Blindados do CFN marcaram presença no local

Sem tiros e sem baixas, o morro da Mangueira, no Rio de Janeiro, foi tomado este final de semana, numa operação que durou cerca de cinco horas, por 750 homens das polícias Civil e Militar, além de fuzileiros navais.

Parte deles subiu a favela protegida em 14 veículos blindados, seis deles da Marinha e não houve reação do tráfico.

A favela, berço da Estação Primeira de Mangueira, é a 18ª a receber uma Unidade de Polícia Pacificadora no Estado (UPP) e foi classificada pelo secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, como um “local complexo, histórico”.

“Dificilmente as instituições policiais entravam numa área dessas sem haver troca de tiros.

Hoje se conseguiu isso sem disparar um tiro, sem ferir ninguém. A polícia chega mais uma vez para ficar”, afirmou Beltrame.

O secretário defendeu a estratégia de “guerra anunciada”, em que a ocupação tem hora marcada para começar.

“Hoje foi devolvido um território para 20 mil pessoas. Essa é indiscutivelmente uma vitória. A saída dessas pessoas (traficantes) as deixa vulneráveis, porque o espaço de actuação diminui e elas saem das áreas onde tinham domínio. E a polícia, atenta, vai atrás”, afirmou o secretário, que citou a prisão de Luiz Carlos Santino da Rocha, o Playboy, na semana passada, suspeito de ter derrubado um helicóptero da PM, em 2009.

A ocupação começou às 6 horas, antes de o dia amanhecer. Quatro helicópteros, dois deles blindados, sobrevoaram o morro e transmitiram imagens da favela para um centro de comando do Exército. Em seguida, os blindados subiram por diferentes acessos da Mangueira. Na entrada do Buraco Quente, onde funcionava a principal boca de fumo, moradores estenderam um pano branco com a palavra “paz”.

FONTE: Angolapress

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Darkman
Darkman
13 anos atrás

O trabalho que tem sido feito nos Morros vem apresentado um bom resultado.
Mas pergunto???
Pra onde estão indo os traficantes que dominavam os morros do Rio ???
Não estão sendo presos ???

Limpam o centro do Rio mas os outros Bairros ficam vulneraveis !!!

Abs.

Vader
13 anos atrás

Só quem mora numa dessas comunidades “ocupadas” pode dizer se a vida melhorou.

Mas que eu acho esquisito (pra dizer o mínimo) avisar bandido que a polícia vai chegar, ah isso eu acho.

E aí eu pergunto: o Rio tem mais de mil favelas. A PM vai montar UPPs em todas?

Ou as da Zona Sul e do entorno do Maracanã (Copa do Mundo) serão ocupadas, e os bandidos apenas irão se mudar para locais mais longínquos?

Me parece coisa pra inglês ver, como sempre.

Sds.

giordani1974
giordani1974
13 anos atrás

Boa essa tática: avisa-se com antecedência a bandidagem, ocupa-se a localidade sem enfrentamento e ficam todos bem na foto…quero só ver depois da copa e das “olim-piadas”…

Observador
Observador
13 anos atrás

Caros Darkman, Vader e Giordani:

É bem por aí. estão apenas realocando os traficantes, retirando-os da parte turística da cidade, das favelas existentes junto aos bairros nobres ou vias de acesso.

Os bandidos estão migrando para bairros afastados ou para outros municípios. O pessoal da serra e de Niterói já está sentindo a diferença.

Claro que não é de tudo ruim. O poder Público mostrou que tem força mais que suficiente para enfrentar a bandidagem e que não vai mais existir o negócio de ser dono de determinado território.

O tráfico vai passar a ser uma atividade mais capilarizada, mais discreta e por isto mesmo mais difícil de combater.

A verdade é que enquanto o Brasil contar com o sistema jurídico mais leniente do mundo não haverá mais do que avanços pontuais contra a criminalidade.

É a lei do menor esforço: se não tem castigo, para que procurar um trabalho honesto?

Por que a criminalidade na China é minúscula? Por que lá o malandro tem sorte se viver para ver o sol nascer quadrado, ao invés de enfrentar o pelotão de fuzilamento.

Os EUA igualmente prendem uma barbaridade e estão conseguindo reduzir a criminalidade mesmo com a economia indo mal.

Enquanto isto, por aqui vamos seguindo com indultos de natal, penas alternativas, visitas íntimas e progressão automática de regime, tudo para tornar a estada do criminoso na cadeia a mais confortável e curta possível.