Durante a LAAD 2011, a Elbit mostrou uma torreta não tripulada do blindado Guarani do modelo UT30BR. Um detalhe da torreta, sendo parte do requisito do Exército Brasileiro, é um Sistema de Alerta Laser (LWS – Laser Warning System) com cobertura de 360 graus. O sistema oferecido pela Elbit é o modelo E-LAWS (Elbit – Laser Warning System). O E-LAWS atua junto com um Sistema de Gerenciamento de Ameaça (Threat Management System) que mostra a direção, fonte e tipo de ameaça com alerta de áudio e visual. O sistema pode atuar no modo manual, semi-automático e automático.

A foto abaixo mostra duas antenas do E-LAWS bem no centro da foto, do lado dos lançadores de granadas fumígenas.

Um LWS tem a função de proteger o blindado contra armas apontadas com apoio de telemetros laser ou armas guiadas a laser. Ao ser iluminado por feixe de raio laser de um telemetro, apontador ou iluminador laser, os tripulantes tem alerta da direção da ameaça e podem tomar medidas defensivas como se movimentar, se esconder ou lançar cortinas de fumaça.

Os LWS não são armas infalíveis. Com táticas simples é possível anular suas capacidades. Um blindado equipado com um canhão apoiado com uma mira computadorizada com telemetro laser pode evitar alertar sua presa simplesmente apontando o telemetro para um alvo próximo. No momento do disparo a mira é colocada no alvo real. A precisão do disparo pode diminuir, mas as chances de acertar podem aumentar em relação a um alvo tomando medidas defensivas. O mesmo blindado pode usar o telemetro laser para tentar detectar possíveis posições inimigas e alertar seus LWS. Se tomarem medidas defensivas automáticas, como lançar granadas fumígenas, as posições inimigas serão facilmente detectadas.

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Bosco Jr
Bosco Jr
13 anos atrás

Não sei se a tática de mirar um alvo próximo funciona com um telêmetro laser para ajustar a pontaria de um canhão.
Sei que funciona com mísseis guiados por laser semi ativo (Hellfire, etc) e provavelmente com mísseis guiados por rastreio de feixe laser (laser beam rider) como o Ingwe, etc, mas tenho dúvidas se funciona com canhão.

Bosco Jr
Bosco Jr
13 anos atrás

Sem dúvida é muito bom saber que o EB irá adotar sistemas sofisticados de alerta de ameças em seus veículos.
Hoje, além dos sistema óticos, há uma série de ameaças das mais diversas e os sistemas de defesa devem englobar todo o espectro eletromagnético, e a velha e boa cortina de fumaça e as manobras de acobertamento (fuga/ocultação) já não são tão eficazes.
Apenas a somatória dos recursos, que vão de sensores avançados (como o do texto), passando pela máxima discrição (furtividade) e pelas blindagens passivas e reativas, indo até os sistemas de contramedidas (despistadores IR, interferidores de radar, lançadores de iscas, cegadores lasers, etc) e os de proteção ativa, é que poderá dar uma sobrevida aos veículos blindados no complexo campo de combate do futuro.

Bosco Jr
Bosco Jr
13 anos atrás

Grande G,
Eu entendi perfeitamente.
Só não sabia que também era possível essa “tática” usando o telêmetro para ajustar um tiro tenso.
Um abraço.

Mauricio R.
Mauricio R.
13 anos atrás

Não é por nada, mas 5 Kg de TNT, colaocadas no caminho deste veículo e acionadas ou por celular ou por algum “fanaticomático” (fanático + automático), mandam este veículo e o LWS e essa torreta cheia de gadgets, pro vinagre.
Devido a falta de um chassis em “V” ou ao menos em “U”, como em um modelo recente de blindado sul-africano, vendido pela BAe.
Os americanos estão antecipando em 2 anos, a incorporação deste chassis em “V”, no Stryker.

Guilherme Poggio
Responder para  Mauricio R.
13 anos atrás

Mauricio R.

Não tive a oportunidade de avaliar o protótipo por baixo, mas fiquei impressionado com algumas características internas do blindado, típicas dos veículos mais modernos

Altura bastante elevada a partir do pavimento
Os assentos são muito semelhantes aos do tipo antichoque.
Existem protetores para as laterais da cabeça
Os cintos são de cinco pontos
Não se guardam mais equipamentos sob o assento

Também tinha um Urutu e um M113 lá na LAAD para comparação. O VBTR está anos luz na frente destes.

Parece ser um bom projeto. Se não for o melhor, nos atenderá plenamente. Palavra de quem é do ramo e estava lá.

PS: existem “n” veículos no mercado com chassis em “V”, alguns deles estavam expostos na LAAD.