Índia vai comprar grande número de mísseis Javelin
Diante de um déficit enorme de mísseis guiados anti-tanque (ATGM), juntamente com o atraso na introdução do novo míssil Nag de produção local, a Índia vai solicitar a compra de um grande número de sistemas Javelin dos EUA.
O acordo para a aquisição dos sistemas portáteis Javelin ATGM, “dispare e esqueça”, voltará a ser uma relação direta de governo a governo, sob o programa Foreign Military Sales (FMS) dos EUA, sem qualquer concorrência global de múltiplos fornecedores.
Para desânimo dos russos e europeus, a Índia está cada vez mais tomando a via FMS para grandes negócios de armamento com os EUA. À beira da finalização, está a compra de 10 jatos C-17 de transporte aéreo Globemaster III, por cerca de US$ 3 bilhões.
Para o contrato do Javelin, o Ministro da Defesa A K Antony disse ao Parlamento, na segunda-feira, que a “carta de pedido” ao Governo dos EUA para o ATGM de terceira geração, juntamente com “transferência de tecnologia”, será emitida em breve.
Isto significa que a Índia vai comprar alguns sistemas Javelin, de 2,5km de alcance, “off-the-shelf”, enquanto um número muito maior será de produção autóctone, fabricados sob licença. Os EUA já demonstraram o sistema Javelin durante o exercício de combate bilateral “Yudh-Abhyas”, em outubro do ano passado, em Babina.
Embora o número exato de sistemas Javelin que a Índia irá comprar ainda esteja por ser decidido, ele poderá muito bem passar dos milhares. O Exército, apesar de tudo, tem um déficit de cerca de 44 mil ATGMs de tipos diferentes. “Embora o Exército detenha uma participação autorizada de 81.206 ATGMs, nem metade desse número está presente em seu inventário”, disse uma fonte.
E isto quando o Paquistão está introduzindo em serviço um grande leque de mísseis, incluindo 2.769 TOW-2A, mísseis pesados anti-blindagem, dos EUA.
As unidades mecanizadas, bem como as unidades de infantaria regular armadas com sistemas ATGM avançados, são consideradas fundamentais para abrandar, e até paralisar, a penetração blindada do inimigo num território.
As unidades de infantaria indianas atualmente estão equipadas com variantes ATGM de segunda geração Milan, de 2km de alcance e Konkurs, de 4km de alcance, produzidas pela PSU Bharat Dynamics Ltd, sob licença de empresas francesas e russas.
Para o míssil de terceira geração Nag ATGM, com 4km de alcance, o Exército fez uma encomenda inicial de 443 mísseis e 13 Namicas (veículo blindado de transporte sobre lagartas). Depois de 20 anos de desenvolvimento, o Nag está apenas começando a entrar em fase inicial de produção.
A urgência sobre o rápido encolhimento do estoque de ATGMs pode ser medido pelo fato de que o Exército encomendou 4.100 “mísseis avançados” Milan-2T, com “ogivas em tandem”, assim como 15.000 mísseis Konkurs-M, ao longo dos últimos dois anos.
FONTE: The Times of India
Alguem sabe se o Brasil usa o MSS-1.2 da Mectron ou não??
Quase nunca ouço dele, as vezes ouço falar do ALAC, que espero que o EB já tenha feito boas encomendas……
Quanto ao javelin nossa esse é top, mas também acho bem interessante o RPG30
abraço
Será que eles nunca vão parar de comprar armamento, misericordia, que inveja, estão armados até os dentes, com submarino nuclear e caça com produção local, paquistão que se cuide!
Eu acho que dentro de uns 10 anos a Índia vai ter uma das Forças Armadas mais bem equipadas do planeta.
É impressionante a quantidade, frequência e variedade de compras de armamentos que eles vem realizando.
80.000 mísseis antitanques na Índia. Puxa! Pra mim nem os States tinham tantos.
Não é exagero não?
Então a India possui em seu acervo e inventário aproximadamente mais de 20.000 ATGMs…enquanto isso nosso “glorioso” e “poderoso” Exército Brasileiro possui em em “arsenal” um lotezinho piloto de 66 M.S.S 1.2, cerca de 20 MILAN e uma dúzia de ERYX (vida útil já expirada). E para piorar, durante os anos 70 e 80, no auge do regime militar, seu inventário se resumia a 300 mísseis antitanque COBRA filoguiados de tecnologia de 1a. geração, da década de 50!! E tem entusiasta aqui neste fórum deste “poderoso” exército…que até hoje não possui um sistema de defesa antiaéreo de médio alcance e… Read more »
Bosco,
Tambem estou achando o numero inflado. Veja so 80.000 lancadores dariam pra equipar de 15-20.000 batalhoes de infantaria!!
