Sergio Leo

Por pouco o Brasil não conseguiu uma vitória diplomática na reunião de ministros de Relações Exteriores da União das Nações da América do Sul (Unasul), na semana passada, convocada para tratar da crise entre Venezuela e Colômbia, após a denúncia colombiana de que a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia encontram abrigo em território venezuelano. “Por pouco”, na verdade, é um eufemismo, já que o obstáculo à vitória diplomática brasileira, embora isolado, atende pelo nome de Hugo Chávez.

A resistência da delegação venezuelana, na última hora, em aceitar um acordo entre chanceleres frustrou o esforço para transformar o encontro em um sucesso diplomático da Unasul, e deixou apenas um vitorioso, até agora: o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe, que sai do governo nesta semana com fama de duro contra a guerrilha e narcotráfico, além de ter iluminado com holofotes berrantes o problema do trânsito multinacional das Farc. Não há, agora, agenda possível entre Chávez e o novo presidente colombiano, Juan Manuel Santos que não inclua publicamente o combate à guerrilha na fronteira.

Em Brasília já se dizia que não haveria solução para a crise diplomática antes da posse de Santos, nesta sexta-feira. Mas, antes da intervenção de Caracas, a Unasul caminhava para a solução defendida pelo governo brasileiro, comentada dias antes pelo assessor presidencial Marco Aurélio Garcia: seria divulgada uma declaração anunciando a futura criação de mecanismo conjunto de fiscalização da fronteira Colômbia-Venezuela.

Esse mecanismo reprimiria o trânsito – frequente em toda região amazônica – de contrabandistas, narcotraficantes ou guerrilheiros. Já há até um modelo notável desse tipo de cooperação: a atuação das polícias e forças armadas da Colômbia e Equador, na fronteira, que fechou passagem às Farc por lá. Exemplo notável, porque Equador e Colômbia também já romperam relações diplomáticas por um episódio dramático: em 2008, a Colômbia invadiu território do Equador, matou dirigentes da Farc acampados próximos à fronteira e coletou computadores e documentos ricos em informações da guerrilha.

A pragmática violação do direito internacional foi proveitosa a Uribe: apesar da condenação unânime no continente pela agressão armada a país vizinho, provou que o Equador acolhia guerrilheiros colombianos e forçou o governo equatoriano, após alguns meses de crise diplomática, a colaborar mais ativamente na repressão às Farc. A Venezuela, hoje, debate o temor de que a Colômbia se veja tentada a repetir uma ação do gênero em território venezuelano, com consequências imprevisíveis – especialmente quando o governo Hugo Chávez, à beira de eleições locais e às voltas com dificuldades na economia, usa a alegada ameaça do inimigo externo para acusar oposicionistas de traidores.

A crise entre Equador e Colômbia em 2008 foi resolvida com ajuda da Unasul, que aproveitou para criar o ainda não testado Conselho de Defesa dos países da região, algo inédito por excluir interlocutores de fora do continente, como os Estados Unidos. Ajudou bastante, também, a necessidade do presidente Rafael Correa de provar que, ao contrário do que insinuavam documentos achados nos computadores das Farc, seu governo não era aliado da guerrilha. A reunião de chanceleres da semana passada poderia servir de mais uma demonstração da capacidade dos países da região para resolver seus problemas sem interferência externa.

Chávez já foi consultado antes pelo governo brasileiro sobre a criação, para a Venezuela, de um mecanismo semelhante ao do Equador e ao da Colômbia. Desconversou. Havia a expectativa, em Brasília, que, dessa vez, aceitasse a saída diplomática – que também seria uma solução factível para as escaramuças de fronteira. Aparentemente, o ministro venezuelano das Relações Exteriores, Nicolás Maduro, que havia discutido o tema em Brasília, chegou a insinuar que aceitaria a proposta; mas, após consultas a Caracas, rejeitou o documento conjunto e a reunião acabou apenas com uma declaração verbal dos equatorianos resumindo “pontos de comum acordo”.

