RIO – Veio de Arzamas, na Rússia, e viajou durante um mês num navio que partiu de São Petersburgo o possível “caveirinha”: um veículo blindado usado pelo Exército russo, com dimensões menores que as do caveirão da Polícia Militar, e que poderá ser adotado pela corporação. O veículo foi cedido pelo fabricante, Rosboron Export, para ser testado por um ano pela PM e poderá reforçar a segurança durante a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Trata-se da quarta geração de um blindado projetado e construído para o transporte de tropas em qualquer tipo de terreno.

Com 2,10 metros de largura, 5,70 de comprimento, 6.200 quilos, motor a diesel e capacidade para 11 pessoas (no caveirão são 17), o veículo de patrulhamento em áreas conflagradas chegou ontem ao Centro de Manutenção de Veículos Blindados da PM, na sede do Batalhão de Choque. Assim que chegou, foi cercado por mecânicos e outros militares curiosos.

O modelo custa cerca de R$ 1 milhão. Teremos dois dias para conhecer o veículo a fundo, antes de entregá-lo para o Bope. Por isso, perguntem tudo. Vamos avaliar esse veículo para ter um diagnóstico completo – disse à tropa de mecânicos o coronel Cid Souza, chefe do centro de manutenção.

O comandante do Bope, coronel Paulo Henrique Moraes, que esteve na Rússia para conhecer o modelo, disse que pediu à empresa algumas adaptações para a realidade fluminense,como ar-condicionado e blindagem da caixa do motor.

FONTE: O Globo

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lucas
lucas
14 anos atrás

Uma boa ajuda ao combate ao crime certamente ira beneficia o Brasil q na minha opinião poderia fazer uma grande parceria com a mãe Russsia

Nick
Nick
14 anos atrás

Por R$1 milhão a unidade, será que não tem uma empresa nacional capaz de produzir isso??????? Cade a END?!?!?!

[]’s

#Wagner
#Wagner
14 anos atrás

Não pode, produzir nossos proprios tanques no Brasil é autoritarismo, o dinheiro tem que ir para programas sociais….

ah ah ah ah ah !!! 🙂

Águia
Águia
14 anos atrás

Ao invés de testar o veículo russo, porque não utilizar o veículo especializado produzido pela AVIBRÁS – Guará AV-BOPE TP 10, que é uma viaturas blindada para Operações Especiais, especialmente configurada para a Polícia Militar:
• Ar condicionado de alta capacidade
• Ampla visibilidade com seteira frontal,
5 em cada lateral e 2 traseiras
• Torre blindada fixa para tiro,
com escotilha para 2 atiradores
e campo de ação de 360º
• Pára-brisas com blindagem metálica
rebatível
• Amplo espaço para 10 tripulantes
(versões para até 16 tripulantes)
• 4 portas laterais e porta dupla traseira
para rápido embarque e desembarque
http://www.avibras.com.br/P/sys/defesa/terrestre/guara/guara.asp

João Gabriel
João Gabriel
14 anos atrás

Verdade,a Avibrás fez uma versão do AV-VBL especial para uso do BOPE,mas como o dinheiro e o jogo de interesses pessoal,político e econômico vem primeiro,vamo de caveirão balalaika mesmo….

Leandro RQ
Leandro RQ
14 anos atrás

Eu ia perguntar justamente sobre esse veículo da AVIBRÁS…

Politicagem “é mato” nesse governo.

Algo me diz que aquele famoso ex-oficial da FAB ligado a um SENHOR DA GUERRA também muito famoso está por trás disso tudo…

ricardo
ricardo
14 anos atrás

Só uma pergunta, eles vao substituir o CAVEIRÃO???

Fabio Maciel Rocha
Fabio Maciel Rocha
14 anos atrás

Acho muito valido este veículo russo sendo testado pelo BOPE, pois assim podemos comparar com o produto nacional, e ver qual o que melhor atende as nossas necessidades, e quem sabe, agregar num produto nacional o que tem de melhor nos dois produtos.

Parabéns ao BOPE, e fico feliz que nenhum ignorante do EB tenha impedido a vinda deste tão importante meio, pois infelizmente o EB proibiu o BOPE de adquirir a metralhadora Minimi da FN, o fuzil Barret .50 BMG e outros tantos meios.

Coisa de exército de 3º mundinho.

PILOTO DE COMBATE
PILOTO DE COMBATE
14 anos atrás

Caro Fábio;
Já que, provavelmente, conheces a fundo a realidade da área de emprego da PM fluminense, por favor argumente em prol do emprego dos armamentos negados à PM.
O efeito colateral do emprego de tais armamentos é inadmissível. Imagine um helicóptero utilizando como meio de autodefesa uma Minimi sobre uma favela, ou então um tiro de .50 transpassando um alvo e acertando um inocente!
Abrs

Paulo
Paulo
14 anos atrás

Qualquer país dito de primeiro mundo, tendo algo como o Guará, jamais importaria um similar.
Mas neste caso há uma diferença gritante. Não é uma aquisição das Forças Armadas, mas sim de um governo estadual.

marujo
marujo
14 anos atrás

Refazendo o que o Fábio escreveu: Quem sabe testamos exaustivamente este veículo em cenários diversos, para que tenhamos capacidade de especificar e projetar um congênere nacional. Ou mesmo para aprimorar o Guará ou o novo veículo que a Inbafiltro apresentou na Laad 2009.

Biel
Biel
14 anos atrás

O importante é que seja escolhido o veiculo que melhor atende os requisitos do BOPE.

E pelo jeito este veiculo além de ser eficiente é mais barato que os similares desenvolvidos pela AVIBRÁS .

Lanterna Verde
Lanterna Verde
14 anos atrás

Vamos com calma senhores, o veículo só esta em fase de testes pela PM, e pra quem se esquece, o Guará foi enviado para auxiliar no terremoto que devastou o Haiti, assim sendo, não estamos deixando de privilegiar a Avibrás, que por sinal, é muito mais vantajoso uma venda para o Exército Brasileiro do que uma venda para a PM, não que eu desmereça a PM que esta fazendo um belíssimo trabalho especialmente com o BOPE, mas no caso do EB a quantidade de unidades vendidas é infinitamente superior a uma compra estadual para a PM, por este motivo engana-se quem acha que a empresa nacional esta sendo deixada de lado, então senhores, não sou a favor deste ou outro governo, apenas digo para realmente analisarem os fatos, se o veículo russo for mais eficiente para a PM, concerteza ele será adquirido, e digo o mesmo para o Guará.

Grande Abraço, Lanterna Verde.

