EUA e Europa pressionam governo de Israel contra ataque-surpresa ao Irã
ONU debate esta semana relatório com detalhes inéditos sobre planos iranianos
Denise Chrispim Marin
Os EUA e países europeus pressionam Israel a desistir de qualquer plano de ataque a instalações nucleares do Irã. Diante de novas evidências sobre a natureza militar do programa iraniano, que serão divulgadas pela ONU esta semana, potências ocidentais insistiram ontem na adoção de sanções mais duras contra Teerã como alternativa a um ataque – cujas consequências seriam “irreparáveis” e “desestabilizadoras” no Oriente Médio.
Na semana passada, a imprensa israelense divulgou que o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu está tentando persuadir seu gabinete a lançar um ataque-surpresa contra o Irã. Vozes de dentro do governo de Israel, incluindo o alto escalão do Exército e da inteligência, seriam contra a ofensiva.
Em meio ao crescimento do temor de uma ação israelense, a França alertou ontem para o risco de uma guerra. “Podemos ainda fortalecer as sanções para pressionar o Irã. Vamos continuar nesse caminho, pois uma intervenção pode criar uma situação totalmente desestabilizadora”, afirmou ontem o chanceler de Paris, Alain Juppé. “Temos de fazer de tudo para evitar o irreparável”, completou.
Essa linha de ação havia sido defendida pelos presidentes Nicolas Sarkozy, da França, e Barack Obama, dos EUA, no dia 3, em Cannes. No encontro bilateral, os dois concordaram com o aumento da pressão sobre o Irã.
A possibilidade de Israel atacar o Irã tem sido classificada oficialmente pela Casa Branca como “especulação”. Mas, nos bastidores, há alto grau de preocupação. Uma autoridade de “alto escalão” de Washington disse à CNN em condição de anonimato que há uma “absoluta preocupação” em relação às intenções de Israel.
Segundo o jornal israelense Haaretz, o secretário de defesa dos EUA, Leon Panetta, visitou Israel em outubro com o objetivo de conseguir um compromisso de Netanyahu de não atacar o Irã sem o aval dos EUA. Panetta alertou o premiê e o ministro da defesa de Israel, Ehud Barak, que Washington “não quer surpresas”. Mas Netanyahu e Barak foram evasivos com Panetta e não prometeram pedir a bênção dos EUA antes de uma eventual ação contra Teerã.
Em recente entrevista à rede de televisão CNN, Barak afirmou haver preferência no governo israelense pela solução diplomática. Mas, completou ele, nenhuma opção está excluída.
O presidente de Israel, Shimon Peres, afirmou na sexta-feira acreditar na possibilidade de seu país empregar a força militar contra o Irã. “Os serviços de inteligência de vários países estão olhando o relógio e alertando seus líderes sobre o fato de não restar muito tempo.”
Nações Unidas
Esta semana, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) deverá apresentar um relatório sobre o programa nuclear iraniano, no qual concluirá que existem crescentes indícios de que Teerã está de fato em busca da bomba. O documento deve trazer um grau de detalhamento inédito sobre o programa iraniano.
A agência internacional teria obtido imagens por satélite de um contêiner de aço em Parchin, na periferia de Teerã, onde ocorreriam testes atômicos longe da supervisão dos inspetores. Potências ocidentais esperam usar o novo documento da ONU para conseguir aprovar mais sanções contra Teerã no Conselho de Segurança.
No sábado, o chanceler do Irã, Ali Akbar Salehi, afirmou ser “desprovida de fundamento e de autenticidade” a vinculação entre os testes de mísseis e o programa nuclear do país.
FONTE: O Estado de São Paulo
Apesar de seus defeitos, eu admiro demais Israel pela sua capacidade, competência e inteligência. Com toda a riqueza que o Brasil tem, éramos para sermos um dos melhores em todos os sentidos.
O que é ser melhor para voce? Dedicar todos os seus recursos em armas? Ter um presidente fascista e uma minoria religiosa extremista radical? Serviço militar obrigatório? Construçao e manutenção de verdadeiros campos de concentração?
