Participação do país em missão da ONU no Líbano garantiria presença militar no Oriente Médio

Fábio Zanini, Luis Kawaguti

O Brasil deverá ter uma presença militar no Oriente Médio, seguindo a estratégia do governo Lula de tornar o país um ator relevante na conturbada região.O governo está em conversas avançadas para integrar o comando da Unifil, a missão de paz das Nações Unidas no sul do Líbano. As tratativas começaram no primeiro semestre. Segundo o DPKO (Departamento de Operações de Paz da ONU), a negociação está em “finalização de detalhes”, mas não há prazo para sua conclusão.

A presença teria diversas etapas. A primeira, em estado mais adiantado, é assumir o comando da força naval da Unifil, atualmente a cargo dos italianos. O Brasil deve enviar de cinco a dez oficiais graduados da Marinha, que comandarão uma frota de oito navios e 885 homens. Segundo um diplomata que acompanha a negociação, esse convite já foi “pré-aceito”, mas é preciso que o acordo passe pelo Congresso Nacional. A segunda etapa, ainda em estágio embrionário, prevê enviar de 250 a 300 homens do Exército para a missão, que tem no total 11.449 homens de 31 países. A Unifil, criada em 1978, tem como tarefa evitar confrontos entre o Exército de Israel e guerrilheiros do Hizbollah, milícia xiita que não aceita o Estado judeu. Nem sempre isso é possível: a última guerra na região foi em 2006. Outro objetivo é impedir a entrada ilegal de armas na região.

Em agosto, um estudo técnico sobre o envio das tropas foi elaborado pelo Coter (Comando de Operações Terrestres do Exército) e está atualmente em análise no Ministério da Defesa. Se concretizada, essa será a maior mobilização militar do Brasil em território estrangeiro desde a missão no Haiti, que se iniciou em 2004 e tem hoje 2.166 militares. O Brasil atualmente integra dez missões de paz da ONU, mas, com exceção do Haiti, tem apenas observadores militares e especialistas.

Nenhum no Oriente Médio

Numa etapa final, o Brasil forneceria à ONU equipamentos, que ainda estão sendo negociados. A maioria deles seria de veículos militares blindados para transporte de tropas de combate. Procurado pela reportagem, o Ministério da Defesa afirmou que “ainda não há decisão sobre o assunto”.

Embarcação

A Folha apurou que a ONU pede que o Brasil envie ao menos uma embarcação para integrar a frota, mas o Ministério da Defesa reluta, alegando que isso prejudicaria a depauperada estrutura da Marinha. As tropas do Exército podem ser apresentadas como uma contrapartida. Diplomatas ouvidos pela Folha sob condição de anonimato afirmaram que, independente da formalização do acordo sobre a parte naval, um primeiro pelotão do Exército já poderia viajar no ano que vem. O pedido de integrar o comando da Unifil foi encarado pelo Itamaraty como mais uma oportunidade de “entrar no jogo” no Oriente Médio -após tentar intermediar um acordo com o Irã na área nuclear e servir de interlocutor na libertação de uma americana presa em Teerã. Seria, na visão da diplomacia brasileira, um trunfo para realizar o antigo sonho de ser chamada para ajudar na resolução do conflito Israel-Palestina, além do reconhecimento de maior estatura internacional.

FONTE/FOTO: Folha de São Paulo, via Notimp/EMGFA

NOTA DO BLOG: A Unifil atua no Líbano desde 1978. Participam dela atualmente perto de 15.000 soldados de mais de 30 países, entre eles Portugal (foto acima de militares do batalhão de engenharia). O comando da Unifil é exercido por um general espanhol, no cargo desde o início deste ano. Normalmente cada comandante assume o cargo por três anos.

0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de
guest

55 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
proside
proside
14 anos atrás

Missão de Paz? Quero ver quando começar a morrer soldados Brasileiros.

Galileu
Galileu
14 anos atrás

Serial muito bom, mas o EB lá tem $$$ pra isso? hahaah
Se for pra fazer feio, nem sai da toca!!