Freire
Freire
14 anos atrás

Vamos experimentar o Balalaika, tá ai para testes ,vamos tirar o couro deste ai para ver, rsss.

Brasil

Luan
Luan
14 anos atrás

Bonito.

Quero ver na primeira revisão se ele voltará pras ruas.

[]’s

Fabio Maciel Rocha
Fabio Maciel Rocha
14 anos atrás

Esclarecendo ao “Piloto de Combate” e demais companheiros de blog.
Vou lhe responder começando com uma pergunta para o senhor pensar e refletir sobre o assunto.
1. Sobre a Minimi 5,56x45mm.
O “senhor” sabe quais são as armas que os policiais fluminenses utilizam dentro de aeronaves para combater bandidos armados?
Eu lhe informo quais:
– FAL 7,62x51mm
– SIG 7,62x51mm
– PARA-FAL 7,62x51mm
– G-3 7,62x51mm
– M-16 5,56x45mm
– M-4 5,56x45mm
– AR-15 5,56x45mm
Estas armas em sua maioria sem sistemas óticos, e quando o possuem, em geral não são os adequados para a função.

Como arma de apoio, é comum o emprego pelos “PM’s convencionais” da metralhadora Madsen convertida para o calibre 7,62x51mm, carregador em cofre.
Arma antiga mas que causa pavor entre os bandidos, tanto que seu apelido é Sino do Inferno. Mas é uma arma muito antiga, um desenho comum da 2ª Guerra Mundial, e estão de maneira geral, muito desgastadas.

O BOPE por sua vez, se utiliza da metralhadora HK-21, calibre 7,62x51mm, alimentada por fita.
Segundo colegas do BOPE, esta arma salvou por muitas vezes equipes inteiras de operacionais e deu cobertura para diversos resgates de “policiais convencionais” que estavam encurralados.

Outra, uma metralhadora do tipo Minimi em 5,56x45mm, ou MAG em 7,62x51mm, pode muito bem ser operada numa plataforma aérea com um reparo fixo, o que lhe garante mais estabilidade e precisão, ainda mais quando comparada as armas citadas anteriormente, digo os fuzis.
E como pode reparar, não será um calibre diferente dos que já são utilizados.
Mas ai vem algum “especialista” e alega que são metralhadoras, etc e etc, mas mais uma vez, o calibre é o mesmo, os fuzis a cima muitas vezes atiram em sistema automático igual a uma metralhadora, sendo a diferença entre estes armamentos a seguinte:
– Metralhadora em geram tem mais estabilidade em regime de tiro automático;
– Podem operar em reparos fixos, incluindo em helicópteros;
– No geral, possuem mais capacidade de munição, por operarem com fitas de munições.
Mas outro “especialista” alega: mas para que dar rajada se é mais preciso em semi-automático?
Fácil, para quando tiver 30 vagabundos atirando de .30, 7,62x51mm, 7,62x39mm, 5,56x45mm contra outro helicóptero da Polícia, o atirador embarcado apertar o gatilho e mandar para o inferno todos estes vagabundos de uma só vez e de forma muito mais precisa que com fuzis.
E no caso do GAM da PM, poder interceptar de forma adequada e efetiva uma embarcação leve.

Como você e os colegas puderam ver, já se utiliza com grande sucesso operacional metralhadoras de apoio nas forças policiais fluminenses, a diferença com a introdução deste armamento é apenas prover estas forças com um equipamento mais moderno e que garanta mais segurança para estes operacionais e aos civis que ficam muitas vezes em fogo cruzado dos vagabundos.

A respeito do fuzil de sniper .50 BMG, ele também poderá ser empregado pelo GAM nas suas plataformas aéreas contra embarcações de maior porte.
Já pelo BOPE, serviria para neutralizar criminosos atiradores que se encontram barricados atrás de paredes grossas, para parar veículos blindados ( já aconteceu várias vezes dos marginais efetuarem crimes utilizando veículos civis providos de blindagens nível III-A, III e até IV ) e por último, a “simples” função de atirador de elite contra um vagabundo utilizando colete balístico e que fique difícil ou muito difícil sua neutralização através de um tiro na cabeça.
Lembrando que existem modernas munições para ambas as armas, e que tais munições minimizam em muito o risco de emprego em ambientes urbanos, pois as mesmas se desfazem ao colidir numa superfície dura.
Além do mais, o emprego destas armas não é nenhuma novidade em outros países, e isso me faz lembrar de quando eu treinei com um sniper do GSG-9 da Alemanha em 2001 e o que ele me disse ao ver nossos PSG-1.
“ Nossa, fico admirado que encontrei aqui uma versão do PSG-1 mais moderna do que a que utilizamos, mas agora sem o conhecimento oficial do Exército estamos introduzindo fuzis sniper em calibre .50 BMG, pois este é um dos poucos calibre que seguramente atravessa com precisão o vidro da cabine de um avião de passageiros e neutraliza de forma eficiente um terrorista. Não queremos repetir os erros dos Jogos Olímpicos de Berlim.”

Espero ter ajudado no tópico, e antes de encerar, vou citar alguns países onde suas forças policias fazem uso de metralhadoras calibres 5,56x45mm, 7,62x51mm, .50 BMG, .50 Russian, ou/e fuzis sniper em calibres .50 BMG, 20mm.
– Croácia
– Alemanha
– USA
– China
– Sri Lanka
– França
– Iraque
– Colômbia
– Brasil
– Iugoslávia
– Cazaquistão
-etc…

Fabio Maciel Rocha
Fabio Maciel Rocha
14 anos atrás

E aproveito para agradecer ao colega Piloto de Combate o convite para tratar deste assunto.

Meu muito obrigado.
Abraços, Rocha

Fabio Maciel Rocha
Fabio Maciel Rocha
14 anos atrás

É João Augusto, repetindo o que sempre digo…
Se o Brasil fosse um país sério, pessoas que fizessem um comentário destes estariam presas.

Referente a idiotice que li postada pelo Otário, opa, Otávio.
Ao moderador, desculpa pelo Otário, mas o comentário dele tem cunho racista, e isso ainda é crime no Brasil.

Obrigado

Tysock
Tysock
14 anos atrás

Que barbaridade…realmente, a única explicação plausível é de que a nossa industria de defesa não é capaz de produzir um veículo assim…

Maldita é a inclusão digital…

M1
M1
14 anos atrás

Espero que o editor do blog apague esse comentário e bloqueie esse “Otário” o quanto antes.

marujo
marujo
14 anos atrás

Será que a END foi para o cesto de lixo? Exército e Fuzilieiros estão comprando novas viaturas Land Rover em detrimento de similar nacional: a linha Marruá da Agrale. Fonte: Base Militar.

