Pseudopotência
Luiz Eduardo Rocha Paiva
General-de-Brigada, professor emérito e ex-comandante da
Escola de Comando e Estado-Maior do Exército;
Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil.
“Entre outros males, estar desarmado significa ser desprezível” (“o Príncipe” – Maquiavel)
O desfecho da iniciativa diplomática brasileira no Oriente Médio demonstrou os limites do poder de um país cuja ação na cena internacional só é relevante nos temas da área econômica. Essa limitação revela uma fraqueza que será ainda mais evidente quando entrarem em choque interesses nacionais e os dos países que efetivamente conduzem os destinos do mundo, em função da projeção desses últimos, seja em nosso entorno estratégico, seja diretamente sobre o nosso patrimônio.
Somos uma potência com pés de barro, cuja expressão mundial depende principalmente da exportação de commodities com baixo valor agregado, da prestação de serviços por algumas empresas e instituições e do atrativo mercado interno. Relevância econômica, mas não militar. Há um desequilíbrio interno fruto da indigência bélica; da debilidade nas áreas de educação, indústrias de valor estratégico, ciência, tecnologia e inovação; da crise de valores morais; e da falta de civismo. Desse quadro, emergem graves vulnerabilidades para enfrentar os conflitos que se avizinham.
O mundo ficou pequeno e a América do Sul (AS) é um dos principais palcos de projeção da China, a ser seguida da Índia e da Rússia. O Brasil terá sua liderança regional ameaçada não só por esses novos competidores, pois os EUA intensificarão a presença na AS, a fim de não perder espaços estratégicos para poderosos rivais arrivistas. A China passa a ser diretamente interessada na exploração dos recursos da AS – agrícolas, minerais, hídricos, e outros – incluindo, logicamente, os da Amazônia. Será menos arriscado China, Rússia e Índia unirem-se aos EUA e UE para impor limites à soberania na Amazônia e em outras regiões, visando condições vantajosas no aproveitamento de seus recursos, do que entrarem em conflito entre si. Atrás da projeção político-econômica virá a militar, inicialmente pela cooperação, evoluindo para dissuasão e, possivelmente, para o emprego direto quando os interesses se tornarem importantes ou vitais. O Brasil e os vizinhos são os atores mais fracos e é desse lado que a corda arrebenta. A história é uma sábia mestra e a da China no século XIX, fatiada em sua soberania e patrimônio e vilipendiada pelas potências da época, mostra o que pode acontecer aqui, pois a China era, então, a nova fronteira como hoje é a AS. Os “impérios” de ontem são as mesmas potências de hoje, com algumas novas presenças como a da Índia.
A perda do Acre pela Bolívia em 1903 é um alerta ao Brasil por sua política irresponsável na Amazônia, pois as semelhanças entre o evento do passado e o presente amazônico são preocupantes, particularmente no tocante às terras indígenas (TI). A Bolívia no Acre, por dificuldade, e o Brasil na Amazônia, por omissão, exemplificam vazios de poder pela fraca presença do Estado e de população nacional em regiões ricas e cobiçadas. O Acre, vazio de bolivianos, era povoado por seringalistas e seringueiros brasileiros, respectivamente líderes e liderados, sem nenhuma ligação afetiva com a Bolívia. No Brasil, ONGs internacionais lideram os indígenas e procuram conscientizá-los de serem povos e nações não brasileiras, no que contam com o apoio da comunidade mundial. Portanto, enquanto no século XIX uma crescente população brasileira estava segregada na Bolívia, hoje o mesmo acontece com a crescente população indígena do Brasil, ambas sob lideranças sem nenhum compromisso com os países hospedeiros e sim com atores externos. Ao delegarem autoridade e responsabilidades a ONGs ligadas a nações e atores alienígenas, os governos brasileiros autolimitaram sua soberania como fez a Bolívia ao arrendar o Acre ao Bolivian Syndicate. Décadas de erros estratégicos enfraqueceram a soberania boliviana no Acre, direito não consumado, pois aqueles brasileiros revoltaram-se e o separaram da Bolívia, que aceitou vendê-lo ao Brasil.
A Amazônia brasileira nos pertence por direito, mas só a ocupação e integração farão a posse efetiva. Em poucas décadas, haverá grandes populações indígenas desnacionalizadas e segregadas, ocupando imensas terras e dispostas a requerer autonomia com base na Declaração de Direitos dos Povos Indígenas, aprovada na ONU com apoio do Brasil. Se não atendidas, evocarão a Resolução que instituiu, em 2005, a Responsabilidade de Proteger, nome novo do antigo Dever de Ingerência. Hoje, há uma forte pressão para transformar TIs em territórios administrados por índios, inclusive com polícia indígena, iniciativa que reúne atores externos e internos, estes uma quinta coluna cuja atuação atende a objetivos alienígenas. Um sem-número de TIs, com maior autonomia que os estados da Federação, comprometerão a governabilidade e a integridade territorial num país que, muitos não percebem, ainda está em formação, pois não foi totalmente integrado.
Não é que a história se repita, mas situações semelhantes em momentos distintos costumam ter desfechos parecidos, para o bem ou para o mal, se as decisões estratégicas adotadas forem similares. Do militar e do diplomata espera-se percepção estratégica capaz de identificar possíveis ameaças, embora longínquas no tempo, antes que se tornem prováveis, pois aí será tarde demais. Cabe a eles, também, a coragem de assessorar o Estado com franqueza, defendendo o interesse nacional mesmo com o risco de afrontar políticas imediatistas de governos de ocasião, que comprometam interesses vitais da Nação. Política exterior é diplomacia e defesa, e nenhuma das duas se improvisa.
No início dos anos 1990, quem alertou para a ameaça à soberania, quando a criação da reserva ianomâmi iniciou o processo de balcanização da Amazônia, foi considerado um visionário. Governos sem visão prospectiva e aptidão para avaliar riscos desprezaram a ameaça e fizeram o jogo das grandes potências, aceitando imposições que vêm criando paulatinamente, por meio de uma exitosa estratégia de ações sucessivas, as condições objetivas para a perda de soberania. Por importantes que sejam outras ameaças internacionais, esta é a mais grave. O resultado será desonroso para o país se sua liderança continuar adotando decisões utópico-internacionalistas-entreguistas, calcadas num discurso politicamente correto, mas moralmente covarde, pois não confessa que se troca soberania por interesses imediatistas ou ideológicos apátridas, camuflados sob bandeiras como a defesa dos direitos de minorias e a preservação do meio ambiente.
Assim, não se trata apenas de fraqueza militar, mas também da ausência de lideranças competentes e de estadistas que tracem políticas e estratégias capazes de limitar ou neutralizar vulnerabilidades. Ao contrário, vêm tomando decisões desastrosas, cujo resultado será a contestação e limitação de nossa soberania na Amazônia, pela via indireta, que dispensará ou reduzirá significativamente a necessidade de emprego do poder militar. Eis o resultado de não ocupar, não povoar, não desenvolver, não defender e não preservar a Amazônia, bem como de segregar ao invés de integrar o indígena aos seus irmãos brasileiros.
É lamentável a sociedade esclarecida, seus representantes e lideranças, em setores decisórios do Estado e em muitas de suas instituições, aceitarem passivamente ou reagirem timidamente à mutilação do país, avalizada por sucessivos governos. Convém ressaltar que esse cenário foi construído, desde o início dos anos 1990, a partir da ascensão ao poder da esquerda, cujos discursos demagógicos e ilusórios de defesa dos bens materiais da Nação, do meio ambiente e dos direitos humanos, de revisão da história e de mudança de valores escondem o propósito real de viabilizar a estratégia gramcista de tomada do poder, pela desagregação da sociedade nacional e o esfacelamento do Estado. É uma esquerda pseudonacionalista – internacionalista de fato – e pseudopatriota – populista de fato, que despreza a história, os feitos, as tradições e os verdadeiros heróis nacionais. Não ama a Nação, mas sim sua ideologia, e não tem uma Pátria, mas sim um partido.
