Veteranos de 1932 pedem aumento de pensão
Governo estadual paga R$ 450 mensais a 55 ex-combatentes e cerca de 600 viúvas
Os veteranos da Revolução Constitucionalista de 1932 que dependem de pensão especial do Estado – são 55 ex-combatentes e cerca de 600 viúvas, quase todos com mais de 90 anos – afirmam passar por privações ou precisar de suas famílias para sobreviver porque recebem apenas R$ 450 mensais de pensão. Segundo eles, o governo paulista reluta em reajustar o valor.
“Essa é a demonstração da importância que nosso governo dá a esses valorosos homens, muitos dos quais foram para a batalha com menos de 18 anos, como foi o caso de meu pai”, diz a professora aposentada Neide Gumbis de Souza Belluco, filha e sobrinha de soldados voluntários. Residentes em Piracicaba, ela e a irmã sustentam a mãe, viúva, de 89 anos, pois a pensão não é suficiente nem para os remédios.
O secretário da Sociedade dos Veteranos de 1932 – MMDC, coronel Mário Fonseca Ventura, cujo pai lutou no Túnel da Mantiqueira, diz que a situação só não é pior porque muitos ex-combatentes pertenciam ao Exército ou à Força Pública (atual PM) e recebem pensões dessas corporações. É o caso do presidente da sociedade, capitão Gino Struffaldi, de 96 anos, que servia como radiotelegrafista no Forte de Itaipu, em Santos, quando as tropas federais de São Paulo apoiaram os constitucionalistas.
“Não sofremos baixas, mas a Fortaleza de Itaipu foi bombardeada pela Aviação Naval, da Marinha do Brasil, que danificou as instalações”, conta o capitão Gino. “Nossa unidade mandou quatro canhões para a frente de batalha e armou com outro canhão um trem blindado construído pelos paulistas”, acrescenta. Cada canhão saía com cinco ou seis homens, armados de fuzis, o que deixou a guarnição desfalcada.
O soldado Oswaldo Diana, de 101 anos, também não tem pensão especial porque deu baixa na Força Pública para trabalhar como técnico eletricista na indústria. “Eu me aposentei pelo INSS, mas acho que teria direito a receber a pensão, porque lutei no Vale do Paraíba e participei de três combates”, diz. Em 23 de maio de 1932, quando foram assassinados os heróis do MMDC (Martins, Miragaia, Dráusio e Camargo), ele estava no Quartel General, vizinho de sua unidade, o Batalhão Tobias de Aguiar.
“Aplaudimos nossos heróis no desfile de 9 de Julho, mas não reconhecemos, com essa pensão inferior ao salário mínimo regional (de até R$ 580), o mérito daqueles que lutaram nas trincheiras”, afirma o deputado estadual Sérgio Olímpio Gomes (PDT), major reformado da PM, que há três anos tenta convencer o Executivo a encaminhar à Assembleia Legislativa um projeto de reajuste, cuja iniciativa precisa ser do governador. O Estado não comentou as queixas.
A Sociedade dos Veteranos espera que ao menos o governo equipare a pensão ao salário mínimo. “Seria já uma conquista, embora fosse mais justo dobrar o valor atual”, afirma o coronel Ventura. Como secretário, ele sabe da angústia dos que têm de sobreviver com os R$ 450. “As viúvas são obrigadas a entrar com um processo na burocracia do Estado para comprovar a morte do marido”, diz. Segundo ele, muitas morrem antes.
FONTE: O Estado de São Paulo
O erro destes valorosos homens foi ter nascido à época errada. O destino os fez jovens na década de 30 e os pos em combate.
Se ao invés disto eles fossem jovens nas décadas de 60/70 e houvessem cerrado fileiras à esquerda terrorista patrocinada pelos piores ditadores mundiais e tentassem implantar uma ditadura comuna no país, hoje estariam todos refestelados mamando polpudas indenizações e quem sabe, até mesmo ocupando algum cargo comissionado no guvernu…
É… o azar deles foi não terem sido terroristas, estariam recebendo milhares de reais de ndenizações, polpudas pensões, seriam prestigiados, candidatos à Presidência, à Câmara de Deputados, ao Senado, poderiam integrar o Grupo dos Mensaleros,dos Cuequeros etc. Lástima… são apenas veteranos de ’32…
o valor a coragem de nosso nobres soldados que derão seu heroico sangue pela patria não vale nada para essa cammbada de cominista que estão no governo! se fossem terroristas ou asassinos e ladrões com certeza eles não mexerião e nem diminuirião suas penções.o homem de valor para eles hoje é o corrupto ladrão e bandido este é os que tem mais valores para nossos nobres e eticos congressistas.