Sopa
Sopa
14 anos atrás

Na Marinha pode até ser. mas no Exercito é Agrale!

Base Militar;

http://www.portaltransparencia.gov.br/d … 10NE900741

Processo Nº: 64447545201030
Subitem da Despesa: 52 – VEICULOS DE TRACAO MECANICA
Quantidade: 21
Valor Unitário: 129.000,00
Valor Total: 2.709.000,00
Descrição: 21,00000 unidades AUTOMÓVEL VTNE tipo pick-up, 3/4 ton, 4×4,cabine e carroceria com teto e capota de lona zero km e na cor camuflada (VOP 1) MARCA: agrale ITEM DO PROCESSO: 00001 ITEM DE MATERIAL: 000150682

sDs,

Andre Luis
Andre Luis
14 anos atrás

Fábio,

A Core também tinha intenção de usar a minimi em suas aeronaves, principalmente depois da morte de um de seus atiradores a bordo.
Quando, supostamente, seu M16 travou e ele não conseguiu conter o avanço dos marginais.
Também foi dito que o EB tinha proibido o BOPE de adquirir coletes balisticos de Israel.
Uma pena

MA
MA
14 anos atrás

Excelente comentário, Fábio Maciel! Um artigo opnativo completo, apresentando todas as possíveis contra-argumentações e pontos bastante sólidos, excelente comentário, bastante informativo.

Só gostaria de completar que o 12.7x108mm é conhecido por não possuir a precisão ideal para ser usado em fuzis de longo-alcance, aqueles projetados para esse calibre tem sua precisão degradada e por isso é difícil ver o uso desses fuzis em forças policiais (mesmo no Exército Russo é raro, visto que não são produzidos em grande número).

E o design da Madsen não era “muito comum na 2ª Guerra Mundial”, mas sim anterior à Primeira Guerra Mundial… Um conceito pioneiro do final do século XIX mas realmente, muito desgastado e defasado. Como o Marine disse algumas vezes: “Tem soldado que preferiria um Lee-Enfield ao seu M-4”. Os nossos, pelo visto, não teêm escolha.

Abs

DaGuerra
DaGuerra
14 anos atrás

Enquanto isso o EB recebe bug de praia e atira com pau de fogo maquiado. Ué…os bandidos se preocupam com os danos colaterais? Ou toda bala perdida parte das armas das forças de segurança?

MA
MA
14 anos atrás

DaGuerra… A responsabilidade da polícia não é a mesma dos bandidos, simples assim.

MA
MA
14 anos atrás

Para não ser mal interpretado… Quis dizer que enquanto que as forças de segurança têm o dever de proteger a sociedade os bandidos são exatamente as forças que a ameaçam e que espalham o caos.
A polícia, repito, não deveria se comportar ou atuar como a bandidagem no combate.

PILOTO DE COMBATE
PILOTO DE COMBATE
14 anos atrás

Caros Amigos;

Agradeço ao Fábio os comentários em resposta ao meu Post. Concordo parcialmente sobre o Fz .50, mas discordo sobre a Minimi.

Sou piloto de HM-1 da Av Ex, e por diversas vezes realizei tiros com metralhadora lateral, no nosso caso a Mtr MAG. Ela é uma excelente arma para autodefesa, mas não tem a precisão necessária para ser empregada com segurança em uma situação de conflito urbano.

O tiro deste tipo de arma é muito bonito, mas não é exequível onde exista uma população inocente próxima. O Fábio citou:”(…) mas para que dar rajada se é mais preciso em semi-automático? (…) para quando tiver 30 vagabundos atirando (…) contra outro helicóptero da Polícia, o atirador embarcado apertar o gatilho e mandar para o inferno todos estes vagabundos de uma só vez (…)”. Caso isso fosse absolutamente normal, porque não armar os He da PM com lançadores de foguetes 70mm. Muito mais barato e eficiente…

Senhores, a PMERJ utiliza suas aeronaves, normalmente, em áreas de grande concentração populacional. O bandido não é burro! Ele sempre vai achar uma forma de manipular a população e a opinião pública caso exista algum efeito além do esperado, nem que seja mandando a população interditar uma via pública para manifestar a morte de um “trabalhador”. Alguma dúvida sobre isso? É só olhar os telejornais!

Sobre o Post do companheiro DaGuerra, concordo plenamente que o bandido não se preocupa com “danos colaterias”, mas se a polícia também não se preocupar, o Estado vira bandido! E tudo o que não precisamos é de um Estado que não se preocupa com seu povo.

Obrigado a todos!!!

Aviação!!! Brasil!!!

JOKER
JOKER
14 anos atrás

Não concordo com o uso de .50 nas polícias,gostaria de saber se o uso de tal calibre é permitido no país pra uso policial?
Outra,o BOPE não recebeu umas Minimis junto com o COE da PF ,quando da realização do PAN?
Desse jeito .logo logo vão pedir que as PMs usem Javelin,Bill,RPG,Erix e etc.
Prezado Fabio,sabemos, que a luta das polícias contra os bandidos está desigual,mas o uso de armas de guerra em áreas densamente povoadas e usadas como escudos,seria o mais correto?
Pense nas consequências de um mal uso desse armamento perante a opinião pública,como bem disse o piloto de combate.

