Confiança em poderes armados cresce mais
Bombeiros, Forças Armadas e polícia são as três únicas instituições que cresceram na confiança dos brasileiros nos últimos 12 meses. É o que mostra a pesquisa do Ibope Inteligência, cujo levantamento anual aponta as oscilações na relação de confiança da população com as instituições. Entre os grupos sociais, a família, como em todos os outros anos, liderou como mais confiável.
Os brasileiros estão menos confiantes na Presidência da República e em governos federais e municipais do que estavam no ano passado.
Considerados os três últimos anos, a pesquisa mostra que a instituição presidente da República teve uma queda de nove pontos em comparação a 2010. Em 2009, o índice registrado foi de 66 pontos. Subiu para 69 em 2010 e em 2011 recuou para 60 pontos. Para Malu Giani, gerente de planejamento do Ibope Inteligência, a queda se explica pela troca de presidente, uma vez que Luiz Inácio Lula da Silva gozava de grande empatia com a população.
O governo federal, que havia melhorado seis pontos de 2009 para 2010 – de 53 pontos para 59 -, perdeu agora sete pontos na confiança da população e foi a 52 pontos. Já os governos municipais mantiveram a tendência de queda que vem desde 2009, quando obtiveram 53 pontos. Em 2010, registrou-se diminuição de três pontos (50) e este ano mais três (47 pontos).
O Congresso Nacional e os partidos políticos, que já tinham os menores índices de confiança junto aos entrevistados desde que a pesquisa começou a ser feita no Brasil, em 2009, caíram ainda mais, para 35 e 28 pontos, respectivamente. O Judiciário perdeu quatro pontos percentuais.
A instituição sistema público de saúde foi a que apresentou maior queda. Tinha 49 pontos em 2009, passou para 47 em 2010 e desabou para 41 pontos em 2011. Foi seguida por escolas públicas, que perderam sete pontos de popularidade de 2009 para cá, e meios de comunicação, que perderam seis pontos.
A pesquisa do Ibope Inteligência foi realizada também em Porto Rico, Argentina e Chile, este último pela primeira vez. No Brasil, foram realizadas 2.002 entrevistas. A composição do índice é feita utilizando-se uma escala de quatro pontos, em que é possível medir muita confiança, alguma, quase nenhuma ou nenhuma confiança.
FONTE: Valor Econômico