O país pediu investigações na região entre Brasil, Paraguai e Argentina. O site WikiLeaks publicou o documento secreto que prova o pedido.

Os Estados Unidos pediram aos seus diplomatas, em 2008, que investigassem a possível presença da Al-Qaeda e outros “grupos terroristas” islamitas na região da tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina, segundo documentos secretos publicados este domingo pelo site WikiLeaks.

Segundo documento difundido pela página do WikiLeaks a vários jornais e publicado pelo britânico The Guardian, a chancelaria americana pediu em 2008 à sua embaixada em Assunção “informação sobre a presença, as intenções, os planos e as atividades de grupos terroristas (…) no Paraguai, concretamente na tríplice fronteira” com o Brasil e a Argentina.

Washington queria informações não só sobre a possível presença dos grupos Hezbollah e Hamas, entre outras organizações armadas islamitas, mas também da “Al Qaeda” e “agentes estatais iranianos”, destacou o texto.

Além disso, pedia dados sobre possíveis redes de apoio a estes grupos, inclusive organizações não-governamentais islamitas e sobre a capacidade dos serviços de segurança paraguaios e sua disponibilidade para cooperar com os Estados Unidos no antiterrorismo.

A tríplice fronteira entre Brasil, Paraguai e Argentina abriga imigrandes de países árabes e há anos Washington suspeitava que nesta região se recolhesse fundos para organizações islamitas, concretamente a libanesa Hezbollah.

Há anos também se investigou a possível presença ali de autores do atentado à mutual judaica AMIA de Buenos Aires, onde morreram 85 pessoas, em 1994.

Em 2003 foram difundidas informações dos serviços de segurança brasileiros sobre uma possível viagem do líder da Al-Qaeda, Osama Bin Laden, à tríplice fronteira para visitar uma mesquita na cidade de Foz do Iguaçú (PR), embora responsáveis da comunidade árabe no local tenham negado o fato.

A página na internet WikiLeaks divulgou informações secretas do Departamento de Estado americano aos jornais El País (Espanha), The Guardian (Grã-Bretanha), The New York Times (EUA), Le Monde (França) e à revista Der Spiegel (Alemanha).

FONTE: G1/AFP

0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de
guest

4 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Pedro
Pedro
14 anos atrás

A insistencia dos EUA com a triplice fronteira não tem nada a ver com terrorismo e sim com comercio!

Para quem não sabe, a 30 anos atras o local de onde brasileiros e argentinos traziam produtos importados era Miami! Cmo surgiu esse ponto de comercio forte e de facil acesso, a todas as classes em Foz do Iguaçu/Puerto Iguaçu/Cidad del Leste, acabou com o faturamento de Miami. Isso sem contar que a pirataria ali, tira um bom faturamento de gigantes americanas, notadamente de vestuário, cigarros, bebidas e audio-visual.

Alem disso tem outro detalhe, nesse comercio todo, não tem americano e principalmente judeus, coordenando ou lucrando nisso, onde comerciantes locais e estrangeiros de origem arabe e chinesa proliferaram. Assim como eles não tem espaço “no queijo” ficam com essas suspeitas e tal para fazer de alguma forma uma “limpeza” de concorrencia.

Se querem acabar com financiamento a terrorismo, deveriam investigar a fundo grupos como o Silvio Santos, Casas Bahia e O Boticario, que todo o ano enviavam somas generosas de ajuda a Israel, esse país numero 1 em terrorismo e genocidio mundial.

Paulo
Paulo
14 anos atrás

O mais interessante é que muitos dos produtos vendidos no Paraguai vêm do Brasil. Bebidas, roupas, equipamentos esportivos e muito mais. Tudo legítimo, brimo.

Antônio
Antônio
14 anos atrás

Respondendo respeitosamente ao Pedro:
Silvio Santos, Casas Bahia e O Boticario são empresas de empresários judeus brasileiros que empregam no Brasil, geram impostos no Brasil e operam sob o marco da legalidade Brasileira. Tenho certeza que o Brasil se prejudica muito mais do que eles da zona que é a tríplice fronteira, destino da maioria dos carros roubados do Brasil, porta de entrada da droga e armamentos ilícitos, além de foco de recrutamento e lavagem de dinheiro do terrorismo e crime organizado global, hoje indissociáveis. Certamente a maioria da comunidade árabe lá presente é gente de bem, trabalhadora e cumpridora das leis. É como a favela. 99,9% das pessoas são trabalhadores que querem tocar suas vidas. o não vamos ignorar os 0.1%, porque ha evidencia suficiente que eles estao la. Não adianta invadir complexo do alemão se as armas e as drogas continuam entrando, porque demanda sempre vai ter. E Israel, com todos os seus defeitos e imperfeições, não explode prédios comunitários, escolas e embaixadas na america latina.

Samuel Cabral
Samuel Cabral
14 anos atrás

Antonio

Faltou vc colocar a linha para eu assinar em baixo.

_________________________________________