Se a pensão vem do governo do estado de São Paulo nada a se estranhar.
Basta ver o salário que policias da ativa recebem desse mesmo governo. Uma verdadeira vergonha.
Caberia aos deputados federais de São Paulo enviarem uma proposta de lei destinando não só um aumento do valor das pensões mas também indenizações àqueles que já morreram.
Que se passe para o âmbito federal também essa questão
É uma vergonha isso..Esses valores devem ser revistos..E para quem não entendeu, eles recebem suas pensões do GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO…Que preza tanto a memória de glória da sua gente..Certamente o GOVERNO FEDERAL paga bem melhor aos veteranos de Segunda Guerra do que aos nobres paulistas..
Até onde sei, quem paga essa “esmola” de pensão aos veteranos da Revolução de 32 é o governo do PSDB, que aliás dirige o estado de São Paulo desde 1994 com extremo respeito e zêlo a diversas categorias importantes do funcionalismo como policiais, professores, etc. O governo paulista se orgulha tanto de ter um salário mínimo regional de 580 reais mas comete um ato de tremendo descaso ao fornecer essa pensão vergonhosa de 450 reais a hérois que lutaram ostentando a bandeira de São Paulo mas que na verdade carregavam os ideais de liberdade que beneficiaram toda a nossa Nação. Aliás, vejo muitas semelhanças entre o governo ditatorial de Getúlio Vargas contemporâneo a Revolução de 32 e os governos ultra-direitistas neoliberais da coligação PSDB-DEM.
Paulo Andrade disse:
10 de julho de 2010 às 18:11
Concordo. Uma lástima o salário dos policiais no Brasil inteiro. Uma lástima as pensões de ex-combatentes no Brasil inteiro.
Uma solução seria a equiparação dos salários das policias no Brasil todo. Um piso salarial único. Equiparação dos combatentes da Revolução Constitucionalista com os da FEB, e o aumento das pensões, até porque estes últimos também não ganham nenhuma maravilha.
Mas pergunta: o governo federal se movimenta para aprovar isso no Congresso? Mesmo com toda a cooptada base aliada? Mesmo com apoio do Sarney e tudo o resto?
Não. Para o gf é mais importante perdoar dívidas de países africanos, doar refinarias para bolivianos, e dar aumento pro preço da energia paga em Itaipú para os paraguaios, descontando o correspondente na conta de energia do consumidor.
E para o Congresso Nacional é mais importante tirar dois meses de férias no meio do ano.
Enfim, antes de se apontar o dedo para o Estado de São Paulo, cabe também uma reflexão mais ampla. Pois está tudo errado “nefte paíf”, não apenas em São Paulo.
Sds.
Nem a pau Juvenal, o salário de delegado de polícia no Estado de São Paulo é o pior do país !! o atual governo destruiu a segurança pública de São Paulo, haja vista o PCC, cria predileta da turma..
http://www.conjur.com.br/2010-mai-27/melhora-policia-depende-melhores-vencimentos-delegados
Eu trabalho com policiais militares e civis e eles nunca estiveram tão desmotivados, humilhados e desmerecidos, e isso está gerando uma ampliação sem precedentes nos casos de corrupção dentro dessas forças..Lá os ruins prosperam e os bons são jogados para escanteio..
Querem comparar os salários do Polícia Federal aos salários da Polícia Civil de São Paulo..???
O salário de um SD 1cl PM aqui em São Paulo é menor que o do MS, ES, GO, DF, SE e TO..E, com toda a consideração aos outros estados, o nível de risco dos PMs de SP é bem maior..
