GENEBRA – A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, pediu nesta segunda-feira, em Genebra, na Suíça, que o ditador da Líbia, Muammar Kadafi, deixe o governo imediatamente, ‘sem mais atraso ou violência’.

Após encontro com diplomatas, Hillary garantiu que “todas as opções estão sobre a mesa” para lidar com a crise enquando Kadafi ameaçar e matar civis. Ela também pediu que sejam preparadas medidas suplementares para terminar com a violência na Líbia.

“Devemos trabalhar juntos na adoção de medidas suplementares para que o governo Kadafi preste contas, para proporcionar ajuda humanitária e para apoiar o povo líbio em sua busca por uma transição para a democracia”, afirmou no Conselho dos Direitos Humanos da ONU. Apoiar as transições árabes é um “imperativo estratégio”, acrescentou.

“Nossos valores e nossos interesses convergem porque apoiar estas transições não é apenas um ideal, é um imperativo estratégico”, insistiu.

Hillçary também acusou o coronel Kadafi de usar “mercenários” e “brutamontes” para atacar os oposicionistas, que aumentam o cerco ao ditador.

FONTE: Jornal do Brasil / AFP

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Wagner
Wagner
13 anos atrás

Por que ela nao pede que o0 cara do Iêmen deixe o poder também ??

Que hipocrisia… e tem cara que ainda idolatra Washington.

Bosco Jr
Bosco Jr
13 anos atrás

Wagner,
Porque ela não é “boazinha”. Ela defende os interesses do seu país e é paga pelos contribuintes americanos.
Se a situação muda, ela e os EUA mudam de opinião para ajustarem os acontecimentos às mudanças.
Por que os EUA não entram de novo na Somália?
Porque a Somália não interessa aos EUA.
É feio? Desumano?
Sem dúvida! Mas os EUA colocam seus interesses em primeiro lugar e o fazem mesmo que tenham que fazer um pacto com o Diabo, e dane-se quem os acha malvados.
Aliás, no vácuo de poder deixado no fim do mundo em que os EUA por pura falta de interesse não estão, também não vejo ninguém lá. Cadê os russos, chineses, franceses, alemães, japoneses, brasileiros (opa! brasileiros?), que não vão exercer o poder em nome da humanidade lá no fim do mundo.
Porque só os americanos é que têm que ser o bonzinhos. Se eles não forem tem um monte de gente pra apontar o dedo, mas também ninguém arregaça as mangas e mostra como deve ser feito.
Bem que o Brasil poderia se candidatar a ocupar o vácuo americano em locais ermos, esquecidos pelo mundo, e comprar a briga com tribos ancestrais, etnias, fundamentalistas, etc, e levar a “pax brasileira” lá pro fim do mundo. Por que não estamos lá?
Será que não somos tão diferentes assim dos americanos malvados ou é por pura incompetência?
O mundo é uma porcaria, mas foi nós que o fizemos assim. Americanos são malvados, mas todos são da mesma laia e todos defendem seus interesses independente da causa ser justa ou não.
Aliás, o que é justo para alguns não é para outros. Tudo é relativo.
A maldade na sua mais pura forma foi exercida por poucos em toda a história humana. Na maioria das vezes o indivíduo que faz o mal pelo mal é um sociopata, um pscicopata. Ou seja, nem um serial killer pode ser considerado inteiramente mal já que tem a atenuante de ser um “doente”.
Figuras como Hitler, Saddan, Bush, Stalin, Pol Pot, etc, muitas vezes fizeram o que fizeram pensando em um bem maior, e se foram cruéis, é porque tinham uma visão distorcida da realidade.
Em geral, quando vemos no outro o “mal”, somos capazes de fazer coisas inimagináveis.
Um abraço.

Vader
13 anos atrás

Wagner disse:
28 de fevereiro de 2011 às 14:49

“Por que ela nao pede que o0 cara do Iêmen deixe o poder também ??”

Seria porque o cara do Iêmen não mandou caças pra bombardear os manifestantes?

