Exército negocia compra de blindados antiaéreos Gepard
O Exército brasileiro negocia a compra de 36 blindados antiaéreos alemães Gepard, usados, por 30 milhões de euros. No último dia 20, a Krauss-Maffei Wegmann, fabricante do tanque, promoveu uma demonstração para militares de alta patente no Campo de Instrução de Formosa, em Goiás. Mais que o valor do negócio, o que provoca questionamentos entre alguns generais é a qualidade do blindado. O Gepard, desenvolvido na década de 60, utiliza tecnologia ultrapassada, tanto que a Alemanha, a Bélgica e Holanda o retiraram de operação. Além disso, o Chile encomendou um lote desses blindados há três anos, mas concluiu que não era uma boa compra e devolveu o equipamento após testes com quatro unidades.
FONTE: Veja, via Notimp
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Vamos mudar o nome de exercito para Ferro velho brasileiro, só querendo comprar tralhas inúteis, opções muito melhores se tem no mercado pra adquirir, ao invés de 36 Gepard viessem 36 Pantsyr ou 36 Tor-M2, que vergonha esse brasil que vergonha o exercito só aposta em furada.
Que o Chile devoveu esses blindados já era conhecido. No site Infodefensa, porém, há a informação de que eles foram modernizados e sairiam diretamente do Exército alemão, que os estaria cortando apenas por questões orçamentárias.
Vamos aguardar a avaliação do EB antes.
Duvido que comprem de “olhos fechados” (se bem que em outras ocasiões ….)
O Gepard foi constantemente modernizado em seus sistemas pelo Bundeswehr. Tem que saber se esses que estão sendo oferecidos são do mesmo lote que o oferecido ao Chile.
Sinceramente entre Gepard, Pantsyr ou Tor-M2; eu ainda prefiria um estilingue.
A letalidade de certos sistemas de armas russos, no YouTube, é uma maravilha; já no mundo real…
Talvez o EB devesse cutucar o escorpião do bolso do Mantegna e procurar adquirir algo como o “Spyder”, o míssil “Derby” já é parte do inventário; pelo menos do da FAB.
Poderiam-no tempera-lo c/ o “Piranha”, arrumando serviço de verdade p/ a Mectron fazer.
E antes que a Avibrás chore as usuais pitangas, montem tdo isso, nos caminhões dela.
Não se esquece facilmente dos Leopard 1 belgas que o Exército comprou, em mau estado e sem peças de reposição, não é Poggio.
Eu prefiro mil vezes um Pantsyr do que um gepard pelo menos os sistemas russos tem videos muito mais maneiros, no youtube que o Gepard o resto e falatório, o spyder ia ser uma boa mas acho engraçado o pessoal vive descendo o pau na Elbit, IMI, IAI mas mudam de opinião, além do que os Gepard foram projetados no inicio dos anos 60 e foi considerado por muito tempo o melhor sistema de defesa anti-aéreo de curto alcance do ocidente sendo que até os americanos tentaram fazer uma copia com canhões de 40 mm montados no chassis de um M-48.
Já os atuais sistemas russos são muito superiores podem arrumar mil argumentinhos furados, que em qualquer outro blog ou site de assuntos de defesa vai dizer a mesma coisa, mas uma coisa eu digo melhor um Spyder ou Pantsyr novinhos em folha do que um monte de latas velhas, mesmo que estejam modernizadas a idade pesa contra.
A capacidade anti-morteiros e anti-misseis do Gepard se compara a sistemas como o Phalanx e Goalkeeper ?
Zero a esquerda absoluto, o Gepard não é um sistema C-RAM.
Aliás nem o Goalkeeper, talvez a “versão” chinesa, mas o original não.
Pessoal só sabe criticar, pois então digam aí: qual é o sistema antiaéreo autopropulsado de que o Exército Brasileiro dispõe hoje mesmo?
É oooo… É o… É…
Nenhum? Oras, como? Pelo que o pessoal falou acima achei que tivéssemos montanhas deles!
Qualé pessoal… o Gepard pode não ser a 7a maravilha da tecnologia antiaérea, mas PARA O QUE SE PROPÕE, ou seja, abater aeronaves de baixa velocidade, leia-se, predominantemente HELICÓPTEROS, provendo de alguma defesa as armas blindadas do EB, e ao mesmo tempo criando uma doutrina no uso de tais armas, está MAIS QUE BOM.