Para merecer e manter um patrimônio imensamente rico como o brasileiro, onde se inclui a nossa Amazônia, é preciso não um pseudonacionalismo de bravatas, demagógico e xenófobo, mas um patriotismo real e sincero, respaldado numa vontade nacional firme, altiva e corajosa para assumir os riscos dos conflitos que virão e, ainda, lideranças legítimas, confiáveis e efetivamente comprometidas com a Nação. Sem tais atributos, países, ainda que sejam fortes e ricos, não passam de pseudopotências.
Luiz Eduardo Rocha Paiva, general da reserva, foi observador militar da ONU em El Salvador (1992-1993) e comandou a Escola de Comando e Estado-Maior do Exército (2004-2006); Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil
O texto é um primor em todas as suas premissas. Pena que a conclusão descamba para uma visão distorcida da esquerda brasileira.
É justamente essa posição de extrema direita dos nossos velhos generais, que utilizaram as armas contra nosso povo, que afastaram e ainda afastam os investimentos da Defesa de nosso país.
Lembro que a direita teve sua chance de criar um país digno para todos os brasileiros. governando antidemocraticamente durante várias décadas, não tendo moral para falar de corrupção, moral e ética.
Temos que parar com esse discurso que divide os brasileiros. Reconhecer que um Estado forte e uma economia livre é o melhor caminho para o desenvolvimento. Que a melhor solução nunca foi a ditadura do proletariado e nem o facismo, nazismo, getulismo e militarismo, mas sim a democracia, com a premiação dos bons governos e a destituição pacífica dos incompetentes e corruptos.
Brasil acima de tudo!
O Estado forte é incompatível com o Liberalismo.
Ora, o Liberalismo surgiu justamente em contraposição ao Absolutismo, o avô dos Estados fortes do século XX. E caso você não saiba, o Capitalismo é nada mais nada menos que a vertente econômica do Liberalismo assim como democracia é a vertente política do Liberalismo.
Chama a Ditadura Militar brasileira de direita é conveniente para a esquerda brasileira, que conseguiu criar o mito de que a combatia com o intuito de restaurar a democracia. Queriam implantar outra ditadura.
A árvore genealógica do autoritarismo brasileiro é bastante antiga, surgiu nos 1880s, com o Positivismo.
O que era o Positivismo? Ora, era uma ideologia que propunha a existência de Estado forte, com um ditador, onde não haveria liberdade de expressão, que desejava elevar o poder político do proletário, era anti-religiosa e por último, combatia o Liberalismo que existia na monarquia. Era, o que chamavam então, um regime “nacionalista”.
Qualquer semelhança com o Socialismo e Comunismo não é coincidência. Aliás, o Nazismo (da palavra “Nacional Socialismo”) e o Facismo são irmãos bastardos do Positivismo, Socialismo e Comunismo. Todos pregam exatamente os mesmos valores que acima citei para o Positivismo (a única exceção é que no Comunismo e Socialismo não existe propriedade privada. E só.).
Ora, quando a monarquia foi derrubada, instaurou-se a ditadura militar de Deodoro e depois de Floriano que durou até 1894. Em seguida veio o regime “liberal” do Café-com-Leite, que resultou em que? No ressurgimento das rebeliões militares positivistas que mais tarde desencadeariam na Revolução de 1930 e na ditadura de Getúlio Vargas.
Ora, na década de 30 ocorreu um racha nos militares positivistas: uns debandaram para o nacionalismo (filho bastardo do positivismo) e outros para o comunismo. Como eram parecidos, não foi difícil o translado de uma posição para outra.
Os mesmos militares nacionalistas que apoiaram o regime de Vargas o depuseram em 1945. Os comunistas se aproximaram de Vargas, enquanto os nacionalistas se afastaram. Vargas se suicidou, e vieram os seus herdeiros políticos: JK e Jango. Jango foi derrubado pelos mesmos militares que apoiaram a ditadura do seu padrinho político (Ernesto Geisel, Costa e Silva e outros generais de 64 eram tenentes em 30 que lutaram pela “revolução”).
Em suma, tanto a dita “direita” brasileira quanto a esquerda têm uma origem comum.
Ser de direita, caso não saibam, é apoiar um regime liberal, ou seja: democracia e capitalismo. Por isso que chamam de “neo-liberalismo”, ou seja, um estado pequeno, com maior liberdade para o indivíduo (e que foi duramente criticado pela esquerda, pelas razões erradas).
Finalizando, concordo com o excelente texto do General.
Em suma: a direita de 1964 não é uma direita de verdade. Era de esquerda, tal qual a mesma esquerda que a combatia.
Não existe hoje um único partido que seja de fato de direita no Brasil, nem mesmo de centro-direita. Nenhum dos partidos ou políticos pregam pela diminuição do Estado, diminuição dos impostos, maior liberdade econômica, etc, etc…
Diabos, no Brasil, até o voto é mandatório, o que deveria ser um direito, e não uma obrigação.
Até que o general estava indo bem, até começar com essa história de governo de esquerda a serviço de um projeto comunista internacional… Há pelo menos uns 30 anos ninguém acredita nesse papo…
Estado forte não é incompatível com Liberalismo, muito pelo contrário. Oneroso, interventor ou autoritário talvez sejam termos mais apropriados. Os EUA, “terra” do liberalismo e seu maior difusor, são o que são não só pela pujança de sua economia, mas também por possuir um Estado forte, capaz de garantir a seus cidadãos e empresas o ambiente propício para a condução seus negócios em um ambiente de segurança jurídica e estabilidade econômica. Para tanto exerce seu poder, em suas diversas expressões, não só dentro de suas fronteiras, mas também fora delas.
“Não ama a Nação, mas sim sua ideologia, e não tem uma Pátria, mas sim um partido”
O general resumiu muito bem a essência do movimento socialista. É uma criatura que vive para se auto sustentar, ou seja é o fim e não o meio de um processo.
Tanto o movimento político da direita, quanto o da esquerda partem de um pressuposto comum, que é a determinação de que todos os indivíduos são iguais e merecem as mesmas oportunidades, mas enquanto que no movimento liberal a igualdade é o início de um processo, ou seja, reconhece que somo todos iguais e temos as mesmas capacidades, e por isso as regras devem ser iguais para todos, ou seja, seja pobre seja rico, seja fraco ou seja forte, todos tem naturalmente as mesmas condições de lutar pelos seus direitos (nada mais falso do que isso), no movimento político da esquerda todos somos diferentes, mas devemos (forçadamente) sermos iguais, ou seja, a igualdade é o fim do processo para os socialistas.
O liberalismo usa a liberdade para garantir a igualdade de tratamentos enquanto que no socialismo usa-se a opressão para atingi-la, logo se entende por que este fracassa com muito mais frequência que o liberalismo. Um é a ditadura da liberdade enquanto que o outro é a ditadura da opressão.
O erro dos dois princípios está no fato de que as coisas são diferentes uns dos outros e devem ser tratadas de forma diferente, ou seja, uma coisa é uma coisa, outra coisa é outra coisa, ou seja, a solução é tão fácil …. rsrsrs
Belo Comentário Sr. General,tem meu apoio em 100%,compramos carros de combate,mas falta modernizarmos a nossa Artilharia pois praticamente não temos esta Arma, se formos invadidos por caças não temos como abate-los em terra.e fuzis novos ex: FN Scar para nosso Infante.
