Amorim seria ‘a pior escolha possível’
Tânia Monteiro
A indicação do ex-chanceler Celso Amorim para o Ministério da Defesa já está provocando reações contrárias em Brasília. Militares dos altos comandos das Forças Armadas consultados pela reportagem consideraram esta “a pior escolha possível” que a presidente poderia ter feito.
Segundo esses interlocutores, Amorim contrariou “princípios e valores” dos militares nos últimos anos quando esteve à frente do Ministério das Relações Exteriores e até ex-ministro Nelson Jobim contornava as polêmicas causadas por decisões “completamente ideologizadas” de Amorim. Essas fontes questionam por que o governo decidiu colocar de novo um diplomata sobre os militares. Eles lembram que isso não deu certo com José Viegas e “não vai dar de novo”. Para esses militares, a decisão da presidente foi precipitada, mas vão ter que engolir.
FONTE: estadao.com.br
COLABOROU: Baschera
Isso vai dar porcaria…
Colocar o megalonanico na Defesa é como colocar o Tiririca na Educação.
O último diplomata que passou pela Defesa foi o Viegas, e quem já sabia ler lembra a tragédia que foi.
Vários candidatos seriam melhores ou menos piores do que ele:
– General Heleno;
– Aldo Rebelo;
– Michel Temer;
E vai por aí. Só consigo pensar em quatro que seriam ainda piores que o CA: o MAG, o Genoíno, o Dirceu ou S.M. o Apedeuta (em pessoa).
Mas não, a presidente tinha que colocar justo o antiamericano mais trapalhão do governo anterior; um diplomata que não entende patavinas da máquina complexa que vai administrar. E um sujeito que d epragmático não tem nada: é um completo idiota ideologizado.
Sei lá. Começo a acreditar que esse governo não irá durar muito tempo… Quando um rato-véio como o Jobim mete a boca no trombone do jeito que fez e abandona o barco, podem ter certeza que tem treta… 😉 O PMDB parece que finalmente “descobriu” que pode mandar no país sem aguentar as trapalhadas do PT…
Bem, pelo menos teremos uma primeira-dama que é uma tchutchuca… 🙂
Apenas um comentário sobre a política externa do governo Lula, ao qual Amorim era o responsável.
Três coisas precisam ser consideradas sobre esta política externa.
1) Ela não era coerente com a tradição do Itamaraty.
Existiam outros “palpiteiros”, digo, conselheiros como o célebre Marco Aurélio Garcia, e toda a excrescência política da velha esquerda que ele representava e que foi mantida por Lula no poder como forma de agradar a todos os setores do PT. O caso Cesare Battisti é um exemplo clássico de como esta craca política gozada de prestigio junto a Lula.
2) Foi uma política externa com finalidades puramente internas.
O que Lula fez durante seu governo foi posar de “independente”, valia tudo para parecer um antiamericano, um anti europeu, um anti imperialista.
Isto soava bem para os ouvidos do brasileiro médio, aquele que passou a vida toda acreditando que os EUA não deixam o Brasil ser a potencia econômica, militar e política que poderia ser. Isto foi fundamental para a popularidade do “grande líder” Lula em detrimento ao “lacaio americano FHC”.
3) Foi uma política externa de contingencia.
Na América do Sul, quem fez política externa de grande visibilidade foi um cavalheiro de nome Hugo Chaves.
Formou um bloco de países Bolivarianos, influenciou em eleições de países vizinhos, atacou os “interesses imperialistas” (E para eles imperialistas somos nós brasileiros), se rearmou militarmente, se aproximou de Rússia e China em antagonismo aos interesses americanos, armou arapucas políticas como a de Honduras entre outras estripulias.
O grande líder da política externa sul americana já estava constituído, isto forçou os estrategistas do “Grande Estadista Lula” a procurarem outros lugares do mundo para atuarem e sair da enorme sobra de Chaves.
Irã, África, Coréia do Norte, Líbia, onde houver um governo “inimigo dos imperialistas” Havia um governo “amigo do Brasil”.
Praticar política externa na América do Sul era muito difícil, ou ficava na sombra de Chaves ou ficava na eterna lenga lenga da integração com o Mercosul que foi uma das pautas dos últimos 20 anos.
Amorim nunca me pareceu um gênio, sua imagem era de um equilibrista, de um lado era tutelado por pessoas como Tarso Genro, Marco Aurélio Garcia.
Do outro precisava engolir seco as cotoveladas de Hugo Chaves e seus presidentes bolivarianos amestrados que negou ao Brasil qualquer holofote na região.
Por fim precisava alimentar a visão de Lula como o “anti imperialista”, o independente, o soberano.
Sobrou para este infeliz as tristes causas que a diplomacia brasileira nos últimos 8 anos em função deste cenário acima.
Vamos ver no MinDef se este disciplinado equilibrista consegue fazer valer as vontades da presidente que hoje é muito mais referenciada pela equipe econômica do que por qualquer questão militar ou técnica.
Alguns atributos ele tem, honestidade, lealdade, resiliência. Vamos ser se é o suficiente.
“Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe.”
Caro Koslowa:
Gostaria muito de partilhar seu otimismo.
Porém, considerando o currículo do Sr. Amorim,é impossível.
Este sujeito faz parte da catrefa que coloca os interesses ideológicos acima dos interesses do país.
Ele é leal aos ideais dele, não aos do Brasil, e é honesto com a turma dele, não com o resto de nós. E não é resiliência o que ele possui e sim tibiez de caráter, preferindo sempre contemporizar até quando a situação mostra ser impossível.
Eu creio que irá acontecer o seguinte: 1) ele tentará entubar o Rafale e outras maravilhas tecnológicas francesas; 2) a presidente e a equipe econômica vão dizer não, até porque a prioridade deles é e será a economia; 3) como os produtos dos “americanu” além de melhores podem ser moedas de troca econômicas, o novo ministro vai tratar de sabotar cada um dos programas de reaparelhamento das forças armadas; 4) a cegueira ideológica dele fará com que tente transformar as FAs em uma estrutura de apoio humanitário.
Ou seja, este senhor tentará transformar nossas FAs em bombeiros e padioleiros.
Tudo o que se sonhou (e sonhamos) para as nossas FAs irá para a lata de lixo.
Antes tinhamos uma raposa matreira cuidando do galinheiro. Agora temos um asno empacado e teimoso.
Ivan disse:
5 de agosto de 2011 às 10:21
Triste realidade.
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Agora chegam os Rafales e Sukois tão aguardados. Jutamente com aquela logistica invejavel… a ToT irrestrita e tudo mais. Estamos ferrados…
Se agente tinha alguma chance de comprar as Type britânicas, alguma chance de SH, e quem sabe algum dia F-35, dessa vez foi para o ralo.
Na boa pessoal, dia de luto para os militares do Brasil.
Meu sentimentos.
Observador, Koslowa.
Acho que vcs já conhecem, mas só pra ajudar e ver o pensamente bem equilibrado dele…
http://www.cartacapital.com.br/author/Celso%20Amorim
Deus salve o Brasil.