É uma arma, não um videogame. Não tem que ter tela bonitinha de led nem vir com roda de liga leve e bola de câmbio em formato de coração. 🙂 O que precisa fazer é localizar um alvo e atirar nele, operando de forma integrada com outras armas, e isso esse blindado faz bastante bem.
Tenho severas dúvidas se qualquer de nossos vizinhos dispõe de algo do gênero. E melhor: a um custo bastante razoável, se vierem revisados e modernizados.
Não é o fim, é um começo. Para quem não tem nada, é um começo bastante promissor. Lembrar que ainda são usados pelo Bundeswehr, e que o Type 87 japonês usará ainda por muitos anos o mesmo canhão Oerlikon 35mm (que aliás ainda é usado por mais de 30 países).
“Ah, mas o Chile cancelou a compra”. Oras, o Chile cancelou sua compra por causa dos CUSTOS para a modernização, e por conta de uma outra avaliação em sua estratégia de defesa, e não porque o sistema não presta.
Muito boa notícia. Tomara que dê certo; parabéns ao EB. A única coisa a lamentar é o pequeno número. Mas pra começar está bom.
Sds.
Sem querer ser preciosista, mas vocês estão comparando mexericas com laranjas.
Eu não sei qual a intenção do EB, mas o Gepard é um sistema antiaéreo tático, blindado, autopropulsado e autônomo, próprio para dar proteção a uma força mecanizada e blindada.
Já o Spider é um sistema mais apropriado a defender pontos de alto valor estratégico, embora também possa ser usado taticamente, posicionado à retaguarda do front, provendo cobertura a um sistema de baixa altitude como o Gepard, que vai estar avançando junto com a coluna de blindados.
Se adquirirmos os Gepards, combinados com os Iglas, (que poderiam até vir a ter uma versão autopropulsada em veículo utilitário), seria muito bem vindo um sistema como o Spider (compatível com mísseis que já temos) , ou o SLAMRAAM/NASAMS (compatível com mísseis que poderemos vir a ter se vencer o SH ou o Gripen NG no F-X2) ou o VL-Mica (idem se ganhar o Rafale), para prover cobertura de médio alcance/altitude.
Lembrando que a confusão é válida também no caso do Tor-M1, que foi muito discutido nos boatos de tempos atrás.
Acredito que havia uma confusão, realmente estava sendo discutido -contra- o sistema lendo-se em conta características que, na verdade, não eram desvantagens, mas aspectos de projeto (como o fato de ter radar de aquisição, iluminação, lançador, tudo numa única plataforma e um VLS).
Na minha opinião, tanto ele quanto o Gepard são extremamente válidos, caso sejam adquiridos a um bom custo, de forma ponderada, com um bom contrato de pós-venda…
Quanto aos sistemas comentados pelo Bosco, apesar dos sistemas baseados em mísseis ar-ar terem desempenho deteriorado (e o fato do desempenho do Derby já não ser grandes coisas…) eu acho a idéia válida também… Sabendo que são sistemas mais baratos e (potencialmente) logisticamente vantajosos eu diria que, mesmo com um menor desempenho que sistemas “dedicados”, são extremamente válidos.
Também concordo com a decisão.
M.A,
Eu mesmo fiz críticas ao TOR por achar que todos os ovos haviam sido colocados no mesmo cesto, mas estava errado.
Minha má impressão é devido à grande dimensão do sistema operando na linha de frente.
Um radar de médio alcance na retaguarda não consegue cobrir todas as áreas devido aos acidentes do terreno e o uso de radares de vigilância de menor alcance em veículos dedicados é extremamente benéfico.
Meu questionamento é apenas e tão somente no excessivo alcance dos radares russos, que tornam as antenas muito grande e desajeitadas.
Um míssil com alcance de 12 km como os usados no sistema TOR não precisaria de uma antena tão grande, já que antenas bem menores conseguem ter boa performance até 30 km mais ou menos, o que seria mais que adequado para o sistema em questão, mas claro, deve haver uma boa razão para os russos fazerem suas antenas de grandes dimensões, quase do mesmo tamanho da antena Sentinel usada pelo US Army na retaguarda, com alcance de 100 km.