Brasil Acima de Tudo. BRASIL.
O Estado forte a que me referi foi a Noruega. Um Estado que possui bilhões em reservas.
Garante que todo cidadão (e não apenas os filhos de uma casta rica) tem igualdade de oportunidade.
Garante a todos um mínimo de renda em caso de desemprego ou doença.
Possui um sistema tributário que redistribui a renda, ao invés de concentrá-la.
O capitalismo é um sistema de trocas, para funcionar todos necessitam possuir uma moeda de troca, visto que se apenas alguns possuírem tudo, não existiram troca, visto que os demais não terão nada para oferecer.
Não existe justiça onde uns recebem a melhor alimentação e educação possível, sendo criados dentro de familias estruturadas, enquanto outros não recebem nada, são escravizados aos 4 ou 5 anos de idade, não recebem educação, podendo se dizer felizes quando escapam do crack ou de outras mazelas.
O Estado forte é o que possui força para impedir que a quebra de bancos acabe com o restante da economia, é o que garante que grandes industriais não formem cartéis, é o que consegue colocar tanto pobres como Dantas e políticos na cadeia.
É o que consegue destituir qualquer dirigente corrupto, seja aqueles que se intitulam de direita seja os que se nomeiam como sendo de esquerda.
O Estado forte administra um gigantesco patrimônio e não uma dívida. Um Estado forte possui forças armadas preparadas, alimentadas por uma rica indústria de defesa. Mantém um poderoso serviço de informações em seu território e no exterior.
Defende os interesses do capital nacional, impedindo práticas comerciais desleais, contrabando e pirataria de seus produtos, possuindo capital suficiente para financiar a produção e as exportações de produtos. Sendo um braço forte ao lado de seus empresários e trabalhadores.
Para isso, o maior instrumento do Estado Forte é a concorrência entre empresas públicas e privadas. Assim, as públicas só sobrevivem se combatem a corrupção nas licitações e a burocracia. Por outro lado, a concorrência com as públicas inibe a formação de cartéis, o abuso na posição dominante e a combinação de preços pelas empresas privadas (ex. Banco do Brasil e Caixa – bancos privados).
Ao invés de privatizar as empresas públicas, deveríamos ter permitido a formação de concorrentes privadas.
O Estado Forte garante a igualdade de oportunidade para o crescimento dos negócios ao mesmo tempo que fornece um mínimo de segurança para os mais fracos.
“Não ama a Nação, mas sim sua ideologia, e não tem uma Pátria, mas sim um partido.”
Simplesmente Digo:
-Palmas para o general
Excelentes comentários! O gen. Luiz Eduardo disse praticamente o que todos nós sabíamos, em suma…
Mas, Lecen, acho que você extrapolou um pouco… Positivismo é muito mais uma corrente ideológica-filosófica que uma doutrina política, data do iluminismo e não necessáriamente defende um estado forte.
“O Positivismo defende a idéia de que o conhecimento científico é a única forma de conhecimento verdadeiro. Assim sendo, desconsideram-se todas as outras formas do conhecimento humano que não possam ser comprovadas cientificamente. Tudo aquilo que não puder ser provado pela ciência é considerado como pertencente ao domínio teológico-metafísico caracterizado por crendices e vãs superstições. Para os Positivistas o progresso da humanidade depende única e exclusivamente dos avanços científicos, único meio capaz de transformar a sociedade e o planeta Terra no paraíso que as gerações anteriores colocavam no mundo além-tumulo.”
E as concepções teóricas do socialismo (especialmente se estivermos falando de socialismo utópico) não necessariamente indicam que o caminho a ser trilhado é por meio de um estado dictatorial. Aliás, em algumas correntes socialistas, o fim do estado é o objetivo, como no Anarquismo, a diferença é o processo.
Abs
Bem, estado mínimo não significa necessariamente estado fraco. Afinal estado grande e desorganizado resolve menos ainda.
Mas os ideológos que colocam sua ideologia acima da nação existem de ambos os lados, que o digam que querem entregar a amazônia para as corporações estrangeiras.
Sou suspeito para falar, porque fui eu que indiquei o texto pro Galante, mas:
PERFEITO MEU GENERAL!
Sds.
Os EUA são um caso cássico de estado pequeno.
O Positivismo é sim uma doutrina política e o que falei não foi baseado em achismo. Recomendo a leitura da obra “A formação das almas: o imaginário da República do Brasil” do historiador José Murilo de Carvalho.
Lecen: o positivismo não necessariamente leva ao estatismo. Pode levar ao liberalismo também. Aliás, eu diria até que o positivismo, que propõe a busca do conhecimento através do racionalismo, DEVE levar à democracia liberal. Ainda que com a chefia de Estado na mão do monarca.
MA: o loco mestre, anarquismo uma forma de socialismo? Eita, acho que Bakunin jamais chegou a esse ponto… No mais, o liberalismo é o que chega mais próximo do anarquismo (um regime tão utópico quanto o maldito socialismo/comunismo, em minha opinião).
Outros:
Estado FORTE não é Estado-Paternalista, nem Estado-Produtor (de bens de consumo), nem Estado-Empresário, nem Estado-Empregador, nem Estado-Pai-dos-Pobres, nem nada dessas bossas.
Estado FORTE é aquele que cumpre com suas missões básicas, para as quais ele surgiu:
1. segurança (interna e externa),
2. saúde (universal e de qualidade),
3. educação (universal e de qualidade) e
4. justiça (equitativa, distributiva e fraterna).
O resto é a busca dos bens materiais e da felicidade individual, que cabe a cada um conforme a sua capacidade.
Se o Estado brasileiro fosse forte o suficiente para prover apenas isso, sem no processo arrancar nossa pele (tributos escorchantes) já estaria de bom tamanho. Já me daria por feliz.
E se a história humana ensina alguma coisa é que todo o modelo de Estado que tentou cumprir mais do que suas missões básicas acabou dando com os burros nágua ou ferrando seu povo.
Sds.
PS: só pode ser piada os amigos mencionarem o USA como exemplo de Estado forte. Os amigos acaso sabem quanto o americano médio paga de imposto? Qual a carga tributária por lá? Qual o valor que o americano dá para a liberdade individual? Ora, não façam pilhéria com coisa séria…
Só para constar, eu citei a Noruega. Não tenho nenhum país endividado como modelo. Mostrem um estado liberal (se ainda existe ou existiu, visto que todos adotaram em certa medida as idéias sociais) que seja justo para com todos, ou com a maioria?
Todos os princípios constitucionais enfrentam limites na razoabilidade, inclusive a liberdade, que não precisa implicar na miséria dos mais fracos, pois eles sempre existirão.
Se somos a favor da liberdade, porque os ditos liberais teriam medo de concorrer com as empresas públicas, desde que submetidas as mesmas regras de concorrência?
Qual é o mal de fazer empreiteiras concorrer com o setor de infraestrutura do exército ou permitir que esse assuma obras abandonadas ou paralizadas pelo TCU em virtude da corrupção ativa, sempre praticada pela parte podre do empresariado nacional?
A Concorrência publico-privada é melhor para os consumidores. Pergunto, se abrir uma operadora de celular pública nos dias atuais, quantos por cento da população migraria para o sistema público no primeiro mês?
Para nós consumidores não interessa se é público ou privado, queremos saber o que vamos receber e quanto teremos que pagar.