Fabio ASC
Fabio ASC
14 anos atrás

Poderiam mandar pelo menos um navio hospital.

Biel
Biel
14 anos atrás

Que blindados de transporte de tropas ?
Vão mandar o Urutu , ou quem sabe o M113.
os guerrilheiros do hezbolah estavam atacando até Merkava.

Os únicos que teriam condições de lutar por lá seriam
nossos fuzileiros, porem eu não sei se o contingente da marinha seria suficiente para atender aos planos megalomaníacos do Itamaravilia .

Cadê os investimentos no EB presidente Lula ?
é bom eles aparecerem, pq assim não pode assim não dá.

Andre Luis
Andre Luis
14 anos atrás

Vamos ver como a tropa se comporta, e se está preparanda, quando enfrentar uma ameaça que atua, também, com ações terroristas.

Paulo Henrique
Paulo Henrique
14 anos atrás

Vergonha!

Andre Luis
Andre Luis
14 anos atrás

Biel,

Eles vão mandar alguns mock-ups do guarani(ainda é esse o nome?)….kkkk

RL
RL
14 anos atrás

Tem dois lados.

O lado bom e o lado ruim em enviar contingente brazuca.

Qual va prevalecer, eu nao sei.

‘E esperar e ver o resultado disso tudo ai.

Raptor
Raptor
14 anos atrás

Pessoal, caso não se lembrem, o Haiti estava pior que o inferno. Nem terroristas com alguma organização lá tinham… Era todos contra todos, o último degrau da incivilização, anomia mesmo… Nem o tio Sam quis se meter o dedo… Era considerado caso perdido para a ONU…

No cenário de muitos morros cariocas, a situação é muito pior que o Líbano. Até os de Jerusa vem treinar por estas bandas…

Senhores, é prata da casa, vamos valorizar o trabalho de nossas FA’s e destes jovens que vão arriscar a própria vida para o bem de outrens…

Boa sorte aos guerreiros que aceitarem a missão…

Abs.

emilson_GAC
emilson_GAC
14 anos atrás

ja fui soldado do EB, a gente la pensa que nada atinge a gente, mais pensando bem, seria o ultimo lugar que eu gostaria de estar (libano), pelo qe me lembro tropas da ONU foram atacadas pelos merkava, israel mandou bala num quartel da ONU, eu nao sei qual a atitude de um soldado da ONU sendo atacado pelo exercito israelense, mais se desse tempo eu levava uns 2 pro quintos, orrer igual a ovelha não neh….

Antonio Carlos
Antonio Carlos
14 anos atrás

Quero chamar atenção para a seguinte frase da matéria: “a ONU pede que o Brasil envie ao menos uma embarcação para integrar a frota, mas o Ministério da Defesa reluta, alegando que isso prejudicaria a depauperada estrutura da Marinha. ”

Pelo visto a coisa tá muito ruim por aqui: não podemos nem enviar uma única embarcação que a estrutura da Marinha ficaria prejudicada … Tirem as suas próprias conclusões …

BeyondVisualRange
BeyondVisualRange
14 anos atrás

Eis a questão:

Participar e agir dentro das próprias expectativas de projeção política global, e isso tem um custo não só financeiro mais sanguíneo também; Apesar de que em toda situação de ação no exterior o efetivo passa a ter parâmetros mais palpáveis entre sua condição e das congêneres estrangeiras.

Declinar do convite e procurar uma imersão na questão onde o custo (já citado) seja menor, mas sabendo que o custo diplomático seria bem considerável, pois o convite só veio porque o Brasil mostrou que “quer jogar” na 1ª divisão.

Lembrando que a possibilidade de ocorrência de sacos pretos seria bem maior do que na condição de observadores. Prato cheio para os “formuladores de opinião” da mídia nacional.

Sds aos do blog.

Fabio
Fabio
14 anos atrás

” A segunda etapa, ainda em estágio embrionário, prevê enviar de 250 a 300 homens do Exército para a missão”

Pergunta: com que Vtr Bld?, com que armamento/equipamento?

