Lula sugeriu a manutenção do ministro da Defesa
Segundo o presidente, Jobim evitaria uma crise no novo governo
Em conversa com a sucessora Dilma Rousseff, Lula “sugeriu” a manutenção de Nelson Jobim na cadeira de ministro da Defesa. Antes, o presidente sondou o próprio Jobim. Recolheu dele a impressão de que, convidado, topa permanecer.
Entre os argumentos que utilizou para interceder por Jobim, Lula mencionou o projeto de lei que institui a chamada “Comissão Nacional da Verdade”. Foi enviado ao Congresso em maio.
Prevê a constituição de um grupo para perscrutar as “graves violações de direitos humanos praticadas” durante a ditadura. Em tramitação na Câmara, só será apreciado em 2011, sob Dilma. O tema inquieta as Forças Armadas.
Lula enxerga em Jobim credenciais para evitar que o desconforto se converta na primeira crise da gestão de Dilma. Daí a sugestão que dirigiu presidente eleita.
Numa entrevista concedida três dias depois da eleição, Lula dissera, ao lado de Dilma, que não fizera nem faria indicações para o ministério de sua pupila. Afirmara que Dilma montaria uma equipe “com a cara dela”. Acrescentara: “A continuidade é da política, não das pessoas”.
Referindo-se a si próprio, Lula emendara: “Rei morto, rei posto”. Lorota. Em pelo menos três casos, o “rei (semi) morto” sugeriu nomes à rainha (quase) posta. Pediu por Guido Mantega. Dilma o antendeu. Convidado, Mantega aceitou gostosamente permanecer à frente da pasta da Fazenda.
Aconselhou a concessão de uma uma sobrevida a Henrique Meirelles. Nesse caso, não se sabe, por ora, se será acatado. Dilma conversará com o atual presidente do BC nesta semana. A ideia de mantê-lo no mesmo cargo não parece entusiasmá-la.
Por último, Lula sugeriu a preservação de Jobim, um dos seis representantes do PMDB na Esplanada. Para ele, o posto de titular da Defesa não é simples de preencher. Acha que, no exercício do cargo, Jobim granjeou o respeito dos militares.
Algo que o credencia para servir de anteparo entre Dilma e os comandantes do Exercito, Marinha e Aeronáutica. Lula elogia a forma como Jobim jogou água fria na fervura da Comissão da Verdade. A encrenca consta do PNDH-3 (3º Plano Nacional de Direitos Humanos).
O plano é uma espécie de carta de intenções. Sugere o envio ao Congresso de 27 projetos de lei. O que trata do resgate da “verdade” foi o primeiro da fila. Antes que o texto ficasse pronto, houve uma reação da farda.
Com o pé atrás, os militares enxergaram no PNDH-3 um viés “unilateral”. Falava em restabelecer a verdade sobre a “repressão política” patrocinada pela ditadura. Abstinha-se de mencionar, porém, os “excessos” cometidos pelos grupos que foram às armas contra os governos militares.
Jobim endossou as queixas, contrapondo-se ao colega Paulo Vannuchi (Direitos Humanos), responsável pelo plano que abespinhara a tropa. Numa audiência com Lula, Jobim disse que a manutenção do texto inviabilizava sua permanência no ministério.
Em janeiro, o presidente editou um decreto apaziguador. Trocou a expressão “repressão política” por “violações de direitos humanos”. Ficou entendido que a investigação da “verdade” ganhou contornos “bilaterais”. Alcançaria os militares e também a guerrilha
A despeito disso, o general Maynard Santa Rosa, chefe de Pessoal do Exército, levou à internet uma carta de conteúdo tóxico. Da web, o texto foi às páginas da Folha. O general Santa Rosa chamou a Comissão da Verdade de “comissão da calúnia”.
Mais: escreveu que seria composta por “fanáticos que, no passado recente, adotaram o terrorismo, o sequestro de inocentes e o assalto a bancos como meio de combate ao regime para alcançar o poder”.
