Militares subalternos não podem mais fazer faxina para oficiais
Decisão da Justiça suspende portarias que permitiam o serviço doméstico
Rio – Militares subalternos das Forças Armadas não poderão mais fazer tarefas domésticas na casa de oficiais. A decisão é da 3ª Vara Federal de Santa Maria (RS) que vale para todo o País. A sentença da juíza Simone Barbisan Fortes deverá entrar em vigor em até 90 dias.
A decisão suspende duas portarias, do Exército e da Aeronáutica, que permitiam utilizar os chamados taifeiros, em atividades exclusivamente domésticas nas casas de oficiais. A iniciativa do processo partiu, no final do ano passado, dos ministérios públicos Militar e Federal. Mais de 600 subalternos nessas atividades. O custo chegaria a R$ 1 milhão por mês.
Podiam usar os serviços oficiais de quatro estrelas, como almirante de esquadra, general de Exército e tenente brigadeiro; de três estrelas: vice- almirante, general de divisão e major brigadeiro; e de duas estrelas: contra almirante, general de brigada e brigadeiro. O Ministério da Defesa informou que se manifestará quando for notificado da decisão judicial.
FONTE: Jornal O Dia
Parabens!!
Um absurdo instituicoes militares em pleno seculo XXI ainda utilizarem soldados como forma de “personal servitude”!!
Coisa de exercito de republica de banana mesmo!
De fato, nada mais justo.
É reflexo de nossa formação cultural e servil, incutida, arraigada, nas classes que detém algum poder nos diversos segmentos da sociedade.
Infelizmente nossos oficiais-generais deram ao longo dos anos mais importância à manutenção de privilégios indecorosos e intervenções ditatoriais na vida política do país, do que a uma efetiva utilização das FFAA na defesa externa e projeção de poder da nação, é bem claro que com a participação de uma elite política civil, paisana, e por isso mesmo dissimulda na multidão, não ostensiva… Hoje temos essas FFAA falidas e pouco efetivas nas suas finalidades precípuas, meras guardas nacionais, quando muito…, no ar, no mar e na terra.
E não acaba por aí, esse reflexo não superado de “apartheid” nos países de cultura lusitana/espanhola se estende na diferença qualitativa de rancho e acomodações, a meu ver, desde de meus tempos de caserna-escola, inexplicáveis. As necessidades humanas básicas são idênticas, comer e dormir, entre outras, devem ser oferecidos isonomicamente a todas as patentes, sim, em ambientes separados quando muito, mas a qualidade da alimentação e das acomodações ? Dentro da mesma instalação militar, por que um oficial-general deve comer carne “de primeira” e seus subordinados “miúdos” ? Por que num acampamento aquele deve dormir em cama-portátil com colchonete e estes no chão, na lama, sobre seus “ponchos” e tendo como travesseiro seus capacetes…
Coisas que via e não suportava… Isso, a meu ver, não é necessário à hierarquia, é um mero “apartheid”, é a demonstração mais espúria da exploração humana…, da necessidade de se sentir superior diante da limitação das condições alheias…
Ora, se estão todos na mesma “guerra”, basta a diferença de patentes e responsabilidades, e por isso mesmo, e logicamente, de soldo, bastam aí as diferenças !!!!!
Que falta nos fazem umas “guerrinhas de verdade”…, e então conheceríamos o verdadeiro espírito e formação de combate de nossos oficias-generais de formatura.
Mas ele são, repito, o reflexo militar de nossa sociedade, SERVIL/ELITISTA, infelizmente.
Ozawa,
Achei muito interessante seu comentario sobre as diferencas de tratamento, especialmente no campo.
Sempre comentei aqui que uma das grandes diferencas das melhores instituicoes militares do mundo para o resto e o tratamento, respeito e confianca que os pracas recebem. Posso falar somente pelo USMC mas aqui para nos e regra que quanto mais alta sua patente mais atras na fila do rancho voce esta, ou seja oficiais sempre comem por ultimo e se por acaso a comida acabar eles ficam sem comer. Oficiais dormem no campo sobre as mesmas condicoes de seus homens e muitas vezes quem serve a tropa no campo sao os proprios oficiais ou sargentos.
Sds!
Marine,
Gratíssimo por seu comentário, ilustrou, sobremaneira e com ênfase na realidade de uma tropa que dispensa comentários, minha tese anterior.
Sinceramente, acho que isso que você demonstrou é o certo, para mim é tão lógico, e incute tal respeito e confiança na tropa por superiores, que acho impossível que estes não chamem voluntários para os acompanharem até “às portas do inferno” e não apareçam todos…
Em algumas coisas nossas forças ainda estão no começo do séc XX… falta de uma guerra de verdade…
Antes tarde do que nunca.
Mas contratarão serviços terceirizados para isso? Para quanto vai a conta? rsrsrsrsrsrs!!!!
Por causa dessas coisas é que certos cerimoniais das FFas me irritam tanto,
uma vez trouxeram um AMX do Rio Grande do Sul para sobrevoar minha cidade só pq havia uma transferencia de comando !!!
Poxa, para o piloto treinar não, não tem verba para decolar, mas para vir de lá até aqui para agradar ao superior, nossa, aí tem verba ??
Depois tem cara que não gosta quando eu critico a cadeia de comando de nossas FFas…
Olá, editores do Forte. Notícia relevante sobre o estado dos helicópteros russos da Venezuela, embora off-topic. Sugiro a criação de um post específico: http://www.noticias24.com/actualidad/noticia/266392/el-nuevo-herald-solo-13-de-los-52-helicopteros-del-ejercito-venezolano-puedes-ser-piloteados/
O problema não é Falha de equipamento russo, o problema É A INCOMPETENCIA dos venezuelanos.
Qualquer equipamento de qualquer país vai ficar inoperante, tal como nossos F 5 ficam, sem a devida manutenção.