Querem as FAs na missões de paz? ótimo! mas tem que ter recurso para equipa-las e mante-las! é o mínimo né “governo” !!!

Galileu
Galileu
14 anos atrás

Uma coisa importante, que que o Min. da Defesa deveria se preocupar, ou os Gen. pançudos deveriam:

O lixo do Urutu e M113 não segura nem tiro de 7.62 a curta distância.

O Hizbollah é Muitooooooo diferente dos traficante Haitianos, que tinham pouca instrução mesmo sendo ex-militar.

Hizbollah sabe fazer IEDs, tem até RPG30, sem contar que tem instrução, coisa que Haitiano não tem!

RPG30 e IED, rasga picota e derrete a dupla dinâmica, Urutu e M113.

Mesmo o Brasil sendo querido em todo o mundo, não creio que o Hizbollah vá poupar a vida de um soldado BR.

Eu heim, se fosse convidado a participar, haha não obrigado!! ahha

Andre Luis
Andre Luis
14 anos atrás

Galileu disse:
6 de outubro de 2010 às 16:42

Pois é.
Se até o Stryker sente a fúria dos IEDs imagina um Urutu antigo.
Pra tomar Cite Soleil já foi um parto, avançava um dia, recuava outro.
Imagina bater de frente com uma realidade mais nua e crua a que estamos acostumados.

Proside
Proside
14 anos atrás

Vão enviar nossos soldados para o “bolo” sem nenhum preparo( equipamentos, blindados etc).

Rickson
Rickson
14 anos atrás

Mais um buraco que o governo quer nos meter… Devem ter ficado com inveja dos atentados na europa, e querem que começem a nos perturbar! Alem do mais, Hezbollah são “Os caras” hahah meteram foguetes katyusha nos israelenses! Eu me recusaria a lutar contra eles, preferia um autografo

Raptor
Raptor
14 anos atrás

“Galileu disse:
6 de outubro de 2010 às 16:42”

Existe outra diferença básica entre a tática do Hizbollah e terroristas afins e grupos como o de City Soleil.

O Hizbollah, como qualquer outro grupo terrorista, tem como principal arma e sustentação a opinião pública árabe ou internacional, coisa que os do Haiti estavam cagando e andando para isto…

Se houver uma intensiva batalha contra a missão de paz chefiada pelo Brasil, eles, mesmo em suas fileiras, perdem a credibilidade de todos do globo, sem excessão, de sua luta, justificando assim, toda e qualquer ação de Israel com aplausos do mundo. O inverso também se aplica.

Agora, se permitirem a reconstrução e pacificação do Líbano, a coisa muda de figura.

Toda e qualquer ação naquela região apenas vista pela ótica tipicamente militar está fadada ao fracasso.

O problema não será o Hizbollah e sim os sabotadores de ambos os lados…

Se Israel não colaborar, seu próprio Estado está ameaçado, não pelos terroristas e sim, pela perda de credibilidade provocada por grupos internos radicais.

Determinados assuntos sobre a criação do Estado Judeu, mas cedo ou mais tarde, inevitavelmente virão a tona durante o século XXI. A contra informação, técnica clássica usada e abusada para adiar, só irá ajudar tal fato, devido as mudanças drásticas do pensamento humano que já estão ocorrendo. E neste dia, é melhor que o ambiente esteja em paz, ou a própria sobrevivência do Estado judeu estará em risco (isto no mínimo, existe a possibilidade de racha no bloco ocidental e guerra generalizada).

Para o bem de todos, vão ter que se entender e aceitar a convivência com o mínimo de segurança entre ambos…

Abs.

Ozawa
Ozawa
14 anos atrás

Vergonhoso ! Conquanto, real.

