Bens brasileiros são ‘vitais’ para EUA e integram lista vazada pelo WikiLeaks

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Recursos minerais e redes de comunicação no Brasil estão na lista de itens estratégicos dos EUA. É o que revelam os telegramas de diplomatas americanos ao Departamento de Estado do país vazados ontem (6/12) pelo WikiLeaks.

De acordo com eles, reservas minerais em Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul passaram a ser consideradas “locais vitais”. Isso porque qualquer problema no suprimento das matérias-primas extraídas nesses lugares afetaria diretamente a indústria americana.

Hoje, o Brasil possui 98% das reservas de nióbio do mundo, e os EUA estão entre os maiores consumidores. O metal é usado na fabricação de peças de automóveis, aviões, obras de infraestrutura e até lâminas de barbear.

Por isso, o governo americano incluiu duas minas brasileiras de nióbio como prioritárias. Uma delas pertence à CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração) e fica em Araxá, Minas Gerais. Sozinha, ela atende 80% do mercado mundial.

A outra jazida é explorada pela inglesa Anglo American no complexo mineral de Ouvidor e Catalão, em Goiás.

A Vale tem duas jazidas na lista. Uma delas é a de minério de ferro em Corumbá (MS). Neste caso, o interesse se justifica pela alta concentração de ferro no minério, considerado um dos melhores do mundo. Outra é a de manganês, em Urucum (MS), usado em siderúrgicas.

TELECOMUNICAÇÕES

As redes de comunicação (telefonia, internet e dados) foram colocadas no mesmo patamar de prioridade.

Para o governo americano, danos ocorridos nos cabos submarinos da Globenet ou da Americas II podem deixar o país com dificuldade de contato com suas empresas no Brasil. Sites com extensão “.com” teriam problemas de acesso afetando também o comércio eletrônico entre os dois países.

Esses cabos são feitos de fibra óptica e estabelecem a conexão entre centrais de operadoras de telefonia dos dois países. A maior parte de seus 30 mil km de extensão encontra-se submersa.

Somente a rede da Globenet possui 22 mil km de fibras. No Brasil, os cabos submarinos se conectam às centrais da operadora Oi, dona da Globenet desde 2009.

Esses cabos se ligam em solo a duas centrais da Oi, uma em Fortaleza, no Ceará, e outra no Rio de Janeiro.

Criada em 2000, a rede de cabos da Americas II parte dos EUA e, no Brasil, se conecta em Fortaleza à central da Embratel.

FONTE: Folha.com

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Francisco AMX
Francisco AMX
14 anos atrás

“itens estratégicos” dos USA? e nossos não são?

sei que aqui tem gente que vai arrumar desculpas para justificar o que não ficou claro…. rsrsrs, como se “auto-defendendoosUSA” rsrsrs

gostaria de uma interpretação melhor sobre isso….

Fabricio Juliano
Fabricio Juliano
14 anos atrás

” …reservas minerais em Goiás, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul passaram a ser consideradas “locais vitais”. Isso porque qualquer problema no suprimento das matérias-primas extraídas nesses lugares afetaria diretamente a indústria americana.”

Acho válido um comentário que li a respeito do tema: “Ronaldo Schlichting, da Liga da Defesa Nacional, em seu excelente artigo, que jamais deveria ser do desconhecimento do povo brasileiro, chama a atenção sobre a “Questão do Nióbio” e convoca todos os brasileiros para que digam não à doutrina da subjugação nacional.

Qualquer tipo de riqueza nacional, pública ou privada, de natureza tecnológica, científica, humana, industrial, mineral, agrícola, energética, de comunicação, de transporte, biológica, assim que desponta e se torna importante, é imediatamente destruída, passa por um inexorável processo de transferência para outras mãos ou para seus ‘testas de ferro’ locais”.

Os brasileiros têm que ser convencidos de que o Brasil está em guerra e que de nada adianta ser um país pacífico.

Os inimigos são implacáveis e passivamente o povo brasileiro está assistindo a desmontagem do país. Na guerra assimétrica, de quarta geração de influências sutis, não há inicialmente uso de armas e bombardeios com grande mortandade. O processo ocorre de forma sub-reptícia, com a participação ativa de colaboracionistas, entreguistas, corruptos, lobistas e traidores.

O povo na sua esmagadora maioria desconhece o que de gravíssimo está ocorrendo na sua frente e não esboça nenhum tipo de reação.