Fabio Maciel Rocha
Fabio Maciel Rocha
14 anos atrás

Olá Piloto e Joker, retornando.
Se a MAG dos helicopteros do EB são as mesmas que conheci a pouco tempo, eu concordo contigo, pois elas possuiam apenas aquele antiquado sistema de miras metálicas, e este não é uma evolução do que existe hoje.
A intenção é de receber também miras holográficas, que são muito mais precisas e minimizam problemas de erros.
E mais uma quanto ao uso em áreas de grande concentração populacional, é a mesma coisa que usar qualquer arma, tal como o porcaria do .38 SPL, pois em ambiente urbano não precisa do alcance do fuzil, pois a cidade tem esquinas, carros, postes etc, o projétil não viaja tanto.
E vocês militares, estão olhando pro mundinho de vocês, os policiais podem se valer de munições que se fragmentão, diferente de vocês, que por tratados não podem, e os problemas de ricochete se minimizam por ai, e inclusive esta munição já é fabricada no Brasil pela CBC e já é utilizada.
Quanto a foguetes não guiados em aeronaves, o Piloto de Combate sabe que a Polícia Nacional da Colômbia os utiliza em seus helicopteros Harpia, mas lógico que não o utilizam em ambientes urbanos.
Eles também utilizam metralhadoras Minigun em 7,62x51mm com uma cadência de tiro superior aos 4000 disparos por minuto.
Lógico que isso não seria necessário ( por enquanto, visto a atividades das FARC serem ainda pequenas no Brasil ) hoje para a nossa realidade, mas metralhadoras sim.
E tem mais uma. Ter o recurso, no caso metralhadora, não quer dizer empregar sem critérios, tal qual a FAB que é amparada pela lei do abate não sai pela região norte derrubando tudo que é avião ilegal.
Quem trabalha no GAM, BOPE ou qualquer outra unidade policial aérea, pertencem a uma elite com vasta experiência de combate real, BEM diferente dos piloto das nossas forças armadas, que carencem na sua maioria, destas experiências.
No caso do nosso exército, ele mesmo utiliza no Haiti, fazendo papel de polícia, a metralhadora MAG do modelo mais antigo possível, e tambem em operações de policiamento, e para calar certos comentários, aqui mesmo no Brasil, no Rio de Janeiro, quando por mais uma vez o EB teve as suas armas roubadas e foi “ocupar” os moros, utilizou estas metralhadoras nos Urutur, Cascavel, veículos QT e postos fixos etc…
E então pergunto, qual é o pesso e a medida para o EB utilizar estas armas que são empunhadas por recrutas muitissímo mal treinados, que dão poucos tiros, e um elemento da elite da polícia fluminense não puder utilizar?

Quanto a manifestação popular de uma “vítima”, bem, quando isso acontece eu mudo de canal, escrevo e-mail reclamando etc… e se mais gente fizer igual, aos poucos muda, tal como mudou na minha cidade e depois região.
E olha, eu sou o mais contra estado bandido possível, mas também sou contra estado submisso, e repito, este equipamento estara na mão de tropas de elite, não de recrutas mal treinados do EB.
Pode acontecer fatalidades, lógico, da mesma forma que aconteceu a “fatalidade” daqueles militares que foram fazer contato com traficantes para entregar supostos traficantes de um grupo rival para serem justiçados pela outra facção.
Quem não lembra deste fato lamentável que aconteceu envolvendo militares do EB?
Amigos, fatalidades e desvis de conduta sempre vão acontecer, impossível de evitar, mas pode ser minimizados. O que não pode acontecer é pensar que com uma Minimi no helicoptero vai morrer mais inoscente do que epóca do .38 Spl, isso não, pois digo por mim mesmo, que sempre levei muito mais tiro do que dei, e 9 em 10 policiais igual.
E não esqueça, na favela não tem só casas e criança correndo, tem áreas descampadas, tem matas, lages de casas, e ai estas poderiam ser o local apropriado, igual o que aconteceu a pouco tempo atras na favela da Coreia no Rio, onde os marginais foram abatidos na região de mata pelo piloto, piloto que dias depois, veio a falecer em operação abatido por tiro de fuzil ou metralhadora anti-aérea.
Nos outros quadros de operação, um fuzil sniper semi-automático poderia cumprir a missão.

Quanto ao uso de armas em calibre .50 BMG, lembro que a PF as utilizava em embarcações e jeep’s a anos atras, e quem quiser pode ver na revista Asas deste mês, uma foto de um helicoptero da PF com uma metralhadora MAG 7,62x51mm, que por sinal é muito mais potente que a Minimi calibre 5,56x45mm que as polícias flumineses desejam.

Colega, atirar em bandidos não é uma situação de normalidade, longe disso, mas é normal isso e infelizmente é necessário, pois se estão atirando em você, nada mais justo que defender a sí próprio e a terceiros.
O que não é normal, é um país ter tantos viciados em drogas para sustentar estes criminosos.

Por último, ficam minhas perguntas para o Piloto de “Combate” e ao Joker:

Se não tem utilidade forças policiais utilizarem tais armas (MAG por exemplo), por que a PF as utiliza no trabalho policial?

Por que o EB “ocupa” moros no Rio com Carros de Combate (blindados sobre roda Cascavel) armados com canhão de 90mm e duas metralhadoras MAG calibre 7,62x51mm?

Por que o EB “ocupa” moros no Rio com soldados temporários, mal treinados e utilizando metralhadoras MAG, fuzis FAP, etc?

Qual a experiência em COMBATE REAL (levar tiro e revidar ataques a tiros) do Joker e do colega Piloto de Combate em regiões como as favelas do Rio de Janeiro?

Gostaria de saber, pois ai quem saiba eu aprenda mais com estes profissionais e mude a minha visão de quase 13 anos de trabalho policial, duas medalhas de bravura, mais de 50 e tantos cursos no Brasil e exterior.
Também rezo para que eu mude a minha visão do treinamento do pessoal geral do EB, pois quando fui de unidade FAR, no treinamento eu dei muito menos tiro de FAL que na PM, e sendo atirador de FAP no EB, NUNCA dei um disparo com esta arma.

Não é um ataque a ninguém amigos, apenas mostrando os fatos e esclarecendo meu ponto de vista.

Obrigado e um abraço a todos, e aguardo resposta as minhas perguntas.

Marine
Marine
14 anos atrás

Esse e pela primeira vez um debate no blog que vejo os dois pontos e realmente nao sei dizer com certeza com que lado concordo…

Vejo o ponto do Piloto de Combate sobre armas automaticas sendo utilizadas em veiculos moveis e nao estaveis como helicopteros em regiao urbana de alta densidade, da mesma forma que em muitos locais do Iraque nao podiamos usar armas de fogo indireto como Mk.19 e tal.

Mas tambem vejo o ponto do Fabio sobre quem estaria usando esse tipo de arma realmente deve ter uma maturidade e profissionalismo muito maior do um conscrito do EB em geral.

Essa realmente fica dificil… Na minha experiencia eu diria que nao vejo problemas em SAWa/Minimis com policiais seletos do BOPE a pe e com municao “frangible” e miras holograficas como EOTech e ate ACOG. Mas diria que esse policial deveria passar por um curso de emprego de “machine gunner” que alias e bem diferente de um “rifleman”. Sendo esses requisistos cumpridos nao vejo problema com isso.

Ja metralhadoras montadas em Helis, nao estou completamente convencido que haja necessidade ou que os riscos justifiquem o uso delas em Helis da PM. Ha um problema de escalacao e uso de forca a ser estudado nesse caso.

Metralhadoras pesadas .50 nao vejo necessidade da PM as possuir tambem mas mais uma vez concordo que fuzis .50 de uso para cacadores seletos em unidades como o BOPE pode sim ser bastante util ainda mais com tiros em barricadas e outros obstaculos. Snipers sao por natureza maduros e seletivos em seus disparos e nao vejo problema algum com o pessoal que ha de melhor no BOPE utilizar de mais um meio prara cumprirem sua missao.

