Brasília – O ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, conversou nessa segunda-feira (21) com representantes do governo do Irã, em Viena (na Áustria), sobre os efeitos das sanções impostas ao país pelas Nações Unidas, os Estados Unidos e a União Europeia. Nas conversas, o chanceler reiterou que o governo brasileiro aguarda manifestações concretas dos iranianos para definir eventuais negociações.

Para Amorim, não é o momento de o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter uma atuação proativa em relação às negociações, de acordo com os representantes brasileiros que acompanharam a conversa. O chanceler ressaltou que o Brasil mantém a posição de defesa do diálogo e da busca por um acordo negociado, evitando medidas restritivas e punitivas.

O chanceler conversou com os emissários do presidente Mahmoud Ahmadinejad no mesmo dia em que a Agência de Energia Atômica do Irã proibiu a entrada no país de dois inspetores da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), ligada às Nações Unidas. Eles pretendiam visitar as instalações das usinas nucleares iranianas.

Os especialistas iranianos afirmaram, porém, que os dois estrangeiros produziram um relatório técnico baseado em informações falsas sobre o programa nuclear do país. Para parte da comunidade internacional, o Irã mantém de forma secreta a produção de armas atômicas. A suspeita é negada por Ahmadinejad e demais autoridades iranianas.

Na conversa com Amorim, os representantes de Ahmadinejad negaram que o Irã evite a inspeção da Aiea. Segundo eles, a exigência é apenas para substituir os dois inspetores por outros que não levantem dúvidas sobre o trabalho realizado.

De acordo com os iranianos, na conversa com o chanceler brasileiro, os inspetores da agência internacional fizeram chegar à imprensa um documento com dados improcedentes.

Desde o último dia 9, o Conselho de Segurança, os Estados Unidos e a União Europeia aprovaram uma série de sanções ao Irã. As medidas atingem os setores de gás, petróleo, militar e de serviços bancários. São várias restrições que impedem o comércio do Irã com outros países.

Para o governo brasileiro, as medidas atrapalham o avanço das negociações em busca do fim do impasse do Irã com parte da comunidade internacional. O assunto deverá ser retomado durante as discussões do G20, em Toronto, no Canadá, no próximo fim de semana.

FONTE: Agência Brasil

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athalyba
athalyba
14 anos atrás

Coloquei o seguinte comentário na matéria anterior (a que tem a opinião do ForTe):

A matéria trata do desdobramento natural dos acontecimentos, nada para se destacar. Vamos ver quais serão os próximos passos, já que diplomacia não um jogo que se entenda logo após o término da partida.

Poizééééé … Os dados continuam rodando … E deixo uma dica: pesquisar como as implicações diplomáticas do Tratado de Teerã estão afetando a Turquia, que há anos pede pra entrar na UE e levou banana, ao mesmo tempo que é uma forte aliada dos EUA.

Tempos interessantes …

Sds

Ps off topic: sinto falta das notícias sobre o desenvolvimento dos blindados e dos radares de solo.

Aldo Ghisolfi
Aldo Ghisolfi
14 anos atrás

Acho incrível a capacidade de insistência e a irresponsabilidade desse ‘diplomata’, apesar de ser comandado pelo MAG. A reação dos EEUU já se fez sentir, via a sua aliada incondicional, a França. Só mesmo a ideologia, que cega, para que eles continuem forçando a barra contra o mundo e apoiando ditaduras de esquerda. Aliás, as mais pobres ditaduras de esquerda…

Vader
Vader
14 anos atrás

Assunto chato e que já deu no saco. Sanções aprovadas. Inês é morta. E a diplomacia do Itamaralívia reduzida pelas potências ao tamanho de seu chanceler.