Por trás, os países hegemônicos, mais ricos, colonizadores, injetam volumosas fortunas em suas organizações nacionais e internacionais (ONGs, religiosas, científicas, diplomáticas) para corromperem e corroerem as instituições e autoridades nacionais para conseqüentemente solaparem a moral do povo e esvaziar a vontade popular. Este tipo de acontecimento é presenciado no momento no Brasil.”

Antes que muitos venham alertar sobre o perigo de uma futura intervenção em busca de nossos recursos naturais, tenho certeza que isso nunca ocorrerá. Por mais populistas, esquerdistas que os governos que se sucederão possam ser nossa política externa tem como tradição ser submissa e isso é cada vez mais comprovado quando qualquer tentativa do governo brasileiro de se fazer respeitar acaba por ser ridicularizada pelos superiores ocidentais e, pasmem, por grande parte de sua própria população que não tem um pingo de patriotismo quando não se trata de futebol.

O que está ocorrendo é que o Brasil está vendendo, quase doando, todas as suas riquezas de qualquer jeito e recebendo o pagamento em moeda podre, sem qualquer valor, ficando caracterizada uma traição ao país e ao povo brasileiro. Muitos criticaram o Lula a respeito desse tema, e não vou defendê-lo só quero dizer que essa política é velha história do governo brasileiro que se vende como uma prostituta em troca de migalhas que serão distribuídas para meia dúzia.

Vale lembrar o governo FHC, conhecido por “vender” o Brasil, que em um célebre episódio que materializa essa eterna submissão brasileira o Chanceler Celso Lafer foi obrigado a tirar os sapatos em visita oficial aos EUA em 2002, vejam bem um representante brasileiro que não só se sujeitou mas humilhou por tabela todo seu país. Volto a dizer que mesmo fatos como esses tem defensores brasileiros…o futuro é sombrio para nosso país.

lucas lasota
lucas lasota
14 anos atrás

http://www.youtube.com/watch?v=UvBSznaVYiI

Vale a pena ver, relembrar e refletir sobre o tema.

Guilherme
Guilherme
14 anos atrás

Por tudo isso que Fabricio Juliano escreveu que me preocupa a opinião de muitos aqui em relação aos EUA, muitos defendem eles cegamente como verdadeiros colonizados, se esses documentos ainda não mudou a visão dos colonizados nenhuma coisa que apareça nesse sentido mudará!

Fabricio Juliano
Fabricio Juliano
14 anos atrás

Gilherme:

Não entendi se vc me coloca nesses comentários pró governo americano, espero que não. Que fique bem claro que eu sou totalmente contra toda espécie de submissão do povo brasileiro frente a qualquer outro país, me perdoe se pareceu que eu me encaixo nessa visão que vc citou de colonizados, no meu comentário acima, muito mas muito pelo contrário isso que vc disse é algo que eu defendo a muito mas muito tempo. Basta vc ver como surgirão comentários aqui nos ridicularizando, e observar tantos e tantos outros comentários nesse sentido de visão colonizada em outras reportagens e em outros meios de mídia.

Soldier
Soldier
14 anos atrás

Que nossa reserva de nióbio é a maior do mundo eu já sei hà muito tempo bem como a respeito das reservas minerais pois moro com Campo Grande_MS.

O que eu gostaria de saber é:
Se minerais são commodites acho que o nióbio deve ter um preço internacional balizado não?

Qual o preço/tonlada pago no mercado mundial?

Se recebemos em moeda podre, que moeda ou títulos seriam?

Sinceramente, gostaria de um esclarecimento à respeito.

Freire
Freire
14 anos atrás

Podem esperar porque daqui a uma década, eles estarão aqui reclamando as jazidas com se fossem deles,preparemos pois sem NIÓBIO não tem aço,este minério dá a elasticidade , resistência e dureza no aço, sem ele o aço é quebradiço e impuro não serve para nada. e nós temos 98% das reservas mundiais de NIÓBIO.vão inventar uma ameaça mundial para entrar aqui.podes crer.

Brasil.

Fabricio Juliano
Fabricio Juliano
14 anos atrás

Soldier:

“O Brasil como único exportador mundial do minério não dá o preço no mercado externo, o preço do metal quase 100% refinado é cotado a US$ 90 o quilo na Bolsa de Metais de Londres, enquanto que totalmente bruto, no garimpo o quilo custa 400 reais. Na cotação do dólar de hoje (R$ 1,75), R$ 400,00 = $ 228,57. Portanto, $ 228,57 – $ 90,00 = $ 138,57. ”

fonte: http://www.brasilwiki.com.br/noticia.php?id_noticia=4354

Soldier
Soldier
14 anos atrás

Desculpe o erro do inglês.

