Brasil e Turquia permanecem fora de negociação com o Irã
Grupo que reune potências ocidentais quer frear o programa nuclear iraniano
Estados Unidos, Rússia e França não aceitaram formalmente a participação do Brasil e da Turquia nas negociações sobre um intercâmbio de urânio com o Irã, indicaram os diplomatas nesta segunda-feira (12), sem excluir categoricamente tal possibilidade.
A participação de brasileiros e turcos, que mediaram um acordo sobre troca de combustível nuclear com o Irã, chegou a ser anunciada neste domingo (11), pelo ministro das Relações Exteriores iraniano, Manuchehr Mottaki.
Em declarações à imprensa iraniana, ele disse que o grupo de Viena (Estados Unidos, Rússia e França) havia aceitado a presença de brasileiros e turcos nas negociações sobre a troca de urânio levemente enriquecido de Teerã (3,5%) por combustível enriquecido para fazer funcionar um reator de pesquisas médicas (20%), agora a cargo do Grupo de Viena.
O Grupo de Viena já havia proposto em outubro um intercâmbio nesse sentido controlado pela Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Mas o Irã propôs condições inaceitáveis para as grandes potências, que suspeitam que Teerã pretende desenvolver armas nucleares, o que o Irã desmente.
Brasil e Turquia chegaram a mediar acordo
Oito meses depois, Teerã aceitou a ideia proposta, mas só após a mediação de Brasil e Turquia.
Os países do Grupo de Viena, no entanto, viram com reservas o acordo Irã-Turquia-Brasil e pediram à República Islâmica que esclarecesse alguns pontos.
Durante este tempo, o Irã continuou com suas atividades de enriquecimento, apesar do Conselho de Segurança da ONU votar uma quarta série de sanções econômicas e militares contra o regime iraniano no último dia 9 de junho.
Em 7 de junho, o Irã reconheceu, pela primeira vez, que as novas sanções impostas pela comunidade internacional poderão frear seu programa nuclear polêmico, aí compreendidas as atividades de enriquecimento de urânio, mas que isso não o deterá.
Neste domingo, no entanto, anunciou que produziu 20 kg de urânio enriquecido a 20%, desafiando, assim, a comunidade internacional, que exige o fim do programa
FONTE: AFP, via R7
França. Nossa Parceira estratégica…!!!
Toma Mag, toma Amorim, eeeeeeeeeeeeeeeeee…. tooooooooomaaaaaaaaa Mullaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa.
É Mahmud… Agora é esperar as explosões em Teerã…
Sem mais.
As potências não conseguem sair do Iraque, não conseguem sair do Afeganistão e agora arrumam sarna pra se coçarem com o Irã ? Eles não conseguiram fazer a Coréia do Norte deixar de enriquecer urânio e vão conseguir isso lá, num país muito bem armado e com um mundo já cansado de guerras ? O Irã vai fazer sua bomba e ninguém pode impedir..Os EUA tinha que se preocupar mais com o Paquistão que já tem a bomba e pode ter um muçulmano fundamentalista no poder bem mais fácil que o Irã..
´Pegando a deixa do André Oliveira, … e o Brasil tinha era de (1) se preocupar mais com suas próprias fronteiras, pois temos grandes problemas junto ao Paraguai, Colômbia e Bolívia e (2) expulsar as FARCs de dentro do país.
André… Lembre-se das usinas Sírias.
Andre_Oliveira disse:
13 de julho de 2010 às 18:21
“O Irã vai fazer sua bomba e ninguém pode impedir..”
Ahahahaha, profético o rapaz hein? Já bate o martelo já, rsrsrs… Deve ter altas fontes em Israel para saber o que Tio Jacó vai fazer, rsrsrs…
Como diria Mané Garrincha: “combinou tudo isso aí com os russos”??? 🙂
A verdade é que se o Irão chegar perto de enriquecer urânio em alta densidade, eu não daria um centavo pela pele do Ahmadinejad e dos aiatolás que regem tal país… Não vai sobrar ossinho nem pra fazer feijoada pra três gajos, rsrsrs…
Prezado Galante:
Off-Topic: dê uma olhada no texto do Estado de São Paulo do link abaixo:
http://defesabr.com/blog/index.php/10/07/2010/hidropirataria-na-amazonia-um-delirio/
Acho que seria interessante se pudesse se tornar um post aqui do ForTe. Mandei-lhe por e-mail também.