Repise-se, o que aqui já foi dito, o Sr. Presidente da República espera(va) que o Brasil fosse guindado ao Conselho de Segurança da ONU apenas para servir de palco mundial para reverberar suas construções retóricas pueris, rasteiras, popularescas, mesmo medíocres, com enfadonhas, gastas e repisadas analogias futebolísticas…

Uma única belonave, para participar de força internacional naval numa missão real e não temos condições para tanto, francamente, se isso não é o fim, é bem perto…

Por isso disse em linhas atrás minha perplexidade com sucessivos eventos aparatosos da MB para o recebimento de “avisos-instrução

Raptor
Raptor
14 anos atrás

Até o tio Sam se tocou sobre isto, e está pressionando como nunca, um acordo de paz na região, pois sabe que irá sobrar merd… para o lado deles…

Existe uma coisa que a classe dirigente teme mais que armas nucleares ou terrorismo: A fúria da população, incluso a sua própria. Luis XV que o diga: “depois de mim, o dilúvio”.

A situação é grave, mas tem solução…

Abs.

RtadeuR
RtadeuR
14 anos atrás

Com esta informação parece que a chapa começa à esquentar, daí a gente pára de brincar com barquinho, aviãozinho e tanquinho, e colocar em ação e risco soldados, gente brasileira, para correr risco para os políticos fazerem presença numa briga bíblica lá no oriente médio.Esta decisão de enviar topas deve envolver não só o executivo , mas os deputados e senadores, por que as coisas vão acontecer, acreditem.
Agora seria interessante saber qual seria o brifing para a tropa, por que tem o preparo pscológico e motivador para entrar nesta.
Abçs.

*Nós somos a alma do equipamento.

Raptor
Raptor
14 anos atrás

Complementando… O sucesso do EB no Haiti está intimamente ligado a sua própria tradição de pensar o problema não apenas em ótica tipicamente militar e isto, é o grande diferencial e qualidade de nosso Exército com os demais. Qualidade esta, admirado por todos no mundo.

Lembram do lema: Braço forte, ombro amigo.

Abs.

Mikhail Aleksandrovitch Bakunin
14 anos atrás

Ombro amigo? Vão chorar no ombro do EB? rsrsrs

Acho que o correto é “Braço Forte, mão amiga”.

Abraço

berkut
berkut
14 anos atrás

O lema não é: braço forte, MÃO amiga.

Cabral
Cabral
14 anos atrás

Em minha opinião, podem mandar quantos navios quiserem, até o São Paulo se for preciso.

Por que digo isso? Bem, não creio que algum país venha nos atacar com tropas significativas em 2 focos de tensão no mundo. Pegaria muito mais mal do que a invasão do Iraque.

Além disso, é perfeitamente possível alinhar a nossa opinião internacional sobre o Irã com a da OTAN e isso seria uma oportunidade de aumentar de vez a capacidade e equipar de vez o Exército Brasileiro.

Ramires
Ramires
14 anos atrás

Estamos prontos 🙂
SD Ramires
20º regimento de cavalaria blindada
campo grande-ms

BOINA PRETA
AÇO, BRASIL!!!

Leonardo Salvadori
Leonardo Salvadori
14 anos atrás

concordaria, se nossos soldados do EB estivesem preparados para a realidade, meu amigo lá o bixo pega,já ouvi falar(sabe como é né) boinas azuis tira guarda de fuzil sem munição.. alouu

abraços..

caipira
caipira
14 anos atrás

kkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

Francisco
Francisco
14 anos atrás

Raptor disse:
6 de outubro de 2010 às 18:02
Mikhail Aleksandrovitch Bakunin disse:
6 de outubro de 2010 às 18:15

Feita as devidas correções devemos dar atenção ao fato do sucesso no Haiti se dever ao comportamento das tropas brasileiras. Bem diferente do “Fallujha style” os soldados brasileiros conquistaram o respeito e a admiração da população local e não são vistos como invasores (que de fato não são). Ainda assim, é provável que soldados brasileiros morram.

Essa é uma discussão que tem que ser feita com toda a população. Será que estamos prontos para pagar o preço, em vidas, que a liderança internacional cobra?