Obrigado, mas Israel nao me inspira nada como nação modelo. Eu me espelharia mais em países como Canada, New Zealand e Finlandia. Fortes porém Pacificos.
FCGV disse: 7 de novembro de 2011 às 17:23 Prezado, Israel a 65 anos não existia como país e seu povo era um amálgama de tribos em diáspora pelo mundo, cheio de gente que escapou do terror nazista e da perseguição comunista, e chegou à Palestina com uma mão na frente e outra atrás. Tomou dos árabes um deserto e transformou num oásis. É hoje um país pujante e democrata, de gente educada e vigorosa, com alguns dos maiores cérebros do mundo em todas as áreas, da filosofia e ciências humanas à engenharia, física e matemática. E além disso é… Read more »
É isso aí.
Desculpa Vader, mas só me resta rir dos seus comentarios. E do seu blog tbm.
Te recomendo um livro, talvez te abra um pouco a cabeça:
A Grande Guerra pela Civilização
Autor: Robert Fisk
http://pt.wikipedia.org/wiki/Robert_Fisk
Mas baseando-se nos seus comentarios, nao acho q vc gosta muito de ler, e esse livro de 1417 paginas vai te assustar um pouco, entao te recomendo um desenho animado muito legal, que conta um pedacinho da historia da terra do avalosf.
Waltz with Bashir
http://www.imdb.com/title/tt1185616/
Blá blá blá, nhém nhém nhém, agressõezinhas baratas de colegial e conteúdo que é bom nada. Como aliás soe acontecer com quem pensa como o caboclo parece pensar. Lamentável. Não fique remetendo a outras instâncias não cidadão, coloque aqui suas idéias e nos enriqueça com seus “grandes conhecimentos” do Estado de Israel, sua fundação, sua história e sua sobrevivência. E prepare-se para a réplica. Livros os há para todos os gostos, e eu aqui poderia lhe indicar bem uma dúzia; mas sei que o cidadão não os lerá porque, como todo bom antisemita (ou esquerdista, talvez?), só quer saber de… Read more »
Hummm ….. lamentável!
FCGV deve significar: F…undistão C…uba G…abão V…enezuela Bah cara…Israel pode ter todos os defeitos do mundo, mas criticar eles por se defenderem? Eles são “caçados” desde os Faraós. Só retornaram a Palestina dois mil anos depois. O Estado judeu não nasceu da noite para o dia. Começou no sionismo, no final do século XIX. Vai culpar israel porque os árabes não souberam se organizar? E outra? Não aceitaram as fronteiras de 1948, invadiram por todos os lados o estado judeu, tomaram um laço, perderam territórios e agora querem as fronteiras de 1948? É o mesmo que devolver o Mato Grosso… Read more »
Senhores, Nem tanto ao mar, nem tanto à terra. Israel realmente é um fenômeno, aparentemente um país surgido do nada em poucas décadas. Aparentemente. Mas os israelenses, ao contrário do Barão de Münchhausen, não se ergueram puxando os próprios cabelos. Houve apoio de vários países, inclusive do Brasil, para a criação de Israel. E até mais importante, houve a ajuda de a comunidade judaica de todo o mundo com dinheiro, tecnologia, mão-de-obra especializada, comércio exterior, pressão política sobre seus respectivos governos e, com seus melhores jovens para formar a população no novo país. Além disto, o mundo se sentia culpado… Read more »
Israel deu certo não só pela ajuda, mas também pela seriedade de seu povo. O Brasil também recebeu muita ajuda externa. Mas, a grande parte dela, “sumiu”. E, com todos os recursos que tem, era para estar numa situação até melhor. Não me conformo com o que está acontecendo na USP relativo a prisão dos alunos maconheiros. Ainda mais com incentivo dos companheiros e companheiras.
Portanto, na minha opinião, a “balança” está ou ao mar ou a terra. O povo de Israel é singular.
