Obama anuncia fim da guerra no Iraque ‘no prazo’
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou nesta segunda-feira que a guerra do Iraque se aproxima do final “como prometido e no prazo”, comemorando o que ele chamou de um sucesso de seu governo, que ocorreria em meio ao persistente instabilidade e incerteza no Iraque. Obama citou o progresso para cumprir o prazo final de retirar todas as tropas de combate do Iraque até o final de agosto. Numa lembrança da situação muito instável no Iraque, ataques a bombas e disparos de armas de fogo mataram 12 pessoas nesta segunda-feira.
“A dura verdade é que nós não vimos o final do sacrifício norte-americano no Iraque”, disse Obama aos veteranos, em discurso na convenção nacional dos Veteranos Americanos, que reúne soldados que foram mutilados na guerra. “Não se enganem: nosso comprometimento com o Iraque está mudando, passando de um esforço militar liderado por nossas tropas para um esforço civil conduzido por nossos diplomatas”, afirmou o mandatário.
O anúncio de Obama vem à tona em um momento no qual a situação no Iraque parece voltar a se deteriorar. O governo norte-americano vem prometendo há dois anos um fim responsável para a guerra no Iraque, atualmente em seu sétimo ano. No entanto, julho foi o mês com mais mortes relacionadas ao conflito em mais de dois anos, segundo números oficiais divulgados pelo governo iraquiano no fim de semana. Ao mesmo tempo, o país árabe encontra-se sem um governo efetivo desde as eleições gerais de março, que terminaram sem um vencedor claro. As diferentes facções políticas do país ainda não conseguiram um acordo para a formação de uma coalizão.
Os EUA manterão uma força de 50 mil soldados no Iraque, a qual deverá ter como missão o treinamento das tropas iraquianas. Sob um acordo negociado em 2008 com o governo iraquiano, todas as tropas dos EUA deverão deixar o país do Oriente Médio até o final de 2011. Há cerca de 65 mil militares norte-americanos atualmente no Iraque. Quando Obama assumiu a presidência, em janeiro de 2009, os EUA tinham 140 mil soldados no Iraque. Em 2007, durante a presidência de George W. Bush, os EUA chegaram a ter 167 mil soldados no Iraque.
FONTE: Estadão
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Obama faz o certo: se livrar de uma guerra injusta, movida por uma besta de presidente, com base em uma mentira, embora seja inegável que, no fim das contas, o mundo ficou muito melhor sem Saddam e sua corja de genocidas montados no rico petróleo iraquiano.
Que os iraquianos agora aprendam a caminhar com as próprias pernas. É um país rico, habitado por um povo educado e de tradições milenares. Terão de sair do atoleiro em que Saddam os meteu. Tem dinheiro e recursos humanos o suficientes para isso. Ou então, merecem desaparecer como nação unida.
Quanto aos americanos, a missão deles está mesmo é no Afeganistão. Lá sim é que ou a civilização vence a barbárie, ou a civilização vence a barbárie. Não há meio termo nem outra hipótese.
Por fim, a saída do Iraque favorece de várias maneiras um ataque cirúrgico às instalações nucleares e governamentais do Irão, ataque este que já passou da hora. Tic, tac, tic, tac… 🙂
Sds.
Isso só significa uma coisa, vão começar outra guerra em outro lugar e sempre será assim, sustentar duas frentes é muito caro, não por causa do material empregado mas por causa dos homens perdidos nela. E haja motivação.
Além do mais a indústria de armas exige outra guerra.
As motivações: nazismo, facismo, comunismo, democracia, etc.. Motivo mesmo é dinheiro. E haja motivação.
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Fora os golpes, operações clandestinas , etc.
O problema é que o Iraque esta sem um lider que o represente em sua maioria, Foi facil livrar-se do saddam quando este não era mais util(e até concordo em certo ponto),mas a vida dos Iraquianos continua muito complicada não vejo um futuro promissor a curto e medio prazo.
Claro que um mundo sem Sadam e seu filhos é melhor, não resta dúvidas. Mas lembrem-se de uma coisa, os mesmos “governantes” do atual Iraque são os mesmos que apoiavam Sadam, bem como para o povo do Iraque a guerra continua e pior. Certamente o Iraque caminha para uma situação um pouco semelhante apos a retirada dos Sovieticos do Afeguinistão: uma quase guerra civil, onde o norte quer sua independencia, o Sul é xiita e não olha com bons olhos o governo de Bagda e no centro onde reside os Sunitas os mesmos governantes da era-Sadam estão no poder.
Assim fica a pergunta: para que mais de 30 mil ou 50 mil iraquianos morreram, juntamente com quase 5000 soldados seja dos EUA ou de seus “aliados” nessa guerra? O Iraque esta melhor? Não, definitivamente não, pois na época de Sadam, por mais cruel e vil que ele fosse o país não estava em guerra civil e com indices de violencia tão alto. Alem disso, o que a morte desses 4500 americanos representaram para o seu país, EUA?Democracia? Uma democracia que o mundo inteiro viu um processo eleitoral pifio e patife de tão corrupto e desonesto?
