Overmatch Advantage
Com a guerrilha Talibã percebendo que as tropas americanas atuando a pé no Afeganistão estão equipadas com armas com alcance efetivo, na maioria das vezes, de 500 metros ou menos, passaram a usar táticas de longo alcance. Agora estão usando lança-rojões RPG e metralhadoras para engajar as tropas americanas a 900 a 1.000 metros
A reação imediata foi comprar 126 canhões sem recuo Carl Gustav junto com 3.024 projéteis (HEAT e HADP) com alcance máximo é de 1.300 metros. Com auxilio de um binóculos com telêmetro laser podem aumentar a precisão a distância. Cada Carl Gustav custa cerca de US$ 30 mil e a munição mil dólares. O Carl Gustav já está em uso em unidades de operações especiais americanas como os Rangers e Seals.
Overmatch Advantage
Um estudo recente do Program Executive Office for Soldier System (PEO Soldier) concluiu que o fator determinante na pontaria é o elemento humano. A qualidade da arma e seus periféricos, junto com a proficiência do operador irão criar a “overmatch advantage”. O objetivo é disparar contra o inimigo a uma distância que excede a capacidade inimiga de responder ao fogo.
A AK-47 tem alcance efetivo de 400 metros contra 500 metros do M4. Os 100 metros de vantagem é o “overmatch advantage”, se o soldado tem capacidade de disparar a mais de 400 metros. Armas com calibre 7,62mm tem alcance efetivo de 800 metros como a M14 e a M240. Com as novas táticas, o talibã parece que conseguiu inverter o “overmatch advantage” a seu favor.
Novas Armas
O Carl Gustav é uma medida provisória e os novos projetos de armas leves americanas não tem como objetivo atingir alvos a grandes distâncias. O US Army quer substituir os fuzis M16 e as carabinas M4 com sistemas modernizados ou novas armas.
O programa Product Improvemente Programa (PIP) dos M4 deve modernizar até 60 mil M4 para o padrão M4A1. Também poderá ser aberto uma competição para a compra de uma carabina nova. O US Army tem 500 mil carabinas M4, arma mais usada pelas tropas no Afeganistão e Iraque, e 600 mil fuzis M16.
Também foram comprado 9.700 metralhadoras M240L para substituir as M240B em unidades leves e de operações especiais. Será mais leve, pesando 9,3kg com cano curto, e será equipado com mira M145 Machine Gun Optic.
A M249 SAW poderá ser substituída no projeto Ligthweight Small Arms Technologies (LSAT) para diminuir o peso em 3,6 kg e usará munição mais leve.
Já o USMC colocou em operação a M25 Infantry Automatic Rifle (IAR) (imagem abaixo) a partir do fim de 2010. A IAR subsistiu a SAW pelo fuzil HK 416 com resultados positivos. As tropas gostaram de poder usar também o carregador de 30 tiros do fuzil M16A4. Operações no Afeganistão mostrou que é bem mais precisa que a M249 com melhor letalidade, mobilidade e capacidade de sobrevivência. Um total de 84 IAR será usado em cada Batalhão de Infantaria junto com mais seis SAW em cada Companhia.
Para simplificar a aquisição de alvos o US Army vem adotando a mira M68 Close Combat Optic (CCO). Em 2010 já recebeu mais de um milhão de unidades. Com a nova mira ótica não é preciso alinhar a alça com a massa de mira além de permitir disparar com os dois olhos abertos. A CCO também é compatível com óculos de visão noturna.
No Afeganistão os engajamentos são comuns a mais de 300 metros e a solução foi a aquisição de 150 mil miras M150 Rifle Combat Optics (RCO) permitindo engajar alvos a até 800 metros. Geralmente é usado por pessoal em posição de liderança ou por Designated Marksmen (DM). Algumas unidades usam a RCO em todas as armas. O USMC usa a RCO em todos os seus fuzil M4 e M16A4 chamada de AN/PVQ-31. Como a trajetória balística dos disparos da M4 e M16 combinam com a gradação da mira RCO, então as tropas estão usando para estimar distância para lançadores de gramadas M203 e M320.
O que foi feito com o Spike que estava sendo desenvolvido para o USMC e que teria alcance de 3,5 km?
Outras armas podem dar grande margem de vantagem aos americanos, tais como o lançador de granadas XM-25 que deverá poder ser eficaz a até 1 km.
G-Loc, O IAR dos Marines é o M-27.