e uma alça para instalação direta no cinto. Isso permite a acoplagem aos diversos tipos de coletes usados por tropas em operações urbanas.
A ligação da alça com o corpo da bainha recebe o reforço de uma fita de segurança interna para o caso de eventuais danos nos rebites. Este uma solução pouco visível, que será notada somente nos momentos de uso intenso, portanto, de maior necessidade.
Esses características colocam as Facas de Campanha IA2 e AMZ no nível das melhores facas do mercado internacional militar.
Testes das Facas de Campanha
Além dos exaustivos testes de fábrica, realizados na Seção de Pesquisa da Fábrica de Itajubá, as facas de campanha IA2 e AMZ foram testadas por todos os alunos e instrutores do Curso de Comandos e do Curso de Selva, do Exército Brasileiro, em 2010.
Um total de 152 facas foram submetidas aos dois cursos operacionais de maior exigência em campanha do Exército Brasileiro. As facas resistiram sem danos ou quebras. Os relatos dos usuários ficaram acima da expectativa dos desenvolvedores, que esperavam identificar eventuais pontos de fragilidade, naturais em um produto novo. Os requisitos obtidos nas pesquisas, ainda em 2008, foram validados pelos usuários.
Algumas sugestões surgiram desse uso e foram implementadas nas atuais facas de campanha. Um exemplo é o pomo em formato de “bico de águia”, com um fiador para garantir o uso seguro da faca em ambiente aquático, sugestão dos alunos do Curso de Selva.
Avaliação do ForTe
Todo mundo que convive no meio militar ou civil aventureiro que tenha o costume de andar pela natureza sabe da importância de se portar uma lâmina. às vezes uma simples lâmina de um canivete faz uma enorme falta, mas, para situações mais extremas a Faca de Campanha é um item indispensável!
O grande problema é que poucas lâminas, mesmo aquelas com “cara de militar” suportam as exigências extremas dos cursos de selva ou até mesmo do uso diário. Não adianta ter uma faca do “Rambo” se ela não terminar o curso inteira. É preciso uma faca que resista às duras exigências, e o mais importante, que mantenha seu fio de corte.
Tivemos contato, por diversas vezes, com cópias nacionais da Faca de Campanha do tipo MKII, mas nunca conseguimos um exemplar da MKII que fosse produzida pela IMBEL. Alguns amigos, sargentos e oficiais do Exército, nos diziam que as facas produzidas pela IMBEL “nunca” perdiam o fio de corte, que eram facas que realmente deveriam ser levadas para o combate e que voltariam inteiras.
Foi então que começamos a pesquisa sobre facas de campanha e tivemos acesso a alguns modelos importados. A grande maioria seguia o padrão mundial com o uso de polímero para a confecção do punho e diziam que sua lâmina era capaz de “rasgar” fuselagem de helicóptero no caso da tripulação ter que recorrer a esse método para conseguir sair da aeronave acidentada.
Pensávamos que não poderia haver Faca de Campanha melhor, no entanto, para nossa decepção, após uma breve busca pelo canal de vídeos do Youtube, vimos alguns usuários submetendo essa faca importada a testes de uso diário, fazendo atividades que qualquer soldado faria com sua faca, e por muitas vezes o usuário não ficava satisfeito com o resultado e até relatava falhas na estrutura da faca e confecção da lâmina. Mais uma vez, tínhamos perdido as esperanças em encontrar uma Faca de Campanha que suportasse todos os desafios do Combate ou Sobrevivência na Selva.
Em agosto de 2010, quando noticiamos as primeiras imagens do Fuzil IMBEL IA2, tivemos acesso também às imagens da Faca de Campanha IMBEL IA2 e AMZ. No começo pensamos que fosse mais uma faca de polímero que não iria suportar o uso diário em ambiente de selva e para nosso espanto, só que agora positivamente, nesse mesmo ano, ela foi testada por instrutores e alunos do curso de Comandos do Exército Brasileiro, no qual passou sem sofrer nenhum dano na sua estrutura.