Mesmo que cada batalhao possua algumas duzias do missil nao fica dificil perceber que exercito nenhum do mundo possue um numero destes. Podemos ate contar unidades de treinamento e pesquisa e mesmo assim o numero ainda nao faz sentido…
Já pensou se este blogo, dependesse de notícias de compras de nossas Forças?! hehehehehe, por semana acho que leio umas 3 a 4 notícias de grande porte vindo dos indús, o que uma China e um Paquistão próximos demais, não faz.
Abraços.
A fonte fala que os indianos possuem apenas metade desses mais de 80.000 mísseis antitanques autorizados, mesmo assim são 40.000 mísseis. Mesmo havendo10 mísseis por lançador, seriam cerca de 4 mil lançadores. Pode ser que puseram na conta os lançadores de helicópteros.
Sendo verdade é um senhor poder de fogo, já que há inúmeras outras armas antitanques que não são mísseis.
Alguem sabe explicar como é a dotrina de emprego de tanques e outras viaturas blindadas em operações q o inimigo disponha de armas como estas ? Por q como vi as viaturas ficam muito a mercê destas armas, e a meu ver dependentes apenas das cortinas de fuma para se camuflarem!
Bosco
Sabe me responder a seguinte pergunta:
Suponha que tenha 3 blindados em fila, 20m um do outro, o atirador do Javelin atira no blindado do meio, o que é responsável no Javelin, que faz com que ele acerte o alvo do meio e não o da ponta esquerda/direita, já que no caso do Javelin o atirador não tem que ficar “iluminando” o alvo.???
abraço
Impressionante a capacidade de destruição do missil, ficou parecendo que o T 72 era de papelão.
naum vamos esquecer q a população do país tmb é BEM grande, logo, a infantaria deles não deve ser pequena não. mesmo assim, concordo com o bosco e o marine. 80 000 lançadores fazem um BELO estrago.
ps: pequeno comentário anti-americano, os USA vendem os C-17 e os javelin para a india, q competem com o paquistão, q comprou “2.769 TOW-2A, mísseis pesados anti-blindagem, dos EUA.”
marine, nada contra os USA, foi só um fato q me chamou a atenção
Souzat, os blindados devem ser acompanhados pela infantaria. Eles se protegem mutuamente. Galileu, A grosso modo, há como selecionar na unidade de lançamento se o alvo é móvel ou fixo. Alvos móveis em geral dão um alto contraste térmico. De dia você pode optar pela aquisição pelo visor térmico ou pelo ótico, à noite, é obrigado a fazer a aquisição pelo visor térmico. Sendo o alvo móvel, você faz a seleção correspondente e ajusta com a ajuda de um mini joystic um “quadrado” no blindado que você quer atingir e o mantém em posição até que o sistema de processamento… Read more »
Galileu,
Complementando:
Em geral esse processo leva 30 segundos.
Há uma nova versão em desenvolvimento chamada de Block I que vai aumentar o alcance do míssil para 4 km e que poderá travar em cerca de 10 segundos.
Pararam de falar nela mas com certeza vai sair.
Não haverá aumento no peso nem do míssil e nem do lançador. Pelo jeito alvos além de 2,5 km só poderão ser atingidos no modo “loft”, com trajetória parabólica.
Vamos esperar pra ver.
Um abraço.
Valew Bosco.
Agora entendi porque o SS-1.2 da mectron é de geração inferior, que tem que ficar iluminando o alvo. Mas antes isso do que nada!!
abraço
Souzat,
Como o Bosco ja citou, a infantaria acompanha e protege a cavalaria dessas ameacas no que e chamado de “Combined Arms”. Alias essa e uma das muitas razoes pelos quais os russos foram derrotados em Grozny, mandaram seus tanques dentro de uma cidade sem apoio mutuo da infantaria.
SF!
“ps: pequeno comentário anti-americano, os USA vendem os C-17 e os javelin para a india, q competem com o paquistão, q comprou “2.769 TOW-2A, mísseis pesados anti-blindagem, dos EUA.”
Isto demonstra(Nos da direito/justificativa) como podemos fazer o mesmo…….
“Isto demonstra(Nos da direito/justificativa) como podemos fazer o mesmo…….”
Com eles…….
