BRASÍLIA – O Brasil vai obter o apoio americano à sua pretensão de uma vaga no Conselho de Segurança das Nações Unidas, semelhante ao dado por Barack Obama a Índia em novembro do ano passado.

A declaração final conjunta da visita, negociada entre os dois países, prevê a declaração de apoio nos mesmos termos. A informação obtida pelo Estado é que até mesmo o texto da declaração de Obama na Índia foi consultado para que o vocabulário seja o mais próximo possível.

A declaração final conjunta da visita, negociada entre os dois países, prevê a declaração de apoio nos mesmos termos. A informação obtida pelo Estado é que até mesmo o texto da declaração de Obama na Índia foi consultado para que o vocabulário seja o mais próximo possível.

Na Índia, Obama afirmou que a “justa e sustentável ordem internacional que a América busca inclui uma Nações Unidas eficiente, efetiva, crível e legítima. Por isso eu posso dizer hoje que nos anos que se seguirem eu espero ver um Conselho de Segurança reformado que inclui a Índia como um membro permanente”.

O Brasil pouco esperava nesse sentido da visita de Obama. A expectativa era de uma declaração de “visões coincidentes” e “interesses mútuos”. Esta semana, o chanceler brasileiro, Antonio de Aguiar Patriota, chegou a afirmar que o apoio americano, apesar de esperado e bem-vindo, não era essencial e nem uma “panaceia”. A decisão de Obama, no entanto, evoluiu nas últimas horas.

FONTE: Estadão

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Observador
Observador
13 anos atrás

Bela promessa. Pena que é só isto.

Liso como um jundiá ensaboado, Obama falou o que os trouxas queriam ouvir e em troca vai nos empurrar novos acordos comerciais, onde vamos comprar o que poderíamos fazer e vender só o que eles precisam.

Isto me lembra a negociação do Brasil com a China. Também nos prometeu apoio, mas até agora reforma do CS que é bom nada.

Em troca do tal apoio, que de prático não nos valeu de nada, a China foi reconhecida como economia de mercado pelo Brasil, deixando os chineses livres para inundarem nosso país com suas quinquilharias, matando nossa indústria e nossos empregos.

Quem realmente tem chance de obter uma vaga permanente no CS é a Índia e mesmo assim teriam que dobrar a resistência da China.

Marco Antônio
Marco Antônio
13 anos atrás

Estou curioso para ler os comentários daqueles que exaltaram a declaração de apoio de Obama à India e diziam que o Brasil estava correndo por fora por conta disto. Mais uma lição para a ala entreguista: apoio não se conquista com subserviência.
Apesar de não considerar muito significativo um apoio verbal, como já obtivemos da França, ainda não é possível avaliar o peso deste anunciado apoio estadunidense (o presidente ainda não se pronunciou).
Na minha opinião, a condução da política externa nunca esteve tão correta: não existe entreguismo, bem como não existe a demonização das potências. Temos todas as condições de mantermos relação estreita com os EUA, sem necessitarmos abrir mão da nossa soberania.

nassif.go
nassif.go
13 anos atrás

Uma coisa que notei a visita do Presidente Americano, não estava em lugar algum o nosso ministro da Defesa
Jobim ??? e acho que o mesmo ja dançou legal.
Alguem viu tal pessoa por ai.. fale.

Wagner
Wagner
13 anos atrás

Apesar de que a indústria chinesa está sucateando a indústria no mundo inteiro, que foi otário o suficiente para se deixar inundar pelas canetas coloridas deles…

Antonio M
Antonio M
13 anos atrás

Mas o Brasil respondeu à altura ao grande satã do norte!

LuLLa não foi almoçar com Obama !!!!!!!!

Não sei se dou risada ou choro ……

Vader
13 anos atrás

Quanto à Índia ele explicitamente apoiou o ingresso no CS da ONU.

Do Brasil disse que “respeita o pleito brasileiro”.

Traduzindo da linguagem diplomática: “nem fod., Brasil”

Isso a que as estrepulias do Itamaralívia da gestão PeTralha anterior nos levaram.