Chávez perdeu uma oportunidade de mostrar engajamento no combate ao trânsito da guerrilha sobre as porosas fronteiras amazônicas. O Brasil perdeu a chance de mostrar a utilidade da Unasul na solução de conflitos regionais. E a Colômbia teve uma vitória moral: ressaltou a necessidade de maior ação dos países vizinhos no combate às Farc em seu território, deixou a Venezuela na defensiva e facilitou a atuação do presidente Juan Manuel dos Santos, que toma posse nesta sexta-feira com declarações conciliatórias de aproximação com a Venezuela e de negociação com a guerrilha.

No governo brasileiro, autoridades importantes acreditam que Uribe quis sabotar a anunciada intenção de Santos de reatamento com Chávez. Tudo indica que acontecerá o contrário, a denúncia de Uribe sobre as Farc na Venezuela deixou Santos em excelente posição para obter apoio dos vizinhos na luta contra a guerrilha. Desejar uma saída razoável dos impasses na Colômbia é torcer pelo êxito do novo presidente.

FONTE: Valor Econômico – 02/08/2010

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Vader
Vader
14 anos atrás

Caramba, como a imprensa brasileira doura a pílula quando é pra falar do Itamaralívia não?

O texto começa com “Por pouco o Brasil não conseguiu uma vitória diplomática”. Ou seja:

O BRASIL PERDEU!!! DE NOVO!!!

Vamos falar português claro, Imprensa! Mostra tua cara, Imprensa!

No mais, eu já sabia, hehehe… Já tinha “dado a fita” a uma semana que essa reunião da tal UNASUL seria um fiasco, como sempre.

É um fiasco porque não passa de uma reunião de bolivarianos de m., que só serve para ouvir os patéticos discursos retóricos dos perfeitos-idiotas latino-americanos. Como é um bando de índios, funciona como uma taba de índios: todo mundo fala, todo mundo retruca, mas FAZER algo que preste NADA!

E depois acham que o continente pode prescindir de alguém pra “botar o pau na mesa” de verdade, papel que invariavelmente o único que tem a coragem de cumprir é o Tio Sam.

Quanto ao Palhaço de Caracas, nada de mais: ele apenas mostrou de uma vez ao mundo que sua intenção é continuar provocando a Colômbia, ao fornecer valhacouto na Venefavela para os narco-terroristas. É tão terrorista quanto estes, se não mais.

Sds.

MA
MA
14 anos atrás

Peraí Vader, se fosse do jeito que você está falando o problema teria vindo do não compromisso do governo Colômbiano, mas foi o contrário.
Ou estou enganado? A informação que você está dizendo não é sequer uma interpretação da matéria, é algo diferente.

ALDO GHISOLFI
ALDO GHISOLFI
14 anos atrás

O Brasil perdeu uma bela oportunidade de ficar quieto. Nosso líder PERDEU mais uma e, neste caso, graças ao onipresente toptop e o Chávez, que não quer sair da mídia e deixar de ser o centro das atenções desta patriotada. O parceiro de nosso líder, o muy amigo do Irã mandou seu recado; o Chávez idem.

Vader
Vader
14 anos atrás

MA disse:
3 de agosto de 2010 às 19:58

Não entendi o que vc quis dizer MA, sorry.

J. Claro
J. Claro
14 anos atrás

Não há como negar os feitos positivos da atual administração federal, mais essa política externa
anda cambaleando. Torço para que a próxima administração tome um rumo diferente perante regimes
inimigos da democracia. Até por que,eu sempre escutei
os esquerdistas sentarem o porrete na ditadura militar. Ai eu pergunto, existe ditadura boazinha?