Quanto à questão dos mísseis ar-ar adaptados à função sup-ar terem desempenho pior se comparado a mísseis sup-ar “puro-sangue”, é questionável.
Em geral, mísseis sup-ar dedicados, na faixa de peso dos mísseis ar-ar (entre 70 e 250 kg), são guiados por linha de visada, seja através do método CLOS, seja por laser beam rider, isso obriga os mísseis a terem uma trajetória tensa, portanto, peso por peso, é natural que tenham um melhor comportamento cinético.
Já os mísseis sup-ar originados de mísseis ar-ar são em geral guiados por algum sistema de orientação autônoma, seja por radar (ativo ou semi-ativo) seja por infravermelho (busca de calor ou por formação de imagem térmica), o que possibilita que tenham trajetórias parabólicas, compensando possíveis deficiências em relação a mísseis dedicados, além de poderem travar no alvo após o lançamento (LOAL).
Tal característica no mínimo dobra o alcance de um míssil ar-ar em relação aos “puro-sangue”.
Exceção à regra são os mísseis russos SA-15 das últimas versões do sistema TOR (M2) que usam o “comando de rádio fora da linha de visão”, já que o sistema de controle de tiro possue um radar de varredura eletrônica que consegue acompanhar o míssil e o alvo simultaneamente, mesmo quando não estão alinhados.
Mas infelizmente, mesmo podendo assumir uma trajetória parabólica, o SA-15 tem um peso excessivo em relação ao alcance/ogiva se comparado a mísseis com peso semelhante do ocidente, como por exemplo o SLAMRAAM, que tem pelo menos o dobro do alcance, ou o Crotale NG, que tem o mesmo alcance e ogiva equivalente, embora pese a metade.
Tal discrepância do SA-15 deve-se provavelmente à sua capacidade de lançamento que adota um sistema de foguetes de controle de atitude para colocá-lo em curso logo após ser “ejetado” do lançador.
No fim, apesar de espetacular do ponto de vista “estético”, o lançamento vertical se mostra contraproducente se comparado a mísseis com lançadores conteiráveis do ocidente.
Mas também me junto a muitos e gostaria de ver o sistema TOR fazendo parte de nossa defesa tendo em vista ser um excelente sistema de armas.
Agora, se o SA-15 do sistema TOR peca por ter um alcance limitado em relação ao peso, seu conterrâneo, o SA-22, do Pantsir, tem uma relação peso alcance extremamente favorável, sem comparação no ocidente, pesando cerca de 90 kg para 20 km de alcance e 10 km de altitude.
Para isso ele adota um sistema de 2 estágios, com um booster impulsor que libera um “dardo” propulsado com baixíssimo arrasto, o que garante o alcance invejável.
Vale lembrar que esses sistemas guiados por comando (linha de visada ou não) são bem mais baratos que sistemas que adotam mísseis ar-ar, já que esses são dotados de caros sistemas de busca.
Eu fiquei tão indignado com a idéia da compra deste veículo, que na minha primeira mensagem sobre o mesmo usei um termo que (muito justamente) foi censurado.
Este veiculo é um verdadeiro dinosauro, não um carnivoro e perigoso Tiranosurus Rex mas sim um vegetariano e pacifico Brontosaurio.
Este veiculo é uma herança das ameaças dos anos 60: os aviões de ataque e os misseis anti carro lançados por helicopteros.
Hoje os aviões de ataque são enfrentados por misseis antiaereo guiados como o Igla, Stinger, Mistral, Blowpipe, RBS-70 etc.
Como defesa contra helicoptero lançador de misseis os canhões de 35 mm não tem First Hit Probability suficiente para garantir uma destruição/incapacitação do vetor lançador antes do missil atingir o alvo.
Em suma, um produto completamente superado, sem o minimo interesse.
Alguns malavisados, defendem a compra do dinosauro para desenvover a doutrina de defesa anti aerea.
Esta doutrina que empregava o Gepard já morreu nos anos 80!!!
É uma pena que tenha escrito esta mensagem tão tarde.
Poucos vão ler.
Bacchi
Bosco,
Contudo, os mísseis supracitados são da nova geração, sabe-se que seu alcance nominal é devido, em grande parte, ao fato de engajarem seus alvos em trajetória parabólica, mesmo contra alvos ar-ar.
