1. Estudo de uma equipe de sociólogos do EVS mostra que, em 1999, havia 62,1% de católicos e 25,8% de protestantes no continente. Em 2008, data do último relatório, registrou-se queda vertical nas proporções, para 36,7% e 14,5%, respectivamente. Entre os franceses, eram 70% os que se diziam católicos em 1981, e não mais que 43% em 2008. No Reino Unido, os protestantes passaram de 56,6% para 38,7% e os católicos, de 13,6% para 10,8%. Na Alemanha, os protestantes caíram de 34,5% para 27%, e o número de católicos permaneceu praticamente inalterado, em torno de 22%.

2. E há os que se declaram sem religião (sem igreja): na França, aumentaram de 27% para 50%; no Reino Unido, passaram de 15% para 32,9%; na Alemanha, foram de 39,6% para 46,1%. Do lado muçulmano ocorre o contrário. Eles são atualmente 44 milhões (6% da população europeia), depois de um aumento de 14,5 milhões de 1990 a 2010, de acordo com o Pew Research Center. Nos próximos 20 anos, a previsão é de que a Europa terá 8% de fiéis dessa religião, com novo aumento de 14 milhões. A comunidade muçulmana francesa é a maior da Europa: a estimativa é de que sejam 5 milhões de pessoas, ou cerca de 8% da população (estatísticas oficiais étnicas ou religiosas são proibidas no país desde o fim da Segunda Guerra).

3. “A triste verdade é que o preconceito contra muçulmanos é amplamente difundido na Europa hoje e não apenas pela internet. Pesquisas de opinião efetuadas em vários países europeus transmitem a mesma mensagem: medo, desconfiança, visão negativa dos muçulmanos e da cultura islâmica”, diz Thomas Hammarberg, comissário de direitos humanos da assembleia parlamentar do Conselho da Europa. Na Alemanha, que registra uma forte imigração turca e reúne a segunda maior comunidade muçulmana da Europa, apenas 45% têm opinião favorável em relação aos fiéis dessa religião, segundo pesquisa do Pew Research Center divulgada em julho. Na Espanha, a aprovação é ainda menor, de somente 37%. Na França, na Alemanha, na Espanha e no Reino Unido, a maioria diz que as relações entre ocidentais e muçulmanos são “ruins”.

FONTE: Daniela Fernandes – Eu & Fim de Semana – Paris – Valor (14)

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dario_avalosf
dario_avalosf
13 anos atrás

Considerando os praticantes, os nrs acima tendem a cair drasticamente. Quanto ao preconceito, deixando de lado o “politicamente correto”, vejo fundamento.

Ivan
Ivan
13 anos atrás

Estava certa vez com meu filho e meu sobrinho e afilhado, na época com 6 (seis) e 5 (cinco) anos em uma lojinha da Disney na Florida, e um português cabo verdiano ao reconhecer a língua ficou impressionado com a energia das crianças às 10 (dez) horas da noite, após um dia de parque de diversões.

Então brinquei com ele, dizendo que os europeus mais fortes saíram do continente e foram conquistar as Américas (todas).

Como bom cabo verdiano ele acrescentou dizendo que o restante foi para África.

O que me impressiona é como os europeus que colonizaram as américas, forjando nações incrivelmente poderosas com ainda imenso potencial de crescimento, influenciando de forma determinante a cultura e crença de 900.000.000 (novecentos milhões) de americanos, são incapazes de impor sua própria cultura em casa.

Meu avô, que teve de morar em várias cidades, dizia:
“Em terra de sapos, de cócoras como eles”.

Na Europa acontece uma prática que é aparentemente politicamente correta, a de respeitar a cultura de cada povo… mas de forma mentirosa e segregacionista, na medida que limita cada cultura a região em que se encontra, as vezes apenas ao bairro…

Foram capazes de influenciar o que talvez seja o continente mais rico do planeta, mas são incapazes de integrar os emigrantes que receberam e recebem.

Por que?

Sds,
Ivan, um euro-afro-índio americano do sul. 😉

dario_avalosf
dario_avalosf
13 anos atrás

A falta da integração não é só culpa dos europeus. Sou testemunha dos esforços dos alemães para inverter a situação. A verdade é que a maioria dos imigrantes não fazem questão da integração porque estão lá só pelo dinheiro ou para ter educação de graça.
Não levam consigo o compromisso de respeitar as regras, os costumes e as leis locais. Pelo contrário. Veja o caso na Austrália, país parecido com o Brasil, onde os mulçumanos queriam a força mudar as leis segundo o Islã. O nr de imigrantes mulçumanos no País tem aumentado. Logo logo, nossas mulheres “terão que usar a burca” para ir a praia em respeito a terceiros.