Lembro ainda que não existe empresas grandes inteiramente privadas, todas possuem uma infinidade de acionistas que dependem de órgãos públicos para verem seus interesses defendidos frente aos executivos e sócios majoritários. Todas são obrigadas a respeitarem uma infinidade de leis de ordem pública.
A diferença entre uma empresa pública e uma privada é que na primeira podemos influir, mesmo que indiretamente, na escolha de seus dirigentes, mesmo sem possuir ações.
Na verdade, o que é mais nocivo para os consumidores é o monopólio, seja público ou privado, em qualquer área.
Como um Estado terá condições de oferecer segurança (interna e externa), saúde (universal e de qualidade), educação (universal e de qualidade) e justiça (equitativa, distributiva e fraterna), se a maior parte dos impostos que arrecada é para pagar juros? Quem criou a dívida do Brasil foram os comunistas?
Esse discurso de esquerda-direita, só serviu para mandar para o poder a banda podre do empresariado nacional, os corruptores ativos que nunca foram presos, os líderes do tráfico de drogas (os que moram em castelos e não os que moram em morros), os sonegadores da Daslu e companhia. Os vendilhões do patrimônio nacional na privataria, os que fazem pressão pela desvalorização da moeda nacional e pela elevação dos juros….
Hay Govierno? Soy Contra!
O general se apresentou como um opositor do atual governo e uma pessoa rancorosa e anacrônica..Apenas acrescenta ao debate que a sociedade organizada não pode mais se submeter a opinião dos filhotinhos da “Escola das Américas”..Os maiores inimigos da Amazonia foram os cidadãos que estes mesmos generais, no passado, puseram lá..
Se ele acha que pode colaborar com o debate que se canidate a algum cargo público. Ele e a turma dele não tem mais que 2% dos votos do eleitorado brasileiro..
E democracia até onde eu sei é a vontade da maioria expressa nas urnas..
Walfredo disse:
12 de julho de 2010 às 22:09
“Se somos a favor da liberdade, porque os ditos liberais teriam medo de concorrer com as empresas públicas, desde que submetidas as mesmas regras de concorrência?”
Meu caro, empresa pública submetida às mesmas regras de concorrência é um oxímoro: uma impossibilidade lógica. A empresa pública já nasce favorecida, pois nasce sustentada pelo cofre inexaurível (na prática) do Estado.
“Para nós consumidores não interessa se é público ou privado, queremos saber o que vamos receber e quanto teremos que pagar.”
Claro, perfeito, com razão. Conquanto que a dita empresa pública, para oferecer preços mais baixos e, assim, ganhar o consumidor, não exaura o tesouro público com seus eternos cabides de emprego, gastança desenfreada, direitos adquiridos, ineficiência e desperdício, fazendo o consumidor economizar por um lado, mas gastar por outro, sempre lembrando que não existe almoço grátis: se você está tendo algum benefício, alguém está pagando por ele.
“Todas são obrigadas a respeitarem uma infinidade de leis de ordem pública”
Vai uma diferença muito grande entre a empresa respeitar a lei, ainda que de ordem pública, e ser pública, ou seja: sustentada pelo tesouro público. Quanto a influirmos nas decisões, qualquer um pode influir no conselho de acionistas de uma empresa, seja ela privada ou de economia mista: basta tornar-se um acionista, oras!
Mas não, na empresa pública nós não temos poder algum para influir: quem detém tal poder são os malditos políticos, que usam sua influência para fazer proselitismo com seus comparsas, premiando seus asseclas, em detrimento do mérito, o que as transforma invariavelmente num modelo de ineficiância. Por isso que empresa pública não deu certo em lugar nenhum do mundo, INCLUSIVE no Brasil.
“Como um Estado terá condições de oferecer segurança (interna e externa), saúde (universal e de qualidade), educação (universal e de qualidade) e justiça (equitativa, distributiva e fraterna), se a maior parte dos impostos que arrecada é para pagar juros?
Hahaha, onde vc ouviu uma bobagem dessas? O tesouro serve para financiar “juros”?
E que dívida? Oras, pensei que o Lullinha tinha “zerado” a dívida…
Amigo, a maior parte do tesouro nacional brasileiro serve para financiar o próprio Estado: desde os altos níveis (parlamentares, etc.) até o baixo nível: o funcionalismo e seus privilégios, terminando nos enormes rombos das previdências, especialmente a pública (a privada o último governo conseguiu ajeitar razoavelmente as contas, cabe ressaltar, com a oposição do atual). E isso em três níveis: União, Estados e Municípios!
Cara, o Estado brasileiro é DOENTE: arrecada horrores, presta péssimos serviços básicos (segurança, educação, justiça e saúde), e se propõe a fazer um monte de coisas que não realiza, ou faz mal e porcamente, mas que aumenta sua própria burocracia a um ponto de insustentabilidade.
Precisamos eliminar o “atravessador” entre o dinheiro público (o tesouro nacional) e o serviço público prestado à população, que é o fundamento ÚNICO de existência do Estado. E em qualquer aulinha de economia básica se aprende que é o atravessador que geralmente LUCRA SEM FAZER NADA!
E o atravessador quem é, no caso? A imensa, a gigantesca, a incomensurável estrutura estatal, com sua quimérica burocracia, seus privilégios aviltantes, sua ineficiência proverbial e seus desperdícios que deixam o cidadão pagador de impostos horrorizado no dia a dia!
Por fim, esse papinho de “vendilhões da privataria” é a coisa mais clichê que existe. Vira o disco parceiro: o comunismo acabou com o muro de Berlim…
Se não fossem as privatizações ainda estaríamos pagando R$ 10.000,00 por uma linha telefônica, e esperando 10 anos para recebê-la… E a Embraer ainda estaria patinando na sua ineficiência. Isso só pra ficar em dois exemplos…
Engraçado é que os liberais americanos, na iminência dos EUA quebrarem de vez, foram pedir penico para o estado e para o Sr. Brack Obama e os capitalistas Europeus se socorreram do estado para pagar a conta das farras especulativas que praticaram.
Liberalismo bom é assim: quando dá lucro é deles, quando dá prejuízo é do estado. Essa é a lógica do mercado. Quando tudo dá errado o povo paga a conta.
Andre_Oliveira disse:
13 de julho de 2010 às 10:41
Estúpido é o governo que dá socorro a bancos que não prestam, a empresas ineficazes que não vendem e a seguradoras que geriram pessimamente o capital posto à sua disposição por seus clientes. Tinham que quebrar TODAS! Se transformaram em cabides de empregos, antros de privilégios e modelos de incompetência gerencial. Só assim o liberalismo seria salvo da ineficiência e da corrupção. É assim que funciona: não presta? Quebre! E boa. Não existe almoço grátis!
Mas é óbvio que o governico democrata do Sr. Obama, bem como das sociais-democracias européias preferiram tapar o sol com a peneira e empurrar com a barriga, pro futuro, a enorme dívida assumida pelo Estado: pesaram os prós e os contras, e decidiram que é melhor adiar o cronometro da bomba-relógio por mais alguns anos, quando eles não mais estarão no poder e não terão de enfrentar a consequência da crise econômica e do desemprego que a quebradeira geraria.
Políticos são assim no mundo todo. Aqui também pagaremos um dia pelo enorme rombo na dívida pública da era lulo-petista. Não existe almoço grátis.
Mas mais cretino é quem dá a ajuda, não quem a pede.
Uma lástima.
Andre_Oliveira disse:
13 de julho de 2010 às 10:41
….
André, o povo sempre paga a conta, sempre.
