Brasileiro que serviu no Iraque narra suas aventuras e critica atual presidente norte-americano

Quase três meses depois da retirada oficial das tropas de combate norte-americanas do território iraquiano, a estratégia do presidente Barack Obama para encerrar o conflito iniciado em 2003 é criticada e chamada de populista por um ex-soldado que fala português com um sotaque misto, entre o inglês e o ‘baianês’.

Para João Paulo Pereira, brasileiro que se tornou fuzileiro naval dos Estados Unidos e que lutou no Iraque, Obama “tenta parecer um anjo, como se tivesse acabado a guerra, mas sem mudar muito a realidade do país”, disse, em entrevista ao G1, de Salvador, onde vive atualmente.

Para Pereira, a guerra “é só um jogo para o presidente”. Segundo ele, a situação do Iraque já estava sob controle mesmo antes da retirada ocorrida no final de agosto, e a medida do governo despreza os 40 mil soldados que continuam no país. Os soldados, agora tratados como “não-combatentes” têm menos status e recebem menos benefícios de que os que antes eram chamados de combatentes, explicou.

Nascido no Brasil, Pereira se mudou para os Estados Unidos junto com sua mãe quando tinha apenas 4 anos de idade, em 1989. Por ainda ser muito novo, ele diz que não teve muita dificuldade de adaptação. Ele logo aprendeu inglês e passou a ficar à vontade na nova pátria.

Pouco antes de completar 18 anos, assinou um contrato para entrar no corpo de fuzileiros navais, os “marines”, um dos mais importantes dos Estados Unidos. Por mais de 20 semanas, passou pelo processo que, segundo ele, muda as pessoas, transformando-as em soldados altamente bem preparados para conflito, pessoas agressivas, mas que acabam se consolidando como uma família. “A guerra é estressante, e o treinamento tem que nos deixar prontos para enfrentar a realidade do conflito”, contou.

Apesar de dizer que sempre se sentiu mais brasileiro de que americano, ele admite que tem um carinho muito grande pelos Estados Unidos, e que sentia ter o dever de retribuir de alguma forma o tratamento que recebeu no país – por isso se tornou um fuzileiro naval. “Faria o mesmo pelo Brasil, sem pensar duas vezes”, diz. “Se o Brasil estivesse envolvido em alguma guerra estaria pronto para defender o país.”

Depois de uma primeira missão no Haiti, Pereira ficou sabendo que iria para o Iraque. “Foi assustador. Claro que já era esperado e estava pronto para aquilo, mas fiquei ao mesmo tempo animado e ansioso com a ideia” , disse. Ele foi enviado para Fallujah, uma das cidades em que houve mais conflitos desde a invasão do país, e que havia acabado de passar por uma intensificação nos combates, ficando sob controle dos americanos.

‘Quase morri’

Por mais que tenha se envolvido em confrontos, foi em um acidente que Pereira sofreu seu maior ferimento da guerra. Durante uma missão noturna, ele foi atropelado por um caminhão americano de sete toneladas. “Estava deitado operando uma metralhadora e tinha que ficar atento a várias coisas diferentes, e acabei sendo atropelado”, contou. O motorista do caminhão não estava usando lentes de visão noturna, como deveria, e acabou causando o acidente – foi punido com a perda do comando.

Pereira foi socorrido imediatamente e levado a um hospital. “Disseram que eu parecia um peixe fora d’água, me debatendo, desesperado”, disse. Apesar de estar usando colete, ele teve costelas quebradas, perdeu parte do pulmão e ficou mais de um mês em coma.

“Quase morri”, disse “Mas eu sou meio doido, e queria voltar.” Logo que se recuperou, ele quis voltar para o trabalho como fuzileiro naval, e depois de 5 meses de licença estava pronto para voltar para o Iraque. Em 2006, voltou, para Ramadi, uma região mais perigosa de que Fallujah. Dessa vez, entretanto, teve uma função mais administrativa, além de assumir a direção de veículos blindados. Ficou sete meses em operação e voltou aos Estados Unidos, onde retomou a vida como civil.

Traumas

O brasileiro conta que a guerra o transformou em uma pessoa agressiva. Por conta do estresse pós-traumático, ele tinha reações mais violentas a tudo, e isso acabou sendo um dos motivos para ele voltar ao Brasil. Ele se mudou para a Bahia, onde vive atualmente, trabalhando em uma empresa que lida com energia elétrica. “Devo ficar por aqui pelo menos até a Copa do Mundo de 2014, mas não sei ainda se volto para os Estados Unidos depois disso.”