Pinochet74
Pinochet74
14 anos atrás

A solução apresentada pelo Brasil até que era boa, mas faltou combinar com o palhaço de Caracas, assim como faltou combinar com o Adolfinho iraniano, resultado, passamos vergonha . Tem gente que confunde diplomacia independente com o apoio a qualquer tiranete que se diga anti-americano- dá nisso.

Antonio M
Antonio M
14 anos atrás

LuLLA, Amorin, Marco Aurélio TOP TOP Garcia etc, são um bando de fanfarrões!

Fora!

alex
alex
14 anos atrás

Este comentário seu Vader, deixa bem claro o que vc pensa dos idios, ou seja dos Brasileiros tbm as vezes lendos seus comentários me pergunto será que vc não é americano?? Eles pensam assim de nós tbm….

Foi muito proveitosa a reunião dos lideres e tenho certeza que uma solução será dada, uma pena estas bases americanas na colombia, isso do ponto de vista Brasileiro, pq muito colombiano deve ter sido subornado pra isso e deve estar ainda sendo…

Nunca ouve tanta confusão aqui como esta tendo agora que os americanos estão por lá!

A lista das confusões só aumenta…

Freire
Freire
14 anos atrás

É perdeu de novo, Marco Aurélio, Amorim, Lula,fanfarrões de lanterna de cinema,esqueceram de ensaiar com o bufão chapolim colorado Chaves, rssssss. é para dar risada mesmo. até quando meu Deus……….

Brasil acima de Tudo.

Vader
Vader
14 anos atrás

alex disse:
4 de agosto de 2010 às 9:27

Alex, vc já ouviu falar na expressão “muito cacique pra pouco índio”? Sabe de onde e porque ela surgiu?

Do fato de que, como o indígena (adulto do sexo masculino) não reconhece autoridade alguma (anarquismo real?), todo índio é um morubixaba. Ou seja: na sua taba, todo índio é um chefe.

O que resulta no fato de que reuniões entre índios são pouquíssimo produtivas, na medida em que discute-se discute-se, todos falam ao mesmo tempo sobre tudo, mas jamais chega-se a resolução alguma, e no final cada um faz o que quer.

Excesso de democracia vira anarquia (nada contra, mas é ótima apenas para quem quer viver isolado e pelado no meio do mato).

A crítica à UNASUL é essa: não tem liderança, na medida em que o único que poderia exercê-la é o Brasil, mas a “diplomacia” (modo de dizer) do Itamaralívia é, a um lado, tíbia (pois se subordina a um pulha como Hugo Chavez e a interesses extra-continentais dos ditadores Castro) e errática (porque a autoridade – Lula – é errática) e, por outro lado, simplesmente incompetente (como o chefe).

A tal da UNASUL é e continuará sendo completamente ineficiente, inócua e incapaz de tomar resolução alguma, em primeiro lugar por seu viés ideológico bolivariano, conivente com a exportação de “la revolucion” no continente, o que a torna conivente e complacente com as FARC, e em segundo lugar, e acima de tudo, porque o Brasil, através do Itamaralívia é INCAPAZ de exercer a sua liderança natural, por medo de ferir os sempre sensíveis egos de seus amiguitchos bolivarianos; por uma vontade suprema, bem ao caráter de seu “comandante” (Lula) de “sempre ficar bem com todo mundo”, o que evidentemente quase nunca é possível.

A Pindorama do Itamaralívia é INCAPAZ de fazer como o Tio Sam faz quando percebe que está virando “zona”, está virando uma reunião de índios: botar literalmente o porrete na mesa e dizer: “será assim porque eu quero que seja e boa”!

Facinho de conquistar um continente assim né? Os portugueses e espanhóis aprenderam essa lição rapidinho, há muito tempo atrás (dividir para conquistar). Os latrino-americanos (e isso nos inclui) não aprenderam até hoje que “onde há muitos chefes todo mundo manda e ninguém obedece”.