Realmente muito bom o artigo (independentemente de ideologias), gostei mesmo dos parágrafos segundo ao sexto. É inegável o cenário que vemos agora na Amazônia Sul Americana, se “milico ou civil” teve ou não a chance de fazer ou mudar isso tudo que está aí, agora já foi! Mas é a realidade descrita por um profissional. Concordemos ou não com o General Paiva, América do Sul é sim “…um dos palcos de projeção da China, a ser seguida da Índia e da Rússia.” E, claro, nosso “irmão grandão do norte” não vai querer perder espaço. Enquanto nosso projeto de política externa é essencialmente pequenos ditadores sul americanos e africanos, as potências de verdade (com pés de aço), olham muito, mais muito além. “Pseudopotência”
Amigos.
Brilhante o texto do General. Este realmente é um grande patriota como muito amigos aqui.
Alguns afirmam que mesmo os militares brasileiros entregaram a amazônia aos EUA colocando militares deles lá. Quanta bobagem, meu Deus. Se isso tivesse acontecido, porque quebraríamos em 1974 o pacto militar com os EUA como fez Geisel? Por favor, se toquem!
O que o General quis dizer com a esquerda brasileira tem sim um cunho de verdade. A esquerda brasileira acabou com a EMC (EDUCAÇÃO MORAL E CÍVICA) dizendo que era “entulho autoritário” e agora estamos pagando por vermos uma geração de cabeças ocas, sem civismo e patriotismo algum. É das esquerdas brasileiras esse PROJETO RIDÍCULO de política indígena que está solapando o Brasil e o futuro vai nos cobrar CARO por isso! Podem esperar. Até exemplos ele usou como foi o caso Brasil/Bolívia no Acre.
Ele citou ciência e tecnologia. Pergunto aqui:
1 – Quem mais investiu em Pesquisa & Desenvolvimento e em Ciência & Tecnologia no país?
2 – Quem mais investiu em Infraestrutura no país e em sua integração como por exemplo ESTRADAS DE FERRO que o Sr. FHC fez o favor de destruir com uma privatização que só deu prejuízo ao país?
A direita brasileira tem sim um monte de defeitos como por exemplo se encastelar em todos os níveis do estado e tirar proveito dele. Más é verdade também que a esquerda brasileira levou à excelência o aparelhamento do estado brasileiro. Exemplo disso são os Correios que, antes eram exemplo de excelência do Serviço Público e agora não passa de um balcão de empregos e negociatas.
O Sr.Aldo Rebelo é um dos poucos de esquerda que realmente possuem uma visão de estado simplesmente pq é um estudioso em matéria de Defesa Nacional e estratégia. Este sim é um esquerdista que deixa a ideologia de lado para defender o país da sanha internacional. Vide a atuação dele na Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional. E agora também na comissão que está dando um novo e MODERNO estatuto do meio ambiênte ao Brasil não deixando a agricultura e pecuária do Brasil INDEFESOS perante o mundo. Nossa agricultura e pecuária são de 1o mundo e muitos de ESQUERDA querem nos engessar neste setor fazendo exatamento o que querem a AGROINDUSTRIA européia e americana…
ONG’s não desejam ver problemas de terras, agrícolas, indígenas e ambientais resolvidas no país por simplesmente sobreviverem desses mesmos problemas.
Se todos esses problemas forem resolvidos essas ONG’s não têm razão de existência! Acordem!!! E adivinha quem mais apoiam essas ONG’s? As esquerdas BURRAS Brasileiras.
O ENGRAÇADO é que essas ONG’s são apoiadas por empresas e governos de países estrangeiros!!! Olha a BURRADA das esquerdas brasileiras!!! É de chorar!!!
Não é à toa que as FORÇAS ARMADAS DO BRASIL possuem 73% de índice de confiança e aprovação do POVO BRASILEIRO.
São eles que se preocupam e sempre se preocuparam com os destinos do país, sua grandeza, sua defesa e seu crescimento como nação forte, coeza e soberana. A história comprova isso.
Quer queiram ou não, alguns…
Vader, nunca disse que Anarquismo era uma forma de Socialismo… Leia meu comentário com atenção e não com raiva!
Disse apenas que algumas correntes do socialismo pregam, ao fim de um processo histórico gradativo, o fim do estado, e é a mais pura verdade!
Abs
” O ‘comunismo puro’, no sentido marxista refere-se a uma sociedade sem classes, sem Estado e livre de opressão, onde as decisões sobre o que produzir e quais as políticas devem prosseguir são tomadas democraticamente, permitindo que cada membro da sociedade possa participar do processo decisório, tanto na esfera política e econômica da vida.”
Lecen, o livro que indicou não está caro, vou comprá-lo para tomar ciência dessa corrente de pesquisa histórica.
Obgd
MA disse:
13 de julho de 2010 às 14:59
“Leia meu comentário com atenção e não com raiva!”
Não li com raiva não MA, foi apenas uma respeitosa correção.
Sds.
Com todo o respeito pelo general, enquanto nós, brasileiros, e, mais do que isso, enquanto nós, nacionalistas, continuarmos colocando a ideologia (de esquerda ou de direita) acima dos interesses da Pátria, o Brasil continuará dividido e à mercê de seus inimigos externos. Os verdadeiros brasileiros, de direita ou de esquerda, e há que respeitar a opinião alheia, estão de acordo com a necessidade de fortalecer a educação, as nossas empresas públicas e privadas, apoiar a internacionalização de nossas empresas, a pesquisa científica e tecnológica e promover a recuperação da nossa indústria bélica, criminosamente destruída durante os anos Collor e FHC, e o reaparelhamento de nossas Forças Armadas.
Existem pontos em comum pelos quais podemos lutar lado a lado.
Brasil acima de tudo !
O importante, é que antes, tínhamos a vontade, mas não os meios. Hoje o Brasil tem 12% de relação dívida externa-PIB, 40% de relação dívida interna-PIB (era de 60% no final do governo FHC) e mais que um PIB português, ou seja, 255 bilhões de dólares, em reservas internacionais, sem dever um tostão para o FMI e em situação de país credor dessa instituição.
Existe uma esquerda nacionalista, e eu faço parte dela, e existe uma esquerda entreguista, que eu abomino.
Da mesma forma existe uma direita entreguista, que eu abomino, e existia uma direita nacionalista, que eu respeito, e que foi responsável por muito de bom que tempos hoje no país.
O atual governo está associando a política desenvolvimentista perdida na década de 70, com a política social séria, que fez com que 60 milhões de pessoas evoluíssem de classe social no Brasil.
As duas coisas andam juntas..
Soldier e Andre_Oliveira,
Acredito que vocês resumiram com maestria a questão.
Realmente, como não poderia deixar de ser, tanto a diretia como a esquerda tem brasileiros de valor. Portanto, ambas estão sujeitas a cometer erros e acertos.
Justamente por isso, que acredito que o melhor sistema é um misto dos dois, nem tanto à terra e nem tanto ao céu, busquemos o caminho do meio, do equilíbrio.
Uma estatal não precisa ser um cabide de emprego, mas se é, não é apenas gente de esquerda que gosta de empregar parentes. Devemos no entanto lembrar que uma empresa privada também pode ser ineficiente, empregar parentes e repassar os custos para a sociedade, basta que tenha um monopólio de um determinado setor ou pertença a um cartel, coisa muito comum em nosso país.
É cediço que a dívida pública que foi paga é a externa, a interna está aumentando. Espero que um dia tenhamos um governo que pague toda a dívida. Estou disposto a pagar o dobro de impostos para isso. Porque gosto de resolver problemas e não de conviver com eles.