“A vida aqui é bem melhor”, diz, comparando Salvador com os Estados Unidos. Ele conta que tinha uma vida confortável, conseguia consumir e tinha carro, enquanto tem uma vida mais modesta e usa ônibus para se locomover em Salvador, mas ainda assim está gostando muito da vida no Brasil.

Além da agressividade que ficou em sua personalidade após a guerra, João Paulo diz ter uma grande dificuldade em confiar nas pessoas, é impaciente e tem pesadelos frequentemente. “Isso tudo faz parte da personalidade que se adquire para a guerra. É preciso ser agressivo, mas essa característica não se adapta bem ao mundo que não está em guerra.”

FONTE/FOTO: G1/Arquivo pessoal

COLABOROU: Marcy

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Fabricio Juliano
Fabricio Juliano
14 anos atrás

Apesar de que aqui a maioria das pessoas se interessam mais pelo aspecto militar dos fatos não posso deixar de comentar sobre como as opiniões são distorcidas pela mídia brasileira, tantos se levantam contra a possível execução da iraniana que traiu e participou do assassinato de seu marido e esses tantos sequer se dão conta de que acompanham uma tendência colonizada de ir sempre na maré de nossos senhores feudais que executam muitos inocentes da piro forma, de forma dissimulada.

Até o mais assíduo colonizado não tem argumentos para contestar que o verdadeiro motivo da invasão iraquiana é e sempre foi o petróleo. Dados da invasão desde 2003: mais de 100 mil vítimas fatais iraquianas, outras centenas de vítimas que terão sequelas para o resto da vida. Lembrem de 2001 quando o ocidente e a america latina chorou junto com os americanos a “terrível” morte de 3 mil empresários nos ataques terroristas, me pergunto hj depois do saque direto ao Iraque estar chegando ao fim se alguma das colônias (como o Brasil na Amer.Latina) o povo se emociona, ou sequer se recorda das milhares de crianças e pessoas totalmente inocentes mortas pelo exército americano e aliados. É claro que não. Tudo isso em nome do aumento da reserva estratégica de petróleo dos EUA (país que detêm a maior) lembrando tantos acontecimentos da história quando povos invadiam destruiam e saqueavam e o faziam em nome do terror e benefício próprio penso que esses antigos ao menos eram sinceros em seus atos, hj o que reina é a forma dissimulada de realizar atos covardes para que os mesmos sejam aplaudidos pelas colônias que abrem suas pernas a hora que for tudo em nome do american way of life.

Isso que eu disse se aplica a reportagem no sentido de que (tenho certeza) que muitos brasileiros se sentiram orgulhosos ou ao menos interessados (sem um pingo de aversão) ao fato de ter esse brasileiro, ou qualquer outro, servindo as forças armadas americanas no Iraque. Imagino se fosse ao contrário, um brasileiro que possuísse parentes no Iraque fosse para la para entrar na resistência (que a mídia das colônias chama de terroristas) o que o povo brasileiro iria pensar disso, ou melhor o que a mídia iria mostrar e forçar guela a baixo do povo. É claro que seria “um brasileiro com problemas mentais (ou algo aprecido) vira terrorista no Iraque e o Itamaraty expressa tremenda aversão a esse fato comunicando ao governo dos EUA a imediata investigação do caso” bom…seria por ae vcs sabem.

Não conheço a história desse elemento “brasileiro” que serve ao exército dos EUA, mas é evidente que deixou de ser brasileiro a muito tempo e agora é unicamente cidadão e militar dos EUA, quem não lê corretamente a reportagem deve pensar “meu deus que porra um brasileiro esta la defendendo o interesse de outro país” ou ainda uma parcela que cresce cada dia mais e que dispensa maiores comentários pensaria “nossa que orgulho um brasileiro representando nosso país em busca de depor um regime tirano e levar liberdade e democracia para aquele país, que orgulho que eu sinto, parabéns” acreditem que isso se passaria pela cabeça de muitos eu tenho certeza é só abrir sites como a folha de SP, veja, etc e fazer uma analogia sobre o que se comenta la em matéria internacional.

Do ponto de vista militar o que se prova hj em dia mais do que nunca é que o exército de uma potência deve estar preparado para a guerra convencional mas igualmente preparado para a resistência armada em forma de ações de guerrilha. Na história me recordo de César que depois de conquistar a Gália invadiu a Bretanha para cessar o apoio que os mesmos davam aos gauleses, o que César enfrentou ao invés de uma batalha decisiva foram ações de guerrilha que minavam seu exército no que então se retirou da ilha que só foi conquistada muito tempo depois. Isso na época do combate corpo a corpo, imaginem hj em dia a forma de se organizar uma guerrilha eficiente seria bem mais eficaz como se provou no Iraque e Afeganistão, onde dispositivos, de certa forma rústicos, foram resposáveis pela maioria das baixas das forças americanas e aliadas.

