Exército colombiano renova os seus misseis antitanque
O Exército da República da Colômbia abriu uma concorrência para substituir progressivamente os seus misseis BMG-71 TOW 2A –ERA por até 300 unidades de um modelo leve de quarta geração com alcance máximo de 8.000 metros capaz de ser montado em viaturas 4×4. O candidato preferido é o israelense Spike nas versões ER/MR.
Fonte: E. Saumeth (Infodefensa.com)
Mísseis antitanques médios como o TOW e seus congêneres (Milan, Bill, Hot, MSS1.2, Kornet, etc), guiados por linha de visada, darão lugar progressivamente a mísseis guiados por imagem térmica, do tipo “atire e esqueça” ou “atire e atualize”.
Já os mísseis antitanques lançados por helicóptero usarão sistema de guiagem por laser, IIR ou radar ativo milimétrico.
O TOW ainda tem um futuro nas forças dos EUA por ser barato e existirem milhares de lançadores e de mísseis disponíveis, sendo úteis na guerra assimétrica, mas mesmo lá deverão ser substituídos por versões do Javelin de maior alcance (até 8 km), como o Javelin Increment 2, do tipo “atire e atualize”, com link de radiofrequência.
Que vergonha a Colômbia quer 300 misseis e enquanto no brasil temos o que 6 lançadores do MSS 1.2 com o que 1 ou 2 duzias de misseis que passam por testes infinitos pelo exercito e nunca e comprado em grande quantidade, esse brasil me dá a cada dia me desculpem pelo tom da palavra “NOJO” muito mesmo
Ramiro,
A versão inicial do FOF-MPM apresentava algumas características negativas que deveriam ser alteradas, tais como um motor foguete com grande emissão de fumaça que denunciava o míssil e seu lançador; um buscador por TV e não por IIR, dificultando ou impedindo sua operação noturna; sistema de orientação que exigia a intervenção do operador durante todo o percurso, sem que houvesse um modo “auto tracking” depois do alvo ter sido selecionado, o que entre outras coisas dificultava que alvos múltiplos pudessem ser engajados; e uma ogiva tipo HEAT, sem capacidade anti blindagem reativa/estrutura/bunker, o que limita sua letalidade.
No meu modo de entender o Brasil quis dar um passo que estava além de suas possibilidades tecnológicas.
Mesmo hoje, um míssil com 20 km de alcance e capacidade NLOS exige a intervenção de uma série de fatores (conceito de Guerra Centrada em redes), de sensores (tropas avançadas dotadas de designadores, etc) e plataformas (UAVs, helicópteros de reconhecimento, E-99, etc) para ser eficaz.
Tanto é assim que o conceito não vingou até hoje (salvo no Japão (Type 96) e em Israel) nem nos EUA, que há muito cancelou seu EFOG-M e há pouco o NLOS.
Me causaria espanto se a Avibrás estivesse levando o desenvolvimento desse míssil à frente, mesmo porque, tudo indica que não já que há muito não se fala mais no assunto.
Uitinã,
O EB ainda utiliza o Milan e o Erix (??) e os fuzileiros, o Bill.
Ah!
Não existe TOW “ERA” e o nome do míssil israelense e Spike, sem “r”.
Prezado joseboscojr, realmente o Spike teve grafada erroneamente a sua designação, obrigado por apontar o equívoco, já corrigido. E quanto ao BGM-71 TOW 2A ERA, ele existe sim, basta verificar aqui:http://www.army-technology.com/projects/tow/. A designação implica em que o modelo é projetado para atuar contra blindagens reativas explosivas, dai o “ERA” (do inglês Explosive Reactive Armour), a outra designação do TOW 2A. Que você e todos os que se manifestaram e se manifestarão continuem prestigiando o ForTe. Abraços, Sérgio Santana
Sérgio,
Eu achei que o erro de grafia era do site “Infodefesa”, por isso chamei a atenção para o detalhe. Não havia visto seu nome no início do artigo por isso fui deselegante. rsrsrs
Sobre o TOW, entendi, mas ele não leva mesmo a designação “ERA” de maneira oficial, mas reconheço que combinar o termo facilita o entendimento já que a versão “TOW II A” foi a primeira a ter capacidade anti-ERA.
Um abraço.
joseboscojr não entendeu o que eu quis dizer e que enquanto na Colômbia querem comprar 300 misseis, no brasil fica tudo na mesma pelo o que eu saiba os Milan e Erix já devem ter no minimo o que uns 25 ou 30 anos e o nosso míssil nativo, continua enrolado sem previsão de entrar na ativa ficam anos a fio fazendo mais e mais testes.
Uitinã,
Falta muita coisa no EB, mas a possível compra colombiana se deve principalmente ao crescimento das forças blindadas da Venezuela, notamente carros de combate T-72.
Sds,
Ivan.
Uitinã,
Eu entendi perfeitamente seu comentário.
O meu foi só no sentido de informar a algum leitor menos avisado que o EB tem outros mísseis além do MSS-1.2., já que no meu entender seu comentário podia ser interpretado como se o míssil brasileiro fosse o único.
Um abraço.
Mestre Bosco,
Apenas complementando seu post anterior, no inventário de armas anti-tanque do Exército Brasileiro, especificamente nas unidades de infantaria leve, reconhecimento e forças especiais, também constam algumas dezenas de canhões suecos Carl Gustav M3 e Lança-Rojões AT4.
Esses últimos também estão em uso pelo Corpo de Fuzileiros Navais.
Caro Bosco, não penso que tenhas sido “deselegante” para comigo, apenas apontaste um erro de grafia, que, se foi do Infodefensa.com, acabou passando despercebido e repetido por mim aqui. Apelo aos demais leitores do ForTe que façam o mesmo (apontem equívocos desta e de outras naturezas), contribuindo para a correção da informação aqui apresentada. Quanto ao TOW “ERA”, mesmo que não seja essa a sua designação oficial, a minha intervenção foi no sentido de comprovar a existência do mesmo, negada por você.
Outro abraço….
Sérgio Santana