‘Muito violentos e agressivos’
Opinião de um soldado alemão sobre as tropas da FEB
Meu colega Francis Hallawey, da BBC, perguntou ao cabo alemão o que ele achava dos soldados brasileiros. O cabo respondeu:
– São muito violentos e agressivos. Lá na nossa frente os tenentes e os sargentos nos avisam diariamente para termos cuidado com os brasileiros.
livro ‘O Inverno da Guerra’
de Joel Silveira
Com todo o respeito a FEB, que lutou bem, mas, JAMAIS teriam conseguido, em numeros iguais, vencer a Wermacht.
Conseguiram vencer já no final, quando o Reich estava desabando. Louvável esforço, mas não reflete a realidade da Europa: a Wermacht era o melhor exército, até o norte americano sabia disso.
Perderam por falta de homens e recursos industriais, ( em 45 nao tinha mais nem comida). Foi a guerra industrial que venceu o Reich, além das ordens estúpidas de Hitler.
Claro que agora vão aparecer dez aqui me chamando de anti-patriota, nazista, fascista, adorador do Hitler, que estou fazendo uma ” inversão de valores” e blá blá bla !!
A FEB carecia de experiência e só fez o que fez com equipamento norte-americano. Foi mal treinada e mal preparada, e eram bastante indisciplinados.
A excessiva exaltação da parte de alguns, querendo transformar a FEB numa espécie de mítica e invencível força patriótica que foi de capital importância para a derrota do III Reich, é um óbvio exagero.
Eles estão de parabéns, fizeram a parte deles, e perderam homens por isso. Mas dizer que eram ” o melhor exército da Europa” , que eram ” Invencíveis” , e blá blá blá, é ufanismo patriotico tipicamente latino americano.
Reconhecer nossos heróis é uma coisa. Mas idealizá-los, transformando-os em semi-deuses da guerra, aí é ridículo.
Quem não aprende com a própria história, irá repetí-la…
Wagner disse:
7 de julho de 2011 às 9:44
Wagner, o exército alemão podia ser tudo isso que você disse mas… PERDEU! 🙂
E aí você sabe: VAE VICTIS.
De fato, era um exército tremendamente bem preparado, bem motivado e bem armado (ao menos até a inversão russa e o Dia-D). Suas armas e equipamentos eram os melhores da guerra. Destoavam das rústicas porém baratas armas e equipamentos russos e americanos.
Mas daí a dizer que eram as melhores tropas da guerra acho que você avança um pouquinho o sinal. Até porque, não foi o suficiente. E também tinha muita arma louca, se gastava muito tempo e recursos com armas e equipamentos bizarros que só poderiam brotar dos devaneios de um louco rematado.
Na minha concepção a Alemanha perdeu a guerra quando seu líder idiota e paranóico invadiu a URSS. Não tivesse feito isso e dividido a wehrmacht em dois fronts e a guerra pela Europa Ocidental duraria vinte anos. Dificilmente a Alemanha Nazista teria sido derrotada.
Enfim, militares perdem batalhas. Quem perde as guerras são os políticos.
Quanto ao ufanismo pela FEB, também acho exagerado. Nosso papel na guerra foi apenas modesto. Cumprido com honra e ombridade, é bem verdade, mas ainda assim modesto. Nem sequer lutamos a guerra com nossos equipamentos e nossa doutrina.
E quanto a essa de ser “violento e agressivo” já ouvi também falar que os fritz preferiam se entregar aos brasileiros, que seriam mais dóceis e respeitosos do que os americanos e ingleses.
Então assim, cada um fala o que quer.
Vader, essa história das “duas frentes” dá discussão pra mais de metro… São os “Ses” da guerra, os generais que vencem todas as batalhas…
Se a Alemanha tivesse sim concluído a frente ocidental com a vitória na Operação Leão Marinho, equipando a Luftwaffe com bombardeios estratégicos, o que nunca tiveram, e não aqueles arremedos de caça-bombardeios ou bombardeios táticos, e aumentando o raio de ação de suas escoltas, o que o magistral Me 109 não possuia com poucos 10 minutos sobre a Inglaterra após atravessar o Canal da Mancha, com ataques em profundidade sobre “a Ilha”, destruindo suas fábricas de armamentos, em especial os Spitfires, a Inglaterra cairia de joelhos, a despeito da bravura de “os poucos de Churchill”, sim, após concluir isso, aí sim… Abrir a segunda frente, a Operação Barbarossa. Mas esta era inevitável, não fosse aberta pela Alemanha, o seria pela Rússia, que também, naquele “pacto-de-não-agressão-sínico-russo-soviético” estava apenas “ganhando tempo” para se reequipar e ela própria abrir fogo sobre Berlim.
Hitler errou no “timing” da abertura da frente, deveria ter concluído o que começou na frente ocidental, mas deu muito crédito às falácias do seu Marechal do Ar Goring…, Mas tudo isso agora é história…, e para muitos debates…
Qto. a FEB, bem, acho que o Wagner e o último parágrafo do Vader disseram tudo.
Não nos esqueçamos que num dado momento a Alemanha na verdade lutava em 3 frentes ! O norte da África a dada altura se tornava em importância capital para Hitler e não mais para ajudar o aliado Italiano…
3 frentes que esticaram por demais a capacidade da Luftawaffe…
o que faltou pra Alemanha ganhar, foi a famoso valquíria ter sido aplicada antes e tirar o louco do porte, porque se tivesse Erwin Rommel fosse o líder e tivesse sido ouvido por Hitler e fosse investido na campanha da Africa, a URSS cairia em ruínas e hoje o resultado poderia ter sido diferente.
Me desculpem, mas ainda não consegui encontrar aonde estão as declarações de que a FEB era a toda poderosa na Itália.
O que o Forte está tentando passar é uma mensagem bem clara.
Neste país ninguém dá o devido valor aos que combateram na Itália. bem treinados ou não, com material “próprio” ou não, nossos soldados foram lá e fizeram o que tinha que ser feito.
Menosprezar isso, sinceramente me deixa muito triste.
Enfim, isso é da consciência de cada um.
Prezado Padilha, continue postando a série sobre a FEB, pois tem muita gente curtindo e acompanhando.
Quer queiram ou não, a Cobra fumou!
O Brasil foi lá e fez bonito, mesmo com tantas limitações materiais.
Padilha e Galante, sem querer “comprar” a do Wagner, mas acho que ele não estava se referindo ao ForTe, mas apenas a um certo ufanismo exacerbado que há por aí (fora daqui), que parece achar que nossos soldados eram super-homens, o que evidentemente não é o caso.
Ainda não tive tempo de ler a série inteira, mas continuem o trabalho porque está mesmo muito bom.
Abraços.
Isso mesmo.
Sds
Wagner,
Assino em baixo do que você escreveu.
Bacchi
Parabéns aos colegas comentaristas.
Padilha e Galante, continuem com a série. Pois é uma honra para quem teve parentes e amigos que estiveram na Itália…….
E sim, não eram deuses, eram apenas BRAVOS HOMENS e MULHERES………..
Not deities, no Demi-gods, not even super heroes.
Fathers, brothers, sons, citizen-soldiers; Brazilians all.
Semper Fidelis!