Brasil e Argentina defendem adoção de estratégia comum de dissuasão por países sul-americanos

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Lima, Peru, 12/05/2011- Os ministros da Defesa do Brasil e da Argentina, Nelson Jobim e Arturo Puricelli, defenderam a adoção, pelos países sul-americanos, de uma estratégia comum de dissuasão. Segundo eles, para que possam manter sua soberania e continuar a proteger, elas próprias, as inúmeras riquezas da região, é necessário que as nações sul-americanas adotem uma estratégia conjunta que seja capaz de demover eventuais iniciativas externas contrárias aos interesses do subcontinente.

A manifestação de ambos os ministros foi feita durante o primeiro dia da III Reunião Ordinária do Conselho de Defesa Sul-Americano (CDS), organismo multilateral criado no âmbito da União de Nações Sul-Americanas (Unasul) como instância de consulta, cooperação e coordenação em matéria de defesa.

Partiu de Jobim a iniciativa de levantar, no encontro, o tema da estratégia comum de dissuasão. Para reforçar seu ponto de vista, o ministro brasileiro lembrou aos participantes que o continente sul-americano possui algumas das principais riquezas que, dentro de alguns anos, com o aumento da população mundial e o esgotamento de parte desses bens, poderão ser objeto da cobiça de outros povos.

Dentre essas riquezas, citou o ministro, figuram os aquíferos Guarani e da Amazônia, o potencial de produção de proteínas animais e vegetais, além das fontes renováveis de geração de energia. “O futuro vai exigir do subcontinente uma estratégia comum de dissuasão. Será que estaremos preparados para isso?”, provocou Jobim.

Segundo ele, os países sul-americanos têm, atualmente, “vulnerabilidades sérias” em seus meios de defesa. Como exemplo disso, ele citou a situação existente hoje em que diversas dessas nações, incluindo o Brasil, necessitam de comprar imagens de satélites geoestacionários de países de fora do subcontinente para fins civis e militares.

Para Jobim, somente a construção de um ambiente de confiança e cooperação mútua entre os países sul-americanos será capaz de reduzir as vulnerabilidades existentes na região no campo da defesa, dotando-os de capacidade real de proteger as riquezas da maneira que julgarem melhor, para o bem de seus povos e toda a humanidade.

“Temos que nos capacitar para dizer não quando a região tiver que dizer não”, afirmou.

A manifestação de Jobim recebeu o endosso imediato do ministro argentino. Purcelli afirmou que seu país compartilha com Brasil a ideia de que são os sul-americanos que devem garantir, para o bem de toda humanidade, as riquezas existentes na região.

O representante argentino recordou o conceito que levou à criação da UNASUL, baseado na ideia central de estabelecer uma zona de paz e cooperação na região. “Temos um compromisso firme de trabalhar pela unidade latino-americana”, disse.

Além dos membros das comitivas do Brasil e da Argentina, integrantes de outros países, como Colômbia e Equador, também se manifestaram no sentido da adoção de iniciativas concretas que levem ao aumento da confiança entre as nações sul-americanas.

Entre os assuntos que deverão ser debatidos no encontro estão as tratativas para o desenvolvimento do centro de estudos estratégicos de defesa e mecanismos conjuntos para atuação das Forças Armadas sul-americanas em ações de defesa civil.

A criação do CDS foi proposta pelo Brasil e discutida pela primeira vez numa reunião de presidentes sul-americanos, em abril de 2008.

O Conselho possui 12 estados-membro: Brasil, Argentina, Peru, Venezuela, Colômbia, Uruguai, Chile, Bolívia, Paraguai, Equador, Guiana e Suriname.

O organismo tem como objetivo central consolidar a América do Sul como uma zona livre, soberana e pacífica, base para a estabilidade democrática e para o desenvolvimento dos povos da região. Também é objetivo do Conselho fomentar uma identidade sul-americana em matéria de defesa.

FONTE: MD

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giordani1974
giordani1974
13 anos atrás

“O futuro vai exigir do subcontinente uma estratégia comum de dissuasão. Será que estaremos preparados para isso?”, provocou Jobim…Segundo ele, os países sul-americanos têm, atualmente, “vulnerabilidades sérias” em seus meios de defesa.”

Só existem duas opções para o brasil;
Ou aceita sua condição de liderança na AS(AL também?) e assume essa responsabilidade, capitaneando as nações que compõem a região e essas “dançam a nossa musica” ou define uma estratégia de dissuassão própria, porque da forma como está sendo proposta a dissuassão do continente sul, em especial pela argentina, é só para arrastar a nação tupiniquim no cenário globlal para a questão dessa porcaria chamada malvinas…e isso que nem entrei na questão das dificuldades comerciais que esses parceiros do continente criam para a economia tupiniquim…

Vader
13 anos atrás

Quando o Jobim fala me dá uma preguiça…