Ahmadinejad é recebido no Itamaraty com manifestações pró e contra visita ao Brasil
Brasília – O presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, foi recebido hoje (23), ao chegar ao Palácio do Itamaraty, por cerca de 100 manifestantes. No grupo, havia ativistas favoráveis e contrários à presença do líder iraniano no Brasil.
Entre os favoráveis estão os que criticam o chamado imperialismo norte-americano e apreciam os governos do venezuelano Hugo Chávez e do boliviano Evo Morales.
O grupo dos que são contra a visita é formado por representantes da comunidade judaica, entre eles um sobrevivente do Holocausto (execução em massa de judeus e de outras minorias durante o nazismo).
O aposentado Ben Abraham passou por diversos campos de concentração durante um período de cinco anos e meio – incluindo o de Auschwitz, na Polônia. Abraham classificou as declarações de Ahmadinejad de “absurdas” – o iraniano nega a ocorrência do Holocausto. Segundo o judeu, alguns campos de concentração que ainda permanecem intactos servem de alerta para a humanidade.
“O presidente do Irã, mesmo com sobreviventes do nazismo, como eu e outros, nega o Holocausto. O tempo está passando. Quando o nazismo começou, eu tinha 14 anos. Vou completar 85 anos. Enquanto houver sobreviventes do nazismo, está bom. Mas e depois? Como negar essas atrocidades?”, reagiu Abraham.
Durante as manifestações, o presidente da Juventude Judaica Organizada, Gilberto Ventura, afirmou que as críticas a Ahmadinejad não dizem respeito à visita em si, mas consistem em trazer ao povo e ao governo brasileiros a consciência de questionar o que ocorre no Irã e que tipo de valores o presidente iraniano representa.
“A idéia não é chegar aqui e dizer ao Lula que não o receba. O recado é: Abra os olhos. Já houve momentos na história com pactos absurdos, como entre Stalin [Josef Stalin, líder da União Soviética de 1922 a 1953] e Hitler [Adolf Hitler, líder do Nacional-Socialismo alemão, de 1933 a 1945] . No Brasil, o recebemos [Ahmadnejad] de braços abertos, mas é importante ouvir o outro lado. Existe uma falta de diálogo real, de conhecer quem é o outro de verdade”, afirmou Ventura.
O coordenador nacional do Movimento Democracia Direta, Acelino Ribeiro, levantou faixas de boas-vindas ao líder iraniano e disse que a visita deve ficar marcada na história de ambos os países. Ele se diz convencido de que Lula e Ahmadinejad vão discutir propostas que contribuam para um projeto de luta pela paz mundial.
“Ahmadinejad poderá construir esse projeto na defesa da soberania do povo iraniano e do povo latino-americano, principalmente no Brasil e na Bolívia, países que dispõem de recursos naturais cobiçados pelo imperialismo mas que podem melhorar a vida e as condições de nossos povos.”
Ribeiro mostrou-se favorável, inclusive, à visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Irã – que deve ocorrer entre 10 e 16 de março do próximo ano. Segundo ele, Lula e Ahmadinejad podem facilitar o caminho para que o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, negocie com o Irã o uso “pacífico” do programa de energia nuclear.
FONTE: Agência Brasil
A própósito, a visita do presidente do Irâ, muito embora, com certeza polêmica, tem uma certa lógica.
Lula tem dito que não adianta somente os países amigos sentarem para discutir a questão do Irâ, isso vira um clube de compadres.
Segundo o discurso do presidente, o Irã precisa fazer parte do grupo, também negociar, expor suas reinvidicações, e realmente isto faz sentido.
A experiência tem mostrado que enfrentar RADICALMENTE, governos RADICAIS, mina as chances e possibilidades de políticos moderados, nesses países, assumirem os governos.
Vale dizer, um política de confronto, ao final das contas, é o que tem alimentado a questão Israel – Estado Palestino, ao ponto de após décadas de conflitos isso ainda hoje ser um problema.
Essa visão do Governo Lula, muito embora pelos parâmetros da imprensa ocidental, seja arriscada, na verdade é realista.
É bastante simples, para resolver as questôes é necessário dialogar.
Pessoalmente, acredito que boa parte dessa impossibilidade de diálogo seja patrocinada pelo Complexo Industrial Militar a que o Predidente americano Dwight Eisenhower se referiu em seu discurso de saída da presidência.
Esse Complexo, através das doações a partidos e a políticos e do trabalho de lobbies junto aos detentores do poder, tornou-se poderoso ao ponto de comandar a política interna e externa do USA por muito anos, provavelmente até a chegada de Obama.
De fato, a política externa Norte Americana sempre foi a do Big Stick, isto aumenta o anti-americanismo, impede a crianção de governos moderados e força os USA a manterem as forças armadas super nutridas e como consequência engorda os cofres da indústrias militares.
É um movimento que se auto alimenta, impedindo o processo de paz, como por exemplo na questão palestina.
Resumindo, muita gente ganha muito dinheiro com a questão palestina, com as guerras pelo mundo ou pelos menos com a venda de armas para não ter guerra.
Claro, a questão toda não é tão simples, mas é importante perceber que fica mais fácil não haver paz, e vender mais armas, quando os governos bravejam e invadem outros países.
Fica mais difícil vender armas quando os políticos sentam para conversar e dialogam sobre seus pontos de vista e necessidades dos seus países.
