Soldados dos EUA urinando sobre afegãos mortos gera protestos
O secretário de Defesa dos Estados Unidos, Leon Panetta, se viu obrigado a classificar nesta quinta-feira, como “absolutamente deplorável” o vídeo divulgado um dia antes em que supostos soldados americanos aparecem urinando em corpos de militantes afegãos. Panetta disse que os envolvidos no incidente enfrentariam as punições cabíveis às suas ações, e afirma ainda ter pedido aos comandantes das forças americanas e da Otan, a aliança militar do Ocidente, no Afeganistão uma investigação sobre o caso.
Na quarta-feira, o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA afirmou que investigaria o vídeo postado em diversas páginas na internet. Nele, aparecem quatro homens vestindo uniformes de combate camuflados urinando sobre os corpos de três supostos combatentes do Taleban ensanguentados. Também é possível ouvir um deles dizendo “tenha um bom-dia, companheiro” para o corpo sobre o qual urina.
Em comunicado, o corpo de fuzileiros navais disse que ainda não pôde verificar a autenticidade do vídeo, embora já tenha adiantado que as ações não condizem com os valores das Forças Armadas dos EUA. Militares de Washington já avisaram que tal tipo de comportamento é punido pelo código de Justiça Militar.
O Pentágono afirmou que está checando a autenticidade do vídeo, mas há razões para crer que as imagens sejam genuínas. O órgão disse acreditar que identificou a unidade dos homens presentes, e eles já estariam nos EUA.
Reação
O porta-voz taleban Zabihullah Mujahid denunciou o vídeo como um “ato de barbárie”. Segundo o Conselho para as Relações Americana-Islâmicas, principal associação muçulmana americana, as imagens colocam em risco outros soldados e civis afegãos.
O presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, também condenou na quinta-feira o vídeo, considerando o ato “completamente desumano”, segundo foi citado pelo jornal americano “USA Today”. Karzai se disse “profundamente chateado com a profanação dos corpos de três afegãos por soldados americanos” e pediu ao governo americano “a punição mais severa para os culpados”.
As imagens podem fazer o mundo muçulmano recordar do escândalo de Abu Ghraib em 2004, quando imagens de prisioneiros iraquianos humilhados por militares americanos deram a volta ao mundo. Nos últimos anos, vários casos similares de suposta profanação por soldados, como exemplares do Alcorão jogados no vaso sanitário, ou por jornais ocidentais, por exemplo com caricaturas de Maomé, provocaram revolta no Afeganistão e manifestações violentas que causaram mortes.
FONTE: Folhapress
Se um soldado não valoriza seu inimigo, ele também não se dá o valor e não passa de um assassino, e o que era para ser um inimigo abatido, passa a ser uma vítima.
Isso que da essa propaganda para dizer que um povo é inimigo, a elite do país manipula pela propaganda e o soldado não tem disernimento suficiente para saber que está diante de uma pessoa.
Um soldado que esta defendendo sua terra de um exercito invasor, que tem a mera intenção de se apoderar das riquezas do seu país.
Que vergonha a Otan devia retirar suas tropas e deixar esse povo viver em paz, pois ele nada fizeram contra o ocidente nada provado.
Quem não se da ao respeito, não pode ser respeitado.
Não ha desculpas para isso.
Simplesmente desonram a farda que vestem.
Um soldado nunca deve esquecer que não luta por ele. Luta pelo seu Pais, Certo ou errado, não importa.
Se eles não têm carater para honrar a bandeira que usam no uniforme, devem ser punidos exemplarmente, expulsos.
Nenhum exercito precisa de tipos assim.
Paulsnows,
Perfeito!
Acima de tudo cada um tem que ter sua honra pessoal e ter a coragem de olhar no espelho todo dia e manter seu carater em cheque, como dizia o Major Dick Winters.
Segundo, deshonrraram a corporacao, o uniforme, o pais, o legado de seus antepassados e a si mesmos. Mas nao se preocupem, a diferenca de grandes entidades nao e que nao comitem erros, mas sim que tem a coragem moral de se policiar e punir aqueles que se demonstram incapazes de manter os meritos de tal corporacao.
Um triste dia para a honra de qualquer verdadeiro guerreiro mas nao diferente do que ja ocorreu e ocorre na historia da guerra humana, seja o antigo egito ou o pacifico na 2GM.
Semper Fidelis!
Idiótas Fazendo M………. têm em todo lugar.
Honra? Imbecis não sabem que é isto.
Guerra é guerra , estupidez é outra coisa….
Phoda. No calor do combate muitas coisas são relativizadas, mas não se pode concordar com isso.
Caso o vídeo seja real estes cabras tem que ser severamente punidos. Como o foram, aliás, os idiotas de Abu Graib, incluindo aquela biscatinha que passeava com os caras de coleira.
Como definir esta situação?