E para quem quiser saber o que está em andamento em relação as polícias do Brasil no congresso vejam abaixo ( já ouviram falar da PEC-300 ?)
http://www.abn.com.br/editorias1.php?id=62001
http://www.camara.gov.br/sileg/prop_detalhe.asp?id=414367
Esse aqui embaixo é uma grande autoridade em segurança do estado, e tem o meu voto para esta eleição. Pra ele eu faço campanha mesmo..!
http://majorolimpio.com.br/index.php
Prezados,
Esse infelizes serviram à interesses maiores que suas convicções. Serviram à interesses que nem mesmo eles tinham conhecimento. Não pensem os Sr. que a sociedade paulistana se preocupa por eles porque não se preocupa. As mesmas famílias que na época os incentivaram, logo viraram suas costas e hoje, renegam suas existências.
No fundo, tenho profunda compaixão por esses soldados.
Sds.
PS: Onde está ou onde estão os operadores de lei formados pelo Largo do São Francisco nessas horas? talves fazendo algum “pindura” por ai.
Repugnante.
Alexandre GRS disse:
11 de julho de 2010 às 0:15
“As mesmas famílias que na época os incentivaram, logo viraram suas costas e hoje, renegam suas existências.”
Caro Alexandre GRS, se com sua intervenção você quer dizer que o povo paulista não encarnou aquela guerra, e que ela foi uma guerra da “zelite”, impopular, lhe adianto que vc está errado.
Muita gente que não combateu participou do conflito direta ou indiretamente.
Minha avó, criança, entregava marmita que a mãe dela preparava (de graça) para as tropas acantonadas perto de sua casa. Um de seus irmãos chegou a se alistar, e não foi enviado ao combate por bem pouco. O pai dela doou sua aliança de ouro pra ajudar no esforço de guerra. E minha avó ainda se lembra dos “vermelhinhos” bombardeando a estação de trem a uma quadra da casa dela.
Não sei se vc é de São Paulo, mas se não é, saiba que a memória de 1932 está bem viva no povo paulista. O Ditador Vargas não era, e continua não sendo, nada popular por aqui.
E sempre que se tentar implantar ditaduras no Brasil, São Paulo irá se levantar, ainda que sozinho, ainda que traído.
MMDC vive.
Sds.
PS: não sou USPiano, mas o que os universitários do Largo São Francisco tem a ver com isso? Honestamente não entendi sua assertiva final. Será que as “leises” são feitas nas faculdades de Direito, ou no Poder Legislativo? 🙂
Prezado Felipe CPS,
De fato, quando os meus avós chegaram da Europa, se depararam com o conflito já em andamento.
Por parte do meu pai, minha familia é oriunda da Austria e Alemanha, por parte de minha mãe, descendo da aristocrácia Russa, expulsa de seu país pelos bolcheviques.
Logo, quando eles em São Paulo chegaram, ainda que com uma carga de estudo e conhecimento muito superior, foram logo considerados cidadãos de segunda classe. Eles viveram de perto o que aconteceu e tentaram mesmo ajudar mas suas idéias não se coadunavam com as das lideranças paulistanas, lideranças essas, encabeçadas pelas familias tradicionais paulistanas, ditas popularmente como “quatrocentonas”, oriundas das “primeiras caravelas” que não aceitavam de jeito algum a ditadura imposta pelos irmãos do sul, causando-lhes grande revolta.
Foram esses que, mesmo por “detrás do panos” incitaram a revolução, vendo nesta uma maneira de voltar ao poder.
Quando ficou patente que esse intento fracassara, essas mesmas familias trairam sim os bravos soldados que por elas combateram, não reconhecendo o seu valor e até mesmo ajudando a entregar os “bodes Expiatórios” que em todas as épocas existiram.
Por isso, posso falar de 32 com muita propriedade sim, sem nenhum viés ideológico, apenas relatando o que de fato aconteceu.
Quanto a rixa SP x RS, ambos são indênticos, com idéias muito próximas mas modus operantis diferentes.
No mais, sou brasileiro e não suporto bairrismos.
Sds.
PS: Você e eu sabemos muito bem o papel da Faculdade de Direito do Largo do São Franscisco na revolta. Eles mesmo serviram de “bodes expiatórios”.
Porém, parecem querer esquecer essa página em suas histórias não dando eles o valor devido à aqueles que deram suas vidas. Deveriam sim, auxiliar esses ex-combatentes e suas familias, coisa que não fazem.