Criar um clima favorável ao diálogo sempre foi um péssimo negócio pra muita gente.
O exemplo do Irã ilustra bem essa idéia.
Como vimos nas últimas eleições daquele país, existe uma sede entre o povo, por modernidade, por democracia, por liberalismo (inclusive religioso).
Esse povo poderia ter ganho as eleições últimas, caso o governo atual do Irã não estivesse numa contenda nacionalista-reliosa contra o Ocidente.
O Irâ é um exemplo perfeito de como quanto mais pior, melhor, para alguns.
P.S. Admin, reproduzi aki o texto por ser o Post mais adequado.
Os judeus gostam de falar do Holocausto, mas fazer pressão para que o governo de Israel pare de humilhar os palestinos não consta na agenda deles. Antes oprimidos, agora opressores.
A diplomacia do Brasil na Era PeTralha parece criancinha mimada.
Ela parece ter dito: “Ah, vcs não irão me dar a vaga no Conselho de Segurança da ONU? Então nós vamos começar a legitimar tudo que é lixo que existe ao redor do mundo.” E é isso: virou amiguinha dos bolivarianos. Pagou o mico de Honduras, agora com o bigodudo “esquecido” na Embaixada do Brasil em Tegucigalpa. Apóia o canalha genocida do Sudão. O Rei da Líbia. Tudo que é ditadurazinha sanguinária africana. Queria abrir embaixada na Coréia do Norte do maluco atômico. E agora recebe um rematado assassino iraniano, e uma figura que se dá ao desplante de se arvorar ser o único conhecedor de História, negando o Holocausto, e que nega a própria realidade fática, ao achar que irá conseguir destruir o Estado de Israel. E legitima explícitamente o programa nuclear iraniano, aquele mesmo programa “pacífico” que deixou a descoberto a menos de dois meses inauditas instalações subterrâneas secretas de enriquecimento de urânio, altamente suspeitas exatamente por serem secretas e subterrâneas.
Enfim, uma vergonha que demonstra bem a completa falta de valores do PeTralho-Lulismo e como, para eles, os fins justificam os meios, e nada mais interessa que seus objetivos de poder pessoal.
Quanto ao nosso “Grande Timoneiro” ou “Sol da Humanidade” a ânsia dele em alcançar a vaga ou a reforma no Conselho de Segurança é nada mais do que o reflexo do reiterado desejo de poder que norteia seu caráter. Espera ele que, vencedora sua candidata-terrorista oficial, consiga ocupar-se do Conselho de Segurança, como embaixador do Brasil. Não se conforma com a “aposentadoria” política.
Bem, que a diplomacia brasileira está indelevelmente maculada isso é um fato. A antiga credibilidade e pragmatismo responsável de nossa diplomacia foi para o espaço; o que sobrou em seu lugar foi o “isencismo” canalha de gente que afronta as democracias do globo (caso Batistti) para apoiar a tirania e o terrorismo, e que não está nem aí para os valores que formaram a sociedade brasileira.
Mas o que essa “legião” está fazendo é mais grave do que isso. Está comprometendo o povo inteiro com seu projeto de poder pessoal, um projeto prá lá de arriscado. O Brasil cada vez mais mete sua colherzinha torta em assuntos para os quais não se pode dizer que esteja preparado. Se prepara para meter-se até as tampas no maior barril de pólvora do mundo, o Oriente Médio, sem que sequer tenha instrumentos de projeção de poder adequados e sem medir as conseqüências de seus atos. Ou alguém acredita que esse tipo de apoio brasileiro será esquecido, caso um dia a comunidade internacional, aquela mesma que está unindo países tão diferentes quanto Rússia, China e França, decida por uma solução militar contra o Irã? Vale lembrar que a França, por exemplo, primeira potência que se dispôs a negociar a crise, não quer mais “conversa” com o governo dos aiatolás: para ela a conversa agora se dará através das bombas.
Para cúmulo da ironia, e sorte do povo, o Brasil dispõe hoje de Forças Armadas meramente para proteção territorial, se muito. Se necessário for não teremos forças para mandar, e apoiar nem um lado, nem outro. Ou alguém acha que o Brasil se disporá a enviar e arriscar seu único Porta-Aviões, que de resto está docado há quatro anos e que só teria duas aeronaves voando (caso sua inexperiente tripulação soubesse operar as catapultas, elevadores e demais mecanismos), para a área do futuro conflito, para apoiar um ou outro lado?
Não amigos. O PeTralho-Lulismo não mandará tropas para o conflito. Ainda que delas dispusesse, e não dispõe, não correria esse risco político. Eles não tem tanta coragem assim. São covardes sorrateiros, preferem atingir seus propósitos de poder pelas laterais, nunca atacando de frente os problemas. Como todo político esquerdopata, Lula prefere desviar, dar a volta, corromper, cansar, vencer pela teimosia, comprar seus aliados pelo dinheiro. Nunca bater de encontro. Nunca ser honrado. Lula e os petistas brasileiros não sabem o que seja tal termo.
Lula não mandará tropa para o Irã. Mandará seus vergonhosos porta-vozes externos, Celso Amorim e Marco Aurélio Garcia. Torçamos para que, quando as bombas começarem a cair no Irã, e SE EXISTE UMA CERTEZA NO MUNDO É QUE IRÃO CAIR, estas figuras estejam por lá, apoiando o amigo de Lula, Ahmadinejad.
Saudações a todos.