Mr.soares
Mr.soares
14 anos atrás

Algumas tropas da Unifil usam MBts será se o EB planeja enviar um leo1a5 ou cascavel?

DaGuerra
DaGuerra
14 anos atrás

Para o soldado pouco importa a repercussão política, seu interesse é fazer seu trabalho e resguardar a própria vida e dos companheiros. Derrepente descobre-se o verdadeiro valor dos blindados, e o que temos? Urutu e M 113. Comparar o Líbano com o Haiti é brincadeira, né não?

lucas
lucas
14 anos atrás

Se isso acontecer se prepara para os homens bombas que vão vir para ca. Vai ter shoping explodindo, metro indo pelos ares toda ação gera uma reação

eduardo
eduardo
14 anos atrás

As forças da ONU no oriente médio estão lá para fazer um tipo de figuração. Quando a situação aperta mesmo, como ocorreu em 2006, tanto israelenses quanto palestinos abrem fogo contra os “boinas azuis” sem remorsos. E ambos tem poder de fogo capaz de fazer as tropas multinacionais correrem do conflito.

Guto
Guto
14 anos atrás

Missão de paz no Líbano ? Temos uma guerra pertinho aqui no Rio de Janeiro, não precisa ir longe.
Eu queria morar no Rio de Janeiro da propaganda política rs

Vader
Vader
14 anos atrás

Ahahahahaha, só pode ser brincadeira…

Ah e o melhor detalhe: o Exército Brasileiro (e as FFAAs) ainda PAGARÃO AS CONTAS da estrepolia do nosso glorioso Itamaralívia…

Esse país precisa ser refundado…

Thomas
14 anos atrás

em que encrenca que estamos nos metendo …

Marcos789
Marcos789
14 anos atrás

olha so, se eles estao planejando enviar tropa para o Libano, entao algo de bom deve vim por ai! como o novo fuzil 5,56 da imbel, ou ate a reestruturaçao do urutu e o m113.eles ñ seriam doidos de mandar tropas sem nunhum equipamento pra enfrentar os terrorista.

Galileu
Galileu
14 anos atrás

Ramires disse:
6 de outubro de 2010 às 18:40

“Estamos prontos
SD Ramires
20º regimento de cavalaria blindada
campo grande-ms”

Isso aew SD Ramires, nada como um IED ou RPG no temido Urutu pra você mudar de ideia ahahah!

Danilo
Danilo
14 anos atrás

Voces já viram a lista de armamentos das forças que participam na UNIFIL ?

Dei uma olhada e vi muita coisa que o exercito brasileiro ainda sonha em ter nos inventarios de arsenal a disposição dos nossos soldados.

O Brasil vai caçar sarna pra si coçar e depois não vai conseguir limpar a caca em que entrou !

Sinceramente …

Bruno Rocha
Bruno Rocha
14 anos atrás

Me desculpem, mas estamos parecendo mais com missionários religiosos indo para tribos “pagãs” e converte-los ao cristianismo (!) do que um exercito regular.

Nome: Exercito Brasileiro
Participação internacional relevante: Alimentar o Haiti
É pocas de ouro: 2ª Guerra Mundial
Piores épocas: 1964 ate hoje

Quem não gostou, um abraço, mas é isso que penso. Não vai ser um tanque de 50tn ou um lança míssil que vão nos tornar algo melhor, muito menos um soldado que ama sua pátria. Soldado que não come no Quartel é psicologicamente mais afastado e fraco do lado militar do que se fosse totalmente morador do Quartel.

Um braço!

\o/

Bruno Rocha
Bruno Rocha
14 anos atrás

Raptor disse:
6 de outubro de 2010 às 15:46

Ou o senhor não deve conhecer o resto do mundo ou acha que o inferno é até normal de mais.
Que tal os saqueadores bandidos da África, que não tem nada a perder (a vida miserável) e anda para cima e para baixo com uma AK-47, muito semelhantes aos nossos bandidos, mas multiplique isso por mil! Nosso bandidos parecem ladrãozinho de escola comparada com certas pessoas pelo mundo.