Engraçado como é o mundo para os antiamericanos:

1. Quando os EUA não falam nada… estão errados! Porque tem a obrigação de falar;

2. Quando os EUA falam algo… estão errados e são hipócritas! Porque estão interferindo em assuntos dos outros;

3. Quando os EUA não fazem nada… estão errados e são coniventes! Porque deveriam fazer alguma coisa;

4. Quando os EUA fazem algo… estão errados! Porque estão intervindo na soberania de outros países;

Ou seja: pro antiamericano, os EUA estão SEMPRE errados. Faça ou NÃO faça o que fizer.

No mais, concordo com o Bosco: lendo os discursos dos antiamericanos, parece que os EUA são o único país do mundo; que ninguém mais tem exércitos; e que todo o mal do mundo se encontra ao norte do Rio Grande, com o resto do mundo sendo o céu e os EUA o inferno habitado pelos demônios e diabinhos.

Simplesmente ridículo.

Observador
Observador
13 anos atrás

Senhores,

Eu em outro post defendi exatamente o que o Bosco colocou.

Se o Brasil quer ter assento permanente no CS, não pode implorar; tem que ser convidado.

O CS é lugar de quem tem poder militar e disposição para usá-lo. Só os mentecaptos do Itamaraty acham que o tal do “soft-power” brasileiro vai nos colocar lá.

Em tempo: a minha definição de “soft-power brasileiro”: é o Brasil puxar o saco de todos os demais países, tentando ser amiguinho de todo mundo, inclusive das ditaduras e estados-pária do planeta.

A maneira de fazer obter a vaga permanente no CS é assim mesmo como falou o Bosco: intervindo em áreas onde ninguém quer se meter e onde a desgraça e vilania imperam.

Um bom local seria o Golfo de Áden e seus piratas.

Mas não adianta sonhar. O Brasil não tem as mínimas condições sequer de mandar uma única fragata ao Líbano, quanto mais montar um “carrier strike group” improvisado em torno do São Paulo.

Teríamos que ganhar as fragatas que a Royal Navy está aposentando; teríamos que ter pelo menos seis exemplares de um caça de interdição de frota Super-Etendard ou F-18 Hornet (na configuração ar-ar);teríamos que ter os A-4 M operacionais para ataque; teríamos que ter talvez uns dezoito exemplares de uma versão navalizada do Tucano.

Para lá, uma região de pouco perigo para a frota, estaria mais do que bom.

Mas nem isto temos. E nem isto teremos.

Nunca.

Rodrigo
Rodrigo
13 anos atrás

Bosco, perfeito!

Digo o mais, se a oposição líbia pedir o apoio dos gringos eles não vão negar fogo.

Rodrigo
Rodrigo
13 anos atrás

Quem de vcs não acredita que já tenha pessoal do USSOCOM e CIA SOG, em território líbio recolhendo INTEL, para eventuais ataques aéreos?

Observador
Observador
13 anos atrás

Rodrigo:

Eu imagino que eles já devem ter toda a informação sobre a Líbia para um ataque. Da Rússia. Da China. Do Brasil. Do mundo inteiro.

Mas eles vão fazer o que você falou: já deve ter gente lá recolhendo dados, mas apenas para a atualização.

Por falar nisto, os revoltosos já estão pedindo ajuda internacional. Já estão reconhecendo que sem a ajuda militar externa não derrubarão o Kadafi.

Isto é claro: ou eles derrubam o ditador logo ou não terão fôlego para manter a luta (dinheiro, armas, munição, comida, mobilização de civis).

Já Kadafi pode usar o dinheiro que roubou e os aliados que comprou para contrabandear o que precise.

É só olhar o mapa e ver que a Líbia faz fronteira ao sul com o Sudão (com outro genocida no comando); com o Chade (considerado pela Trânsparência Internacional como o país mais corrupto do Mundo em 2005); pelo Niger (o país com o menor IDH do mundo em 2007).

Por eles, o contrabando vai correr solto, e é por onde haverá a entrada de mais mercenários.

Se o ditador for esperto, para de bombardear os revoltosos, esvaziando os argumentos para a intervenção internacional.

Em um conflito lento, a corda vai arrebentar do lado mais fraco e, neste caso, parece que não é o dele.