Onde está commodites leia-se => COMMODITIES

Soldier
Soldier
14 anos atrás

Juliano.

Então estamos tomando na tarraqueta em U$$ 90 dólares??? É isso?

Pois se entendi bem pelo custo no garimpo seriam em U$$ 228,57 o preço a ser vendido. É isso?

Soldier
Soldier
14 anos atrás

Juliano.

Outra pergunta:

Temos pelo menos 01 refinaria de nióbio no Brasil?

Guilherme
Guilherme
14 anos atrás

Me expressei mal Fabricio Juliano, eu quis dizer totalmente o contrário disso que vc pensou, vc pra mim é um aliado nesse ponto de vista, vejo suas idéias com um contra ponto aos colonizados, sua visão é igual a minha em todos os sentidos!

Fabricio Juliano
Fabricio Juliano
14 anos atrás

Soldier:

“A Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM), a maior exploradora mundial, do Grupo Moreira Salles e da multinacional Molycorp, em Araxá, exporta 95% do nióbio extraído de Minas Gerais.”

“O Brasil com reserva de mais de 97%, em Catalão e Araxá, é o maior produtor mundial de nióbio e o consumo mundial é de aproximadamente 37.000 toneladas anuais do minério totalmente brasileiro. ”

“Nas jazidas de Catalão e Araxá o nióbio bruto, extraído da mina, custa 228,57 dólares e é vendido no exterior, refinado, por 90 dólares. Como é que pode ocorrer tal tipo de transação comercial com total prejuízo para a população do país? ”

“A questão do nióbio é tão vergonhosa que na realidade o mundo todo consome l00% do nióbio brasileiro, sendo que os dados oficiais registram como exportação somente 40%. Anos e anos de subfaturamento tem acumulado um prejuízo para o país de bilhões e bilhões de dólares anuais. ”

fonte: http://www.brasilwiki.com.br/noticia.php?id_noticia=4354

Soldier
Soldier
14 anos atrás

Pessoal.

Não sou anti-americano. Apenas, sou um BRASILEIRO que ama e, como soldado que fui (e sou para sempre), jurei defender os interesses do meu país.

E tento, todos os dias da minha vida fazer isso.

Gosto dos EUA. De verdade. Apenas sou contra algumas ações geopolíticas e estratégicas deles como foi a invasão do Iraque pelo motivo que todos aqui sabemos e APÓIO COM TODA A VEEMÊNCIA as ações deles no Afeganistão.

O que terroristas fizeram em 11/09 e ainda fazem não é uma guerra contra um país e sim contra civilizações. Mesmo que os Ocidentais deixassem a Terra Santa deles, podem ter certeza que eles continuariam a nos combater por motivos religiosos. Jamais vamos deixar de ser para alguns fanáticos, OS INFIÉIS.

Falando do Brasil, e tendo um solo tão rico como o nosso que de TUDO NOS DÁ, desde alimentos fartos e baratos, minérios, água da melhor qualidade e em abundância e uma natureza que inexiste na maior parte do mundo, FICO REALMENTE TRISTE pensando em SER O QUE SOMOS e ESTAR ONDE ESTAMOS.

Nosso país não merece. O que é preciso é debater essas coisas em nossas escolas, recuperar a cadeira de EMC – Educação Moral e Cívica, para que nossos estudantes tenham o conhecimento de moral e civismo pois, nem mesmo respeitos pelos professores nossos alunos estão tendo.

Nossos mestres estão adoecendo, sendo atacado, insultados e sendo assassinados pelos nossos alunos.

Não chamo o Brasil de NAÇÃO porque acho que ainda não chegamo a isso. Temos muito a percorrer para chamar este país de NAÇÃO.

Soldier
Soldier
14 anos atrás

FABRICIO JULIANO.

Entendi. Imagina se:

O Brasil resolvesse por DECRETO PRESIDENCIAL com anuidade do Congresso Nacional vender o NIÓBIO pelo preço que ele realmente vale?

Gostaria de ver os comentários de muitos outros colegas aqui a respeito disso.

Qual o cenário caso o Brasil resolvesse fazer isso. Aliás quais os critérios usados para que a Bolsa de Londres cote o NIÓBIO a este preço?

Alguém pode esclarecer?