Raptor
Raptor
14 anos atrás

Bruno,

Eu compreendo a situação do Líbano nunca estive lá, mas conheço pessoas que se mudaram para o Brasil devido a situação nos últimos tempos e relataram com detalhes a situação até o ataque israelense…

A escolha é simples: O “sistema” vai nos auxiliar nos próximos anos e não vai impedir a condição de potência regional, porém, ele exige colaboração na resolução de problemas internacionais do bloco “ocidental”. Não dá para fugir disto.

É pegar ou largar…

Qual seria a melhor escolha e principalmente quem vai assumir a responsabilidade de se perder esta oportunidade que aparece apenas 1 vez a cada século…

Os EUA aceitaram na época da 2GM (apesar de muitos no congresso da época não aceitarem)… Fizeram o respectivo trato e o cumpriram na defesa da Europa… Valeu a pena para eles ou não…

Abs.

Ps. Quanto a Pearl Harbor eles sabiam com antecedência do ataque… deu para entender…

Raptor
Raptor
14 anos atrás

1 vez a cada século no mínimo… Portugal espera desde a época das grandes navegações por uma nova chance…

Marcos
Marcos
14 anos atrás

Acredito que seja exagerado! A missao italiana tem o objetivo de garantir a segurança dos palestinos em Beirut e a sovranidade do governo Libanes. Com isso a Italia entrou com a presença de 519 soldados e 200 veiculos APC.

Depois dos tragicos acontecimentos em Sabra e Chatila a Italia aumentou seu contingente para 2300 soldados, 319 veiculos APC e 97 MBT.

A Italia é presente no Libano desde 1982 e até os dias atuais as baixas foram de 75 feridos e 1 morto.

Com a resoluçao n. 1701 A Italia começou a controlar todo territorio a sul do rio Litani e assumiu o comando da Joint Landing Force – Lebanon ( UNIFIL ) e AOR(Area of Responsibility) Oeste Composta por 2 batalhoes italianos 1 Frances e 1 Ganes

A Italia também assumiu a missao de interposiçao entre Hizbollah e Israel, enviando 3 batalhoes de fuzieliros navais 3 navios de Assalto Anfibio LPD ( San Marco, San Giorgio e San Giusto ), 1 Fragata Lança misseis ( Aliseo (F 574), 1 Destroyer ( Luigi Durand de la Penne (D 560), Porta avioes ( Giuseppe Garibaldi (551), 1 Corveta ASW ( F 557 ) 18 Agusta SH-3D, 12 AV-8B Harrier II, 7 Agusta A129 Mangusta, 4 AMX Ghibli, 2 Tornados IDS, 30 AAV-7, 26 B-1 Centauro, 45 MLV Lince, 17 MBT Ariete, 25 IFV Dardo um reforço de 450 fuzieliros navais do Regimento San Marco e uma Task Force de Forças especiais de 80 especialistas.

Se realmente o Brasil for substituir o comando italiano vai ter que enviar muitos soldados e equipamentos, pode até ser que a Italia ceda o comando ao Brasil retirando apenas os soldados mas deixando os navios. Nao seria a primeira vez que a Italia faz isso. Recentimente a Italia forneceu o porta avioes Cavuor na Missao Brasileira no Haiti.

MN-QS
MN-QS
14 anos atrás

Coloca os soldados para jogar futebol com a bandeira do Brasil ao fundo, que o conflito tem uma trégua quase que instantânea…

Leandro
Leandro
14 anos atrás

Comentei essa matéria com um amigo meu, Cel.Av. R/1 e a reação dele foi instantânea: “-vamos fazer o que lá? Se fud…”
Seria uma boa para o Brasil aceitar uma missão dessas, principalmente para a Marinha? Acho que seria sim, mas se tivessemos os devidos meios operacionais e principalmente um navio de guerra decente para enviarmos.
Do meu ponto de vista não deveria se enviado um contingente do exército, mas sim o Corpo de Fuzileiros Navais.
Haiti = EB
Líbano = MB

Na melhor das hipóteses manda o BOPE aqui da PMERJ!

