Militares aproveitam protesto de bombeiros e colhem assinaturas para criar novo partido
Um grupo de militares já possui pelo menos 20 mil assinaturas para a criação do Partido Militar Brasileiro, que reuniria todas as classes da segurança pública, além das Forças Armadas – Exército, Marinha e Aeronáutica.
Nesta quinta-feira (16), durante a manifestação do S.O.S. Bombeiros na escadaria da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), eles tentaram chegar ao total de 40,3 mil assinaturas, que seria o número necessário para registrar a legenda no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).
Muitas pessoas assinavam o documento pensando que se tratava do abaixo-assinado visando à “anistia” dos 439 bombeiros presos durante a invasão ao quartel central do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro (CBMERJ).
“Mas não era para liberar os bombeiros? Tem certeza? Bom, agora já escrevi meu nome, não tem jeito”, questionou a auxiliar de escritório Fernanda Monteiro, 26, minutos após dar sua assinatura.
Os militantes do Partido Militar Brasileiro esperam conseguir as 20, 3 mil assinaturas que faltam até o fim de junho. Segundo o coordenador regional do PMB, o militar da Força Aérea Gerson da Silva, o grupo – presidido pelo capitão da Polícia Militar José Augusto Rosa – conta com o apoio dos profissionais da saúde e da educação.
Mesmo sem o registro no TSE, eles já traçam uma meta ousada: lançar candidato à prefeitura do Rio de Janeiro nas eleições de 2012.
Silva garante que a nova legenda possui plataforma democrática e espera que a visão negativa sobre o período da ditadura militar não influencie o desempenho do Partido Militar Brasileiro nas urnas.
FONTE: UOL
Já começou mal:
“Muitas pessoas assinavam o documento pensando que se tratava do abaixo-assinado visando à “anistia” dos 439 bombeiros presos durante a invasão ao quartel central do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro (CBMERJ).
“Mas não era para liberar os bombeiros? Tem certeza? Bom, agora já escrevi meu nome, não tem jeito”, questionou a auxiliar de escritório Fernanda Monteiro, 26, minutos após dar sua assinatura.”
Será mais do mesmo?
Boto fé e apóio a iniciativa. Mas o problema do Brasil não é falta de militar, nem mesmo seus salários.
O problema do Brasil é bem outro. E começa na CF.
Sds.
Começou mal porque o povo é iletrado. Onde já se viu assinar algo sem ler?
E isto porque é uma auxiliar de escritório. Imagine se fosse uma lavradora.
Por aí se vê a “legitimidade” da criação dos partidos que se vê por aí (DEM, PT, PMDB, PSDB, PV…). Todos partidos sem espinha, que se curvam, se torcem e se enrolam ao sabor das conveniências. Podem ser divididos em partes e continuarão vivos.
Como os vermes anelados.
Minhocas e sanguessugas é o que são.
Observador disse:
17 de junho de 2011 às 14:59
Concordo, Observador. Portanto a pergunta: Será mais do mesmo?
Um novo partido, com uma proposta aparentemente inovadora (um partido “de direita”, ideal para a busca de um equilíbrio na democracia brasileira) em que se depositavam esperanças de uma quebra de paradigma na política nacional…..e se verifica, em seus atos preparatórios para a fundação, práticas tão detestáveis como esta: o abuso da condição ignorante de parcela da população, configurando uma pseudo legitimação, o que vicia todo um processo de concepção. Lamentável este tipo de má-fé.
Tudo bem que é dever do cidadão ler o que assina…..mas não é dever de quem colhe assinaturas explicar o que está propondo? E mormente se o documento trata da fundação de um partido político.
Mais dois pro mesmo saco: o partido do kassab e este aí.
Qual artigo da CF Vader ??
” do 1 ao 200, mas o resto tá bom”
rsssss
🙂
Caro Marco Antônio:
O grande problema da democracia brasileira, se é que podemos chamá-la assim, é a ignorância e falta de interesse do povo no processo político.
Garanto que se explicassem detalhadamente para a moça do que se tratava, ela tiraria o corpo fora e não iria assinar nada, não porque não concorde com a criação de um partido de direita, mas porque não quer ter nenhuma participação política.
Enquanto o povo não se interessar, os partidos serão apenas siglas de aluguel, cujos nomes nada mais serão do que uma sopa de letrinhas.
Pelo menos este novo partido tem o mérito de ser formado por populares cansados do jogo político, e não ser formado pelos interesses particulares de determinado cacique político, como foi o “Partido da Boquinha” formado pelo Kassab