Sem titubeios, Jobim encomendou a Lula o escalpo do general. Com elogios ao ministro, o presidente levou a cabeça de Santa Rosa à bandeja, exonerando-o. Embora concordassem com Santa Rosa, os comandantes militares cuidaram para que não houvesse reação à decisão de Jobim.
Na sequência, o ministro zelou para que o projeto enviado à Câmara não fugisse ao “bilateralismo” reclamado por seus comandados. O texto prevê que a Comissão da Verdade poderá requisitar documentos sigilosos. Mas proíbe a divulgação
Estendeu a apuração das “violações de direitos humanos” ao período de 1946 e 1988. Com isso, evitou-se caracterizar a iniciativa como algo dirigido ao regime de exceção inaugurado em 1964.
A proposta fala em “efetivar o direito à memória e à verdade histórica” não para retaliar, mas para “promover a reconciliação nacional”. Uma redação que denota submissão à Lei da Anistia, como querem os militares.
De resto, não há no projeto vestígio da expressão “repressão política”, que, para desassossego dos militares, era repisada 12 vezes no PNDH-3. Livre dos dois vocábulos, o projeto assegura que as investigações alcançarão os dois lados –os desatinos cometidos pela ditadura e também os praticados esquerda armada.
Chegou-se a um ponto de equilíbrio que tem na figura de Jobim uma espécie de fiador. E Lula imagina que, mantendo o ministro, Dilma renderá homenagens à moderação, protegendo-se de reações que possam advir do debate aceso que certamente haverá no Congreso.
FONTE: Blog do Josias
Ruim com ele, pior ainda na mão de outro qualquer, ainda mais com a Dilma Escopeta na presidência. Dias piores virão.
Pelo menos com o NJ pior que está não fica!
Incoming!!! Take cover!!!
É, se não fosse o Jobim já estaríamos sofrendo os problemas que poderiam ter surgido com a “vingancinha” dos subversivos na época do regime militar(Paulo Vannuchi, Zé Dirceu, Dilma e Cia Ltda).
Esse história ainda vai dar muita dor de cabeça nos próximos anos se continuarem a insistir com a revisão da lei da anistia…
Outros subversivos são Tarso Genro e José Genoíno(o do caso da cueca cheia de dólares)…
essas sucessivas promessas de anuncio do fx-2 não cumpridas me deixou um pouco decepcionado com o nelson jobim, mas acho que a permanencia dele será benefica. afinal, foi ele e o mangabeira, os responsáveis
pela end e de tantos outros movimentos positivos em
relação à defesa nacional.
De todas as notícias, essa foi a melhor a respeito das Forças Armadas.
A População elegeu as Forças Armadas como a Instituição mais confiável de nossa Democracia, basta ler o post acima.
Oras !!! se a população votou na Dilma foi para manter a continuidade do Sistema com todas as suas peças, e jamais a população vai aceitar que a Instituição mais confiável, post acima, sofra grandes alterações, portanto é uma questão de raciocínio lógico o Nelson Jobim ficar no Ministério da Defesa.
Parabéns ao LULA pelo excelente conselho dado a Dilma.
Se a Dilma e o Michel Temer seguirem os Conselhos do LULA, com 6 (seis) meses de Mandato Elels estaram com 80% de aprovação. Essa é uma questão de HUMILDADE (que a Dilma tem) e de SIMPLICIDADE (que a Dilma também tem).
Corrigindo…..
Eles estarão com 80%……
Ventríloco sendo manipulado.
Acho que NJ deveria ser um pouco mais cauteloso em certas atitudes, exemplo do FX2. Realmente ele está sempre presente em eventos militares é exigente e quer o melhor para nassa forças, mas ele deve cuidar e ouvir um pouco mais nossos comandantes das três forças. Respeitar quesitos técnicos e relatórios dos comandos.
RodrigoBR disse:
22 de novembro de 2010 às 2:51
“problemas que poderiam ter surgido com a “vingancinha” dos subversivos na época do regime militar(Paulo Vannuchi, Zé Dirceu, Dilma e Cia Ltda).”
haha ! Rodrigo o orçamento em defesa de 2011 vai ser menor que o de 2010,não percebe que a “vingancinha” já começou….
http://www.grupoinconfidencia.com.br/jornais/127/afilosofia.php
Para o Jobim só valerá a pena ficar se confirmarem o Rafale, caso contrário vai ficar feio depois de tantas declarações dele.