Bruno Rocha
Bruno Rocha
14 anos atrás

Raptor

Os tempos são outros e os interesses também são!
Eu pessoalmente não creio que seria uma boa ideia, pois não ganhamos nada relativamente relevante. Não acredito que um destaque como “Brasil, pai dos pobres” seja vantajoso.
O mundo jira no capitalismo e as escolhas devem ser exatas, como em um jogos de xadrez, onde cada jogada é uma ação com um resultado.
Não digo que é errado, mas pela situação mundial como Al Quaeda, crise financeira, crescimento da China, queda do Euro e do Dólar, isso tudo pelo meu ponto de vista deveria ser levado em conta, mas parece que esse páis só quer uma “boquinha” para aparecer na mídia.
Quem sou eu para dar palpite de política, mas quem é o Itamatati?

Um abraço amigo \o/

Cidadão votante
Cidadão votante
14 anos atrás

O “cara”, em fim de mandato, tá doido para posar para o mundo como o pacificador do conflito árabe-israelense. Será? Se der errado, vai desmoralizar as FFAA junto à opinião publica. Dando certo, ou seja, chancelando o hesbollah a agir impunemente no sul do Libano para atacar as cidade israelenses, vai dar vazão ao seu ódio ao Estado judeu. A UNIFIL está de mãos atadas, toda vez que aperta os terroristas a população local cria embaraços . Em 67 os integrantes da força da ONU que tinham capacidade escafederam-se diante da guerra iminente. Os brasileiros não puderam retirar e ficaram no fogo cruzado.Sem apoio naval e aéreo, tem tudo para se repetir.

Raptor
Raptor
14 anos atrás

Bruno,

Em relação ao Itamaraty, ele é a casa que representa a nossa tradição diplomática, admirada e respeitada no meio diplomático internacional.

Comece a pesquisa por nomes como o Barão do Rio Branco, Rui Barbosa, aclamado como Águia de Haia, passe também, pela abertura da ONU e o nome de Oswaldo Aranha, ao qual teve a grande honra, de ser o primeiro orador da Assembléia Geral das Nações Unidas em sua abertura. Lembrando-se também, que o próprio prédio atual é de autoria de um arquiteto brasileiro.

Não gostar dos ocupantes atuais do Itamaraty é uma coisa, jogar a vitoriosa, ponderada e reconhecida tradição diplomática brasileira no ralo é outra bem diferente…

Abs.

Raptor
Raptor
14 anos atrás

Em tempo:

Em diplomacia não somos reconhecidos como “pai dos pobres” (este título é coisa do atual ocupante do planalto), muito menos de “príncipe” (isto era coisa do ocupante anterior do planalto)…

O título que mais se encaixa é a típica expressão brasileira “do deixa disso”, “para com isso”,ou seja, conciliadores de conflitos.

Não temos a tradição de incentivar, provocar ou estender litígios, mas sim, a sua resolução através do mecanismo da conciliação das partes ou algo próximo a isto.

Resumindo, quando chamam o Brasil na área diplomática para auxílio, é que a coisa já saiu do controle dos atores internacionais (Haiti é um exemplo). Somos reconhecidos por normalmente conseguir encontrar soluções para os “pepinos” dos outros.

Abs.

Ps. Apesar do tempo serem outros, muitas coisas terem mudado o “sistema” (a social networking dos “gerentes” do mundo) e suas regras, continuam o (a)s mesmo (a)s a centenas de anos no mínimo… Só muda se for destruída a rede (péssimo negócio para todos)… A última vez que caiu, a civilização ocidental foi junto…

Hitler a tentou destruir e a substituir pelo seu III Reich. Arrasou com a Europa no processo e sabe-se Deus o que aconteceria ao mundo se não fosse barrado.