Caro Dário: Ajuda ao Brasil?! Que ajuda? Você está bem enganado. O Brasil nunca teve ajuda de lugar nenhum. Quando houve alguma “ajuda”, ela foi regiamente paga a peso de ouro. Daqui sempre se saiu muito mais riquezas do que entrou. Começou pelo Império Português (o mais atrasado e preguiçoso império europeu) a nos colonizar. Fizeram de tudo para manter isto aqui como uma grande fazenda extrativista, sem se deixar construir nada, sem deixar fabricar nada e mantendo a população na maior ignorância possível. Sem falar no sequestro (para não dizer holocausto) dos africanos, que eram trazidos para cá como… Read more »
Humm …. o Brasil teve muita ajuda sim. E não falo só de $$. Pena que não sabe e não soube aproveitar as oportunidades.
Com a exceção do comentário do FCGV = Storm Rider, que não respeita a opinião dos outros, gostei da discussão dos outros comentáristas, Israel é admiravel mesmo, um país pequeno, sem recursos naturais, consegue lançar seus próprios satélites, mísseis e fabricar armar nucleares, td o que o Brasiooool ambiciona e nunca consegue fazer, tentamos fazer fragatas, caças, VLS, carros de combate, submarinos e NADA, nunca damos sequencia a nada. Mais concordo c/ o Observador, levando em conta a nossa origem torta e os anos de exploração, somos sim um país singular.
[]s
Sei que a discussão é fora do tópico, mas agora é a minha vez de discordar do amigo Observador: O Império Colonial Português já era “grande” antes de se iniciar a colonização brasileira. Portugal já tinha seus pés bem fincados na África, Índia, China e Japão, que naquele momento eram prioridades para a Coroa Portuguesa, ficando o Brasil num plano secundário, até o surgimento da indústria canavieira, e mais adiante, a descoberta das Minas Gerais. E se é verdade que a política oficial do Império era de deixar o Brasil nesse plano secundário, também é verdade que a colonização brasileira,… Read more »
Vader … tenho lido suas mensagens no site e, independente das suas posições ou comentários, vc escreve muito bem. Parabéns!
Caro Vader: Como coloquei antes, o Brasil não teve ajuda, entendida como ato altruísta, de generosidade. Portugal fez o que fez (pouco) pelo Brasil, apenas pelos seus próprios interesses, muito diferente do que ocorreu com Israel, que recebeu ajuda realmente desisteressada de todas as partes do Mundo. E Portugal antes de ocupar efetivamente o Brasil era um gigante de pés de barro: tinha entrepostos comerciais espalhados pelo Mundo todo, mas nestes lugares os portugueses mal e mal se afastavam da praia. E como nada construiu, muito fácil sua presença foi apagada de quase todos os lugares por onde passaram. Inclusive… Read more »
Observador disse: 10 de novembro de 2011 às 12:01 Mas amigo Observador, veja bem, estamos a falar de um período de quase cinco séculos! A presença portuguesa no Japão durou quase um século, e só se acabou com a restauração promovida pelo Xogunato Tokugawa (o Japão só iria se abrir ao estrangeiro com o advento da Era Meiji). A Índia foi em parte portuguesa até a conquista inglesa, no século XVIII. E até hoje se fala português em Goa. Na China, Macau foi de Portugal até 1967. Por lá ainda há quem fale português. Nesses locais havia impérios poderosos e… Read more »
Ops, onde se lê “Portugal era uma nação marítima, cujas costas sempre se voltaram para o mar”
leia-se: “Portugal era uma nação marítima, cujas costas sempre se voltaram para o continente”.
E complemento: na verdade quando se pára para pensar no Império Português é admirável que uma nação pouco populosa e pobre em recursos naturais tenha construído o primeiro império colonial ultramarino global, estando presente nos quatro grandes continentes (a Espanha por exemplo fracassou em se infiltrar na Ásia).
Sds.