Sds.
Vader, já tinha publicado no Naval, obrigado.
Prezado Vader:
Minha assertiva é um tanto quanto arriscada, reconheço, mas, levando-se em conta que as potências não conseguiram impedir Paquistão, ìndia e Coréia do Norte de construírem seus artefatos e que Israel, apesar de ter condições técnicas de realizar um ataque, provavelmente não conseguirá realizar tal intento a ponto de interromper o processo de nuclearização iraniano, entendo que é muito pouco provável que o Irã deixe de ter sua bomba..
O grande problema de um enfrentamento Israel Iraque não seria o ataque em si, mas a reação fronteiriça de Hizbolah e Hamas, principalmente o Hizbolah, que conseguiu travar combates muito duros com a IDF, fato que gerou muitas críticas inclusive dentro de Israel, pois houve um número realmente grande de baixas..
Alteridades a parte, do ponto de vista dos iranianos a bomba está se tornando cada vez mais necessária, apesar de eu considerar estes artefatos brinquedos caros e inúteis do ponto de vista prático, pois ela é inútil para conflitos de baixa intensidade.
E em relação a quem se preocupa com nossos vizinhos mais imediatos, minha consideração é que o MInistério das Relações Exteriores não é o responsável direto e único pelo controle de fronteiras do Brasil, fato que cabe em parte ao Ministério da Justça, com a Polícia Federal, ao Ministério da Defesa, além de envolver o gabinete de segurança institucional. Para completar:
1 – Recentemente a Polícia Federal brasileira prendeu pessoas que se supõe ligadas as FARC. Não foi o FBI e nem o Mossad, foi a Polícia Federal brasileira. http://www.uai.com.br/htmls/app/noticia173/2010/05/08/noticia_nacional,i=158853/POLICIA+FEDERAL+PRENDE+NO+BRASIL+UM+DOS+CHEFES+DAS+FARC.shtml
2 – Em relação as fronteiras brasileira há nos links abaixo uma descrição de operações importantes realizadas na Amazonia, e também no Paraguai, inclusive do próprio Forte, que indicam nosso nível de preocupação com o tema.
http://www.defesanet.com.br/md1/mil_dipl.htm
http://www.defesanet.com.br/md1/mil_dipl_1.htm
http://www.forte.jor.br/2009/11/16/exercicio-das-forcas-armadas-brasileiras-em-itaipu-preocupa-paraguai/
Acho que basta para qualificar do debate, por enquanto..
Grato,
Em relação a essência da postagem, o que a reportagem díz é que as potências recusaram a participação de Brasil e Turquia, mas também não fecharam a porta de forma total.
Outro fator que pode ser considerado nesta equação geopolítica é que um ataque israelense ao Irã, além de prejudicar todas as negociações em curso, inevitavelmente conduzirão a uma escalada com o fechamento do Estreito de Ormuz por forças iranianas, fato que, mesmo que ocorra por um mês, será suficientemente forte para conduzir a uma elevação expressiva nas cotações do petróleo, o que, beneficiaria o próprio Irã na ponta final.
Outro ponto importante é que um ataque israelense a qualquer país muçulmano, mesmo de etnia Persa, não seria visto com bons olhos por nenhum país muçulmano, árabes principalmente, o que tornaria muito dificil o engajamento e EAU, Qatar, Kuwait, Arabia Saudita e Oman em qualquer combate, além de ser imperioso considerar o fato de que provavelmente Iraque e Afeganistão convulsionem de vez numa ação destas com pesadas baixas para os EUA.
O grande risco de um ataque israelende ao Irã seria a reação para os EUA. A questão toda é saber quantos soldados americanos mortos serão necessários para que a sociedade norte americana entenda que Israel tenha se tornado um problema muito sério para a segurança americana. Um ataque como este pode ser a gota que falta no copo, uma vez que circulam polpudos relatórios do General Patraeus sobre o fato. http://maierovitch.blog.terra.com.br/2010/03/20/israel-nos-enfraquece-e-coloca-em-risco-a-vida-dos-nossos-soldados-diz-general-petraeus/
Finalmente quando no negócio que eles queriam nós conseguimos, agora não nos querem.