Como disse, todo monopólio é ruim, seja público ou privado. Existem inúmeras empresas públicas lucrativas, muito lucrativas, no Brasil, que prestam serviços bem melhores que suas congêneres privadas, não necessitando de ajudas do tesouro. Muitas prestam conta aos seus acionistas no Novo Mercado (sistema que exige maior rigor e qualidade na gestão e na prestação de contas).
O Brasil vem fazendo concursos públicos a mais de vinte anos. Toda uma geração de servidores que entrou pela janela está sendo aposentada. Quando os concursados chegarem aos postos de comando teremos um grande avanço na gestão, devido ao maior nível de preparo desses servidores.
O governo não auxilia grandes empresas porque são fracos, mas porque uma quantidade gigantesca de pessoas sofrem com as consequencias da quebre, a maioria sem qualquer culpa pela falência.
Quando o governo administra empresas em um segmento de mercado, ele conhece melhor o setor, sabe melhor as dificuldade que os empresários sofrem. Assim, pode criar melhores políticas tributárias e de estímulo à atividade, bem como coibir abusos de mercado, reequilibrando a concorrência.
Pagando as atuais tarifas telefônicas e recebendo um serviço que é campeão de reclamações nos procons, certamente uma empresa pública iria bombar.
Existem aqueles que gostam de pilhar os funcionários públicos, como se todos fossem marajás e vagabundos. Normalmente nunca necessitaram de um serviço público. Quando a qualidade do serviço é ruim, os motivos são os mesmos do setor privado, falta de investimentos e de pessoal suficiente (confira nas empresas privadas, procure atendimento nas empresas telefônicas, nas agências bancárias e nas companhias aérias, vai se surpreender com a qualidade do serviço).
Walfredo,
Perfeito.
Walfredo disse:
13 de julho de 2010 às 18:41
“Uma estatal não precisa ser um cabide de emprego, mas se é, não é apenas gente de esquerda que gosta de empregar parentes.”
Claro que não. Mas é a doutrina esquerdista que aprecia a criação de estatais. Quantas estatais foram criadas no governo PSDB? Que me lembre, nenhuma. Quantas foram criadas no PT? 12. Isso mesmo DOZE! Milhares de cargos para preencher com tudo que é comparsa e parente.
E o pior não é nem isso: o pior é que empresas públicas que antes funcionavam bem, como os Correios e a Petrobrás, MONOPÓLIOS, estão perdendo qualidade, tamanho é o aparelhamento que estão sofrendo pelos “cumpanheiros”. Lógico: quando se substitui cargops técnicos por políticos, o que se cria entre os funcionários é uma cultura de que aquela empresa não premia o mérito, mas sim o QI: “quem indica”…
Devemos no entanto lembrar que uma empresa privada também pode ser ineficiente, empregar parentes e repassar os custos para a sociedade, basta que tenha um monopólio de um determinado setor ou pertença a um cartel, coisa muito comum em nosso país.
Existem leis antitrustes e anticartéis. O monopólio tem que ser eliminado. Como? Através da LIVRE-CONCORRÊNCIA. Coisa esta muito salutar e que funciona no mundo inteiro. E empresa privada que não funciona TEM QUE QUEBRAR! Simples e salutar: purga o mercado da “coisa-ruim”. Quem tem competência se estabelece. Quem não tem que vá fazer outra coisa (a maioria decide virar político… e normalmente de esquerda…)
É cediço que a dívida pública que foi paga é a externa, a interna está aumentando.
Pois é. A externa foi a fácil de pagar: a desvalorização do dólar e do euro frente ao real sozinha já resolveu metade do problema.
Quero ver agora é pagar a interna, sem desvalorizar o real (e consequentemente gerar inflação e quebrar a última grande conquista do povo brasileiro: o Plano Real). Sabe quando? NUNCA!
E mais: uma hora alguém vai cobrar a conta da gastança toda. Nessa hora eu quero ver onde estarão os “desenvolvimentistas do Brasil-potência” para responder ao que fazer… Decerto irão achar algum bode-espiatório para botar a culpa, como sempre fazem… Ou irão botar a culpa na “zelite” ou “nuzamericanu”…
“Espero que um dia tenhamos um governo que pague toda a dívida. Estou disposto a pagar o dobro de impostos para isso. Porque gosto de resolver problemas e não de conviver com eles.
É mesmo? Então faça o seguinte: vote na oposição; pois a situação só irá fazer a dívida crescer… Funciona assim: um, dois, três governos de centro-direita economizam, aí vem um de esquerda e torra tudo. E assim caminha Pindorama… No “três pra um”…
Existem inúmeras empresas públicas lucrativas, muito lucrativas, no Brasil, que prestam serviços bem melhores que suas congêneres privadas, não necessitando de ajudas do tesouro.
É? Quais? Me aponte uma, por favor, de nível federal, que presta um bom serviço, melhor que as do setor privado, e que não necessita de ajuda do tesouro. PS: não vale monopólio, então Petrobrás, Correios, Infraero, etc. estão todas de fora ok? E também não pode cobrar taxa: tem que cobrar pelo SERVIÇO, ok?
Tô no aguardo.
O governo não auxilia grandes empresas porque são fracos, mas porque uma quantidade gigantesca de pessoas sofrem com as consequencias da quebre, a maioria sem qualquer culpa pela falência.
Não, eles auxiliam porque são COVARDES. Porque se fossem corajosos, premiariam o mérito ao invés de dar dinheiro público pra vagabundo que já geriu mal o dinheiro dos seus clientes.
Deixariam o povo comer o fígado dos vagabundos que sacanearam a economia popular, ajudariam como pudessem os mais pobres (afinal, tributo existe para transferir dinheiro do rico para o pobre – e não o contrário) e meteriam o que sobrasse numa cela para só sair de lá cadáver.
Ao dar dinheiro pra empresas quebradas eles não apenas incentivam as outros empresas a fazer o mesmo (e assim cria-se um círculo vicioso e uma cultura de ineficiência), como desfalcam o erário público, deixando o problema pra governos posteriores resolver.
É o povo financiando a vagabundagem, a preguiça, a burrice e a incapacidade. Não existe almoço grátis: se alguém está levando vantagem, algum outro está pagando por isso. No caso, o contribuinte europeu, americano, etc.
Ou, para os esquerdistas que pregam à exaustão a tese da eterna “exploração do sul pelo norte”, NÓS!
Ou seja: você meu amigo, ao fim e ao cabo, ao defender essa tese, defende que nosso povo sustente a burguesia americana, européia, etc. ESSA a grande contradição do estatismo! Como sempre tem alguém que paga a conta, quando você defende ele lá, não pode defender aqui: se defender aqui, tem de saber que os de lá estarão pagando a conta! Por isso que o maior inimigo de um esquerdista sempre é um… esquerdista! Com efeito, em biologia a gente diria que parasitas num mesmo organismo se detestam e acabam se atacando mutuamente…
Mas fica a pergunta: quem são os “vendilhões da pátria”? “Nós”, ou os que defendem a continuidade dos privilégios para a “burguesia” (pra usar um termo bem esquerdista) internacional?
“Quando o governo administra empresas em um segmento de mercado, ele conhece melhor o setor, sabe melhor as dificuldade que os empresários sofrem.
Ahahahaha, o amigo só pode estar de brincadeira!!!
Mermão, a mão direita não tem a menor idéia do que a esquerda está fazendo! A coisa mais comum é um ministério do governo federal não saber o que o outro está fazendo! Vide o caso do “Portal” do Min Planej, que meteu a boca nos outros Ministérios e foi tirado do ar. Isso em Ministérios!!!! Dentro do próprio centro do poder!