Eu gosto de alternância de poder, mas não consigo visualizar um nome menos ruim.
Os colegas tem sugestões de nomes ?
A questão do PNDH-3 é simples…
Com Jobim ou sem ele, se entrarem com ele do jeito que os vermelhuxos dinossáuricos querem o caldo vai engrossar.
Eu gosto de alternância de poder, mas não consigo visualizar um nome menos ruim.
Caro Rodrigo, eu acho exatamente o contrário. Como diria nosso deputado Tiririca, pior do que tá não fica.
Infelizmente a população não é informada do real estado de prontidão das FFAA, e dos pesadelos logísticos que virão depois das compras equivocadas. Mas o caos aéreo irá deixar claro para a população o desastre que foi a passagem deste sujeito à frente do MD.
grifo disse:
22 de novembro de 2010 às 12:10
“Mas o caos aéreo irá deixar claro para a população o desastre que foi a passagem deste sujeito à frente do MD.”
Não acho que vai ficar nada “claro” para população,
Afinal ela dá mais atenção para Reality shows.
Se esperarmos pela conscientização do povão, o Brasil vai ser sempre o país do futuro e não do presente.
Vamos rir, pra não chorar!!!
O Vassalo dos Frances se supera a cada ano!!!
Evidentemente que nao sei, mas esta noticia me parece mais uma “barrigada”, tentando influenciar pela midia.
Apenas dois dias depois da vitoria da Dilma, a Eliana Cantanhede escreveu que o NJ era cotado p/ permanecer por desejo pessoal do Lula. Me parece que ela, amiga do NJ e colecionadora dos offs dele, quer manter a fonte.
Em fevereiro ela escreveu esta perola de puxa-saquismo sobre o NJ no “Procura-se um pato e um pacto”:
“Um interventor na capital da República teria de preencher vários atributos e alguns vácuos: ter ficha limpa, autoridade, sólido conhecimento jurídico, apoio do governo federal e da base aliada e transitar bem pela oposição. Além de não ser candidato a nada em outubro.
Parece se encaixar como uma luva em Nelson jobim, que seria o homem certo na hora certa, já que fartamente testado em crises e já disposto a deixar o Ministério da Defesa ainda no primeiro semestre.”
http://www.fab.mil.br/portal/capa/index.php?datan=19/02/2010&page=mostra_notimpol
Gosto muito do Josias de Souza, mas imagino ateh onde a fonte dele nao eh a colega da Folha Eliana. E a fonte dela seria… o proprio NJ.
Larga o osso Jobim!!!
[]s!
Nem irei mencionar atuacao suspeitissima dele no FX-2 depois daquele jantar , que ele tentou esconder, no Chateau da Dassault. Mas serah que o Brasil nao tem coisa melhor que ele? Vejamos o palavreado do tipo na secao “recordar eh viver”:
“Em junho passado, 48 horas depois da queda do avião da Air France no Atlântico, o paisano Nelson Jobim incorporou simultaneamente o almirante-de-esquadra e o brigadeiro-do-ar para meter-se em Pernambuco numa guerra particular contra os parentes das vítimas. ”Estamos empenhados em buscar sobreviventes, ou melhor, restos”, começou o falatório assombroso. Assassinada a esperança, Jobim partiu para a ampliação do pesadelo.
“Temos de considerar que estamos trabalhando numa região costeira a Pernambuco, e vocês sabem o que isso significa”, ressalvou. ”Aqui há uma grande concentração de tubarões”. Fez uma pausa ligeira, trocou a farda pelo jaleco de médico legista e foi em frente: ”Os corpos podem levar mais de dois dias para emergir. Os que não têm o abdome íntegro afundam e não voltam. Os outros, que têm o abdome íntegro, levam um tempo superior a dois dias para voltar à superfície”. Só esses seriam resgatados. Se os tubarões permitissem.
