Após anos tentando evitar, o US Army concordou em tentar criar um aparelho com a mesma capacidade de um smart phone, mas para atuar no campo de batalha. As tropas querem um smart phone de combate como indicado em fóruns de discussão militares oficiais e não oficiais. Os veteranos de combate citam que pode ser um caso de vida ou morte. Então o US Army começou a estudar o assunto seriamente, mas sem chamar de smart phone de combate. O aparelho será chamado de NWEUD (Nett Warrior End-User Device) e usará o sistema operacional Android.

Em 2010 um Batalhão foi enviado para o Afeganistão equipado com o Nett Warrior. O equipamento era um computador de 2,3kg com um display tipo HMD e um teclado manual. A bateria durava 24 horas e levava quatro horas para recarregar. O HMD geralmente mostra um mapa, com posição atualizada constantemente assim como a de tropas amigas próximas. Recentemente passou a mostrar a posição de inimigos detectados. O Nett Warrior integra rádios, GPS e uma memória de 16 GB. As tropas consideraram bem útil em algumas situações, mas ainda consideram o peso um problema. Os testes foram considerados um sucesso. Mesmo assim as tropas perceberam que um smart phone poderia fazer o mesmo trabalho e o US Army pediu para as empresas criarem protótipos do NWEUD.

O Nett Warrior fazia parte do programa Land Warrior, cancelado após mais de uma década de desenvolvimento e US$ 500 milhões em investimentos. O conceito ainda continua vivo em várias ferramentas já disponíveis para as tropas. Então o Land Warrior foi renomado “Ground Soldier Ensemble” e depois virou o “Nett Warrior” (de Robert Nett um ganhador da Medalha de Honra).

Mais de meio século de estudos tem resultado em conhecimento sobre o que o infante precisa para ser mais efetivo. Eles precisam saber onde estão e rápido. Não saber onde está é uma das maiores limitações de um blindado. Um infante precisa apenas olhar ao redor, mas os tripulantes de blindados não tem esta visão de dentro dos veículos e ficam desorientados facilmente. Em combate todos se fecham nos veículos para sobreviver. Os infantes se escondem.

O programa Land Warrie pretendia dar um computador para todo líder de pelotão e grupo de combate, depois para todos os infantes, com um display no capacete e um teclado manual. O GPS indicaria a localização no mapa mostrado no HMD. No Iraque, os oficiais e sargentos, equipados com mapas e GPS perceberam que era uma ótima forma de navegar e realizar seu trabalho. Com a capacidade de rede do Land Warrior as tropas também podiam receber novos mapas e outras informações. Podiam até usar uma câmera de vídeo para enviar imagens para o centro de comando ou para outro soldado no grupo de combate. O item mais importante era mostrar a posição de tropas amigas, como fazia o “Blue Force Tracker”.

As unidades Stryker já mostraram sua eficiência. Os inimigos capturados dizem que os Stryker equipados com o Land Warrior vinham do nada e rapidamente manobram para cercar e destruir seus alvos. Sempre a noite e sem luz. As tropas a pé passaram a ter a mesma capacidade.

Os testes mostraram vários problemas com o conceito. O sistema wi-fi levava 10 segundos para atualizar a posição de todos, mas foi em grande parte resolvido. O problema continuou a ser o peso. As tropas reclamaram do teclado e queriam um semelhante ao dos smart phones para enviar mensagens de texto rapidamente. A câmera de vídeo na arma foi cancelada, mas pode voltar.

Novas baterias que duram mais resolveram em parte o problema dos gastos de energia, mas sem resolver o problema do peso. Futuros problemas serão manter um sinal constante e a criptografia.

FONTE: Strategy Page

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