E o fato de realizarem uma trajetória parabólicas e LOAL não muda o fato de estarem saindo da inércia, com um propulsor feito para operar em máxima eficiência a médias/altas altitudes, sendo lançados a partir de uma alta velocidade relativa em relação ao alvo (por isso o alcance nominal dos mísseis é sempre contra alvos “head-on”). Logo, é praticamente inquestionável que o desempenho de um míssil ar-ar, sendo operado do solo, seria comprometido…
Quanto ao Tor, o tamanho da antena pode significar algumas coisas… Fisicamente, uma maior antena tende a significar uma maior concentração de sinal e, por consequência, uma maior eficiência de transmissão/recepção. Uma frequência muito baixa também requer componentes fisicamente maiores, por isso a necessidade de grandes antenas. Acredito que nisso não seja muito difícil especular um motivo, aqui creio que concorde comigo que não há espaço para a usual “maneira da mãe-russia” de fazer as coisas, mas sim, um objetivo prático…
Quanto ao sistema de lançamento e aos mísseis… Há um problema aí… A baixas velocidades, superfícies de controle tendem a ter menor resposta, devido a menor intensidade das forças de sustentação/arrasto envolvidas. Em mísseis terra-ar isso sempre foi um problema: quando tem-se um alvo próximo e rápido, você vai ter uma velocidade angular muito grande em relação ao lançador, mas é justamente nessa situação que o desempenho do míssil é pior.
Para engajar tais alvos teríamos 2 soluções: reduzir o momento de inércia do míssil ou criar uma forma de mudar seu ângulo de ataque de forma mais rápida.
A primeira solução é básica e provavelmente envolve a concepção de qualquer míssil terra-ar (projetistas desenham e otimizam seu projeto visando maior eficiência estrutural), contudo, somente recentemente com novos microprocessadores, mísseis podem mudar de forma absurda seu angulo de ataque, assumindo uma orientação bastante diferente à da linha de visada, mas mantendo a capacidade de calcular o efeito destas mudanças de direção em relação a trajetória.
Aí temos a possibilidade da solução 2. O TOR é um sistema de, provavelmente, tem o melhor desempenho em sua faixa de operação… Seja na fase inercial, ou a 1km do lançador, o míssil consegue máxima taxa de curva, por “independer” da velocidade para controle de superfície….
É praticamente impossível que um míssil convencional tenha desempenho semelhante.
TVC não seria a solução perfeita, pois, ao deslocar a fonte de empuxo, há um menor vetor de tração atuando, significando uma tendência maior de redução de velocidade em curvas, o que não é problema para mísseis ar-ar, mas pode ser para um míssil terra-ar de curto alcance.
Só que isso leva a um problema: o míssil precisa ser maior/mais pesado para acomodar esse sistema. Daí o VLS… Em minha opinião, uma solução bastante válida.
Claro, russos são dados a fazer coisas “estranhas e inúteis” mas normalmente não insistem no erro, empurrando a produção de algo inútil e operando-a por muito tempo.
O caso do TOR parece-me legítimo.
Se seu alcance é reduzido em relação ao peso, compensa-se com uma maior taxa de curva em todas as faixas de alcance operacionais.
Perdão por qualquer erro gramatical grosseiro. O auto-corretor ajuda, mas a pressa…
Bacchi, comentário interessante… à primeira vista faz bastante sentido.
Valeu M.A.
Excelentes considerações.
M.A.
Só uma dúvida: Você tem certeza que o sistema de foguetes para controle de atitude do SA-15 atua inclusive durante a trajetória rumo ao alvo?
Pra mim ele usava o sistema de foguetes de controle de atitude apenas na fase pós ejeção e depois se comportava como um míssil “convencional”, dependente de superfícies aerodinâmicas.
E uma consideração: No meu comentário já havia dado o “desconto” acerca da deterioração do alcance de um míssil ar-ar quando lançado do solo, que em geral, como você está cansado de saber, há uma redução de 3 a 4 vezes se comparado ao alcance nominal ar-ar em condições ótimas contra um alvo “head-on”.
Um Amraam C-7 (100/120 km) se usado no sistema Slamraam, teria um alcance nominal na faixa de 25/30 km.