O amigo tem de ser muito ingênuo para achar que um “governo” que não consegue fazer seus ministérios conversarem entre si, conseguirá analisar cada uma de suas estatais, no país inteiro, e assim inferir quais as carências setoriais da economia! Só pode estar de pilhéria!
Sabe como isso se chama? Economia planificada! Sabe onde deu certo? NENHUM LUGAR! Nem na China!
Esse o problema com os “estatistas”: vocês acham que o Estado, o governo, ou o que seja, tem uma existência autônoma, que é um ente com inteligência.
Amigo, o Estado é feito por pessoas de carne e osso, pessoas que vão pra casa às 18:00 horas, pessoas que tem família e filhos. Fora os malditos políticos que as coordenam, que são sanguessugas amorais da pior espécie (em sua esmagadora maioria).
Cara: ainda não inventaram uma Inteligência Artificial para comandar o governo, e ai de nós o dia em que inventarem: assista “Terminator” e você descobrirá o que irá acontecer: com efeito, uma inteligência artificial que analisasse o Leviatã que se tornou o Estado brasileiro, concluiria que não merecemos existir…
“Assim, pode criar melhores políticas tributárias e de estímulo à atividade, bem como coibir abusos de mercado, reequilibrando a concorrência.”
Ahahahahahaha, e onde já se viu governo preocupado em “criar melhores políticas tributárias”??? Cai na real parceiro, se existe uma verdade no mundo, é que o governo sempre, sempre, sempre, sempre, SEMPRE irá cobrar mais e mais tributos, enquanto puder, leia-se: enquanto deixarmos! Isso QUALQUER governo: nesse tópico sequer importa se é de esquerda, de direita ou de centro!
Só um exemplo: sabe porque boa parte da legislação tributária está na Constituição Federal? Sabe porque o Código Tributário Nacional é uma Lei Complementar? (detalhe: ambas precisam de quórum especial para serem modificadas).
Para que o governo não possa alterar a seu bel-prazer; não fora isso, e o governo poderia criar Tributo por medida-provisória!!! Já pensou nisso? Você acorda um belo dia e é informado que você tem que pagar uma taxa pelo uso do AR! Dois centavos a respirada!
“Pagando as atuais tarifas telefônicas e recebendo um serviço que é campeão de reclamações nos procons, certamente uma empresa pública iria bombar.”
É um baratinho mesmo. Tem gente que não tem memória mesmo.
Cara, quando as Teles foram privatizadas já existia Procon para reclamar, sabia? Sabe quanto tempo vc tinha que esperar por um conserto em sua linha telefônica quando dava problema, nos anos 90? Até 6 meses! SEIS MESES!
Se um caminhão se desgovernasse e derrubasse o poste na esquina da minha empresa, o que eu fazia? Fechava a empresa por seis meses?
É, pois é, mas era isso mesmo! E adiantava fazer reclamação no Procon? Hahahaha, nem te recebiam broe! Te davam com a porta na cara, até porque não se pode reclamar no Procon de serviço público… Idem no Judiciário.
Iria bombar a empresa pública hoje? Talvez. Mas isso é fácil de falar, depois que as empresas privadas investiram bilhões e bilhões de reais na popularização do telefone no Brasil, dinheiro este que o Estado NÃO TINHA PARA INVESTIR e que, ainda que tivesse, iria ter de desviar da saúde, educação, segurança, etc… Como sempre acontece com o Estado-Empresário, aliás…
Sou favorável à diminuição da tarifa e à melhor do serviço? Claro que sim! Mas como se faz isso? Com CONCORRÊNCIA! Só isso que pode resolver.
Disponibilize o governo por exemplo mais bandas pra telefonia, por exemplo, e quebram a cara de umas e outras por aí. E os políticos do governo sabem disso. Ora, mas porque não fazem? PORQUE NÃO LHES INTERE$$A! Simples assim.
Quando a qualidade do serviço é ruim (sempre), os motivos são os mesmos do setor privado, falta de investimentos (= dinheiro público, ou seja: nosso) e de pessoal suficiente (tudo bem, e a novidade?)
“confira nas empresas privadas, procure atendimento nas empresas telefônicas, nas agências bancárias e nas companhias aérias, vai se surpreender com a qualidade do serviço”
Talvez. Ainda temos muito o que melhorar em matéria de Direito do Consumidor: não seria assim se o Estado dispusesse de um Poder Judiciário que prestasse minimamente (justiça, lembra-se? Uma das funções essenciais do Estado? 🙂 )
Mas se a minha empresa telefônica não funciona, eu mudo, “ponho no pau”, “queimo o filme”, ou na pior das hipóteses peno a porcaria do aparelho (minúsculo perto dos monstros dos anos 90) pela janela. E o principal: sabendo que não sou eu quem estou pagando os salários dos vagabundos que me maltrataram.
Idem os bancos (não vale CEF e BB: dois monopólios). Idem as companhias aéreas. E etc.
Não adianta mestre: sabe onde fica a única empresa pública que funciona? No Céu. Empresa pública só premia o clientelismo, o vagabundismo, a ausência do mérito.
Porque o amigo acha que a Rússia quebrou? Lá tudo era público não era? Porque o homem é egoísta, parceiro. Egoísta e preguiçoso: se não tiver quem ou o que o faça trabalhar, se ele se sentir seguro sem precisar trabalhar, se ele se sentir “estável” (coisa mais odiosa que inventaram “nefte paíf”) ele não trabalhará! Da mesma forma, se ele puder meter a mão num cascalhinho sem fazer esforço, ele o fará!
Não existe bem comum! O indivíduo pensa primeiro nele, depois em todo o resto.
Assim é o ser humano. Mas existem aqueles que acreditam em utopias de “construção do novo homem” e da “nova sociedade”…
O único porém é que TODAS, a totalidade das tentativas até hoje deixaram uma bela fila de cadáveres na sua retaguarda…
Algumas centenas de milhões só né? Mas como é que se “fará omeletes sem se quebrar uns ovos né”? 🙂
Errar é humano……..Colocar a culpa em alguém é estratégico……
Vader,
Tanbém sou a favor da livre-concorrência, tanto sou a favor, que acho que o governo também tem o direito de participar do mercado para garantí-la.
O combate a cartéis é muito difícil, por isso eles existem aos milhares em nosso país (já notou que o preço da gasolina não muda de posto para posto).
Você acompanhou o último lançamento de ações do Banco do Brasil? Já comprou suas ações? Não perca a oportunidade, o banco estatal está bombando. Lembro que as contas apresentadas por empresas privadas nem sempre correspontes à realidade (lembra da Exon e da Sadia?). Sou acionista de várias empresas, sei quanto recebo de dividendos em cada uma. Portanto estou credenciado para dizer que as empresas públicas podem ser melhor geridas do que as privadas (ponha seu dinheiro em uma empresa familiar, dará muita sorte se ela não quebrar com a morte do patriarca ou algum elemento chave no comando – já leu os demonstrativos da Ford, Gm e companhia nos últimos anos – todas privadas até correrem para o tesouro).
Todos nós achamos justos que empresas que quebrem não recebam socorro público. Contudo, quando as empresas são gigantescas e o número de prejudicados idem, a quebra dela pode gerar a quebra de várias outras. Lembro que a empresa que está em dificuldade pagou inúmeros impostos, gerou empregos e produtos durante toda sua existência.
Procure ler jornais de ambas as matrises, caso contrário terá uma visão parcial da realidade.
O fato de criar
Walfredo disse:
14 de julho de 2010 às 8:56
“Tanbém sou a favor da livre-concorrência, tanto sou a favor, que acho que o governo também tem o direito de participar do mercado para garantí-la.”