Mais de 4000 familias americanas estão em luto, fora as 20 mil familias que tiveram membros delas com ferimentos fisicos e psicologicos pra que? Simplesmente para garantir o lucro para a industria da arma, do petroleo e eleitoral! Se eles tinham vergonha do Vietnã agora tem mais uma para se envergonhar.
E olha que o Afeguinistão está indo para uma direção pior ainda!
Nessas horas que é bom ser brasileiro, por todos os defeitos nossos, não fazemos esse tipo de idiotice e imbessilidade!
May we come home with our heads held high, with the satisfaction of guaranteeing a brighter future of self-determination to the people of Iraq. May we never forget our fallen comrades for they made the ultimate sacrifice, selflessly paying the highest of prices to a nation and people unfamiliar to them.
War IS an ugly thing, but as long as nations and leaders exist that detest freedom, sometimes it is the only way to secure a lasting peace. Most leftist anti-war protesters and pundits don’t understand this. They state that this use of force is always unnecessary — that war, ANY war, is never good. Some of them, born into the luxury of American freedom, believe that liberty can exist passively, that somehow the world’s natural state will always settle into utopian harmony. Others, in an attempt to absolve themselves from the unearned guilt they harbor living in a nation of prosperity and wealth, try to buy morality on the cheap by pronouncing themselves for the ‘good’. To them, the derivation of the ‘good’ is based on a simple, yet peculiar standard: the powerful and competent are wicked, while the feeble and impotent are innocent – regardless of the context.
Semper Fidelis!
Pedro disse:
3 de agosto de 2010 às 11:45
Pedro, só uma correção: os atuais dirigentes do Iraque não são os mesmos da era Saddam. Pelo contrário, o grande problema é que a minoria sunita do Iraque perdeu muito espaço no novo governo e não se conforma que xiitas e curdos, antes caçados e discriminados pelo Baath, tenham espaço decisório no país.
Sds.
Resolvido o Iraque, teremos uma enxurrada de soldados americanos no Afeganistão…
Será que com esse aumento de contingente as foras americanas vão conseguir findar a guerra do Afeganistão?
Qual o próximo passou, Irã ou Venezuela?
“os atuais dirigentes do Iraque não são os mesmos da era Saddam”
> Os membros de alto escalão não, mas membros de esferas mais baixas ou de nivel médio são pessoas ligadas ao governo de Sadam e ao seu partido.
Alem disso, a resistencia ao exercito americano que era forte, só diminuiu depois de que os mesmos foram aceitos no governo iraquiano, e esses guerrilheiros eram em sua grande maioria pertencentes ao partido de Sadam Hussein ou ligados ao seu governo. Esse foi o motivo para a grande queda de baixas de soldados americanos. Hj somente alguns militantes ligados a Al Qaeda que estão fazendo algum barulho/crimes lá.
“o grande problema é que a minoria sunita do Iraque perdeu muito espaço no novo governo e não se conforma que xiitas e curdos”
> Sim, e quando não tiver mais tropas estrageiras que impessam a expulsão de um ou dois desses do poder, a violencia tomara conta da região. Os sunitas não aceitarão ceder espaço a curdos e xiitas e esse ultimo não aceita o governo com mais força e representatividade dos Sunitas. Os Xiitas tem um exercito pronto e armado esperando apenas a saida das tropas americanas para tomar o poder no país, coisa que os Sunitas não aceitarão.
Os Curdos agora com essa decisão infeliz da ONU da não-ilegalidade da independencia do Kosovo, irão fazer o mesmo no Norte, principalmente se o Iraque estiver dividido e fraco. Quando fizer isso, os Curdos do Curdistão Turco o acompanharão e irá levar a Turquia a reações diversas, seja uma intervenção interna no seu territorio (e provavelmente violenta) ou tambem no territorio Iraquiano.
Sadam Hussein para o Oriente Médio era um mal necessário, para evitar os problemas que surgiriam no Iraque sem ele. Ele impedia que essa população Xiita iraquiana virasse o Iraque para o lado do Irã xiita, trazendo a revolução Islâmica a porta da monarquia corrupta da Arabia Saudita, bem como impedia os ansejos dos Curdos por uma nação. Esse foi o motivo para em 90 não o derrubarem e por mais de 10 anos nada fazerem com ele.
Até o dia que o “Cowboy” teve que entrar em ação, se achando o Chuck Norris!
Sendo bem pessimista…
No exato momento em que último soldado americano sair do Iraque, explode uma guerra civil.
Como consequências dessa guerra, o sul do país vai virar um estado Xiita. Os curdos terão o seu país, ao norte.
E os sunitas ficarão com a parte central do país, porém vão viver em conflito constante entre os líderes tribais e religiosos.
Em resumo, o Iraque como nação que conhecemos, não dura mais dez anos.