Neste janeiro, de novo 48 horas depois do desastre, o colosso de insensibilidade reapareceu nas ruínas do Haiti fantasiado de general da selva, sempre ansioso por aumentar o desespero dos desesperados. ”Evidente que nesse momento a palavra desaparecido funciona como um eufemismo”, avisou aos que sonhavam encontrar com vida os brasileiros desaparecidos desde o instante em que a terra tremeu. “Estamos procurando mortos. Estão todos soterrados”.
http://veja.abril.com.br/blog/augusto-nunes/direto-ao-ponto/aqui-entre-nos-amigos-que-besta-quadrada-e-o-nelson-jobim/
Declaracoes que, em pais com auto-respeito, jah deveriam ter causado a renuncia do mesmo. Este fanfarrao jah devia ter ido embora faz muito tempo.
[]s!
P/ quem tempo de ler (caso contrario pule), mas uma da jornalista que anunciou que o NJ eh pedido do Nosso Guia:
“Toda vez que vejo o ministro Nelson Jobim (Defesa) metido numa confusão no governo, me lembro dessa história. Jobim é como aquela minha amiga durona: não quer saber de lero-lero, quer saber de solução.
Tem caos aéreo e ninguém se entende? Ele vai lá, troca todo mundo e a coisa anda. Tarso Genro dá uma das suas e os milicos ficam em pé de guerra? Jobim vai lá, dá um tranco e todo mundo se aquieta. A área econômica ameaça cortar o aumento dos soldos, e oficiais de todas as Forças se arrepiam? Jobim acerta tudo com Lula e pacifica a turma.
Supremo e Abin se estranham por causa de inquéritos do pode-tudo? Jobim vai lá, alerta Lula e a coisa esfria. Lula e Amorim se precipitam e anunciam a vitória dos franceses num processo de seleção ainda em curso? Lá vai Jobim acalmar os brigadeiros e os concorrentes. Como? Dando o dito pelo não dito, reescrevendo o que estava escrito. Assim, curto e grosso. ”
http://www1.folha.uol.com.br/folha/pensata/elianecantanhede/ult681u675309.shtml
Eh p/ rir?
[]s!
P.S.: “milico” eh o escambau!
Sem comentários,rsss, já fazendo, rssss
Me desculpem os editores pelas fontes abaixo foi um ctrl c,ctrl v,do site do terra segue link da reportagem na integra.
http://noticias.terra.com.br/brasil/noticias/0,,OI4789007-EI7896,00-PMDB+cogitaria+Lobao+e+Eduardo+Braga+para+ministros+de+Dilma.html
com o ja comentado la no poder aereo,nerso não manda em mais nada,nerso is dead
Jogando contra
Se o PMDB tem uma lista de favoritos, também tem a dos alvos prioritários para serem derrubados do primeiro escalão. Três caciques peemedebistas -dois senadores e um deputado – disseram que o partido não deverá dar suporte à permanência de Nelson Jobim no Ministério da Defesa ou em outro cargo na Esplanada dos Ministérios.
A avaliação dentro do partido é a de que Jobim não se empenhou na campanha de Dilma. “Ele não participou de nada”, disse um senador peemedebista. Jobim é amigo pessoal do ex-governador de São Paulo José Serra (PSDB), adversário derrotado por Dilma na eleição presidencial.
Outra crítica a Jobim feita por seus colegas de partido é a de que ele participaria pouco da “vida partidária”. A mesma crítica, aliás, é feita ao ministro da Saúde, José Gomes Temporão, que também não deverá ter suporte para continuar no governo. Além disso, os dois não fazem exatamente parte da cota do partido. Jobim foi uma escolha de Lula no auge do chamado caos aéreo, e Temporão é uma indicação direta do governador do Rio.
O mais cogitado para a pasta e o nome do próprio vice-presidente Michel Temer.
Quem realmente quer, a não permanência, do ministro Nelson Jobim a frente do Ministério da Defesa é o PMDB, e não a Presidente Dilma. Aliás, quem tem o PMDB como aliado não precisa de adversários políticos. Que o diga o ex-presidente FHC.