No mais, não adianta querer enviesar a discussão ideológicamente, pelo menos não comigo. Graças a bagagem cultural, herdada de minha família, digo com muita firmeza que não sou “massa de manobra”.
Parabéns José Serra!! Você ajuda a matar de fome nossos heróis.
Prezados,
Somente relembrando que à época, eramos um país que, sua base intelectual era formada majoritariamente por Advogados, Engenheiro e Médicos e a base econômica era a agricultura de commodities.
Observem os interesses que permeavam o contexto.
Sds.
Alexandre GRS disse:
11 de julho de 2010 às 11:23
Alexandre: a minha avó é filha de camponeses italianos, e nesta condição jamais foram considerados cidadãos de segunda classe, até o advento do Brasil na SGM (quando lamentavelmente passaram a ser segregados, por motivos óbvios). De maneira que acho muito estranho que o povo paulista, sempre acolhedor aos que para cá vem, tenha considerado sua família como de “segunda classe”.
Claro que entre as “classes altas” talvez tenha existido um certo preconceito, mas entre o povão era tudo igual. Tanto que minha avó casou-se com um mineiro “da gema”.
No mais, os paulistas não tem rixa nenhuma com os gaúchos, pelo contrário, é um dos povos do Brasil que mais admiramos por sua tenacidade, fibra e convicções. A birra é com ditadores mesmo, das quais GV é o maior exemplar. E eu particularmente também detesto bairrismo.
O resto seu é trololó revisionista que, ainda que fosse verdade, e ainda que tivesse maior significado do que a vontade do povo de São Paulo de se insurgir contra o Ditador, absolutamente não vem ao caso para desqualificar o movimento MMDC, que tinha o propósito claro de mexer com os brios de uma população que estava sendo escorchada pelo Ditador Vargas, conforme aliás tornou a acontecer pouco tempo depois, com o advento do Estado Novo.
Enfim, eu felizmente tenho a fortuna de ainda ter na minha família quem se lembre das coisas como elas se deram, e não como alguns pseudo-historiadores oriundos da lavagem cerebral esquerdista dos anos 60 querem fazê-las ficar na história.
E prefiro acreditar na minha avó, que ainda criança viveu a guerra bem de perto, do que nestes pseudo-historiadores.
Quanto aos universitários (risos): o Cientista do Direito trabalha com a lei. Mas quem a faz é o político. Culpe-os, não aos pobres estudantes.
Prezado Felipe CPS,
“Enfim, eu felizmente tenho a fortuna de ainda ter na minha família quem se lembre das coisas como elas se deram, e não como alguns pseudo-historiadores oriundos da lavagem cerebral esquerdista dos anos 60 querem fazê-las ficar na história.”
Como supra citei: descendo da aristocrácia Russa, torturada e expulsa de sua terra amada. Portanto, também me baseio na experiência daqueles que tiveram ceifado o direito a liberdade.
Como falei: nunca fui e nunca serei massa de manobra, justamente pelo fato de ter crescido em um meio permeado de criticidade.
Quanto ao “trololó revisionista” fico com meu Bisavô que querendo ajudar o movimento foi humilhado e escorraçado pelas lideranças.
Permaneço com a vivência dele que, muito de perto, percebeu os interesses vigentes.
E assim se contrói a história nesse país…
“triste a nação que necessita de heróis.”
Sds.
PS: sinto pelos que, movidos por uma ideologia libertadora, foram traidos e colocados de “escanteio” na história…
Por favor, sem proselitísmos.
Prezado Felipe CPS,
E quando me refiro a Escola de Direito, me refiro não somente aos estudantes mas sim, todos aqueles que fizeram e fazem parte da história daquela instituição.
Onde estão eles?
Sds.
Serra deixou esse pepino para o vice. Tem mais : quem questioná-lo sobre esse assunto e for jornalista pode procurar outro emprego.O homem é truculento e não admite contestação. Os veteranos de 32 , deve estar arrependidos,pois lutaram do, lado errado.
Prezado Dante Caleffi,
É justamente nesse ponto que questiono a não intervenção da Escola de Direito e da própria OAB.
Enfim, como dizia um certo político: interésses… interésses…
Sds.
rats isso não tem nada haver com o Governo Federal,e sim com o Estadual!