Sou fã desse missil ,,,,,,
uns 1000 para o Brasil …
Marine disse: 17 de agosto de 2010 às 22:04 Marine, interessante você mencionar o conceito de “combined arms”. O grande segredo da doutrina de Força Terrestre moderna é gerenciar o avanço/recuo combinado das três armas combatentes. Mas tenho para mim que as únicas formas de uma Força Terrestre aprender a lidar com tal gerenciamento é o treino entre unidades combinadas e, principalmente, a prática (o que faz a gigantesca, a incomensurável diferença entre um exército veterano e um que ainda não viu combate). No caso da infantaria/cavalaria no conceito de armas combinadas, a primeira não deve ficar tão longe que… Read more »
Penso que no caso russo na Chechênia o que houve foi total amadorismo de um exército que nunca tinha visto guerra.
Com efeito, mandar cavalaria isolada, para dentro de uma cidade, contra um inimigo determinado e com conhecimento do terreno é uma patetice sem tamanho. É pedir para perder tanque.
Sds.
Será que não dá para criar um Phalanx para um tanque ?? Para ele pegar o missil antes de chegar até ele ?
E ainda por cima,mandaram recrutas inexperientes nos tanques que viraram alvos fáceis para os separatistas Chechenos nos altos dos prédios.Lembro-me de uma foto de um soldado russo carbonizado dentro do tanque. Lastimável!!
Vader, Combined Armas e isso mesmo que vc citou. Pra nos isso e tudo pratica durante os CAX (Combined Arms Exercise) em 29 Palms, ja no Army se faz no NTC (National Training Center). Nao sei como e feito ai no Brasil e principalmente no CMS, mas fico ate curioso em saber. Com relacao aos russos, foi tamanha cagada que nao sei se e amodorismo, subestimar o inimigo ou simples falta de bom senso mesmo… Infelizmente uma pagina triste na historia daquele exercito e uma grande perda de vidas e material. Com relacao a materia, continuo achando a dotacao de… Read more »
marine, e precisa ser russo agora =D?
Angelo nao entendi….
b0om, primeiro a russia já saiu do socialismo, então não tem mais exército vermelho soviético.
segundo, se é pra ser vermelho, teria q ser da china =D
desculpa os erros de português
considerando q a china tem 28 milhões nas forças armadas deles (ou só no exército, num país como o deles, não duvido mais nada), pode ser q invadão com 200 divisões =D
ps: quantos tanques tem numa divisão americana e numa brasileira?
Angelo, Estava sendo sarcastico e me referindo ao exercito sovietico da 2GM com suas mais do que 200 Divisoes. Nenhum exercito do mundo tem isso hoje e nem tao pouco a China tenha 28 milhoes no seu exercito ativo hoje hehehe… Ja com relacao a sua pergunta, depende de que tipo de Divisao voce se refere. Uma Divisao como a 1st Armored ou a 1st Cavalry tem mais de 300 tanques M1 Abrams cada. No Brasil eu nao sei te dizer ja que pelo que sei sao todas chamadas simplismente de Divisao de Exercito e sao todas diferentes umas das… Read more »
Wagner, Hoje o conceito de “proteção ativa” para tanques está sendo muito explorado e há várias tecnologias disponíveis. Em filosofia, os sistemas de proteção ativas (APS) são muito parecidos com o Phalanx, onde há o alerta do lançamento de uma arma antitanque, há o alerta de aproximação de um projétil antitanque, há o rastreamento desse projétil e há o lançamento de um dispositivo que irá interceptar esse projétil a poucos metros do veículo de combate antes de atingi-lo. Os russos e israelenses foram pioneiros nesses sistemas, mas hoje, grande número de países estão desenvolvendo ou já os possuem, e cada… Read more »
bom, tá aí uma matéria pra um próximo post, “Comparativo de poder de fogo: tanques brasileiros vs. tanques americanos”
nem vamos comparar, mas, como já tão botando fuzil novo e não vamos poder mais criticar o FAL de velho, vamos zoar os tanques rsrs
mas falando sério, podiam fazer uma matéria sobre os tanques usados pelo EB atualmente.
a ultima matéria sobre algo do assunto foi aquela do Osório, que nem chegou a ser feito pro exército, se não me engano
Ficionando as coisas esses Javelins destruiriam todos os nossos mbt’s rsrsrsrs não sobraria um se quer =/ medo.
E pensar que a índia fala de milhares de mísseis enquanto o brasil pena com seus 127 carl gustav 1500 At-4 descartaveís 20 Milan e 15 Erynx e 6 MSS 1.2 em desenvolvimento desde os anos 80.