Caro Vader: Já estamos a anos-luz do tópico, mas como o papo está bom, se levarmos um puxão de orelha dos moderadores terá valido a pena. O seus argumentos não são contrários aos meus. A interpretação é que é diferente. O fato é que os portugueses tiveram um período luminoso, durante o qual “partiram da ocidental praia lusitana, Por mares nunca de antes navegados. Passaram ainda além da Taprobana, Em perigos e guerras esforçados”. Chegaram as américas e ao distante oriente. Construíram um império baseado na navegação, tudo a partir do impulso inicial do Infante D. Henrique lá pelos idos… Read more »
“Logo, não pode ser objeto de admiração alguma.” Como não Observador?????? O país praticamente nasceu em uma grande explosão rsss, o país tem zero recurso natural, praticamente plantam nas pedras, só tem o rio Jordão de água doce e mesmo assim produzem equipamentos no estado da arte. Lembrando que Kfir e Nesher nasceram pela espionagem, tb venceram guerras contra inimigos poderosíssimos que eram ajudados em massa pela URSS bem antes de usarem equipamentos americanos, que só começaram a vir na década de setenta, venceram uma das maiores batalhas de blindados depois de Kursk, resgate em Entebe, Vale do Bekaa, Operação… Read more »
O Merkava fazendo manobras em Golan:
http://www.youtube.com/watch?v=qhmO4pZBRAA&feature=results_main&playnext=1&list=PLBA66A59DAE39648C
Caro Rogério: Não sou anti-semita, mas a atitude de Israel para com os palestinos é deplorável. Ainda mais, por ver que o povo judeu sentiu na própria pele o que é ser segregado e perseguido no seu próprio país. Falamos que o Brasil é injusto, que tem problemas insolúveis, mas Israel é muito mais injusto e vive uma situação que é um verdadeiro “nó górdio” (impossível de desatar). E como falei acima, Israel desde sempre contou (e conta) com muita ajuda externa. Eles não fariam metade das coisas que fizeram se estivessem realmente sozinhos. Quer um exemplo? Israel construiu o… Read more »
Observador disse: 11 de novembro de 2011 às 11:40 Observador, se me permite pontuar sua fala um pouco. Vou falar o que já é sabido, mas só pra contextualizar. Resolução 181 da Onu previa um estado judeu e outro palestino, Israel se organizou, os palestinos quiseram acordo? Não. Fizeram guerra. Israel sobreviveu por pura força deles, com o nada que tinha… (1948) Em 1967 todos sabemos o que aconteceu e como Israel sobreviveu denovo. Yom Kippur também, enfim. Vi apenas guerras de auto-defesa por parte de Israel. Bem ao contrário dos Árabes. Além do mais Israel topou devolver o Sinai… Read more »
Observador disse: 11 de novembro de 2011 às 11:40 Caro Observador, há bem pouco de dedo americano no arsenal atômico israelense. Se quiser apontar para alguém que não os próprios israelenses, mire primeiro nos franceses, depois nos ingleses e, por fim, nos alemães (sim, isso mesmo, por incrível que pareça). Creio eu que porque os europeus em geral se sintam meio culpados pelo que aconteceu ao povo judeu na SGM (mas isso é outra história). Os EUA sempre foram contra armas nucleares no OM, mesmo para Israel (exceção feita à Turquia, durante a Guerra Fria, por razões óbvias). Isso porque… Read more »
Senhores, Israel realmente é um tema que desperta paixões. Sobre despertar admiração, cada um tem seu gosto e preferência. Tem gente até a quem Cuba desperta admiração, fazer o que. Sobre a bomba atômica, sua tecnologia é objeto de espionagem industrial desde o início; os soviéticos tiveram ajuda de americanos para o desenvolvimento da sua própria bomba. Assim como os chineses tiveram ajuda de soviéticos, norte-coreanos tiveram ajuda de cientistas paquistaneses. às vezes houve interesse de governos, em outra ocasiões, só a cobiça de alguns. Afinal, conhecimento é poder e poder vale dinheiro. Ainda vai demorar algumas décadas, mas a… Read more »