Bosco, desculpe mesmo, eu passei direto por essa consideração, não teria batido na mesma tecla se eu tivesse visto isso em seu comentário.
Quanto ao sistema do SA-15, não tenho certeza, sinceramente… Mas, eu não imagino outra alternativa para as imensas proporções do míssil.
Digo, seria estranho para mim se ele não pudesse utilizar o sistema após o lançamento.
Se você achar informação conclusiva a respeito disso…
Mas aí eu teria de pensar em outra explicação pro VLS, e pras dimensões do SA-15…
Mas uma coisa que queria perguntar, eu não isso ainda, mas… No caso destes três proeminentes sistemas (SLAMRAAM, Pantsyr e Tor), qual o sistema de localização do míssil utilizado?
Veja minha dúvida: Em teoria, o SA-2 também podia engajar alvos utilizando uma trajetória parabólica, problema é que o Fan Song era o mesmo sistema utilizado para acompanhar o alvo e o míssil, aí fica um problema: O míssil não podia se deslocar além da faixa de iluminação do radar, mantendo-se num determinado limite de elevação em relação ao radar…
Solução foi encontrada de forma sagaz no Ganef, colocando duas antenas de radar apenas para o acompanhamento do míssil (uma para “feixe amplo”, outra para “feixe focado”).
Eu queria saber como estes sistemas lidam com essa problemática… Se usam radares, ou estabelecem um canal multilateral de comunicação com o míssil, associado a um sistema de navegação do mesmo…
Ou se usam o mesmo radar para ambas as funções!
Obrigado pela resposta!
M.A,
Os mísseis sup-ar de primeira geração ou eram guiados por seguimento de feixe ou por comando de rádio.
Os guiados por comando de rádio precisavam de um radar de acompanhamento do alvo e um para acompanhamento do míssil, como você mesmo descreveu, de modo a que pudesse haver a correção via rádio e se desse a interceptação. No início da era do míssil guiado não existiam radares de varredura eletrônica que podiam fazer as duas atividades simultaneamente.
Como não havia um cabeça de busca na fase terminal, ou se usava uma pequena ogiva nuclear ou uma grande ogiva convencional. No caso de se usar uma ogiva convencional é claro que a precisão não era nenhuma “brastemp”. rsrsrss
Logo introduziram um sistema de radar semi-ativo de modo a aumentar a precisão e ogivas nucleares foram caindo em desuso, e isso acrescentou mais radares (iluminadores).
O Nike Hercules que era guiado por comando de rádio precisava de 4 ou 5 radares para operar (vigilância, acompanhamento do míssil, do alvo, etc) e tinha uma ogiva de mais de 500 kg.
O Pantsir e o TOR M2 possuem radares de varredura eletrônica e conseguem acompanhar o alvo e o míssil mesmo que eles tenham uma grande diferença angular, embora existam antenas adicionais de pequenas dimensões que devem servir para acompanhar o míssil (???).
Versões anteriores do TOR também usavam uma trajetória parabólica e provavelmente usavam essas antenas adicionais.
O SS-22 do Pantsir, salvo engano, embora o sistema tenha antenas de varredura eletrônica com grande ângulo de varredura, parece que usa uma trajetória tensa, não se valendo de uma trajetória parabólica.
Esse sistema é inédito no ocidente, que nunca empregou comando de rádio fora da linha de visada em mísseis de curto/médio alcance e só usa o sistema CLOS (comando para a linha de visada).
Quanto ao SLAMRAAM, só existem duas possibilidades: ou ele não precisa de ser acompanhado por um radar e voa de forma autônoma (como um VANT), recebendo apenas atualizações da posição do alvo, ou o radar Sentinel (de varredura eletrônica) consegue de modo intermitente (já que gira) acompanhar o míssil Amraam e o alvo, enviando as correções necessárias tendo em vista a posição espacial dos dois objetos.
Mas tenho convicção que no caso do SLAMRAAM isso não é necessário e as atualizações independem do mesmo ser acompanhado pelo radar.
Ele opera mais como um míssil antinavio que recebe atualizações da posição do alvo via data-link sem que para isso precise estar sendo acompanhado.