É certo tb que as forças armadas dos EUA representam hj uma força militar sem paralelo na história, nunca em momento algum houve tanta disparidade de forças, nem na época do império romano, quem conhece um pouco de história militar sabe do que eu estou falando, os recursos militares de que os EUA dispõem os colocam anos-luz a frente dos outros países, esse domínio só não é exercido de forma total pelo surgimento do armamento nuclear e de países como a Rússia.

Mikhail Bakunin
14 anos atrás

Fabricio Juliano disse:
6 de dezembro de 2010 às 15:59

Apesar de que aqui a maioria das pessoas se interessam mais pelo aspecto militar dos fatos não posso deixar de comentar sobre como as opiniões são distorcidas pela mídia brasileira, tantos se levantam contra a possível execução da iraniana que traiu e participou do assassinato de seu marido e esses tantos sequer se dão conta de que acompanham uma tendência colonizada de ir sempre na maré de nossos senhores feudais que executam muitos inocentes da piro forma

Parei de ler por aqui, esse relativismo é insuportável; por acaso existe algo sequer parecido da pena lapidação no Brasil? Tenha santa paciência, respeite seu país.

Luiz Carlos
Luiz Carlos
14 anos atrás

Meu caro Fabricio Juliano, voce está redondamente enganado, aliás qual exatamente liberdade e democracia do Irã ou do Iraque voce se referiu ? Aliás só países bem democratas são capazes de integrar em sua sociedade (sem decriminar a religião inclusive) pessoas de todas as nacionalidades….não se esqueça que as forças armdas americanas são voluntarias e profissionais, ninguem é convocado à força. Não vejo a menor hipótese de soldados voluntarios cristãos ou budistas nas forças talibãs….voce vê esta possibilidade ?

Fabricio Juliano
Fabricio Juliano
14 anos atrás

Voltei, vou aproveitar os 2 comentários até então contrários ao que eu disse.

Mikhail Bakunin: é verdade que não existe pena de morte no Brasil (exceto em guerra declara sendo que esta ocorre por fuzilamento), o que vc discute então é o método mais humano de execução?
Eu respeito meu país mas não tenho respeito algum pelos governantes e grande parte da população que teima em continuar nesta serventia camuflada que vivemos. Tenho certeza que é necessário respeitarmos inclusive a cultura dos outros povos, não importa qual seja, e não interferir para tentar impor o modo de vida ocidental ou latino que seja, por acreditar que é o melhor que é o verdadeiro Deus e outras baboseiras. Interessante ver que enquanto esse caso da iraniana causa revolta nesse lado do mundo a bem pouco tempo (alguns meses) uma americana foi executada por algo parecido (ela tramou a morte do marido) e essa sim foi executada, onde isso apareceu com tanta repercussão? lugar nenhum a não ser pequenas notas em jornais e alguns segundos na televisão. No que diz respeito se existe algo parecido no Brasil com a pena de lapidação realmente não previsto em lei, mas todos sabemos que a condição em vivem os presos nem animais merecem. Veja bem honorável Bakunin vc deveria ter lido tudo que eu escrevi pq eu ataco principalmente a ignorância do povo em não ver o real motivo dessas condenações que Estados promovem contra outros, a Arábia Saudita (principal aliado dos EUA na região depois de Israel) tem as mesmas penas islâmicas que o Irã e la eles realmente aplicam elas, sabe que dia vc irá ouvir falar dos “terríveis” sauditas NUNCA e pq? pq simplesmente não convém, eles são de nosso (EUA) interesse. Eu respeito tanto meu país que quero e espero que governantes tenham peito de nos fazer respeitar e não sermos tratados como mera república das bananas como é fato histórico.

Luiz Carlos:
Vc não deve ter lido direito o que eu escrevi pois em lugar algum eu disse que Irã e Iraque vivem liberdades e democracias. Agora se o que vc quis dizer é que isso é um bom motivo para outro Estado intervir é claro que jamais haverá uma mínima paz no mundo pois as culturas milenares dessas regiões são muito mais fortes do que as tendências ocidentais dos útlimos 50 anos. Algo deverá ser feito contra o “terrível” regime chinês então, claro que algo deve ser feito contra o regime da Arábia Saudita e contra tantos e tantos outros estados regimes etc que não se curvam ao modelo de progresso, moralidade, ética e humanismo do mundo.