Deixem eles acabarem de vez com o Irã. Não podemos fazer nada. Essa “comunidade internacional” nem existe.
Enquanto o Irã vira pó, que tal esquecermos essa de “anti americanismo” e virarmos patriotas de verdade. Fazer nossa indústria ressuscitar?!
Vamos falar o que é nosso. Fora o lixo da Imbel.
Nossa, quantos erros!
Mas é isso aí pessoal.
ALDO GHISOLFI disse:
13 de julho de 2010 às 19:04
Expulsar as ONGs também!
Andre_Oliveira disse:
14 de julho de 2010 às 12:48
“Outro ponto importante é que um ataque israelense a qualquer país muçulmano, mesmo de etnia Persa, não seria visto com bons olhos por nenhum país muçulmano, árabes principalmente, o que tornaria muito dificil o engajamento e EAU, Qatar, Kuwait, Arabia Saudita e Oman em qualquer combate, além de ser imperioso considerar o fato de que provavelmente Iraque e Afeganistão convulsionem de vez numa ação destas com pesadas baixas para os EUA.”
André, não se engane voluntariamente: Israel está forrado de baterias de mísseis Patriot e outros. O Iraque também os têm (dos americanos). Ambos tem meios para se defender bastante razoavelmente de um revide iraniano com a única arma que poderia os atingir, os mísseis de cruzeiro (o qual seria o primeiro e o último ataque em qualquer um dos dois casos).
Então contra quem os iranianos dirigiriam seus contra-ataques retaliatórios? Contra quem não tem baterias anti-mísseis.
E quem são? Os países sunitas da península arábica: Arábia Saudita, Qatar, Omã, etc. Estes são os que borram as cuecas de medo de um Irão nuclear.
Não é a tôa que todos aqueles países estão se armando a toque de caixa (EAU, por exemplo)! Não é à tôa que o Rei da Arábia Saudita outro dia mesmo fez uma enorme encomenda de (72!) F-15 ao governo americano, a “toque de caixa”:
http://www.aereo.jor.br/2010/06/30/perspectivas-do-silent-eagle/
É evidente que para se defender de Israel ou dos EUA (seu aliado), ambos usuários do mesmo F-15, é que não é!
É o que eu falo: às vezes falta um pouco enxergar a realidade para alguns comentaristas, realidade esta turvada pela ideologia. E a realidade é que a rivalidade entre povos distintos de uma mesma religião é tão grande, senão maior, do que entre povos de religiões diferentes. O Irão é o inimigo natural de todo o mundo árabe há séculos!
O maior medo da península arábica nunca foi Israel, que nunca lhes fez nada de grave: o maior medo deles é a Pérsia Xiita dos Aiatolás!
A verdade é que se Israel fizer o “servicinho sujo” para eles os árabes no fundo no fundo (jamais admitirão isso, é evidente) ficarão extremamente gratos!
Cara, se lembre do ataque à usina iraquiana! Alguém retaliou Israel? Parceiro, no fundo todos os países árabes, e principalmente o Irão, deram graças a Alá, pois eles morriam de medo de um Saddam Hussein atômico!
No mais, a situação no Iraque está mais ou menos controlada. Pode piorar um pouco, mas o povo iraquiano está tão cansado do terror da Al Qaeda quanto dos americanos. E sabe que se a coisa piorar de novo os americanos não irão embora tão cedo.
Quanto ao Afeganistão, a coisa já está convulsionada. Pouca coisa o Irão poderia fazer para piorar. No mais, cabe sempre lembrar que o Afeganistão é sunita, e que ambos os povos tem uma rivalidade histórica até maior do que a entre Irão/Iraque, com os afegãos tendo expulsado os persas mais de uma vez de seu território. Se eles não gostam dos ocidentais, a verdade é que gostam menos ainda de persas, até porque algumas minorias afegãs no Irão são extremamente maltratadas pela ditadura dos aiatolás.