Não, então vc não é a favor da livre-concorrência coisa nenhuma, pois não existe livre-concorrência com o governo. Concorrência com o governo é concorrência viciada.
O empresário quando mete seu dinheiro numa empresa, sua frio, não dorme à noite, acorda às 05 da manhã e vai pra empresa fiscalizar as contas, fica o dia inteiro enchendo o saco, querendo saber, correndo atrás, enfim, trabalhando. Já ouviu falar que é o olho do dono que engorda a porcada? Pois é…
Quem faz isso no governo? Ninguém: ninguém se importa, pois o dinheiro vem do tesouro; se der prejuízo, a conta-movimento (sabe o que é isso?) cobre.
Pergunto assim: dá pro capital privado concorrer com isso? Claro que não.
“O combate a cartéis é muito difícil, por isso eles existem aos milhares em nosso país (já notou que o preço da gasolina não muda de posto para posto).
Ah, que barato, e porque é “difícil” devemos desistir? Ou será que o caminho não seria melhorar as “leises”, melhorar o judiciário (função essencial do Estado, lembro sempre) e melhorar a fiscalização?
Não sei onde vc mora e não coloco gasolina em meu veículo, mas aqui onde moro o preço do etanol varia bastante. Chega a quase 30 centavos p/ litro de um posto p/ outro. Então, não é bem assim.
Quanto á gasolina, já que vc tocou no assunto, não somos “auto-suficientes” em petróleo? A Petrobrás não está “bombando”??? Não temos o “pré-sal”???
Então me responda: porque pagamos uma das gasolinas mais caras do mundo?????
Quer que eu responda? Não? Uma dica: tem a ver com TRIBUTOS! E são federais!
“Você acompanhou o último lançamento de ações do Banco do Brasil? Já comprou suas ações? Não perca a oportunidade, o banco estatal está bombando.”
Cara, sou ex-funcionário daquele lixo, da época em que ainda se era funcionário público, e sei bem como tocam as coisas por lá.
Sabe porque o BB está “bombando”???? Porque é uma empresa de economia mista (tecnicamente não é uma estatal) com 51% de capital público, e a “gorda” está gastando os tubos com o BB para que ele se torne um MONOPÓLIO!
O Banco do Brasil quer comprar TODOS os pequenos bancos privados e públicos, para que o governo federal tenha controle majoritário do sistema financeiro nacional. Sabe como isso se chama, em bom português? CARTEL! TRUSTE! MONOPÓLIO!
O BB hoje é uma empresa pública que paga seus funcionários como empresa privada! Uma vergonha!
E outra: ainda bem que ainda temos meia-dúzia de bons bancos privados no país. Porque o BB está bombando agora: o capitalista esperto que colocou seu rico dinheirinho lá, sabe que a “farra” financiada pelo cofre público não irá durar para sempre (alguém terá que pagar a conta uma hora – não existe almoço grátis, lembra-se?): ao primeiro sinal do governo, todos venderão TUDO! E sabe o que acontecerá então? Buuuuuummmmmm! Bye Bye BB!
“Lembro que as contas apresentadas por empresas privadas nem sempre correspontes à realidade (lembra da Exon e da Sadia?). Sou acionista de várias empresas, sei quanto recebo de dividendos em cada uma.”
Talvez. Talvez falte mais fiscalização dos acionistas. No seu caso, talvez você precise se preocupar um pouco mais onde você coloca seu dinheiro. Eu, de minha parte, me preocupo onde está o meu…
“Contudo, quando as empresas são gigantescas e o número de prejudicados idem, a quebra dela pode gerar a quebra de várias outras.”
Se essas outras forem espertas não colocarão seus dois pés numa única canoa furada e daí não quebrarão. Se não forem espertas, merecem quebrar também. Sem complacência. O capital não vê coração, vê o lucro.
“Lembro que a empresa que está em dificuldade pagou inúmeros impostos, gerou empregos e produtos durante toda sua existência.”
Quanto aos impostos, não fez nada mais do que sua obrigação. Quanto aos empregos, apropriou-se da “mais valia” dos funcionários. Quanto aos produtos, recebeu o justo por eles. A empresa privada bem gerida e que visa o lucro não dá nada de graça sem esperar receber de volta. Não existe almoço grátis.
“Procure ler jornais de ambas as matrises, caso contrário terá uma visão parcial da realidade.”
É matizes amigo, não matrises. E eu leio jornais de várias delas. Mas não tenho paciência com pseudo-sábios esquerdistas beócios, com suas “dochas” e seus clichês. Minha época de faculdade já passou faz tempo…
Senhor Giap, acho que não leu as regras de postagem antes de escrever essas bobagens. É preciso respeitar os outros leitores, regra de ouro, regra número 1.
Mais uma dessas e vai ter seus comentários bloqueados.
Vader meu caro, nao poderia ter dito melhor !
Voces se esqueceram meus caros irmaos brasileiros, que muito do que se orgulha o governo de hoje é fruto de seu antecessor.
Voces se esqueceram … mas eu me lembro muito bem !
Devemos verificar a correção de nossas premissas para tentar adivinhar o futuro.
No meu caso, vejo o passado e constato os dados do presente, para fazer meus investimentos.
O fato é que a vários anos o setor público vem se modernizando, com a contratação dos melhores cérebros, via concurso público.
Todos sabem que para passar em um concurso precisa estudar muito.
Vários órgãos estão pagando cursos em Harvard, Yale, Stanford e outras para seus melhores quadros.
Órgãos como a Embrapa tem sua reputação e qualidade, reconhecidas em todo o mundo.
O BNDES talvez seja o melhor banco de desenvolvimento do globo, sonho de várias nações.
Faculdades como a USP e Unb são responsáveis por grande parte do conhecimento gerado na América. Temos um dos melhores conjuntos de publicações na área da genética e da nanobiotecnologia.
Os bancos nacionais concorrem com o governo a mais de um século. Isso mostra que essa concorrência é possível.
A minha forma de combater cartéis é a presença de uma estatal em cada ramo estratégico da economia.
Evidentemente, uma estatal pode e deve empregar funcionários segundo as regras de mercado, caso contrário, não conseguirá concorrer em pé de igualdade. Mas sua simples presença não deixa de balizar um piso salarial para a categoria.
Aliás, o próprio governo deve remunerar e premiar a criatividade e os resultados alcançados por cada servidor ou equipe. A forma de remuneração do servidor público não precisa diferir do empregado celetista.
Fazendo uma pequena pesquisa é possível verificar que o Banco do Brasil não detém qualquer monopólio no sistema financeiro brasileiro.
Nas empresas privadas do Norte foram constatadas diversas irregularidades de gestão e nos balanços apresentados. Gigantescos e escandalosos salários pagos aos executivos. Pergunto, será que nossas empresas aqui no sul são melhor geridas? Será que os acionistas minoritários não estão pagando passeios com jatinhos da empresa? Será que não existem empresas que dominam mais de 70% de determinados mercados (cimento, refrigerantes, cerveja).
Não se enganem, empresas como a Embraer ou a Vale continuam sendo públicas. Simplesmente não sobrevivem sem o governo. A maior parte do capital ainda é indiretamente controlado pelo governo. Se quebrarem, quem pagará a conta seremos nós.
Quando uma empresa possui milhares de acionista ela se torna um tando pública, pois a nação pode ser vista como uma empresa com milhares de acionistas. Pena que muitos desses acionistas da Brasil S.A. não recebem nada de seus dividendos, pois esses são desviados pela diretoria para o bolso de poucos.
Como