Mustafah
Mustafah
14 anos atrás

Caro Fabricio Juliano, respeito sua tentativa de ao explicitar seu antiamericanismo colocar as coisas num relativismo insustentável, não se pode sob qualquer argumento comparar qualquer governo ocidental aos governos do Irã e coreia do NOrte, são ditaduras corruptas, que matam seu próprio povo sob argumentos religiosos e políticos, que servem para esconder o simples fato de serem ditaduras e quanto a execução da americana, não vamos comparar o processo legal americano, com amplas garantias de defesa com as leis medievais iranianas, ditadas por clérigos.
Criticar os EUA por seus erros e sua arrogância imperial é certo, mas querer comparar a dmeocracia americana, europeia e mesmo latino-americana com as crenças políticas medievais de talibãs, iranianos e norte-coreanos é um exercício de critica gratuita e desprovida de verdade histórica e política.

Paulo
Paulo
14 anos atrás

As sequelas psicológicas narradas pelo João Paulo são um alerta que raramente lemos ou ouvimos de forma tão clara. Bom motivo para se pensar e analisar sobre a conveniência de se mandar tropas ao Líbano.

Fabricio Juliano
Fabricio Juliano
14 anos atrás

Mustafah:
Respeito seu ponto de vista, mas discordo que haja uma distância tão grande no que há de errado com essa democracia americana e o que esses regimes representam e são de fato, inclusive como verdade histórica e política. Acredito inclusive que estamos muito longe e desprovidos de meios eficazes, diversos dessa mídia tendenciosa, para compreender o que esses povos como o iraniano e iraquiano são e vivem de fato. A Coréia do Norte é um caso a parte pois é regida por um regime que se baseia em uma política recente se comparada ao regime ditado pela religião islâmica. Seu argumento claramente defende a democracia americana e eu digo que este modelo para vc e tantos outros esta saindo do Iraque após levar a quantidade de petróleo para suas reservas estratégicas que julga necessária para sua defesa, faço um paralelo sobre isso e invasões de povos barbáros que sequeavem igualmente para sua própria sobrevivência. Esses regimes como do Iraque mataram muitas pessoas de seu próprio povo em nome do poder é fato. Essa democracia modelo Norte Americana acaba de matar diretamente milhares de civis iraquianos em nome do que? do poder, da manutenção de seu status mundial através da obtenção de recursos indispensáveis, petróleo até então o principal. Sinceramente acho de fato insustentável um brasileiro defender a política exercida pelos EUA, não serei hipócrita pois se eu fosse um cidadão dos EUA eu apoiaria tudo que o governo fizesse para beneficiar seu povo e a pátria Norte Americana, mas eu, e acho que vc também, não sou e nosso país, principalmente do ponto de vista histórico, tem que quebrar essa corrente de serventia baseada no sonho capitalista e em outras ilusões.

adriano
adriano
14 anos atrás

Concordo contigo Paulo

Deivid
Deivid
14 anos atrás

Fabricio Juliano disse:
6 de dezembro de 2010 às 15:59

Realmente,fiquei um pouco chateado de saber que um brasileiro esta a serviço dos EUA,mas não deicho de sentir orgulho do mesmo por estar matando e morrendo por uma boa causa,mas convenhamos,sabemos que os EUA gostam de se intrometer na politica de todo mundo,inclusive na do Brasil,e isso é tão claro que quase chega a ser ridiculo!
Adimiro os EUA mas tambem não vou gostar do mesmo.

Fabricio Juliano
Fabricio Juliano
14 anos atrás

Deivid:
vc não interpretou muito bem o que eu disse e isso que vc colou ae não foi escrito em momento algum por mim, vou manter a educação que lhe falta até pq tenho quase certeza que não passa de um menino de no máximo 15 anos pelo modo que tentou me insultar.

SABRE
SABRE
14 anos atrás

Rapaz isso aqui é um tribunal,esqueceram o post? É um se justificando e metendo o pau nos outros, e o outros se defendendo e metendo o pau em um,fala sério,já percebi que isso que mata o post,é a tal disputa pessoal, os editores deveriam cortar logo quando começa essas disputas!

SABRE
SABRE
14 anos atrás

Ops começam..

SABRE
SABRE
14 anos atrás

Sobre o assunto aqui postado só tenho uma coisa a dizer, sinto muito por esse rapaz e sua família,adquiriu traumas que já lhe marcaram….tomara que se trate por que valentão fora da guerra só tem um futuro,na verdade dois…mas pelo que foi dito ele já esta trabalhando e feliz,boa sorte João Paulo vc já fez a sua parte

matheus
matheus
14 anos atrás

eu gostaria ser um militar americano
não que eu seja baba ovo deles
na verdade eu acho um povo ridiculo

mas gosto do jeito como ele tratam os militares la
com muito respeito.

oque faltava para o Brasil….

