Pelopes do 55º Batalhão de Infantaria na Operação Arcanjo
De 24 a 28 de outubro, o Pelotão de Operações Especiais do 55º Batalhão de Infantaria (Batalhão Dionísio Cerqueira , general de destacada atuação na Campanha do Paraguai) realizou exercícios de tiro com o Fuzil 7,62 mm, visando o emprego na Operação ARCANJO V.
Fonte: EB
Desde adolecente no Brasil desejo saber:
Qual e a funcao de um PELOPES? Como se encaixa na gama de op. especiais?
Quem souber favor esclarecer essa duvida de anos por favor.
Semper Fidelis!
Boa pergunta Fl…..
Essa foi ótima porque além da denominação ser anacronica, do tempo em que ter mais de um pente de municao e meias secas era considerado “operações especiais”, o pelotão, no caso esta longe disse.
Ficaria, penso eu, melhor denominado como pelotão de reconhecimento ou esclarecimento. Se aqui ainda houvesse uma Escola tipo RANGER ou se no futuro a Brigada de operacoes especiais criasse um Curso e um Manual de Operacoes para esses Pelotoes, ai sim poderiam ser criadas em certos Batalhoes/Brigadas alguns pelotoes ou companhias tipo LRRP.
Em resumo não deve ser nada mais do que o pelotão de pronto emprego do batalhão tendo como lotação o melhor da “molecada” conscrita daquele ano.
Abço
Zé
Ze,
Muito obrigado. Entao, mais um exemplo de “levado nas coxas”.
SF!
Shipbuildingbr,
É basicamente o que vc escreveu, um pelotão (ou O pelotão) de pronto emprego do Batalhão.
Apenas na minha época, início da década de 80, era constituído por soldados formados no ano anterior, portanto ‘veteranos’.
Nosso exército tem uma base profissional (oficiais e sargentos), mas seus soldados são na maioria conscritos. Portanto, no início de cada ano temos milhares de jovens no começo do treinamento.
Assim sendo é necessário haver unidades ‘profissionais’ para pronto emprego, mas também subunidades prontas dentro daquelas formadas por conscritos. O ideal para qualquer batalhão é ter uma companhia pronta, mas seria muito caro. Então temos que nos contentar com o ‘PELOPES’, que nada mais é que o pelotão pronto para lutar.
No batalhão que servi, o ‘Regimento Guararapes’, o ‘pelopes’ era o 1º Pelotão da 1ª Companhia.
Sds,
Ivan, um antigo infante.
Marine,
Não creio que podemos chamar de “levando nas coxas”.
É a realidade de um exército que, em grande parte, é formado por pessoal conscrito e reservistas.
Muitos defendem que TODOS os exércitos modernos deveriam ser profissionais.
Penso que um exército equilibrado deve ser um mix de profissional e conscritos/reservistas.
As alternativas de guerras são variadas, indo desde uma tropa de paz ou incursão nas fronteiras contra narcotraficantes até a guerra total contra uma ou mais nações agressoras.
Há necessidade de dispor de tropas diferentes.
Unidades de pronto emprego, que possam lutar em 24 horas, 1 (uma) semana e 1 (um) mês devem reagir as demandas urgentes e extemporânea. São as unidades aerotransportadas, de fronteira e algumas blindadas.
Unidades de conscritos devem ser mantidas para compor um grande exército para operações convencionais. Este é, por exemplo, o papel de inúmeras unidades espalhadas por áreas populosas mas sem fronteiras vivas, como por exemplo o Nordeste.
Ter uma massa crítica de reservistas é importante tanto para a operacionalidade das forças armadas em caso de mobilização, mas também para fazer com que o povo (eu mesmo) participe efetivamente da defesa do país.
Isto sem falar de toda a questão do orgulho regimental de fazer parte de algo que penso ser importante. Eu mesmo, por exemplo, me orgulho do Regimento Guararapes, assim como tenho amigos orgulhosos de ter servido 72º BI Mtz, a “Casa do Combatente de Caatinga”, no sertão pernambucano.
Levamos nossas cores para o resto da vida.
Vc deve conhecer isto muito melhor que todos nós, pois um marine é sempre um marine.
O ‘PELOPES’ é apenas a maneira que o EB encotrou de dispor de um núcleo pronto, para fazer face a uma operação pequena e de urgência.
Sds,
Ivan, um infante de coração, mas corpo de civil…
Ivan,
Muito obrigado, fico mais esclarecido assim com sua explicacao e dessa maneira concordo que para nossa realidade faz sentido.
Semper Fi!
Sou um Subtenente do Exército Brasileiro, e vou explicar o que é o PELOPES, trata-se do Pelotão de Operações Especiais, um pelotão formado por militares que são escolhidos por sua capacidade física e intelectual, neste pelotão são desenvolvidas instruções que qualificam o Soldado nas diversas especialidades como operação de equipamentos rádio, tecnicas de combate individuais, lutas, tiro, patrulhas, operações ribeirinhas, sobrevivência, ataque em localidade, GLO e segurança de instalações , tive a honra de pertencer ao PELOPES por mais de 10 anos, e neste tempo foi uma época de ouro de minha carreira militar, pois foi onde eu aprendi a superar limites que eu mesmo achei que não fosse capaz.