Por parte dos vitoriosos(?): demonstração de superioridade, de arrogância, de prepotência, de desrespeito.
Por parte dos “caídos”: humilhação? Desvalorização da vida?
Agora pensem como se fossem vcs os afegãos, ao verem o que (supostamente) acontece com seus colegas. O que vcs fariam? Acho que os americanos só conseguiram piorar as coisas entre as partes…
E que sofram e arquem com as consequências por isso!
paulsnows disse:
12 de janeiro de 2012 às 21:29
andre.dadys disse:
13 de janeiro de 2012 às 7:04
Concordo amplamente com Vcs muita gente se esquece do outro lado da Historia, só veem o lado americano das coisas não lembram que do outro lado também existem pessoas que por bem ou mal simplesmente estão defendendo o seu país, contra um invasor estrangeiro esse e o verdadeiro senso de patriotismo.
A maioria da população afegã odiava o regime talibã, mas depois de ver muitas das atrocidades cometidas pela OTAN simplesmente se uniu aos talibãs.
Esse fato lamentável pode ter desvalorizado, humilhado os rebeldes afegãos, mas também vai motivar a cada dia mais pessoas a se unirem pela sua causa.
Como num trecho de um filme recente russo sobre a Invasão do Afeganistão na década de 80, um dos soldados fala “de dia eles são pessoas comuns mas de noite desenterram suas armas e nos atacam. Nesse país não se tem amigos somente inimigos”.
E se esses idiotas não respeitam os mortos, com certeza não respeitam os vivos. De urinar em cadáveres para execuções de prisioneiros capturados vivos, tortura ou barbaridades com civis inocentes, é um pulo.
Duvido muito que o maior “crime” deles seja urinar em cadáveres.
É o nervosismo na batalha, fruto da guerra. Acharam que estavam fazendo o certo, desprezando e odiando seu inimigo… não é bem assim.
Espero que sejam severamente punidos esses infelizes.
É essa gente e suas elites que se julgam melhores que os outros e detentores da liberdade e da democracia.
Invadem países apenas por ganância comercial e humilham, subjugam, torturam, estupram e se divertem com as mortes dos habitantes que tentam se defender da invasão.
Claro que esse caso, que está longe de ser “isolado”, tem a ver com racismo, xenofobia e sentimento de superioridade e desprezo por cultura e povos diferentes, assim como tem a ver com o treinamento militar que regra geral exige que o soldado se transforme em um novo homem, e esqueça o que aprendeu na vida civil pregressa, e muitas vezes nesse processo vão anos de bons exemplos do pai e da mãe pro brejo.
Infelizmente!
Agora, já em relação aos americanos terem invadido o Afeganistão por ganância eu descordo.
Claro que eles vão onde é do seu interesse, mas no caso do Afeganistão acho justificada a ação militar contra o país, e pra mim, nem precisava ter havido o comprometimento de tropas terrestres por tanto tempo e nem com tal profundidade.
Bastaria um ataque punitivo e operações de contra-terrorismo associado à promoção de grupos antitalibãs.
O Vietnã já devia ter servido de exemplo que não se consegue dominar o coração e a mente de povos. Na verdade isso já é consagrado desde o Império Romano.
Fosse eu dirigente americano na época do 11/09 teria feita ações punitivas isoladas e deixado os afegãos à própria sorte já que como diz o ditado “vocês que são brancos que se entendam”.
Também em relação ao Iraque acho os acontecimentos que levaram à ocupação, culminando com a execução do Saddan Russen, muito mais complexo que puramente a “ganância” pelas riquezas do país (lê-se: petróleo) tendo em vista que hoje, se consegue petróleo de qualquer lugar usando dólares, ao invés de apelar para ação militar.
Não entendo o montante de críticas aos EUA em relação à sua aparente inesgotável fome de petróleo, como se ele fosse colocar uma mangueira em cada poço do mundo.
Petróleo hoje, rouba-se ou negocia-se em mesas de escritório em Wall Street, no centro financeiro de Londres e em contas na Suíça e não há necessidade de nenhum tiro ser disparado.
Correção:
descordo = discordo
Essa estória de conquistar o coração e a mente dos povos de países invadidos se não funciona hoje, com regras de combate rígidas e cuidados para se reduzir os danos colaterais, na época do Vietnã então era hilário a intenção tendo em vista os milhões de litros de napalm lançados no lombo dos civis.
Tomara que nas próximas aventuras militares, os americanos deixem de lado essa necessidade mórbida de imporem seu conceito de democracia na marra, parem de hipocrisia e cuidem única e exclusivamente de fazerem o serviço e saírem do país ocupado o quanto antes.
Vai ser melhor pra todo mundo, inclusive pro contribuinte americano.
O Afeganistão pode se até entender a invasão pelos fatos ocorridos no dia 11/09.
Já o Iraque não dá pra entender até hoje, disseram que tinham armas de destruição em massa e nunca acharam nada.