Joker
Joker
14 anos atrás

Paulo disse:
6 de dezembro de 2010 às 19:02

adriano disse:
6 de dezembro de 2010 às 20:29

A ocorrencia de estresse pós-traumatico realmente apresentam porcentagem maiores em profissionais que possuem sua vidas expostas ao perigo no cumprimento do dever, no entanto,pessoas comuns que enfrenteram um dada situação de risco de vida também pode desenvolver TEPT.

O quadro de TEPT é gerado por uma serie de processos neuropsicologicos, personalidade e socio-historicos que desencadeam gatilhos para a auto-proteção do individuo, iniciado em momentos de elevada ansiedade/estresse, geralmente, na iminente perda da vida propria ou de terceiro, um registro mnemonico intenso, que tende a se repetir(flashbacks) quando há a percepção de fatores ambientais que permitam a associação do registro mnemonico traumatico, é gerado.

As situações de combate, especialmente nos TO que ele operou, por elas mesmas já seriam motivos suficientes para se gerar um TEPT, no caso, especifico, o acidente noturno (baixa luminosidade, visão afunilada pelo nvg, descrescimo da consciencia situacional, cronobiologia voltada para o descanso do organismo, estresse do combate,etc) que quase lhe custou a vida teve uma serie de fatores parcialmente citados que agravaram e influiram ainda mais para o TEPT.

Isso foi o pouco que apreendi sobre TEPT, não sei tudo e há algumas incorreções no que disse por não me lembrar da terminologia especifica.

*TEPT = Transtorno do Estresse Pos-Traumatico, Codigo Internacional de Doenças (CID10) F43.1 ou DSM IV – TR 309.81

Abrçs

massa
massa
14 anos atrás

De Fabricio,
“Até o mais assíduo colonizado não tem argumentos para contestar que o verdadeiro motivo da invasão iraquiana é e sempre foi o petróleo.”
Nâo é, os americanos foram para o Iraque pelos mesmos motivos que foram para o Vietnã, e lá no sudeste asiatico não há uma gota de petróleo.
É lógico que havia pessoas lá dentro do governo americano pensando no petróleo também, talvez até o próprio Bush, mas a decisão de se meter num guerra foi uma decisão de Estado e não de Governo.
Posso dar um grande número de argumentos, caso esteja aberto pra receber ideias diferentes, existem diversos livros nos EUA descrevendo as reuniões entre os conselheiros americanos na época debatendo a questão.
Garanto pra você que os americanos não são tão burros assim, se hoje parece tão obvio, naquela época não era.

Pedro
Pedro
14 anos atrás

Não existe isso de “brasileiro” nele.

O cara nem mora aqui, nunca fez juramento por esse país, carrega uma outra bandeira no seu ombro assim como defende essa bandeira e não a nossa. Pra que se intitular brasileiro? Se amanhã o Brasil entrar em guerra contra os EUA, ele vai defender quem, Brasil ou EUA?

Alem disso, acho muito mais valido um testemunho de um iraquiano sobre as mazelas da guerra, do que de um animalzinho assassino que matou dezenas de pessoas inocentes para apenas seu país saquear as riquezas de outro. Infelizmente vivemos tempos de “dois pesos duas medidas” pois se ele não estivesse com a bandeira americana, certamente estaria no lugar devido, no banco dos réus ou pagando pelos seus crimes e de sua nação criminosa.

Aguardando para ver relatos de iraquianos sobre os crimes cometidos pelo barbarismo estadudinense! Ou aqui só mostra um lado?

V.T.G.
V.T.G.
14 anos atrás

Jesus amado, esse fórum já teve discussões melhores!

“Não conheço a história desse elemento “brasileiro” que serve ao exército dos EUA, mas é evidente que deixou de ser brasileiro a muito tempo e agora é unicamente cidadão e militar dos EUA..”

“Não existe isso de “brasileiro” nele.
O cara nem mora aqui, nunca fez juramento por esse país, carrega uma outra bandeira no seu ombro assim como defende essa bandeira e não a nossa. Pra que se intitular brasileiro? Se amanhã o Brasil entrar em guerra contra os EUA, ele vai defender quem, Brasil ou EUA?”

Só uma pergunta, que tipo de democracia vocês se dizem defensores? Chavista!?!

Quer dizer que na democracia de vocês, se o cara escolher tomar uma direção diferente da de vocês, ele simplesmente deixa de ser cidadão? Ótimo!!
Adoradores do Camarada H. Chavez?

Já que vossas excelências decidiram que o “elemento” não é brasileiro, favor avisar as autoridades, para que expulsem o “elemento” do país! (Tirano Mode ON).