Espero ter contribuido ao debate.

Semper Fidelis!

Marine
Marine
14 anos atrás

Fabio,

Nao estou tomando o lado de ninguem amigo mas com relacao a algumas de suas perguntas voce esta comparando duas entididades com missoes totalmente diferentes. O EB sobe o morro com os equipamentos e meios citados por voce porque esses sao os meios que eles possuem. Nao tem a missao policial e nem o equipamento especial especifico policial assim como o BOPE ou a PM em geral nao tem a missao e meios de guerra convencional.

Entao acho que nesse ponto e comparar laranjas e bananas.

com relacao ao o que a PF utiliza eu nao sei te dizer pois desconheco do assunto com profundidade para debater com alguma autoridade. Mas se realmente houver um favoritismo com a PF alguem teria que argumentar pra mim tambem porque a PF pode e um BOPE nao pode…

Ja a experiencia de combate dos pilotos de Helis do EB, mais uma vez e uma comparaco de laranjas e bananas… Os pilotos da PM tem experiencia de combate de “baixa intensidade” ou seja small arms fire ja o EB se prepara para um combate mais convencional com ameacas aereas muito mais diversas do que encontradas em favelas do Rio desde AAA ate MANPADs.

Abracos a todos!

MA
MA
14 anos atrás

Marine,
“Ja metralhadoras montadas em Helis, nao estou completamente convencido que haja necessidade ou que os riscos justifiquem o uso delas em Helis da PM. Ha um problema de escalacao e uso de forca a ser estudado nesse caso.”

Mas, como o Fabio já disse, a PM já utiliza fuzis-de-assalto em regime de fogo automático no calibre 7,62NATO sem quaisquer miras óticas/holográficas da lateral de helicopteros a algum tempo… Se já é empregado esse tipo de armamento, porque não as metralhadoras, que por vários motivos são muito mais aptas a servirem na função de supressão de fogo e auto-defesa que esses fuzis, inclusive de forma mais precisa?

Eu acho que não tem argumentação, é ilógica a posição do estado quanto ao equipamento da PMRJ.

Marine
14 anos atrás

MA,

Nao percebi que o Fabio havia dito isso. O meu ponto de vista nesse caso nao e so a cadencia de tiro do sistema de arma, minha preocupacao tambem e com o volume e capacidade de fogo de tal arma nesse TO.

O Fabio cita um emprego pras metralhadoras como uma arma de area e nao de ponto e minha procupacao e essa, um emprego como arma de area por definicao e mais impreciso do que um emprego como arma de ponto.

Se for pra cobrir a lacuna como arma de apoio de area entao aonde fixamos a linha? Se no futuro argumentarem que precisam de Mk.19 pra essa funcao vamos aprovar? Ao meu ver um franco atirador como ja e feito nos Helis cobre 90% das funcoes necessarias e nao seria esse requisito da PM, uma especie de fruto da frustracao com o episodio do Heli abatido e a posse dos traficantes de armas tao ou mais pesadas que a policia? A policia como qualquer forca armada sempre deseja ter maior poder de fogo contra seu inimigo mas temos que ter muito cuidado pra nao abrirmos essa caixa de pandora.

Esse argumento todo depende da maturidade do metralhador, do sistema pela qual a metralhadora esta fixada no Heli, sua mira, o conceito de emprego da arma so para citar alguns fatores.

Veja bem, nao vou dizer que sou completamente contra metralhadoras nas laterias de Helis da PM mas fico cetico quanto isso e precisariam me fazer uma apresentacao convincente de que o uso e realmente necessario.

Ja com relacao a fuzil .50 SASR/Barett e Minimis com policias do BOPE a pe nao tenho restricao nao.

Sds!

Leandro RQ
Leandro RQ
14 anos atrás

Fabio

Seus comentários foram muito interessantes.
Só acho que é preciso esclarecer uma coisa.

No EB quem usa MAG, as .50 etc nunca são os recrutas.
Sempre são os soldados antigos, ou seja os “soldados profissionais”. Em treinamentos até tem uns recrutas que utilizam os FAP. Mas nas manobras e exercícios militares, só os antigos tem acesso as armas “de grosso calibre” como meu pai gosta de chamar.

Em uma ocupação de morro, que é uma situação de combate eminente, com certeza apenas os antigos tem acesso a elas. Nenhum comandante de pelotão é doido o suficiente para deixar uma MAG nas mãos de um recruta, no meio de uma favela.

MA
MA
14 anos atrás

Marine, eu não enxergo empecilhos no uso de metralhadoras da mesma maneira que já são usados os fuzis-de-assalto para proteção da tripulação e abate de fugitivos não…. Contudo, com essa ressalva; a atual experiência com um metralhador na lateral de helicopteros armado com um fuzil mostrou-se proveitosa quanto aos danos colaterais? Se sim, então eu acho que é possível esse “upgrade” com as metralhadoras leves em plataformas nas laterais. Se a resposta é não, então há de se procurar outra alternativa.

Se essas metralhadoras forem usadas com o intuito de fornecerem fogo contínuo em área, discordo também. Mas acho que essa não era a proposta, visto o nível de profissionalismo e maturidade do corpo aereo da PM.

Quanto ao resto também não possuo ressalvas. Mas acho que alguém falou em metralhadoras-pesadas (.50) em uso por forças policiais, eu creio que só sejam utilizadas em forças de segurança de países em processo de guerra civil ou com forte ação de movimentos separatistas armados, não se adequando ao Brasil.

Fabio Maciel Rocha
Fabio Maciel Rocha
14 anos atrás

Marine, mais uma vez demonstrou o qual profissional costuma ser o efetivo do US Marine Corps, é como no tiro a 500 yard’s, você acertou o mesmo alvo que eu estou atirando.

Explicando e depois me explicando amigos.

Da mesma forma que o US Coast Guard utiliza em seus Helis as SAW, o GAM (Grupamento Aéreo e Marítimo da PM do Rio de Janeiro) poderia utilizar também, visto que em certos aspectos, os dois fazem as mesmas missões.

O que tu pensas é o que eu digo, … usar as metralhadoras em certas circunstâncias, como eu defendo. Mas não me limito a dizer isso sobre metralhadoras, e sim a qualquer arma, letal ou less letal.
Tipo, tenho ao meu alcance uma carabina .30 Carbine, mas ainda não utilizei em combate, mas só o fato de termos ela, já teve muito vagabundo levantando as mãos sem reagir. Resumindo: armas especiais, para situações especiais e pessoas especiais = uso racional e adequado.