Hummm…
O lado que perde eh sempre o prejudicado…
Será que os veteranos da Waffen-SS recebem pensão do governo da Alemanha?
Sempre haverá injustiça. E não só com os que participaram e suas famílias, tem muito aposentado que é injustiçado.
Um outro exemplo. A atriz Maite Proença, recebe uma aposentadoria do pai falecido que era policial se nao me engano……..além de não sofrer reajuste, ela não precisa. Mas a lei é cega!
Alexandre GRS:
Essa aristocracia russa da qual vc tanto se orgulha de descender é a mesma que manteve a Russia atrasada e povo Russo faminto até a eclosão da revolução?
Chega de hipocrisia!
Quem não gosta de bairrismo não se considera superior por vir de outro bairro.
Governo Lula do PT ou governo Serra do PSDB todos mantem o país em frangalhos, por defenderem apenas seus interesses. Farroupilha, Revolução de 32, Cabanagem, Balaiada, Inconfidência, todas estas revoltas ou serviram às elites da época de seus respectivos lugares ou substituíram as elites locais por outras elites quem após ascenderam ao poder exploraram a popuação como a elite anterior fazia.
Abram os olhos!
O RS está em mehor situação que SP por causa da farroupilha? O RJ está em melhor situação que MG por causa do Império? SP paga melhor seus policiais e alimenta melhor sua população do que a Bahia por causa da Revolução de 32? Estamos todos no mesmo atoleiro e este atoleiro se chama Brasil. Todos os soldados mortos morreram pelos interesses das elites.
Foram à luta por um sonho, que devemos louvar e lembrar, mas a razão da luta nunca foi o sonho do combatente e sim o interesse do dirigente.
Bom, para ilucidar um pouco o caso e diminuir as contradições que vi nos comentários, sugiro que vejam o documentário “A GUERRA DOS PAULISTAS” de 2002 com direção de LAIS BODANSKY.
Muitos não sabem, mas toda a história começa com a Revolução de 30 que derrubou a velha política do café com leite. O PRP (Partido Republicano Progressista) de SP representava a velha aristocracia Paulista e ditava as regras na polítca nacional naquela época. Após rompimento com a política mineira e a indicação do próprio candidato para presidente da república, há um racha no PRP e dissidentes criam o PD ( Partido Democrático). Por um lado os mineiros, apoiados por gaúchos, paraibanos e pelo PD de SP iniciam os movimentos para derrubar o PRP do poder. Há a revolução de 30 e o início da era Vargas.
Em 32 os paulistas ( elite , o Partido Democrático e classe média) estavam descontentes com o rumo que tomara a política de Getúlio Vargas, pois era claramente ditatorial. O P.D. paulista esperava ser nomeado como presidente de São Paulo um candidato indicado por eles, mas GV impôs um tenente pernambucano que mandava e desmandava como queria no estado paulista. Com todo descontentamento, a elite e a classe média, além dos coronéis que não aceitavam a idéia do tenentismo ganahando força no Brasil, uniram-se para derrubar Getúlio do poder. Inica-se a revolução de 32. Toda a sociedade paulista participou. A princípio contavam com o apoio dos mineiros e gaúchos, mas ambos voltaram-se contra os paulistas devido à manobras getulistas. A propaganda do governo getulista dizia que São Paulo queria se separar do Brasil, que eram rebeldes comunistas liderados por facistas italianos, cujo líder se chamava Francisco Matarazzo. As tropas federais, principalmente as que vinham do nordeste, foram pra gerra achando que estavam libertando SP das mãos de estrangeiros. Há relatos de soldados de SP que foram terrivelmente torturados antes de serem executados, apenas por possuirem ascendência italiana.
Enfim, eu discordo quando dizem que foi uma manobra política da elite apenas. Todo o povo paulista estava unido nessa guerra contra a ditadura de Getúlio, que oprimia propositadamente o estado paulista.
Enquanto muitos brasileiros veneram Getúlio Vargas, nós paulistas temos profundas mágoas e despreso pelo mesmo.