Fica a dica de leitura, Constituição da Republica Federativa do Brasil de 1988, Art. 12, inciso I.

CosmeBR
CosmeBR
14 anos atrás

Brasileiro no exército dos EEUU não é brasileiro!

Defendo a democracia brasileira, que não invade o país alheio pra roubar petróleo e se vingar (Saddam vs Bush filho) com a desculpa de levar liberdade e democracia, mesmo em desacordo com o CS ONU ou pra inflar a indústria armamentista com mais uma guerra de combate ao ‘terror’ (Afeganistão); nem morde (teocracia do Irã) nem assopra (teocracia da Arábia Saudita), que faz que não vê os massacres cometidos pela China, Israel e países Africanos, e entra na briga pela liberdade de 1 mulher condenados por crimes graves previstos na lei (adultério e homicídio).
E como sugere o V.T.G. : A constituição de 1988
Art. 12. São brasileiros:

I – natos:

a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;

Ou seja, ele é nascido no Brasil e está a serviço dos EEUU, logo não é brasileiro!

Brasil Acima de Tudo!!!

V.T.G.
V.T.G.
14 anos atrás

@CosmeBr – Interpretação de texto: zero!

massa
massa
14 anos atrás

“os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país
Ou seja, ele é nascido no Brasil e está a serviço dos EEUU, logo não é brasileiro!”
@CosmeBr – Interpretação de texto nota zero!

Eduardo - Niterói
Eduardo - Niterói
14 anos atrás

Caros, existem no direito internacional basicamente duas regras para determinar a nacionalidade de uma pessoa. Uma é o jus soli (direito do solo) e a outra é o jus sanguinis (direito do sangue).

Pela jus soli é nacional o nascido no território da nação que adota esse critério.

Pelo jus sanguinis é nacional o todo aquele que descender de um nacional.

Assim pelo jus soli a nacionalidade está ligada ao lugar em que se nasce e pelo jus sanguinis a nacionalidade está ligada a pessoa de quem se nasce.

Por questões históricas, especialmente ligadas aos movimentos migratórios ocorridos nos séculos XVIII e XIX, os países do continente americano adotam como regra geral o jus soli e os países europeus o jus sanguini.

Essa dualidade de regras pode gerar um fenômeno nocivo chamado apatrídia, que é quando uma determinada pessoa não tem nacionalidade.

O Brasil adota o jus soli com algumas atenuações justamente para tentar evitar a apatrídia.

O artigo 12, inciso I, alínea a da CF, citado acima, é um exemplo de regramento do jus soli adotado pelo brasil justamente para evitar a apatrídia.

Tal artigo visa não só dizer quem é Brasileiro nato (primeira parte) mas também evitar a apatrídia do filho de estrangeiro nascido no Brasil (segunda parte).

Imagine que um americano venha ao Brasil de férias (turismo apenas) com sua esposa grávida e ela dê a luz aqui. Pelas regras do jus soli esse bebê não é Estadunidense, pois não nasceu em solo Norte Americano e se não existisse a regra do artigo 12, inciso I da CF não seria Brasileiro, seria um apátrida.

É claro que, assim como o Brasil, o EUA também tem regramentos ao jus soli, mas hipoteticamente é isso que aconteceria se não existisse a segunda parte do inciso I, alínea a.

Na verdade a regra que se aplica ao colega que serviu para o Exercito dos EUA é a primeira parte do artigo 12, inciso I, alínea a da CF, visto que nasceu em território Brasileiro. Portanto ele é BRASILEIRO NATO, gostem disso ou não.

Se ele serviu ao exercito norte americano foi uma coisa que as condições da vida lhe impôs, acho que se eu tivesse sido levado pelos meus pais para o EUA aos 5 anos também teria servido lá e não aqui.

Mas tal fato não lhe tira a nacionalidade brasileira.

A única coisa que poderia tirar a nacionalidade Brasileira dele é se ele tivesse adquirido a nacionalidade Estadunidense, mas isso não aconteceu.

Agora vamos parando com essa bobagem de atacar o cara e tentar negar o direito dele, pois a opinião pessoal e o achismo é o que menos importa, o que interessa é o que está na LEI e a lei é clara ele é BRASILEIRO NATO.

E vamos louvar o fato do cara ter aberto o coração e contado sua experiência pessoal de campo de batalha e superação das dificuldades, que é isso o que realmente importa.

inté+

Soldier
Soldier
14 anos atrás

Bela matéria deste BRASILEIRO.

Parabéns ao blog. Sempre, o melhor blog de defesa da América Latina e um dos melhores do mundo.

