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gostaria de levantar uma questão qual o melhor heli-ataque disponível no mercado, e se o nosso sabre esta nessa categoria dos melhores do mundo, pois gosto muito do tiger, tanto pelo disigner e performance.
Vinicius Sena
14 anos atrás
Em questão de sensores, armamentos provavelmente o AH-64D, agora para operar no meio do mato, da lama, de chuva, a -35/47º, a 3000m, voltar para a base depois de ser alvejado por uma rajada de AAA, isso eu acho que é indiscutivel os Hinds são os melhores.
Ivan
14 anos atrás
Luiz,
A questão “qual o melhor” é sempre polêmica.
Eu prefiro abordar o assunto com outra questão:
– Qual o mais adequado?
Desta forma se faz necessário estabelecer parâmetros para aplicação da aeronave.
Um comandante militar deve olhar para o terreno antes de tudo. Então a primeira pergunta é onde o seu helicóptero deve lutar?
Vamos lá, existem inúmeros cenários, ou TO – Teatros de Operações, para usar um jargão militar. Vamos tentar enumerar alguns, só para como exercício de um antigo entusiasta.
As estepes Russas, imensas planícies, com pouquíssimas elevações, vegetação rasteira (tundra) e bosques esparsos, pedem um heli com longo alcance, rústico e pesadamente blindado e armado. Como os antigos soviéticos tinham como plano de combate movimentos motorizados (tanques e infantaria blindada) amplos, auxiliados por uma compentente engenharia de combate. O Mi-24 era o heli adequado para este TO, com poucos mísseis anti-tanque e grande carga de foquetes não guiados, verdadeira artilharia aérea.
Com as mudanças de paradigmas da URSS para a Rússia, bem como experiências como o Afeganistão soviético, aumentou a necessidade de helicópteros especialista em ataque, que levou ao incrível Mi-28 Havoc, um dos melhores do mundo e ADEQUADO a diversos cenários.
Mas vamos para a Europa Central, regiões acidentadas da Alemanha principalmente, com florestas de coníferas fechas e inúmeras cidades de todo tamanho.
A luta defensiva seria contra ondas sussessivas de blindados de todos os tipos (milhares) em ataque generalizado.
Os helicópteros de ataque para este TO precisa ser ágil para usar os acidentes do terreno ou mesmos as edificações das cidades, levar um potente e preciso armamento anti-tanque (8 mísseis TOW ou HOT na época), ter uma grande capacidade de contra medidas eletrônicas e contra-contra medidas eletrônicas (seu TO estaria saturado de ECM), além de ser reabastecido e rearmado com rapidez (aeronave boa é a que voa mais). Alemães usaram o BO-105 (6 HOT), franceses os Gazelle (4 a 6 HOT) e ingleses os versáteis Lynx (8 TOW).
Mas, diante da necessidade do TO (lembrem de sempre atentar para o terreno), foi desenvolvido o Eurocopter Tiger, para mim o melhor helicóptero para lutar na Europa Central.
Ivan
14 anos atrás
Continua!
Francoorp
14 anos atrás
Isso ai Ivan, ótima analise!! Prbns!
Mas para o nosso cenário amazônico creio que o MI-35 seja mesmo o Ideal, pois além de poder reduzir a força do inimigo ou dos traficantes utilizando suas armas de ataque ao solo, ainda desembarca um pelotão para combater diretamente no terreno… mas falta ainda uma aeronave de asas rotatórias dedicada ao ataque puro, e creio que o Mangusta(Italia) seja a melhor opção para o Brasil, melhor até mesmo que este Tiger ai encima.
Valeu !!
Ivan
14 anos atrás
Vamos para o deserto.
Pode ser planície ou planalto.
O calor vai tirar potência dos motores e a areia vai entrar por todos os buracos que a máquina tiver.
Nestes TO invariavelmente teremos grandes forças blindadas em manobra, tanto em colinas como em áreas mais amplas.