“O grande risco de um ataque israelende ao Irã seria a reação para os EUA. A questão toda é saber quantos soldados americanos mortos serão necessários para que a sociedade norte americana entenda que Israel tenha se tornado um problema muito sério para a segurança americana.
Vejo dois erros no seu raciocínio: o primeiro é linkar as ações de Israel com a dos EUA. Entenda: Israel atacará o Irão com ou sem o apoio americano ou do inútil CS da ONU. Ainda que os EUA condenem textualmente uma eventual ação de Israel, isso não impedirá a chuva de bombas sobre as instalações nucleares do Irão.
O segundo é achar que mortos americanos comoverão ou demoverão Israel. Cara, por mais laços que Israel tenha com os EUA, não são o mesmo país. Em outros tempos, quando os EUA negaram-se a fornecer equipamento militar para Israel (leia-se: embargaram), eles simplesmente foram e compraram de outros (no caso, dos franceses)!
Israel não tá nem aí pro patético governo democrata do USA!
Repito: só estou lendo a realidade COMO ELA É! Não é nem como eu gostaria que fosse (se eu sou mandatário em Israel já teria me livrado do Irão há secula seculorum).
A verdade é que a contagem regressiva para o Irão nuclear está chegando ao fim…
Tic, tac, tic, tac, tic, tac… 🙂
Ahmadinejad, pode esperar, a tua hora vai chegar…
Israel não precisa de aprovação dos EUA. Seus governantes sabem que mesmo se invadirem o Líbano, Síria e o Sinai não haverá grandes consequências… Quando os americanos desocuparem o Iraque, quem vai manter “as coisas no eixo” será seu protetorado sionista.
O CS é inútil.
Mas Vader, os sistemas de defesa americanos e israelenses não os tornam invulneráveis às possíveis armas nucleares que poderiam ser produzidas pelo Irã. Um ataque terrorista utilizando uma ogiva nuclear contrabandeada do Irã é o grande temor desses países, e algo não tão remoto, dada a atual constituição da cúpula governamental iraniana. Logo, um ataque aos centros de pesquisa nuclear iranianos fica ainda mais possível e iminente.
MA disse:
14 de julho de 2010 às 15:16
MA, veja só: invulnerabilidade de fato não existe. E Israel está bem ciente disso. Mas os sistemas antimísseis de Israel (s.m.j. não apenas Patriot) são os melhores do mundo, dizem até que melhores do que os do USA.
Mas tem dois probleminhas em um eventual ataque nuclear do Irão:
1. Ainda que o Irão já tivesse a bomba, o que não tem, uma coisa é ter o artefato, outra bem diferente é instalá-lo numa ogiva. A Coréia do Norte por exemplo tem a bomba e tem o míssil, mas não dispõe de tecnologia para inserir o artefato no vetor (a bomba coreana é um monstrengo que se carrega em dois caminhões).
2. O amigo pode imaginar qual seria o tamanho da retaliação que o Irão sofreria em um eventual ataque nuclear a Israel? Só lhe digo uma coisa: o Irão seria riscado do mapa pelos próximos dois ou três bilhões de anos. E até os aiatolás malucos, que podem facilmente morrer pois “encontrarão suas setenta virgens no paraíso” sabem disso.
E olha que estou falando de uma retaliação apenas por Israel hein? Nada de USA, Rússia, China, França, GB, etc…
Sds.
Vader,
A minha manifestação é turvada pela ideologia e a sua é permeada pela mais cristalina verdade ? Aguardemos pois…
Andre_Oliveira disse:
14 de julho de 2010 às 15:39
Companheiro, é como eu disse: só estou fazendo a leitura como as coisas são, não como eu gostaria que fosse.
De fato, aguardemos…
Tic, tac, tic, tac, tic, tac… 🙂
Jesus, quanta arrogância..
Acho que o maior erro que um analista desta situação deve evitar, é achar que Israel vá submeter sua existência a decisões de terceiros.
se/quando seus serviços de inteligência provarem ao governo que o Irã está próximo de atingir a bomba, as instalações serão atacadas com ou sem ajuda/consentimento dos EUA. ( Nem comento CS da ONU por este ser um orgão absolutamente irrelevante)
E os países vizinhos estarão se lixando para o Irã.