Acho que falta um pouco de coerência aos participantes do blog. Se alguns lerem direito a matéria, em nenhum momento o soldado defendeu ou criticou a invasão. Ele, como soldado, apenas CUMPRIU ORDENS.

O que ele criticou foi como o atual presidente dos EUA está agindo no Iraque me relação às tropas. Apenas isso e nada mais.

Contou como está se sentindo, suas sequelas de guerra e todo o sofrimento que passou.

Acho falta de respeito criticar um soldado. Para aqueles que NUNCA FORAM SOLDADOS vale lembrar: SOLDADOS CUMPREM ORDENS. O Soldado João recebeu ordens e foi cumpri-las como bom soldado que é.

Esta matéria do blog não é sobre a política americana para com o Oriente Médio e sim sobre um BRASILEIRO QUE VOLTOU PARA A SUA PÁTRIA para se sentir perto dos seus, descansar e tentar melhorar seu estado físico e mental após meses, senão anos de combate.

Abraços a todos.

MINHAS CONTINÊNCIAS AO FUZILEIRO JOÃO!

RaNot
RaNot
14 anos atrás

O Obama está certo.A perda de status dos soldados,para não-combatentes não faria parte do processo de transição de entrega das instituições para o governo iraquiano?

Rogerio Cirino
14 anos atrás

Vamos voltar ao tema do topico! ta muito chato essa discussao sem pe nem cabeça sobre ideologias.

to tentando ler e aprender algo de consistente, mas ta dificil.

Fabricio Juliano
Fabricio Juliano
14 anos atrás

Massa:

Jamais sequer insinuei que os americanos são “burros”, muito pelo contrário, o modo de dominação que os mesmos exercem sobre a maior parte do mundo é genial. Domínimo cultural e econômico. Não é necessário presença militar onde eles tem essa forma de domínio. Agora vc dizer que o petróleo não foi a causa principal da invasão ao Iraque eu acho complicado, pois após as movimentações militares a primeira atitude do governo dos EUA após estabelecida a segurança foi enviar as empresas petrolíferas que cumpriram seu objetivo de forma satisfatória depois desse tempo todo, pode acreditar que as reservas estratégicas de petróleo nos EUA aumentaram bastante de tamanho. Agora se vc diz que o petróleo não foi a causa principal da invasão foi o que então? depor um tirano e levar a divina democracia para os miseráveis iraquianos? bem se for isso os magnatas da indústria bélica americana vão acender charuto com dinheiro pois só no continente africano temos inúmeros países “necessitando” da salvação. Isso irá acontecer algum dia? acredito que até vc duvide. Diz respeito ao Vietnã é outra história, algo parecido com a guerra da Coréia que aconteceu pouco antes, gerra fria, comunismo ameaçando se expandir e os EUA foram a luta para não deixar isso acontecer ou na pior das hipóteses mantê-lo afastadode seus territórios na América do Norte e América Latina, pois se isso não fosse possível como os mesmos exerceriam esse domínio cultural e econômico que eu ja disse? não haveria como, veja o caso de Cuba. É uma longa conversa.

Paulo
Paulo
14 anos atrás

“Art. 12. São brasileiros:

I – natos:

a) os nascidos na República Federativa do Brasil, ainda que de pais estrangeiros, desde que estes não estejam a serviço de seu país;”

Refere-se aos pais e não à criança. A serviço de seu país seria o caso de funcionários de um governo estrangeiro, como diplomatas, por exemplo.
Bem vindo de volta ao lar, João Paulo. E você escolheu uma ótima cidade para recuperar a calma e a paz de espírito.

Soldier
Soldier
14 anos atrás

Ao Ministério da Defesa.

Não seria coerente o Ministério da Defesa contratar, abrir concursos ou pelo menos convidar (pagando é claro), pessoas como o João que participou de combates para dar palestras e/ou até mesmo ser um instrutor civil em nossas escolas militares?

Se estou errado em minhas observações me corrijam por favor.

Más experiências como essas a que o Fuzileiro João viveu seria de grande valia para as nossas Forças Armadas.

massa
massa
14 anos atrás

Fabricio,

“Agora se vc diz que o petróleo não foi a causa principal da invasão foi o que então?” depor um tirano e levar a divina democracia para os miseráveis iraquianos?”

Como disse, não foi o petróleo iraquiano.
O principal motivo foi “ideológico”, os americanos dominam o mundo ideológicamente ( o sistema mundial é claramente capitalista pró-americano ), assim como a vitória comunista no Vietnã ameaçava isso, o islamismo anti-americano ameaçava também.
É lógico que esse tal domínio “ideológico” é economico e que o petróleo é o motivo principal no Oriente Médio, sei disso, mas os americanos sabem que enquanto permanecer o sistema atual claramente pró-americano, independentemente do presidente eleito em um determinado país, o dinheiro e o petróleo sempre irão fluir para os EUA, entendeu ?