Quanto a receber “atualizações intermitentes”, isso não é um problema para um míssil que tem uma cabeça de busca autônoma na fase terminal, e provavelmente só seria relevante se ele fosse usado contra mísseis balísticos que exige uma alta taxa de atualização, que não é o caso.
No caso de se usar a versão C-7 no SL-AMRAAM, ele possui um sistema de data-link de duas vias, além de GPS, portanto, em teoria pode enviar sua posição para a “base” em tempo real, “conversando” com o lançador, que só precisaria acompanhar o alvo.
Essa seria uma terceira opção.
Vou dar uma pesquisada e a gente volta a conversar já que esse tema é fascinante.
Um abraço.
Sua suposição sobre o SLAMRAAM é bem pertinente e lembra um pouco a guiagem do ganef. O radar de iluminação ficava desligado e o de guiagem do míssil funcionava de forma intermitente. A posição do alvo era atualizada via canal de data-link com o radar de aquisição e comparada com a posição calculada pelo computador do sistema. Se houvesse diferença muito grande, o radar da bateria poderia iluminar rapidamente o alvo e atualizar sua posição.
Acrescentando à fórmula um míssil que possui um radar autônomo como o AIM-120 e temos um sistema com uma taxa de atualização mínima do míssil, creio eu…
Sendo a opção 3, realmente seria muito mais prático, mas imagino se esse modelo é comum o bastante para permitir um sistema baseado nessa variante?!
Mas, supondo que o método de acompanhamento de alvo/míssil do Tor é basicamente o mesmo do SA-2, não me impressiona o fato da antena ser tão volumosa…
Veja como faz sentido: Sabendo que o sistema precisa de uma ampla faixa de cobertura de elevação para dar espaço de manobra para o míssil, o feixe do radar de iluminação precisa ser muito mais amplo, logo é necessário maior volume da antena para manter a mesma intensidade de sinal…
Mas eu acho muito estranho que ele use este método, sabendo-se que antenas independentes dão muito mais “liberdade” ao sistema…
Em minha opnião, a abordagem dos 3 sistemas, apesar de diferentes, são válidas, com suas vantagens e desvantagens, acredito que qualquer um estaria mais que qualificado para ser operado pelo Brasil!
Obrigado mais uma vez, de fato um assunto muito interessante.
Independente de saber ao certo qual o sistema adotado pelo SA-15 do sistema Tor, se usa o radar de varredura eletrônica ou se usa radares independentes para acompanhar o míssil em sua trajetória parabólica, sabemos que o sistema o faz.
Já em relação ao SLAMRAAM pairam dúvidas de qual método foi adotado para atualizar o míssil, só sabemos que o único radar envolvido é o radar 3D giratório Sentinel AN/MPQ-64.
A resposta pode nos ser fornecida por quem sabe se quando usado no modo ar-ar contra alvos distantes e usando atualização por data-link se ele precisa estar sendo acompanhado pelo radar do caça ou se recebe apenas atualizações do alvo, não sendo necessário que o sistema de controle de tiro do caça compute as trajetórias e envie as correções, o que seria bem difícil tendo em vista que ele adota a trajetória loft, subindo mais de 10 km do nível em que foi lançado.
Eu penso que devido ao sistema de navegação inercial do Amraam (somado ao GPS em algumas versões) ser extremamente avançado e à grande capacidade de processamento do míssil, ele sabe onde está no espaço em tempo real, de forma autônoma, e pode por si só estabelecer uma trajetória até o alvo tendo em vista a posição futura do mesmo, no modo de navegação proporcional.
Pelo menos versões mais modernas devem prescindir de serem “acompanhadas” pelo radar do caça, e o que reforça isso é o fato do mesmo operar de forma cooperativa com outros caças, recebendo atualizações inclusive de quem não o lançou, que muitas vezes encontra-se com seu radar inativo para manter a furtividade.
O SLAMRAAM foi pensado também em operar de modo cooperativo, podendo atingir alvos fora da linha de visão do radar Sentinel, abaixo do relevo, desde que receba atualizações de uma plataforma voadora, como um AWACS ou um radar instalado em um aeróstato (JLENS), o que nos leva a crer que ele não opera de forma semelhante ao clássico “comando de rádio”.
Desculpem-me se me alonguei no assunto.
Rsrsrssss.