Tivemos a oportunidade de conhecer a Faca de Campanha IMBEL IA2 e AMZ durante a LAAD 2011 e ficamos impressionados com sua beleza e aparência robusta, apesar de ter um design simples, reto e limpo. Infelizmente nessa oportunidade não pudemos fazer testes de campo, mas naquela hora tivemos a certeza que tínhamos encontrado uma faca que realmente tinha sido feita para resistir ao combate, não era uma faca pra ser usada apenas uma vez, em situação de emergência, seria uma faca para uso diário, para as necessidades do combatente.
Mas nem só de aparência se faz um relato. Durante a Fenix III, evento nacional de Airsoft realizado pelo Grupo G.E.A.R., com o apoio da 5ª Cia PE e Comando da 5ª RM, o amigo Alex Viana, da Revista Kommando, portava a famosa Faca de Campanha Imbel IA2 que nos foi oferecida para teste. Cortamos alguns galhos grossos, abrimos buraco na terra, “martelamos” estaca e cortamos arame com ela. Infelizmente não pudemos fazer um teste mais brusco, até porque era uma faca de propriedade particular e não queríamos querer levá-la ao extremo, mesmo sabendo que ela passaria com louvor pelos testes. Uma característica que não poderia deixar de ser destacada, é a sua bainha. Ela possui um clipe que serve tanto para prender no cinto NA como também prende facilmente nos coletes ou mochilas no padrão MOLLE, muito usado atualmente, até mesmo a nossa tropa que se encontra no Haiti usa esse sistema nos seus coletes.
Alguns leitores devem estar se perguntando se a Faca de Campanha Imbel IA2 e AMZ que foi confeccionada para uso militar estaria disponível para civis. Para a nossa alegria, ela é oferecida ao público civil e pode ser encontrada facilmente em lojas especializadas, até mesmo na Internet, com o preço variando entre R$290,00 e R$350,00.
Definitivamente as Facas de Campanha Imbel IA2 e AMZ são ferramentas que escolheríamos para ter sempre conosco (EDC – Everyday Carry) e principalmente para aventuras de camping selvagem ou trilha pela mata. Acreditamos que será de grande uso pelo combatente do Exército Brasileiro. Parabéns à IMBEL e ao Exército Brasileiro pelo desenvolvimento de um produto que não deve em nada (se não for superior) aos modelos importados.
Texto e Imagem de Apresentação: Imbel
Avaliação do ForTe e Demais fotos: Cinquini / Blog ForTe
Foto do avaliador Cinquini: Alex Viana / Revista Kommando -www.revistakommandos.blogspot.com
Mas bá, tchê, até que estamos bem na parada.
Depois de termos desenvolvido o que foi considerado o mais moderno blindado do mundo, agora fabricamos facas. Vem até com DVD.
Parabéns ao ForTe pela matéria e à IMBEL pelo grande produto. Finalmente algo para se orgulhar no nosso país, e olha que esta é totalmente nacional!!
Marcos, o DVD na foto é apenas para comparação de tamanho.
Um ForTe abraço.
Olha a faca!!
O Guerreiro de Selva, salvo engano, recebe em sua formatura uma faca que é símbolo daquele curso e que vai identificar esse combatente pelo resto de sua vida. Uma faca cuja ponta é em formato de meia lua. Nessa faca fica gravado o nº. do combatente. Será que essa legendária faca será substituida pelos novos modelos da Imbel? Será que ela se adequa melhor as necessidades do guerreiro?
Cordialmente.
Boa tarde!
A faca em questão é daquelas forjadas… é a “Cabeça de Onça”, feita por Ricardo Vilar, se não me falha a memória, em Bragança Paulista. Ele também desenvolveu a “Caninana” para o grupo de Resgate Terrestre dos Bombeiros de SP. A faca tem a finalidade de abrir carros acidentados, onde o uso de ferramenta elétrica é inviável se houver vazamento de combustível, pelo risco de explosão. Tem vídeos no YT, produzido pelo Sgt. Mateus Felippe.