Igual no Iraque com os Mk.19 em 40mm, para os amigos que não conheçam a arma, nosso popular lançador automático de granadas, quase igual aos que equipam os blindados Piranha dos FN, só que o nosso é de fabricação espanhola.
O pessoal utiliza no Iraque, mas com regras que também JÁ são respeitadas aqui para outras armas.

Marine, quanto ao EB subir o moro com o que eles tem, discordo em partes do teu argumento, e sei porque fazem aquele teatro com “tanques” etc…, algo reservado que não vamos comentar aqui, mas quanto ao material deles eu posso lhe dizer o seguinte:
– Cascavel não vejo nenhuma necessidade real.
– Eles possuem espingardas calibre 12 Boito, pump-action, igual a polícia.
– Possuem submetralhadoras Beretta 9mm Luger
– Pistolas 9mm Luger
Armas que alguns acham mais adequadas ao trabalho policial.
Já os grupos de elite mesmo, possuem de tudo um pouco, mas são efetivos reduzidos.

Mas como você disse … Nao tem a missão policial e nem o equipamento especial especifico policial, além do treinamento especifico para tal.

Mais uma vez tu acertou no mesmo alvo que eu atiro.
Se não tem esta missão, e os meios, então que não o faça, pois deu no que deu. Deixe isso para a PF, por ser crime federal.
A missão do EB é outra e não menos nobre e importante, que é a defesa da nossa nação.
A comparação que eu fiz foi com este intuito, cada um na sua missão, se não dá no que deu.

Também ainda não vejo necessidade de armas .50 BMG nas PM’s ou outra que for, mas como sou flexível, talvez um dia mude de idéia e ache que nas fronteiras seja necessário, mas hoje penso que não.

No que tu continua … ‘Ja a experiencia de combate dos pilotos de Helis do EB, mais uma vez e uma comparaco de laranjas e bananas… Os pilotos da PM tem experiencia de combate de “baixa intensidade” ou seja small arms fire ja o EB se prepara para um combate mais convencional com ameacas aereas muito mais diversas do que encontradas em favelas do Rio desde AAA ate MANPADs’.

Mais uma vez concordo, mas agora em partes. Mas digo que em 95% concordo contigo.

Por isso que perguntei a experiência de combate do colega Piloto de Combate, pois o teatro de operações dele difere muito do nosso, e se ele entende e já trabalhou no nosso TO, eu poderia aprender com ele.
E lembrando Marine, que por causa de um governo comunista cheio de e
“ex”-guerrilheiros e terroristas, e com um monte de milicos melancias (verdes por fora e vermelinhos por dentro), que nossas forças armadas não estão combatendo da forma que muitos deles queriam, digo os nossos bons e patriotas militares, ações das FARC nas nossas fronteiras, plantações de drogas no nordeste, trafico de armas e drogas nas fronteiras e muitas outras coisas mais.
Fui do EB, sai pois ser policial é mais adrenalina, é mais meu perfil, mas sou defensor que nossas FA’s deveriam combater mais estes ilícitos, e inclusive muitos nas FA’s também pensam isso.
Resumindo, não é culpa dos nossos defensores que eles não façam um monte de coisas que gostariam de fazer, não é culpa deles serem mal treinados de maneira geral, e por último, não é culpa deles não terem a mesma experiência de combate das forças armadas da Alemanha, Croácia, Colômbia, USA, França, etc…, na verdade é até uma sorte, mas que no final, por esta falta de experiência, as vezes nos cega um pouquinho.

O nosso militar é dedicado, sem frescuras, aguerrido, mas também é menosprezado pelos políticos e muitas vezes, pela sociedade.
Com as missões de paz, o EB aprendeu muito, mas ainda falta mudar a cabeça de muito geral idoso e antiquado, mas aos poucos esta mudando, e vejo isso desde que entrei como voluntário no EB em 1994, comparando com os dias de hoje. Ainda hoje estou envolvido com treinamentos para efetivos do EB, e digo, esta longe de ser bom (mas não por nossa culpa), mas melhorou muito nas unidades ditas como ilhas de modernidade e padrão para o resto do EB.
Mas em geral, seja em combate de “baixa intensidade” ou combate convencional, nossas FA’s ainda possuem pouca experiência.

Agora Marine, se tiver interesse, e um e-mail pessoal, lhe envio fotos das armas apreendidas nos nossos moros.
Para citar de exemplo:
– AT-4
– LOW 66
– RPG-7 ( não foi um destes que derrubou um Black Hawk em Mogadisio? )
– Metralhadoras .30-06
– Metralhadoras 7,62x51mm
– Metralhadoras 7x92mm
– Metralhadoras 7x57mm
– Metralhadoras .50 BMG
– M-16 with M-203 40mm

E ao menos por duas ou três vezes, foram frustradas as tentativas dos traficantes do CV em obter com as FARC’s, MANPAD’s dos tipos AS-16 Igla ou SA-7.
O alvo eram os helicópteros policiais.

Surreal? Mas é verdade, pois não foram poucas vezes que helicópteros e aviões civis foram alvos de disparos de traficantes drogados, tanto que foi mudada a rota de voou em alguns lugares considerados perigosos.

Para encerar minha contribuição.
Já foi apreendido no Brasil mais de uma vez fuzis sniper .50 BMG, e sabendo disso eu fico imaginando.
Sabendo que no CV, e outras facções criminosas no Rio de Janeiro, há um monte de bandidos que serviram nas nossas FA’s, em especial no exército, e sendo que muitos ( sim muitos, pois o “pelotão” de seguranças do traficante Nem é quase todo formado por militares paraquedistas e FE, e o chefe deste “pelotão” é de alcunha Marcinho PQD, onde serviu por mais de 7 anos ) foram do BFE ou dos batalhões paraquedistas, e que alguns deles foram caçadores (sniper) no EB, imagina só o que um deles faria se estivesse em cima do morro a uns 1000 metros do acesso da favela com um Barett .50 BMG igual que a dias foi apreendido?
O que ele faria acho que aqui todos podem imaginar, mas o que nossos policiais do BOPE poderiam fazer para anular esta ameaça com seus fuzis sniper em calibres 5,56x45mm e 7,62x51mm ?

Mais um capitulo posto a mesa, e estamos ansioso pelas contribuições dos colegas.

Um abraço a todos.

Leandro RQ
Leandro RQ
14 anos atrás

Continuando…

E antes que vc fale: “eles também não possuem nenhuma experiência de combate”.