Vide a China, todo superávit comercial chinês está depositado em dolares dos EUA, vide a Venezuela, apesar de Chavéz odiar os ianques, eles não tem opções, se quiserem vender o seu petróleo, eles precisam vender para os americanos, não é?

Eis o grande motivo dos EUA, o resto é desculpa e propaganda pra enganar o mundo, entendeu ?

Ok, então onde entra o Iraque nisso?

É complicado e longo entrar em detalhes, teria que voltar no tempo desde o governo Roosevelt pra te explicar melhor, além do que, a decisão de invadir o Iraque não foi unânime, houve discordância dentro do governo americano, Colin Power que foi o Secretário de Estado naquela época foi contra a invasão…

Esqueça a desculpa das armas químicas, nunca foi esse motivo para os americanos.

Vou ser breve, mas você sabe, a grande questão naquela época era a guerra contra o “terror” e quando os estrategistas americanos foram analisar esse problema, viram que a maioria dos terroristas envolvidos no atentado das torres gêmeas eram sauditas… Logo, a pergunta que os americanos fizeram pra si foi:
Por que o maior aliado arabe da região, a Arábia Saudita, tinha tantos cidadões com tamanho ódio contra os EUA?
Pra responder essa pergunta, os americanos perceberam que lá naquele país, existia e ainda existe uma grande base militar americana, mas aquela base estava lá devido a uma aliança entre o governo Saudita e os EUA que vinham desde o governo Roosevelt ( o acordo era que os EUA defenderiam aquele país em troca da garantia saudita de suprirem a demanda americana em caso de crise internacional ), neste ponto o petróleo sim é motivo, mas não o iraquiano, entendeu?

E mais, os ianques perceberam que o ódio era geral, não era só dos sauditas, então como resolver isso e quais seriam as consequencias futuras para o sistema atual pró-americano se nada fosse feito?

Desativar as bases na Arabia Saudita resolveria o problema ? E a garantia do fornecimento do petróleo saudita, como ficaria ?

Enfim, a resposta destas questões levaram no final, a invasão do Iraque, o resto são detalhes de como os falcões do pentagono conseguiram enganar a opinião pública americana (A oposição democrata e parte importante do “stablishment” americano sabia dos reais motivos, é por isso que apoiaram e continuam apoiando a invasão do Iraque e do Afeganistão… ).

Pra terminar, se realmente fosse o petróleo iraquiano, Bush (o pai) já teria invadido e derrubado Saddan Hussen na primeira guerra do golfo em 1991, quando suas tropas estavam apenas a 45 km de Bagda !

OBS:Não é o que penso, só estou dizendo um fato histórico, se eles estão certos, não sei, inclusive muitos americano não concordam com essa visão histórica também.
Mas penso que é essa visão que vem predominando nos EUA, bem antes da 2a Guerra Mundial, talvez desde Theodore Roosevelt…

Digo
Digo
14 anos atrás

massa disse:

Nâo é, os americanos foram para o Iraque pelos mesmos motivos que foram para o Vietnã, e lá no sudeste asiatico não há uma gota de petróleo.
É lógico que havia pessoas lá dentro do governo americano pensando no petróleo também, talvez até o próprio Bush, mas a decisão de se meter num guerra foi uma decisão de Estado e não de Governo.

KKK. Que piada.

Vader
Vader
14 anos atrás

Fabricio Juliano disse:
6 de dezembro de 2010 às 15:59

Poucas vezes vi aqui no ForTe um comentário mais repugnante, asqueroso e nojento do que esse seu.

3.000 EMPRESÁRIOS que morreram no WTC???

“EMPRESÁRIOS?” Quer dizer que o segurança da portaria, o office-boy do escritório, a secretária da grande empresa, o técnico dos elevadores, o bombeiro que subiu para tentar salvar vidas, eram todos “empresários”???

Parei por aqui para não perder meu tempo com tanta cretinice.

Essa visão distorcida, esse relativismo axiológico, esse antiamericanismo gutural, profundo, irreversível, que fazem com que a América Latrina seja a porcaria que é, e irá continuar sendo.

É essa a razão do atraso da AL: ao invés de assumir seus erros, e trabalhar para mudar sua situação, os vermelhuxos ficam parados falando bossa, enquanto ficam à eterna procura de inimigos externos para justificar a própria incompetência.

Um lixo.

No tópico, parabéns a esse brasileiro, veterano de combate.

Sds.

Marine
Marine
14 anos atrás

Perde-se ate a vontade de comentar em posts como esse…