Algum tempo um amigo do meu pai que era do exercito vendeu pro meu paí uma faca que ele tinha recebido no quartel, e olha aquela faca ou fação era incrível eram duas facas na verdade na Bainha mais uma pedra de afiar , a menor tinha uns 20, 25 cm e a maior uns 40 ou 45 cm a o cabo era verde e a lamina era toda preta apenas o fio era cromado, tinha um escamador de peixes abridor de lata e garra, e um cortador de arame, o peso dela era grande, não sei ao certo que… Read more »
Sem querer ser preciosista, mas pra mim falta uma serrinha no dorso para que além de servir como faca de combate/baioneta, sirva melhor como faca de sobrevivência.
joseboscojr
Ai que está o “X” da questão. Eu também pensava que a serrinha faria falta, até pq estamos acostumados com a “faca do Rambo” e foi então que me deparei com vídeos de sobrevivência na selva, para civis, aonde o instrutor, um cara fera aqui do Brasil chamado Giuliano Toniolo aonde ele fala francamente sobre diversos assuntos e ele comenta da tal “serrinha” da faca e de fato se você viu o video da IMBEL você irá se perguntar, para quê precisa da serrinha mesmo? Cortar o pão? rs
http://youtu.be/1Qz0oQp6xAU
E sem querer ser chato e já sendo, e tendo em vista o crescente uso de uma arma acessória (lançador de granadas, espingarda, etc) instalada sob o guarda mão, e o aparelho de mira instalado na parte superior, está passando da hora de alguém inovar e desenvolver uma baioneta que fique posicionado lateralmente.
Cinquini, Eu acho o seguinte (e só acho mesmo já que não tenho a mínima experiência real no assunto), se o cara tiver só uma faca leve com uma pequena lâmina, é bom que tenha uma serra para sobrevivência. Se além da faca/baioneta, ele tiver um facão (ou um machado, rrsrs) , a serra é plenamente dispensável. Se a faca/baioneta for mais robusta, com lâmina maior, mais pesada, também é dispensável a serrinha. Ao meu ver o inconveniente da serra em uma faca de combate/baioneta é que ela pode se prender ao corpo do oponente dificultando sua retirada, mas tendo… Read more »
joseboscojr,
Eu entendo o seu pensamento, no entanto, mesmo o modelo “menor” IA2 pode ser usada igual ao modelo AMZ, pra “porrada” mesmo, a diferença é que o modelo AMZ pode ser usado como uma “faca maior” só que menor que um facão.
Outra coisa, como vc mesmo disse, com outras palavras, todo equipamento tem seus prós e seus contras, o que vale é o soldado saber disso e tirar o melhor proveito.
Um ForTe abraço!
Falta mesmo o saca-rolha, p/ abrir o vinho…
[]s!
E eu pensando que a serrilha servia pra descamar peixes.
Olá amigos,meu filho é Cadete na Aman e tem uma faca dessas , eu vi, testei e é uma beleza, nunca vi nada igual, parabêns a Imbel e o E.B. por adquirir uma faca dessa.meu menino já fez missérias com ela em seus campos de treinamento, como Montanha,Sobrevivência na Selva, Manobrão, etc..
abraços.
Bom dia Ciquini, como faço para adquirir uma destas?
Abraços
advmiltonoliveira, a Imbel não consegue nem suprir uma demanda mínima nacional, se vc quiser uma pistola tem que esperar 1 ano ou mais, a Imbel é uma aberração, deveria ser privatizada com urgência para competir com a bovina e fazer baixarem os preços, mas com uma estatal inútil como essa a bovina deita e rola, não tem como abrirem o país para grandes fabricantes, a bovina não deixa.
Procure no mercado negro, deve ser mais fácil de encontrar.
sou amante da naturesa gosto de aventuras,porem ainda não encontrei uma faca de sobrevivencvia para atender minhas nessidades o problema não e o dinheiro , e sim a comfiabilidade e a garantia do fabricante e do produto que nessecito, não importa se e nascional ou importada,, mas tem que passar por testes rigorosos documentados em videos e publicados por mim sou psj rj imail psjaraujo@gmail.com abraço
Boa tarde Ciquini, adquiri as duas facas e posso afirmar; pode descer a porrada que aguenta e parece que nada aconteceu. Já usei na mata fechada cortando galhos grossos e se mostrou uma faca de selva mesmo. Tenho outras de renomados cuteleiros nacionais, porém essas duas estão aí pra não deixar nada a dever para outras tidas como sensacionais, tanto no cenário nacional como internacional. Vieram pra marcar seus lugares dentre as melhores.
Forte abraço Camilo