Isso eu concordo. Mas pelo menos são bem mais treinados e tem muito mais responsabilidade do que a recrutada.

Que hoje em dia no EB só serve pra fazer faxina e “puxar serviço” hehehehe

Fabio Maciel Rocha
Fabio Maciel Rocha
14 anos atrás

Oi Leandro, não falei da .50 BMG, e sim da MAG, e SIM, já vi recruta usar sim, em barreiras, sob supervisão de um Cabo, mas o dedo no gatilho era o dele.

Leandro RQ
Leandro RQ
14 anos atrás

Bom Fábio, é por essas e outras que eu falo que vcs ai no RJ vivem num país diferente.

Aqui no Paraná recruta só chega perto da MAG em manobra pra tirar foto! Ou se for uma puxa saco do diabo… hehehe

Outra coisa Fábio

E a tal da Força Nacional de Segurança? Fez parte dela? Teve treinamento em conjunto?

Dizem que o armamento deles é mais sofisticado que o das PMs. Isso procede? Ou é mais uma lenda da internet?

Te pergunto isso porque muito provavelmente a Força Nacional de Segurança vai crescer muito no próximo governo. Alguns dizem que vai incorporar unidades das PMs e tudo mais…

Fabio Maciel Rocha
Fabio Maciel Rocha
14 anos atrás

Respondendo ao Marine:

“Ao meu ver um franco atirador como ja e feito nos Helis cobre 90% das funcoes necessarias e nao seria esse requisito da PM…”

RESPOSTA
Quando são pouco atiradores bandidos perfeito, como postei a pouco.
Mas quando são muitos atiradores, ai muda, pois como dito, o abatimento da aeronave se deu por concentração de fogo de armas leves, como aconteceu centenas de vezes no Afeganistão período Russo e OTAN, Iraque atual e Somália.
São técnicas de guerrilha que chegaram ao conhecimento dos bandidos do moro.

“uma especie de fruto da frustracao com o episodio do Heli abatido e a posse dos traficantes de armas tao ou mais pesadas que a policia?”

RESPOSTA
Este pedido é de muito antes deste fato, como também era de antes deste fato o pedido de blindar os Helis, de roupas de Nomex para as tripulações, dos coletes Israelenses N-IV, etc…

E mais uma vez. A MISSÃO NÃO SE LIMITA AOS MOROS. Onde também concordo que nem sempre deve ser utilizado.
E também não só usado pelos Helis, e sim também nos veículos blindados e pessoal a pé, como já vem a muitos anos sendo utilizado na forma da MG HK-21.

Marine
14 anos atrás

Fabio,

Concordo com todos os colegas embora claro em partes dependendo do ponto debatido. Sou simpatetico e vejo os pontos de todos.

Concordo que dificulta muito fazer qualquer tipo de “counter-sniping” quando o inimigo ja passou pela mesma escola que voce e utiliza .50 enquanto voce esta de .308 Winchester.

Vejo o seu ponto sobre os Helis da Coast Guard que participam de missoes anti-drogas e eles sempre utilizam um franco-atirador com .50 e metralhadores FN 240G ou B (MAGs) mas as metralhadoras geralmente sao utilizadas para tiros de aviso e o franco-atirador imobiliza o motor de barcos e outras embarcacoes. Mas enfim, entendo o que quer dizer.

Acho que o ponto disso tudo volta a ser aquela velha historia que depende da missao, depende do usuario que deve ser maduro e bem treinado, depende das ROEs. Penso eu que se for feito com profissionalismo nao havera problemas mas tambem se for feito as pressas ai podemos ter muitos danos colaterais.

Quanto ao armamento apreendido no Rio e o nivel de adestramento de alguns seletos traficantes, realmente requer uma resposta a altura nao so em armamento da policia mas tambem em tudo aquilo que nos ja sabemos desde inteligencia, treinamento e ate lideranca, o de praxe.

Uma curiosidade minha e se o BOPE ja ouviu falar ou utiliza de “patrulhas de satelite” quando sobem os morros?

Semper Fidelis!

Marine
14 anos atrás

Fabio,

Concordo plenamente que em alvos multiplos fica perto de impossivel um franco atirador em um Heli dar conta de tudo claro mas minha preocupacao e esse uso como arma de area mas quem sabe com maturidade e os outros fatores ja citados por todos nos possamos minimizar possiveis danos colaterais. Nao e uma discordancia minha, apenas uma ressalva, uma preocupacao.

Ok, como residente no exterior desconhecia dos pedidos ja terem sido feitos ha muito tempo.

Abs!

Fabio Maciel Rocha
Fabio Maciel Rocha
14 anos atrás

Leandro, minha família é do RJ, mas trabalho no sul, lá visito e “troco figurinhas”.

Quanto as Força Nacional, bem, não sou melancia tchê, e não tenho interesse em trabalhar para governo comunista, apesar de ter sido convidado algumas vezes.

Quanto as armas, nada de mais.
Para um coitado que trabalhava de .38 SPL é uma evolução, mas nada de mais mesmo.
Mais embuste, mas ela também evoluiu, e o treinamento melhorou, e fizeram um curso de um ano, onde tem até sobrevivência na sela, caatinga e etc…

Mas ao meu ver, muita milicagem idiota, e como penso que policial deve ser uma forla civil, para trabalhar para uma sociedade civil, em partes discordo das suas atribuições, como de forma geral, não gosto do modelo de polícia adotada no Brasil, como não acho que o modelo americano seja adequado a nossa realidade.

E sim, creio que se a terrorista assassina da Dilma ganhar, que esta força ira crescer e será uma Legião de policiais vendidos pela diária paga pelo governo, igual muitos estão se vendendo pelo Bolsa Formação de R$ 400 que o governo da aos policiais pelados que ganham menos de R$ 1700 como eu, snif snif, sorte que estudei e dou aulas e ganho o meu honesto por fora.

Fabio Maciel Rocha
Fabio Maciel Rocha
14 anos atrás

Marine, não sou do BOPE, mas sei de algumas coisas, mas ai me escreve por e-mail, aqui é muito público ok?

Marine
14 anos atrás

Fabio,

Voce citou um ponto interessante. Sempre me preocupei e critiquei essa mentalida infantil e “unprofessional” que muitos no Brasil possuem de Rambo, Robocop e machismo besta nas forcas policiais e ate militares.

Enfim o embuste segue forte em muitos quarteis e quem sabe um dia morra de uma vez por todas. Profissional mesmo nao tem que catar marra pra ninguem e voce pode ver isso nos melhores homens e unidades que uma instituicao possui.

Sds!