Finalizando, só espero que os ataques sejam cirúrgicos e que o Irã não se atreva a revidar, assim os inocentes correrão menos riscos.
Andre_Oliveira disse:
14 de julho de 2010 às 15:55
Arrogância não André, é LÓGICA, a “terrível esmagadora de dochas”. Ou então me responda você:
1. Pra que que o Rei da Arábia, que já tem em seu arsenal nada menos que Eurofighter Typhoon e F-15 Strike Eagle quer mais 72 F-15 Strike Eagle A TOQUE DE CAIXA, além de co-financiar o desenvolvimento do Silent Eagle?
2. Pra que os EAU, que já tem uma Força Aérea considerável (entre outros, com Mirage 2000-9), estão querendo adquirir Typhoon e talvez Rafale?
Evidentemente que para se defender dos terriveis habitantes da Lemúria ou dos invasores venusianos é que não é…
Vader, a questão do ataque terrorista armado pelo Irã nunca seria uma “operação ofensiva”, eles só recorreriam a isso no caso de terem seu regime ameaçado, de alguma forma. Exatamente pelo motivo que você citou, nem o mais radical dos extremistas quer tomar uma atitude que termine na sua total desintegração.
Eu acho (e creio que o governo americano/israelense também) que um ataque desses é muito possível (terroristas têm muito tempo para planejar e são muito criativos, conseguiram até meter um avião comercial no Pentagono, quem diria!). Por isso estamos vendo tamanha pressão para que o Irã desista de seu programa nuclear e uma tremenda mobilização para o que, o mais rápido possível, será um ataque contra as instalações nucleares do Irã.
Eu considero extremamente improvável que ocorra um embate entre persas e árabes, por mais que o ódio entre sunitas e shiitas esteja em último grau e acho que esse ataque se torna impossível se Israel atacar o Irã…
Esta questão é em grande medida um típico esquema imperial de dividir para conquistar. Esse jogo era assim desde Dario e Alexandre da Macedonia e não foi uma invenção do Tio Sam…Ele apenas é mais um a jogar o jogo..
A chave de um eventual conflito não serão exatamente as plantas nucleares, mas o controle do Estreito de Ormuz, a posição estratégica a se controlar neste eventual confronto…
Engraçado como os dois maiores ex-aliados americanos se tornaram seus maiores problemas..
MA disse:
14 de julho de 2010 às 18:25
MA, depois que escrevi que entendi, vc se refere a um atentado terrorista nuclear, com um artefato contrabandeado pelo Irão.
Veja, um artefato desses recém desenvolvido não é uma máquina pequena, como demonstram os 4 que a Coréia do Norte tem que, repito, cada um é carregado em dois caminhões separadamente, tendo que ser desembarcado e montado no local da detonação.
Então, assim, não é exatamente uma coisa fácil de se passar despercebida. Ninguém conseguiria montá-lo em segredo em uma rua de Manhattan, ou de Jerusalém.
Por outro lado, por mais isolado que seja um dispositivo desses, ele sempre emite traços de radiação. Então é uma coisa razoavelmente fácil de ser detectada, inclusive por satélites de vigilância.
Mas de fato, invulnerabilidade não existe. E tanto o USA como Israel sabem muito bem disso. E se preparam para tal fato.
Mas não apenas eles, mas o mundo tem de estar bem consciente que, se não eliminarmos o terrorismo em nível global, algum dia um grupo terrorista irá usar um artefato nuclear contra uma população civil. E então, Deus nos acuda.
O que inibirá, ao fim e ao cabo, um ataque terrorista desses é a reação. Entenda: qualquer nação, não apenas o Irão, mas QUALQUER nação, que usar ou de qualquer maneira patrocinar o uso de um dispositivo atômico ou termonuclear contra população civil SERÁ obliterada. E isso nem precisa ser feito por Israel ou USA: França, GB ou Rússia poderiam se encarregar disso.
De fato, não foi à tôa que o mundo passou pela Guerra Fria: o medo da destruição total é um componente a ser levado em conta, sempre.