Marco Antônio
Marco Antônio
13 anos atrás

Duvido muito, Vader, que a diplomacia estadunidense deu imprtância às bravatas do governo Lula. Eles não são amadores pra entrar em briguinha de palavras. Sabem que logo ocorreria o que, de fato, ocorreu: troca o presidente, muda a tendência. O que pesou para a desconfiança (não só dos EUA mas, tb, da Argentina ateh os dias de hj) foi a aventura nuclear do período militar. Tudo bem que tivessem um programa nuclear militar, mas tem que ser profissional e não deixar vazar, né! Matar meia dúzia de morto de fome amadores no araguaia é fácil. Daí a visão (da qual discordo) das “potências mundiais” de que o papel das FFAA do Brasil tem que ser combate ao crime organizado (coisa de FFAA amadoras).
Decorrência deste vazamento, combinado com o amadorismo da diplomacia do governo FHC foi a assinatura do protocolo adicional ao TNP e o boicote ao programa espacial brasileiro (o qual foi criado com objetivos escusos).

Vader
13 anos atrás

Marco Antônio disse:
21 de março de 2011 às 11:31

Desculpe meu caro, mas você está enganado.

O programa nuclear bélico brasileiro no regime militar era uma piada e os americanos sabiam muito bem disso. A começar pelo fato de que cada uma das três Forças tinha o seu, dividindo recursos preciosos em esforços triplicados.

O tal buraco da Serra do Cachimbo por exemplo, que o Collor “fechou”, não servia para explodir nem um traque, quanto mais uma bomba atômica.

Não meu caro, as grandes potências jamais levaram a sério a bomba atômica brasileira, naquela época. Tinham outros problemas para se preocupar (leia-se URSS).

Mas elas levam muito a sério a possibilidade que o Brasil tem HOJE de construir um artefato nuclear. Temos a matéria-prima, temos como enriquecer urânio, temos a teoria matemática (Dalton Girão Barroso, físico do IME). Falta apenas fabricar o artefato. E ter como entregá-lo (não temos, pois nosso programa espacial é outra piada).

Por fim repito: o TNP foi assinado pelo Brasil em 1968. Só foi referendado pelo CONGRESSO NACIONAL em 1999, justamente como resposta política à altura ao anúncio feito pela sempre “incompetente e vendida diplomacia do governo FHC” de que o país não assinaria o protocolo adicional (de 1997).

Portanto, o Brasil JAMAIS assinou protocolo adicional algum. E foi o Presidente Fernando Henrique que decidiu, assessorado por sua diplomacia, chamada pelo amigo de “amadora”, que o Brasil não assinaria o protocolo adicional ao TNP.

E o programa espacial brasileiro já era “boicotado” muito antes do protocolo adicional do TNP (que, repito, é de 1997 – sendo nosso PEB de 1960!!!).

Por “boicotado”, aliás, leia-se: os EUA se recusam a nos transferir tecnologias de capacidade dual.

Coisa que eles, aliás, não tem obrigação nenhuma de fazer, ou seja: se o Brasil quisesse ter um programa espacial sério algum dia, que fizesse a sua lição de casa, como todos os outros países com tal capacidade do mundo, e desenvolvesse tecnologia autóctone.

A Índia por exemplo não precisou de ninguém para desenvolver sua tecnologia balística. Idem o Paquistão. Idem a Coréia do Norte. O Irã. Israel. Etc.

Amigo, o Programa Espacial Brasileiro é de 1960!!!! Tem CINQUENTA anos!!! Meio século!!!! E estamos até hoje soltando foguetinhos do tamanho que a Alemanha e os EUA já soltavam na década de 30 do século passado!!!

Não meu caro, não busquemos desculpas para nossa própria incompetência. Esse é o mal do antiamericanismo: procurar iludir o povo para ocultar nossas próprias fraquezas e incapacidades, atribuindo-as a um poder externo supostamente superior.

Ninguém fora do Brasil tem culpa por nosso PEB. Nós somos os próprios culpados.

Marco Antônio
Marco Antônio
13 anos atrás

Este serviço de inteligência estadunidense que considera o Brasil uma ameaça nuclear deve ser o mesmo que disse que o Iraque tinha armas de destruição em massa……..com um orçamento que não comporta sequer um FX2, FX, e só compra EC725, daonde tirariam verba pra um projeto desta monta……

Vader
13 anos atrás

Marco Antônio disse:
22 de março de 2011 às 9:44

Eu não disse que os EUA consideram o Brasil uma ameaça nuclear.