Fabio Maciel Rocha
Fabio Maciel Rocha
14 anos atrás

Marine, meu medo é os danos colaterais.
Imagina, hoje eles atiram com fuzis velhos, sem sistemas óticos.
Isso com certeza causa mais danos que uma arma mais estável e moderna.

Viu, estas ai, o emprego que disse que o GAM poderia fazer é exatamente este, igual nossos aviões A-29 fazem na FAB com aviões que invadem nossos espaço aéreo.

Desculpa aos amigos, mas sem querer dei ENTER antes de concluir o tópico.

Fabio Maciel Rocha
Fabio Maciel Rocha
14 anos atrás

Marine lembra que eu disse no forum do fuzil Imbel, e sobre o Tavor que eu estava em Israel etc…

Olha, vi lá muito cara bom e não estava cheio de breve, igual um ex Ranger que também foi Marine Recon, que talvez tu conheça, Max Joseph do TFTT.

Cara simples, sem embuste e era bom.

Eu tenho alguns breve, só uso dois para não me acharem tão bobinho, e só tres medalhas.
Motivo: cara com muito enfeito é so embuste amigo, e as vezes, o melhor alvo do sniper.

Marine
14 anos atrás

Fabio,

Pessoal desse tipo tem no mundo todo, aqui chamamos de “school chasers” ou seja o cara que quer ir pra tudo enquanto e curso e escola so pra colocar parafernalia no peito ou dizer que fez, a maioria nunca vai usar as habilidades aprendidas e ficam ocupando espaco no curso de outros que precisam e vao utilizar tais habilidades.

Felizmente no USMC nao se usa breve fora alguns poucos, ja no US Army essa mentalidade e forte e estao cheios desse tipo de pessoal que adora se mostrar com besteira no peito.

Enfim, nos aqui dizemos que nao existe medalha ou curso no mundo que automaticamente garante que na hora do pega pra capar o cara vai operar bem. Voce nunca sabe e por isso ja se dizia que existem so dois tipos de soldados:

Os que ja viram combate e tiveram boa performance….e o resto.

Sds!

Sanches
Sanches
14 anos atrás

Não tenho muito o que acrescentar em relação aos armamentos, o nível de conhecimento discutido ultrapassa em muito qualquer contribuição que eu possa dar no momento.

Mas quero colocar um ponto aqui. Estou começando na vida policial militar e já me é muito evidente o desdém da sociedade em geral com esse profissional. Aliás, disso não sofre só o PM, mas o policial civil também.

Chega até ser cômico, no Brasil qualquer um pode se auto-proclamar especialista e sair aos sete ventos emitindo opinião. A grande maioria não possui qualquer conhecimento técnico, mas se acha no direito de emitir opinião final. A mídia compra essa opinião desses “entendidos” e as vende para nossa sociedade pouco instruída e já descrente das instituições públicas. Logo as autoridades tomam decisões pressionadas e na maioria das vezes sem nem mesmo ouvir o maior interessado e conhecedor do problema: o combatente de linha de frente.

Essa semana mesmo foi públicada uma matéria em jornal de grande circulação questionando o uso de munição frangível pelas polícias do Brasil. A matéria acusava os órgãos policiais de violentadores dos direitos humanos, não se preocupando com o pobre cidadão (criminoso, diga-se) que seria alvejado por munição tão cruel e devastadora, proibida por convenções de guerra. Quem encabeçava a “denúncia” era um ONG, e seu representante nada entendia de munições, mas acusava sem pudor. Ora, se não se pode disparar numa guerra, imagina em cidades, explicava com sua lógica falha.

O jornalista comprou a versão (afinal é a que interessa no Brasil) e foi entrevistar um Coronel do Exército, que se limitou a explicar a legislação pertinente. Os representantes das polícias que foram entrevistados – todos altos oficiais que vivem longe do combate do dia a dia – também não conseguiram explicar o porque do uso dessas munições. E no fim novamente prevaleceu a imagem que no Brasil o policial é um bicho papão, um predador, o inimigo do cidadão.

Em momento algum se viu a discussão no nível técnico. Ninguém discutiu a energia do projétil, as diferentes pontas, suas consequências, a diferença do combate policial e o combate em guerra. No fim quem ficou com a razão, segundo o jornal, é o representante da ONG.

O problema é que quem perde diretamente com isso tudo é policial que está na rua combatendo o crime. Obrigado a usar um equipamento precário e inadequado. Ora porque o governo o proíbe de ter os meios adequados, ora porque as pressões midiáticas retiram dele os meios que já tem. Exemplifico, lembram quando um certo governador carioca decidiu que polícia não podia usar fuzil 5,56? Seus assessores “especialistas”, a imprensa, a sociedade civil, os núcleos de estudos da violência garantiram a ele que o policial não precisava de fuzil, bastava uma carabina .40.
O óbvio que não precisa nem ser dito é que todos esses “entendidos” nunca na vida dispararam um único tiro e estão a ditar as demandas da segurança pública. O que deveria ser feito por um PROFISSIONAL.
Outro exemplo que os policiais sabem bem é essa regra imbecil que o EB tem de obrigar os armamentos de uso restrito a serem fabricados pela indústria nacional, na prática ficam restritos a Taurus e Imbel. Pagando caro por um armamento que nem sempre é mais indicado, e às vezes não tem a mesma qualidade.
Não estou dizendo que o material fabricado por essas empresas não é bom, ele é, mas no mundo existe coisa melhor e mais apropriada. E o policial se vê proibido de ter o MELHOR equipamento porque os estrelados do EB acham que entendem de segurança pública e a vaidade não os permite analisar com imparcialidade a realidade.

Aqui mesmo no fórum da para perceber por alguns comentários que poucos entendem realmente qual é a atribuição da polícia e qual o contexto em que esses profissionais trabalham. Falam do tal “efeito colateral” tentando fazer acreditar que o policial ao ter uma arma mais eficiente irá “sentar o dedo”, disparar ao léu, fazer tiro ao alvo com o bandido e o civil. Convido os senhores a conhecerem como funciona a polícia, conhecer de verdade, não só pelas manchetes de jornal que se recebe em casa pela manhã. Tenho certeza que rapidamente perceberiam a responsabilidade com que policiais empunham suas armas, saberiam que o policial responde pelos estragos que causar, e por eles pode ser preso e perder o emprego. Veja o caso recente do policial do bope que alvejou um homem com uma furadeira.

No fim quem ganha com isso é só o criminoso que se vê livre de amarras para crescer. O policial sempre podado, impedido ao menos DISCUTIR a modernização de seus meios, impedido de NEUTRALIZAR as ameaças que enfrenta todo dia.