No mais não sou americano não, sou bem brasileiro e adoraria ver meu país “caindo pra cima” dessa cucarachada toda, mas depois de oito anos (ou 16, se preferir) já percebi que não irá rolar com a “esquerda” no poder.

E estou velho demais para ficar com utopias cretinas: a ess altura da vida prefiro enxergar as coisas como elas são, e não como gostaria que fossem.

Sds.

#Wagner
#Wagner
14 anos atrás

A Unasul nao dá certo porque ela retira o brilho de Chavez. e este, dependente de popularidade, tem que ser do contra para se sustentar no poder.
Nao sei se foi uma derrota chavista total, pois o Chavez vive dessas polemicas.
Mas eu ja o considero carta fora do baralho: a crise economica venezuelana vai acabar derrubando-o. O Bolivarianismo ( que de socialismo em si nao tem nada) vai afundar em alguns anos.
Bom, podemos dizerm tal como eu comparei meses atras o FX, o bolivarianismo está igual ao Bismarck : ultimos momentos atirando erraticamente…afundando.
Chavez vive de polemica. E de petroleo. Mas ele vai cair, e a Unasul talvez volte a funcionar.
Nao dá para ter paz na America do Sul com Uribe que tambem gosta de umas polemicas, e com Chavez falando asneiras o tempo inteiro…
Na verdade eu ta estou enojado desses dois. Os seus povos merecem politicos mais serios…

Rafael
Rafael
14 anos atrás

Agora para fechar com chave de ouro o nosso fiasco diplomatico, essa crise sera resolvida diplomaticamente pelos EUA ou um pais escandinavo, com o aval da ONU, ou militarmente por vocês sabem quem, com os mesmo aval da comunidade internacional.

Wellington Góes
14 anos atrás

Tem cada comentário que é de uma estupidez atroz, acham que política externa só se faz de um tipo e só se resolve de uma única vez, tem muita gente que ainda tem que aprender e muito, fazer o que, isso quase nunca era debatido por essas bandas, os antigos mandatários brasileiros sempre foram de ficar encima do muro. O pior é que ainda tem gente que acha que este é o melhor dos mundos. “O mundo é feito pelos que tomam iniciativa, certa ou errada, os outros vêem a reboque!”

Até mais!!!

Soldier
Soldier
14 anos atrás

Vamos aos fatos:

1 – Este governo TEM SIM simpatia por Chaves, Rafael, Evo e os irmãos Castro e isso está afetando sériamente a imagem da política externa do Itamarati em relação a outros líderes das Américas e em outras partes do mundo.

2 – Para não contrariar os Bolivarianos e tental acalmar os ânimos de Uribe (presidente da Colômbia), o Itamarati junto com o ASPONE Marco Aurélio Garcia (este sim notório Bolivariano) tem feito o Brasil somente passar VERGONHA no cenário internacional. Primeiro foi Bolívia (Petrobras), depois Equador (Construtoras), logo depois Honduras (o presidente Bolivariano Golpista), mais a frente Irã (“mui amigo”), e agora Venezuela e seu ditador desastrado.

Concluindo:

O este continente precisa de uma Liderança de verdade que faça o que tem que fazer e não ficar jogando para a torcida político-partidária-ideológica. Os interesses do Brasil e de seu povo devem permanecer acima de qualquer coisa e qualquer outro país. Até agora este governo chama FHC de entreguista más o que ele fez com as nossas empresas na Bolívia e no Equador? E os 4 bilhões que anualmente o Brasil “perdoa” de países devedores de nossa nação? Isso é uma vergonha! Basta! Chega!

Precisamos assumir de vez nosso papel pelo menos aqui na América do Sul como potência de peso não só econômica más militarmente também! Assim poderemos mostrar os dentes e decidir essas contendas entre os países do continente sem ingerência externa. Se não fizermos isso como poderemos querer um assento na ONU se nem ao menos conseguimos resolver problemas no nosso quintal? Oras bolas, francamente!