Concordo plenamente com os últimos comentários, mas faço um adendo quanto ao Curdistão- o povo curdo foi alvo de um imperialismo que é pouco citado nos dias de hoje devido a praga do politicamente correto, que é o imperialismo turco-otomano – não é possível esquecer os massacres provocados pelos turcos como o genocídio armênio (pelo qual a Turquia nunca se desculpou), a limpeza étnica contra os gregos anatolianos que lá já estavam a milhares de anos, ídem contra os cristão aramaicos e depois contra os curdos- mais de 200.000 curdos já foram mortos pelos turcos nos últimos 30 anos, mas devido a guerra fria e os interesses americanos na detente soviética, foi feito vistas grossas para tal, e o mesmo ocorreu após a queda da URSS, quando da invasão do Kwait os ocidentais ficaram caladinhos para a perseguição dos curdos pela Turquia e seu papel criminoso recusando-se a receber os refugiados curdos do norte do Iraque quando da repressão dos mesmos por Saddan, resultando na morte por frio e inanição de dezenas de milhares, principalmente crianças. Se a NATO , a União Européia e a ONU tivessem vergonha na cara já teriam recusado a Turquia até a mesma reconhecer o direito dos curdos a um país, tal qual se faz contra Israel para criar um estado palestino.
Pedro disse:
3 de agosto de 2010 às 15:36
“Sadam Hussein para o Oriente Médio era um mal necessário, para evitar os problemas que surgiriam no Iraque sem ele. Ele impedia que essa população Xiita iraquiana virasse o Iraque para o lado do Irã xiita, trazendo a revolução Islâmica a porta da monarquia corrupta da Arabia Saudita, bem como impedia os ansejos dos Curdos por uma nação. Esse foi o motivo para em 90 não o derrubarem e por mais de 10 anos nada fazerem com ele. Até o dia que o “Cowboy” teve que entrar em ação, se achando o Chuck Norris!”
Vc me desculpe meu caro Pedro, mas achar que era melhor o Iraque com Saddam do que sem, não dá. Sinto muito, reveja suas posições.
Saddam Hussein era um monstro genocida e a ditadura do Baath uma podridão total, que não exitava um único segundo em chacinar populações inteiras com armas químicas, ou meter o país inteiro em sucessivas e ridículas guerras que não poderia vencer, para satisfazer unicamente os desejos sanguinários do “Grande Líder”.
Lamentável não foi o “cowboy” ter se metido: lamentável foi o mundo civilizado não ter feito nada antes… Nesse aspecto, sou “cowboy” até o final.
Ah, os curdos querem se separar? Ótimo ora, perfeito, se eles acham que serão mais felizes assim, go ahead: é um mundo livre (já ouviu falar de autodeterminação dos povos? Está na nossa Constituição Federal…). Mas acho que no fundo será um mal negócio para eles já que a maioria do petróleo está no sul…
Igualmente os xiitas, sem os sunitas serão invariavelmente incorporados à ditadura teocrática do Irão. E poderão vir a achar as mãos dos aiatolás bem mais pesada que a de Saddam ou “duzamericanu”…
O que quero dizer é: o Iraque tem uma chance única de se tornar um país livre, democrático e unido no meio de um mar de desunião e fundamentalismo. Se vai se concretizar ou não não sei (e também não me interessa), mas a oportunidade está dada.
Cabe a eles fazer algo por eles mesmos. Uma chance dessas aparece poucas vezes na história de um povo/país: o momento de reconstruir.
Sds.
Pinochet74
Você está certo ao falar sobre o problema dos curdos com a Turquia.
Inclusive, se não me engano, já li em algum lugar algo sobre os turcos afirmarem que jamais aceitarão um país curdo em suas fronteiras. Ou seja, vai dar problema na certa.
Sobre o resto, só uma coisa a falar: Os turcos são piores que os talebãs…
Os EUA estão treinando e equipando as tropas iraquianas da melhor forma possível, em breve veremos
as forças de segurança do Iraque prontas para atuar contra os terroristas .
Se tudo der certo como planejado pelos yankes, poderemos ver pela primeira vez um país árabe realmente democrático e economicamente estável no Oriente Médio.
Só não sei que diabo de retirada é essa em que vão ficar ainda 30.000 soldados até 2014!!!Esse Obama está me saindo um grande bufão também, faz a coisa para a platéia ver.
Vader o que é mundo civilizado?
Dell72 disse:
4 de agosto de 2010 às 17:00
“Vader o que é mundo civilizado?”
Vamos começar assim a definição: não é o Iraque de Saddam ou o Afeganistão do Taleban… 🙂
Depois de deixar um país arrasado, sob a desculpa de levar a democracia e destruir as armas de destruir (em massa), tendo perdido 4.415 soldados e levado para casa 31.907 feridos e mutilados, finalmente eles vão voltar para casa, antes que seu império militar espansionista entre em bancarrota e vá a falência.
Estão colhendo o que semearam, como sempre.