Jobim defende que investimentos em defesa sejam fixados
O ministro Nelson Jobim (Defesa) disse nesta segunda-feira que está em gestação dentro de sua pasta um projeto que pretende obrigar o governo federal a manter os investimentos programados para a área militar.
De acordo com Jobim, a medida é necessária para dar segurança a empresas nacionais cuja produção é voltada para o setor de defesa, incentivar investimentos em novas tecnologias e impedir que, por falta de oportunidades, técnicos brasileiros busquem emprego no exterior.
“Precisamos ter um tipo de segurança em relação às questões de defesa de que os programas que sejam estabelecidos, como o Sisfron [Sistema Integrado de Monitoramento de Fronteiras] e monitoramento da Amazônia, tenham continuidade, tenham permanência”, disse Jobim em São José dos Campos (91 km de São Paulo).
O ministro defendeu a medida em discurso a empresários durante visita ao Parque Tecnológico de São José. A cidade é sede de grandes empresas do setor de defesa como a Embraer e a Avibras, que passa por dificuldades financeiras.
Jobim, aliás, citou a Avibras para mostrar a importância de sua proposta. A empresa aguarda liberação de verbas federais para desenvolver um novo sistema de lançadores de foguetes chamado de Astros 2020.
No final de janeiro, a Avibras demitiu 170 funcionários e uma das justificativas para a medida foi justamente o atraso do governo em liberar a verba para o programa.
Depois, Jobim atribuiu o atraso à “paralisia” do governo federal devido à transição presidencial. Segundo ele, a situação da Avibras está sendo discutida e uma decisão deve sair dez dias.
CAÇAS
Jobim negou que o projeto tenha relação com a demora do governo federal em tomar uma decisão sobre a compra dos novos caças para a Força Aérea.
O ministro já afirmou várias vezes que o anúncio da fabricante escolhida seria feito, mas a decisão vem sendo adiada desde o governo Lula.
Desta vez, Jobim disse que conversará sobre o assunto com a presidente Dilma Rousseff “oportunamente”. Segundo ele, “seria importante que essa decisão [sobre o novo caça] fosse tomada nesse primeiro semestre”.
FONTE: Folha.com
Jobim descobriu a pólvora, como sempre…
É simples Seu Jobim: é só acabar com a famigerada DRU, a Desvinculação das Receitas da União, que o Sr. apoiou no Governo FHC, votou a favor no STF, e nada falou pela sua manutenção no governo anterior, quando caiu a CPMF.
É a DRU que permite ao Executivo fazer o que quiser, gato e sapato, do orçamento que é votado pelo legislativo.
Não é só o Orçamento Militar, conforme votado pelo Congresso Nacional, que tem que ser mantido. Em qualquer país minimamente sério do mundo, quem define a última palavra sobre o orçamento INTEIRO é o parlamento.
Só na ditadura bananeira que o executivo decidiu que o parlamento brasileiro é incapaz de gerir os recursos arrecadados pelo povo. Executivo decidindo destinação de recursos públicos é coisa de DITADURA! Mais do que isso: de monarquia teocrática!
TODO o orçamento deveria ser seguido à risca! E os parlamentares brasileiros tem que deixar de ser criancinhas tuteladas pela vontade imperial do executivo, e votar orçamentos sérios e minimamente realizáveis.
Da forma que é o Orçamento Brasileiro, é só uma peça de ficção.
Revincular o orçamento de Defesa ataca o efeito, e não sua causa. É como o médico que já injetou uma tonelada de remédio no doente terminal e diante da inutilidade do tratamento decide que este precisa é de mais remédio!
Esse país é surreal. E o Seu Jobim é o perfeito representante dessa surrealidade. Até porque, ao contrário de outros idiotas, ele sabe disso.
Eí, alguém poderia mandar esse povo da Avibrás arrumar um sócio no mercado, ao invéz dessa chantagenzinha bobinha estilo EADS!!!
Vão fabricar algo que o mercado civil compre e aí banquem esse Astros 2020 vcs mesmos!!!
Mas bem que o GF está merecendo, paparicou, mimou, levou pela mãozinha, eles gostaram e agora quem aguenta a criança mimada…