Bruno
Bruno
14 anos atrás

E tem gente que ainda acha que os EUA não nos invadiriam para proteger ‘seus bens vitais’.Somos os maiores fornecedores de um material indispensável para eles.Acham que eles não protegeriam essa fonte se fosse necessário?E tem diplomata que diz que a invasão da Amazonia é a ‘típica paranóia brasileira’
O que me faz pensar se não seria melhor se empresas brasileiras explorassem o nióbio, e não anglo-americanas.
Quanto ao preço pago pela tonelada, ridículo.Já que temos 98% das reservas mundiais, devíamos jogar o preço lá em cima.Quem vai fazer mais barato?Quem vai se recusar a comprar?

aquino
14 anos atrás

muita gente achava que o interesse americano era só na amazonia ai que tá o grande engano a amazonia também é vital pra eles eu que moro aqui no ms dourados já vi varios comentarios do interesse americano no pantanal muita gente acha que naõ podemos ser anti -americano que é feio nós brasileiros temos que defender nossas riquezas e interesses agora como foi bom esses fazamentos secretos do wikileaks podemos perceber quém saõ os euas quero ver mais comentarios do pessoal no blog respeito do assunto e nossos´politicos abram os olhos…..

Luan
Luan
14 anos atrás

Quanta ingenuidade.Ou o anti-americanismo não deixam pensar.

TODOS países tem “ítens vitais” de outros países.O Gáz Boliviano não é?? É! e agora vamos anexar a Bolivia?

Ao invés de acharem isso um problema,como se os americanos fossem nos invadir por isso, pensem que ele (os EUA) come na nossa mão 😉

Jesus, não existe país que se prese que não tenha uma “lista” parecida.

aquino
14 anos atrás

ai luan comparar a bolivia com os euas quanta diferença agora ninguém pensa que os eua come na nossa maõ é pra cabar .

MatheusTS
MatheusTS
14 anos atrás

São Bilhões gente isso da pra fazer 1 FX por ano…
AJA CORRUPÇÂO.
Como isso consegue funcionar sem ninguem da imprensa anunciar ao publico??????
Esse material faz de tudo como: Motores de caça e misseis, aeronaves da NASA porque é um material que aguenta muito calor é uma especie de Ouro da tecnologia…..
isso devia ser vendido no minimo a 400 dolares o quilo..

Paulo Costa
Paulo Costa
14 anos atrás

Se paises estão interessados em nosso minerio,otimo,que invistam aqui para te-los,como o Japão que financiou o sistema Carajas,que exporta minerio para eles,a ferrovia do Aço que estava paralisada,foi concluida depois de 20 anos pela MBR,de capital misto G Antunes e capital USA,
hoje comprada pela Vale,existem varios exemplos de investimentos externos que criam empregos,ou prosperidade ao pais, tem mais Niobio no Amazonas,e muito,no nosso pais tem mais de 1100 fabricas Alemãs,
900 Americanas e 800 Inglesas,todas instaladas aqui
pagando impostos e gerando prosperidade,voces acham que estão aqui para nos escravizar,ou invadir? Se o que temos é de boa qualidade,otimo ,vamos investir e dar
emprego ao nosso povo.O Wikileaks,so vaza direcionado,
parece,pois na Africa,o maior investimento de um pais por
la é no AK-47,ou aqui no nosso pais que não tem nenhuma industria,e esta explorando a elevação do Rio Grande,este
é o duvidoso,pois não investe aqui,só conversa …..

dark
dark
14 anos atrás

não sabia dessa! se os EUA embargarem algo, corta o nióbio deles kkkkk

Marine
Marine
14 anos atrás

Luan,

Nao tem jeito amigo. A ignorancia que tomou conta de alguns setores no Brasil e demais…

Tem gente que ve fantasma americano e desculpa pra invasao em tudo!

Esse pessoal parou no tempo, ainda estao vivendo em plena guerra fria.

Paulo Costa
Paulo Costa
14 anos atrás

Se voçês pesquisarem no google vão ver que o Canada
produz 25% do Niobio mundial,e foi descoberta a terceira maior reserva mundial de petroleo tambem no Canada.
O Niobio serve para aumentar a resistencia de aço,e tambem a corrosão,uma turbina de jato com 900kg,
tem cerca de 60kg de niobio.Os maiores consumidores mundiais são a China,e o Japão,usado tambem em outros tipos de aço,evita o uso da cementação e outros processos.
Com o decorrer do tempo ja foram desenvolvidas outras tecnologias usando outros metais para a mesma função.