Obama: prioridade é Ásia, América Latina fica para trás
1. Se havia alguma dúvida de que o Estados Unidos vai olhar cada vez mais para o Oriente – ao invés de olhar para a Europa ou América Latina – como sua primeira prioridade em matéria comercial, várias notícias que passaram praticamente despercebidas nos últimos dias deveriam servir para tirar qualquer dúvida a esse respeito.
2. Em primeiro lugar, o presidente Obama disse na reunião de cúpula dos 21 países da Ásia-Pacífico, realizada no dia 13 de novembro no Havaí, que “Estados Unidos da América é um país do Pacífico”. E ele acrescentou: “Nenhuma região será mais importante para determinar nosso futuro econômico em longo prazo do que a região da Ásia-Pacífico”. Em segundo lugar, pouco antes de viagem de Obama, a secretária de Estado Hillary Clinton, publicou um artigo na revista Foreign Policy, intitulado “O século dos Estados Unidos no Pacífico”. Neste artigo ela afirma que o futuro econômico dos EUA dependerá da sua capacidade para conquistar os mercados asiáticos.
3. Em terceiro lugar, um novo estudo sobre o intercâmbio de estudantes de vários países com os Estados Unidos – que pode ser um bom indício dos futuros vínculos entre as elites empresariais e acadêmicas dos países em questão – revelam que há um enorme crescimento do número de estudantes asiáticos nas universidades norte americanas e uma queda no número de estudantes latino americanos.
4. Minha opinião: Obama está buscando aumentar a presença dos EUA na Ásia, tanto pelo rápido crescimento econômico da região, como pelo fato de que Washington quer conter a ascensão da China. Isso é compreensível, mas os EUA deveriam no mínimo olhar tanto para Oriente como para o Sul. Os Estados Unidos exportam três vezes mais para a América Latina do que para a China. E considerando que as economias latino-americanas estão crescendo, pode não ter sido muito prudente auto definir os EUA como “um país do Pacífico”, excluindo tacitamente os países latino-americanos do Atlântico (incluindo o Brasil) e a Europa, da equação.
FONTE: Andrés Openheimer – La Nacion, 22, via Ex-Blog Cesar Maia
Eu discordo da opiniao do editor. Em termos absolutos, o crescimento asiático é muito mais vantajoso que o crescimento Sulamericano. Basta contar quantos pobres existem aqui e na Asia. Se a condição economica desses paises melhora, os pobres deixam de ser pobres e passam a comprar. No Brasil seriam 90% de 190 milhoes.
Somando a China e a India, quantos bilhões de novos consumistas haverão nas proximas decadas?
Esqueci de comentar sobre a Europa. O europeu é pao duro de berço. Fora que o mercado europeu ja esta desenvolvido e hiper-saturado. Se o objetivo é o crescimento economico, focar-se num setor estagnado significa nao aumentar vendas e consequentemente estagnaçao economica.
A abertura da China significou como eu disse no post anterior, um potencial de novos consumidores nunca antes visto. Imaginem se cada chines comprar um Iphone.
Nossa! Esse é um grande erro estratégico do império estadunidense, afinal o Brasil é maior potência econômica nunca antes na história dessas civilizações siderais, pelo menso na avaliação de nosso grande imperador, mentor, Lula da Silva I e único, que se achava um deus mas descobriu que não é!!!!
Desculpe o texto sarcástico, mas não tive como deixar de fazê-lo.
Claro que vão eleger a Ásia. Primeiro, porque lá será o centro do Mundo em 2050, com os países com os maiores PIBs do Mundo lá (China, Índia, Japão, Indonésia).
Além disto, qualquer investimento norte-americano na América Latina, por menor que seja, é chamado de “imperialismo ianque” e sempre enfrenta resistência dos esquerdopatas, hoje presentes em pelo menos meia dúzia de governos da região.
Então, melhor aplicar o dinheiro onde é bem-vindo e terá retorno.
Se Bush era irresponsável e faltava com a verdade, Obama é desastrado. O que é mais importante para a existência do homem? – Energia; – Água potável; e – Comida. Qual região do planeta pode ser autosuficiente nos 3 (três) ítens acima e ainda ‘exportar’ o excedente? As Américas. Mas atenção, são as Américas em conjunto e nenhuma delas separadamente… Só para se ter uma idéia, observem a produção de soja na safra 2010/2011 (fonte Embrapa). Soja no mundo Produção: 263,7 milhões de toneladas Área plantada: 103,5 milhões de hectares Fonte: USDA Soja na América do Sul Produção: 135,7 milhões… Read more »
Mais quatro anos de governo Obama e os EUA nem precisarão esperar que seus inimigos o destruam… Mas sim, os EUA podem passar sem a América Latina. Até porque ao final desta década os EUA serão genuinamente uma nação latino-americana (com mais de 50% da população de origem hispânica). Já esta, enquanto insistir em não jogar nas regras do jogo, enquanto insistir em morder a mão que a quer alimentar, com déspotas mequetrefes, caldilhos populistas, grupelhos de esquerdopatas no poder, vendendo a preço de banana suas comodities para fazer a farra da chinesada (como Venezuela e Equador no post logo… Read more »