Essa tal de UNASUL só funcionará se formos uma nação forte econômica, social e militarmente! Estes tres pontos são ligados entre si e este governo não vê nada disso, achando apenas que Lula “the guy” vai resolver tudo com a sua popularidade e sua política externa de “sem resultados”.

A OTAN existe porque os EUA são a nação líder nesta organização. Se a UNASUL quiser realmente existir DE VERDADE o Brasil deve logo assumir este papel ou acabar de uma vez por todas com essa FARSA!

É o que eu penso.

MA
MA
14 anos atrás

Vader, quis dizer exatamente o que foi colocado pelo colega Pinochet. A “simpatia” que nosso governo tem pelo Chaves e vice-versa é tão grande que conseguimos progredir mais com os Colombianos que com os “pseudo-aliados”.

O que eu quero dizer, no fundo no fundo é… Essa “aliança” serve nada mais para agradar uma parcela populacional específica, porque de efetiva não tem nada.

Tito
Tito
14 anos atrás

Temos um governo de frouxos, focas amestradas prontas a bater palmas a tudo que qualquer ditadorzinho de meia pataca disser (Chapolin, Quadrilha Castro, Fuhrer Ahmadinejad…).

Se você acha que ser contra essa atitude é renegar o ser brasileiro giap, então vá se tratar, o tratamento vai ser longo e se não der resultado podemos providenciar sua internação. ENTREGUISTA.

Tito
Tito
14 anos atrás

Sou BRASILEIRO e não bolivariano, cucaraço e afins.

Tito
Tito
14 anos atrás

Cara, não sei o porque da bronca, só te estou oferecendo tratamento. 🙂

” E outra ser chamado de entreguista por você, que não passa de um vira-lata do Tio Sam, é um grande elogio.”
Ser chamado de vira-lata do Tio-Sam por você é maravilhoso, pois ai sei que vou totalmente contra sua ideologia defasada e burra, não sou capacho do Chavito e de quem mais estiver de vermelho, não sou sem pátria, cidadão da socialista internacional… 8)

“Se não gosta da minha opinião peleo menso a respeite”
Fora o erro grosseiro de português, você respeita a dos outros? hehehe

“De brasileiros como você, o Brasil não precisa!”
Cara disso eu não sei, sei que quem precisa de mim é a minha familia e o governo do Brasil a quem eu pago mensalmente impostos cujo valor faria pessoas como você sonhar acordado. Quanto a você…
…de brasileiros como você que o lula precisa. 😉

Pinochet74
Pinochet74
14 anos atrás

Quem diria eu estar falando isso, mas com quarenta anos nas costas a gente aprende algumas coisas:

-Be cool boys!Não desandem as coisas, um embate pode até ser agressivo, sarcástico ou apaixonado, mas temos que medir até que ponto…. além disso acabamos nos arrependendo depois do que possamos falar a mais.

Tito
Tito
14 anos atrás

Pinochet74 disse:
4 de agosto de 2010 às 23:10

Valeu cara, mas eu só estou me divertindo dando corda pro giap. 🙂
Não esquento nem um pouco com o que ele posta.

Só fiquei preocupado com o lance da minha familia estar perdida, vou fazer uma reunião familiar hoje mesmo e deixar todo mundo falar o que sente, quais são seus bloqueios, suas aflições, etc… heheheh

Abs

Guto
Guto
14 anos atrás

A internet e seus flame wars uhahua 😀

Sobre essas reuniões eu concordo com o Vader. Se não tiver uma liderança firme para colocar todos nos seus lugares não serve de nada.

Requisitos para ser uma potência mundial:

1 – Ter bons porretes
2 – Saber usar esse porretes
3 – Ter condições de construir e manter vários porretes.

Esse negócio de querer levar só na saliva é furada. Na minha hulimde opinião de leigo temos mais o que fazer internamente do que ficar se metendo nos assuntos dos outros.