De resto, concordo contigo: existe um momento crítico para atacar o Irão. Depois disso de pouco ajudaria.
Sds.
Andre_Oliveira disse:
14 de julho de 2010 às 19:47
“A chave de um eventual conflito não serão exatamente as plantas nucleares, mas o controle do Estreito de Ormuz, a posição estratégica a se controlar neste eventual confronto…”
Parceiro, não se preocupe com os navios americanos que levam o petróleo do Iraque não. Eles passarão normalmente, depois que as bombas destruírem as plantas do Irão… Os aiatolás farão as pazes e ficarão pianinhos se quiserem manter suas cabeças acima da terra. Ou a “farra” das bombas continuará…
E ademais, o Irão só controla um lado do estreito. E tanto o Tio Sam quanto Israel também tem marinha.
Tic, tac, tic, tac, tic, tac… 🙂
giap49 disse:
15 de julho de 2010 às 11:21
“se for para Israel só bombardear as intalações nucleares iranianas, é melhor os sionistas jogarem uma bomba nuclear em Teerã logo, porque não se bate em cachorro e o deixa vivo para te morder depois.”
Eu concordo contigo. Acho que Israel deveria mesmo varrer o regime iraniano do mapa.
Mas eles não o farão. Apenas destruirão as instalações nucleares iranianas, como fizeram com as iraquianas. Até porque Israel é uma democracia, cujos líderes tem que prestar contas a seus governados.
_______
Eu dono da verdade? E quando foi que eu disse que era? 🙂
A única diferença entre mim e vocês é que eu analiso os fatos, crio premissas factíveis, e uso a lógica para chegar a uma conclusão real. Não faço propaganda.
Vocês não: vocês analisam os fatos, mas as premissas que criam são todas distorcidas pela ideologia marxista, o que necessariamente afeta a sua conclusão. Ao invés de construírem premissas como elas devem ser construídas, vocês preferem construí-las como vocês gostariam que elas fosse construídas, para fins únicos de propaganda (para os muito incautos) de sua ideologia.
E infelizmente para vocês isso vai contra as regras da lógica mais elementar.
MA disse:
15 de julho de 2010 às 16:32
“Em 1999 você diria que um terrorista conseguiria sequestrar um avião comercial e meter ele no Pentagono, o centro estratégico americano?”
Hehehe MA, no auge da Doutrina Delta (1998) do EB estudávamos possibilidade de emprego de aviões em atos terroristas contra uma certa potência beligerante, hehehe… mas o alvo principal era a Disneylândia, rsrsrs…
Inserindo a discussão num ambiente mais lógico, mais sério, e, afeito ao jogo das probabilidades, típico dos Jogos de Guerra, coisa que se estuda nas escolas militares, pois eles sabem que conflitos contam com o princípio da incerteza como regra, entendo ser interessante a seguinte discussão:
1 – Israel ataca as plantas nucleares iranianas e tem sucesso em destruí-las. O que ocorre:
1.1 – O regime dos Aiatolás se enfraquece ou se fortalece ?
1.2 – As forças Iranianas perdem ou não a capacidade de operar ?
1.3 – O Estreito de Ormuz permanece aberto, ou caso seja fechado, por quanto tempo será desta forma ?
1.4 – Este ataque reverte em benefício de Israel em que nível ? Haverá um ambiente mais favorável ao país na arena Internacional ?
2 – Israel ataca as plantas nucleares israelenese e falha em destruí-las.
2.1 – O Estado Sionista se enfraquece a ponto de ter sua soberania territorial questionada ? Seria este o ponto de inflexão no poderio militar das IDF ?
2.2 – Este fracasso poderia ser o empurrão que faltava na formação de um Estado Palestino ? Hamas e Hizbollah teriam condições de atacar Israel a ponto de forçá-la a uma mesa de negociações ?
2.3 – O Irã, neste caso, vitorioso, aumenta sua força no Oriente ? Ele questionará a soberania da Família Real Saudita em seu próprio território ?
Oliveira,
E qual a chance de um ataque dessa magnitude dar errado? Com certeza posteriormente haveria uma grande tensão na região, ataques do Hamas (pfffff…) e uma crise diplomática mundial. Mas, ao menos, haveria um grande alívio para estes países, e este alívio seria o fim do programa nuclear iraniano…
O ganho compensa os riscos, nesse caso.