Para terminar, essa é a mais importante e maior revolta armada que o Brasil já teve e estranhamente, só São Paulo comemora, pois a propaganda getulista foi tão eficiente na época que seus ecos fazem-se presente pelo resto do país até hoje, pois ainda acham que foi uma guerra puramente separatista.
Boa tarde Vader, sempre um prazer discutir com vc mesmo não concordando, como agora, com algumas de suas posições. Mas como se diz por aí, o que seria do Palmeiras se todos gostassem do Crinthians, não é mesmo?
Veja meu caro, realmente os salários dos policiais do Brasil todo são ruins, mas desculpe meu amigo, os de São Paulo chegam a ser vergonhosos e sou paulistano de mais de 4 décadas…
O mesmo se aplica na questão educacional, mas não vamos nos estender nessas questões.
Realmente concordo que uma saída seria uma equiparação nacional. O problema é se tomarem os salários de São Paulo como base….rs.
Mas discordo do amigo quando pergunta sobre a movimentação do governo federal. Acho que nesse caso quem deveria se movimentar é a bancada paulista na Câmara e Senado. Ao GF caberia acatar ou discutir e negar a questão, o que convenhamos teria um peso negativo que inviabilizaria tal ato.
Realmente é passível de discussão as ações efetuadas pelo GF que vc lista (países africanos, Bolívia, Paraguai, etc.) mas novamente afirmo que isso faz parte da agenda desse governo e como foi eleito democraticamente temos que aceitar e torcer por melhorias.
Mas me estranha a complascência das bancadas e até da dita oposição.
Por isso defendo a tese antiga de que só mudam as moscas…
Mas ao apontar o dedo para São paulo como o amigo afirma, etou apenas mostrando o absurdo de ver o estado mais importante da federação passando a vergonha de ter níveis tão horríveis de serviços públicos com seus salários vergonhosos e essas pensões ridículas expostas no post.
Desculpe meu caro, mas não posso aceitar que a culpa dos salários ruins em SP, dos serviços públicos tristes que compartilho todos os dias, seja atribuída ao nosso presidente atual.
Que o amigo não goste dele é um direito seu, mas imaginar que o estado de São Paulo é bem administrado me parece forçar demais uma barra.
Sou da década de 60 e estudei a minha vida inteira em escolas estaduais e lembro do primor que era a Escola Estadual de Primeiro Grau onde fiz do pré primário até a oitava série.
A escola ainda está lá e quase choro quando vejo no que se transformou.
Que o GF possa ser uma máfia, etc. até concordo. Mas que o estado está entregue nas mão de um bando da pior espécie há muitos anos não temos como negar.
Quem sabe ainda veremos um bom governador tomando posse? Nomes há, inclusive nessa eleição. O problemas é que as boas chances podem se skafeder….rs
Sds.
Discordo de você Giap. A revolução de 32 teve a participação decisiva da oligarquia cafeeira, mas foi, em grande parte, um movimento popular. Se não houvesse adesão da população não teria ocorrido nada. Isso é fartamente documentado.
A grande colaboração dos revolucionários de 30 para esta mobilização foi a atuação desastrosa dos interventores revolucionários federais em São Paulo.
Tempos depois Getúlio se reconciliou com os oligarcas paulistas comprando os estoques de café e colocando fogo nos estoques acumulados para manter as cotações, além de uma série de ações complementares.
Sou a favor de pagamento de pensões a pessoas vítimas dos embates políticos do passado. Sejam eles quem forem. Principalmente ex-combatentes. De direita e de esquerda.
O sujeito é voluntário, e depois exije pensão? Se não morreu ou ficou inválido em combate, não deve haver pensão nenhuma, pois não houve recrutamento obrigatório.
srs,meu pai lutou bravamente na rev de 32,e recebe 450,00, quais seriam os outros beneficios,que pode 1 viuva,usufruir,e como enterra-lo na praça dos revol. de s.carlos.poderiam me dizer,e onde estam os processos das familias que lutam por 1 aumento…..podem me enviar via imail,vou lhes agradecer. marialidia….
gostaria de saber quando que os governantes vão lembrar de dar aumento para as viuvas dos EX COMBATENTES 450,00 é um absurdo, o que adianta fazer desfile em homenagens aos Ex Combatentes se as viúvas não podem fazer nada com essa miséria de salário que é abaixo do mínimo.