Não somos, até porque nossa Constituição Federal proibe terminantemente a prospecção nuclear para fins bélicos.

Disse que eles levam a sério a capacidade brasileira de construir um artefato nuclear, caso assim o desejássemos.

Caso tivéssemos que lutar na “guerra apocalítica mundial qui distruirá uzamericanu imperialista i cumedô di criancinha”, por exemplo… 😉

Wagner
Wagner
13 anos atrás

Ja viram aquela charge da Angra 1 ??

Um cara, que está em forma de esqueleto, vendo pela janela da casa, fala para a mulher :

” Queridam venha ver ! A festa de inauguração de angra 1 já começou !”

Na janela tem um Cogumelo atômico…

Observador
Observador
13 anos atrás

Wagner:

Não vi e nem quero ver.

A charge é típica de gente desinformada, paranóica e histérica. Ou pior, mal-intencionada.

A ignorância sobre o uso da energia atômica beira a superstição e crendice.

Sabe qual é a indústria mais segura do mundo?

Pois é. É a nuclear.

Se for computar os acidentes (de qualquer tipo) ocorridos desde o início da utilização do átomo, veremos que se faz uma tempestade em copo d’água.

Ademais, à semelhança com a indústria de transportes aéreos, cada acidente, por menor que seja, é estudado minuciosamente e a lição aprendida torna os equipamentos ainda mais seguros.

Agora um bando de ecochatos vem dizer que o acidente no Japão é o exemplo da falta de segurança na atividade, pois os reatores japoneses seriam os mais seguros do mundo.

Acontece que não são.

Para começar, os reatores do Japão tem 40 anos, são BWR (reator de água fervente) uma tecnologia já antiga.

Os reatores de Angra dão um BAILE de segurança nestes japoneses.

Os do japão tem um único sistema de refrigeração; os nossos tem dois, e independentes; o resfriamento para a atmosfera nos japoneses é feito do núcleo do reator para o meio ambiente; nos nossos o resfriamento é feito do núcleo para o sistema secundário de refrigeração; nos japoneses, as barras de controle (que desligam as reações de fissão) são erguidas do fundo do reator, ou seja, precisam de equipamento elétrico ou hidráulico; nos nossos as barras de controle saem do teto do reator e são acionadas por gravidade.

Os reatores japoneses só são melhor construídos para o caso de terremotos (óbvio!), muito embora os reatores de Angra possam suportar terremotos de magnitude 7.

Por último, por mais que os detratores da energia atômica sonhem com isto, é IMPOSSÍVEL um reator nuclear causar uma explosão atômica.

Vader
13 anos atrás

Eu só acho um absurdo terem escolhido o pedaço mais bonito de todo o litoral brasileiro para colocarem dois reatores nucleares…

Vader
13 anos atrás

Pô, querem construir um reator nuclear? Bota em Cubatão, Carapicuíba, Guarulhos, Belford Roxo… 🙂

Mas vai pôr em Angra dos Reis???

Essa ficou pra conta dos militares…

Rodrigo
Rodrigo
13 anos atrás

Eu moro em Barueri, não bota esta p… na minha mão.

Manda ai pra Campinas que com a frescura local, não tem perigo de aquecer…

Vai dar até pra fazer overclock

ahahahahahah

Vader
13 anos atrás

Pô Rodrigo, Barueri é outra cidade “biita” que daria um excelente sítio para testes nucleares… 🙂

Digamos assim: um Alamogordo Brazuca… 🙂

Abraço.

Observador
Observador
13 anos atrás

Se é para escolher uma cidade para colocar um reator, então escolho Brasília, bem na Praça dos Três Poderes.

Ali, se houvesse algum vazamento, talvez o Brasil conseguisse se livrar de algumas figuras mais prejudicais do que um quilo de plutônio-239.

Mas falando sério, a escolha de Angra foi baseada no local da usina. Ali a serra seria uma barreira natural em caso de vazamento e os ventos predominantes sopram para o mar, levando embora um eventual vazamento na atmosfera.