Andre,
1.1 – O regime dos Aiatolás se enfraquece ou se fortalece ?
A tendência é se fortalecer, visto que o que essa ditadura mais precisa pra se sustentar é um inimigo externo….
1.2 – As forças Iranianas perdem ou não a capacidade de operar ?
Acho que bases aéreas deverão ser atacadas se o Irã revidar, a princípio somente as plantas nucleares serão atacadas, o que já vai ser um esforço tremendo ( se implementado apenas por Israel)
1.3 – O Estreito de Ormuz permanece aberto, ou caso seja fechado, por quanto tempo será desta forma ?
O Estreito deve permanecer aberto, até porque outros interesses muito mais importantes que Irã-Israel estarão em jogo.
1.4 – Este ataque reverte em benefício de Israel em que nível ? Haverá um ambiente mais favorável ao país na arena Internacional ?
No meu entendimento, este ataque só ocorrerá com um alerta dos serviços de inteligência de Israel, neste caso o beneficio claro é impedir que um país inimigo tenha poder de dissuassão nuclear…
2 – Israel ataca as plantas nucleares israelenese e falha em destruí-las.
falha em quantos % ?
Talvez calculem que se destruirem especificamente determinadas plantas ( Natanz deve ser prioritária, imagino), retardar o programa nuclear em 15 anos, pode ser considerado um sucesso…
2.1 – O Estado Sionista se enfraquece a ponto de ter sua soberania territorial questionada ? Seria este o ponto de inflexão no poderio militar das IDF ?
Acho que apenas com uma perda catastrófica de sua Força aérea haveria risco para o Estado de Israel, mas sempre temos que levar em consideração o compromisso dos EUA com este país e da eficiência do planejamento deles em ataques deste tipo ( Iraque em 1982 e Siria em 2007 – negado por ambos os lados)
2.2 – Este fracasso poderia ser o empurrão que faltava na formação de um Estado Palestino ? Hamas e Hizbollah teriam condições de atacar Israel a ponto de forçá-la a uma mesa de negociações ?
A verdade, parece, é que ninguém quer a criação de um estado palestino… Como o Hamas e o Hezbollah aceitariam a criação de um Estado Palestino que reconhecesse Israel?
2.3 – O Irã, neste caso, vitorioso, aumenta sua força no Oriente ? Ele questionará a soberania da Família Real Saudita em seu próprio território ?
Dificilmente o Irã, após ser duramente bombardeado ( ainda que não houvesse sucesso), partiria para um novo confronto com um outro grande aliado dos EUA, muito bem armado, diga-se de passagem.
Acho que é isso.
Abraços
“1.1 – O regime dos Aiatolás se enfraquece ou se fortalece ?
A tendência é se fortalecer, visto que o que essa ditadura mais precisa pra se sustentar é um inimigo externo….”
A questão é: O regime dos Aiotolás fortalecido representará perigo para a comunidade internacional?
Eles se consideram ocidentais?
Existe o risco de aproximação com a China abrindo caminho para um choque de civilizações?
Perceberam que o Reino Unido e nem China se pronunciaram…
O boicote aos esforços do Brasil e Turquia para resolver o impasse criado pelo progaram nuclear iraniano foi nada mais que uma jogada geopolitica das potencias (clube nuclear)
O mundo visto da concepção das potencias, tem os qos que mandam e os que obedecem, no caso o grupo de viena são os que mandam e o resto do mundo obedece e não é nem um pouco interessante nem razoavel para eles que novas potencias emergentes começem a atuar no teatro da geopolitica mundial,eles sabem que mais cedo mais tarde paises com Brasil, Turquia, India dentre outros irão sem duvidas participar deste seleto grupo dos que mandam, más eles vão com certeza prorrogar ao máximo esse dia.
Agora para entrar nesse grupo tem que se ter uma diplomacia atuante(no meu ponto de vista já temos) euma força militar capaz de dar respando a qualquer momento as posições do país(nisso ainda estamos anos luz do ideal)