Hoje, competidores dos jornais são Twitter, Facebook, Google…!
Trechos da entrevista de Juan Luis Cebrián, Presidente do Grupo Pisa (El País) e seu cofundador, à Folha de SP (11).
1. A pergunta mais importante é “um jornal pode migrar para a rede?”. Até agora a resposta tem sido negativa. Não houve veículo que foi capaz de fazer essa migração. O problema está no fato de que um jornal na internet não é um jornal, é uma outra coisa. Sou radical nesse sentido, inclusive quando falamos da credibilidade das marcas. Até agora nenhuma das marcas tradicionais da imprensa escrita foi capaz de migrar para as operações virtuais com sucesso.
2. A rede é algo que se constrói a partir da experiência dos usuários. O Twitter, por exemplo. Jack Dorsey nunca imaginou que ele se tornaria um sistema de transmissão de notícias ou para convocar grandes manifestações. Dorsey inventou o Twitter porque gostava de fazer mapas e não sabia como colocar as pessoas nos mapas que fazia. O Facebook não nasceu para ser uma rede social. Provavelmente Mark Zuckerberg não teorizou a ideia de uma rede social. Enquanto o Google nasceu com a intenção de ser um buscador mais potente, nada mais.
3. O que determinou a transformação desses sites foi o uso que as pessoas fizeram deles. Não foi a decisão dos que desenharam os programas que determinou seu destino, mas sim a experiência dos usuários que construíram essa força na internet.
4. Os diários já não dão notícias. Todo mundo já sabe as notícias quando vai ler os jornais. Os jornais explicam, fazem análises, debatem. O competidor da Folha não é o “Estado de S. Paulo”, é o Google, o Facebook, estes são nossos competidores reais. E não queremos admitir porque não sabemos como competir com eles.
FONTE: Ex-Blog do Cesar Maia
Excelente análise.
O que os leitores hoje gostariam de ver dos jornais é análise, é contexto, é conteúdo, é opinião abalisada e séria, é POSIÇÃO. E lamentavelmente o jornalismo não consegue dar resposta à altura, não apenas no Brasil (aqui a coisa é ainda pior) mas no mundo todo.
Ou a imprensa tradicional muda, ou vai se tornar irrelevante. É até uma tolice ela querer competir com a net na velocidade e na quantidade da informação. Ela tem que competir é na qualidade.
E não está conseguindo fazer isso, porque a imensa maioria dos jornalistas é ou aferrada a seu velho mundinho, ou sem conteúdo.
Não admira que a esquerdalha tente tanto calar a imprensa ou, como eles chamam, a “mídia”.
Concordo
Também não me admire que Washington tente destruir o Wikileaks…
Liberdade de informação já !!
kkkkkkkkkkkkkkkk !!!!!!!!!!! 🙂