Então o primeiro requisito é potência, o segundo é robustez e o terceiro é um preciso e poderoso armamento anti-taque, preferêncialmente com longo alcance.
Hoje o helicóptero mais testado e adaptado para este TO é o Apache, notadamente a versão AH-64 D LongBow, armado com até 16 mísseis Hellfire guiados por laser ou radar micrométrico (o tal LongBow).
Claro que o russo Mi-28 tem um grande potencial para este cenário, mas o fato de ser largamente testado em combate me leva a escolher o americano AH-64 para o Deserto.
E na Savana Africana?
Os sul africanos, exímios usuários dos veneráreis Pumas franceses, desenvolveram um interessante helicóptero de ataque para aquele TO, capaz de reunir poder de fogo, robustez e alcance em uma estrutura (motores e rotores) já conhecida e dominadas.
O helicóptero é o Denel AH-2 Rooivalk, que ao meu ver teria um enorme potencial para o Brasil… mas não terá futuro, pois a Eurocopter está investindo no Tiger.
Bem, qual o melhor para o Brasil?
Ivan
14 anos atrás
Bem, qual o melhor para o Brasil?
Aí entra uma outra questão?
FAB ou EB? Talvez ambos?
Bem, no MEU ponto de vista, helicóptero de ataque é arma para o exército, algo como uma cavalaria aérea.
Na verdade os primórdios do heli de combate estam nas unidades de cavalaria aerotransportada do US Army… inclusive o tristemente famoso 7º Regimento.
Combinando UH-1D, UH-1H e os inovadores AH-1 Cobra, o exército dos States revolucionou o combate terrestre ao dar a dimensão vertical um real valor no combate.
Eu explico meu ponto.
Os paraquedistas usavam a dimensão vertical para entrar no campo de batalha, mas apenas para entrar…
A cavalaria aérea luta no plano vertical, atirando do ar, desenbarcando tropas, recolhendo tropas, enfim, usa efetivamente as 3 (três) dimensões.
Simplesmente revolucionário.
Mas a FAB quer, como todas as forças aéreas, dispor de todos os recursos aéreos.
Neste sentido o Mi-35 se encaixa como uma luva para a FAB.
Pesadamente armado para ataque geral, pesadamente blindado, com uma capacidade marginal de transportar uma pequena fração de tropa (8 fuzileiros apenas), mas com dimensões avantajadas, o Mi-35, sussessor para exportação do Mi-24, é perfeitamente adequado para as missões da FAB.
O Sabre, como foi batizado nestas terras, não leva muitos soldados, não é tão ágil como Tiger e não leva tantos mísseis anti-tanque como o Mi-28 ou AH-64.
Mas é um mix de tudo, que desempenha várias missões, e possue uma respeitável capacidade de ataque geral.
Como patrulheiro da fronteira, onde um elemento (duas aeronaves) pode ter que operar isolado em apoio a um pelotão de fronteira ou guarnição da Polícia Federal é simplesmente perfeito.
Lembram daquele conceito de “ADEQUADO”, no sentido de ser melhor para cada tipo de terreno e missão (nesta ordem)?
Pois é.
Contudo para o Exército Brasileiro este monstro não se encaixa, pois as missões são outras, demandando aeronaves especialistas nas suas missões.
– Desembarque em combate – nada como um UH-60 BlackHawk com sua reserva de potência e metralhadoras laterais. Em tempo, os Pantera do EB são muito limitados nesta função;
– Transporte de tropas – a capacidade de transporte de 2 (duas) dúzias de fuzileiros do EC-725 família Super-Puma/Cougar é suficiente e fabricada no Brasil, em que pese achar o Mi-17 uma ótima alternativa;
– Reconhecimento e ligação – missão própria para os Esquilho, helicóptero de baixo custo operacional e fabricado e mantido no Brasil. Tenho um “olho gordo” no EC-635 militarizado, como o vendido para o US Army como UH-72 Lakota;
– Ataque – bem, Panteras com foguetes ou canhões de 20mm não são a solução…
A questão ficaria assim:
Qual o helicóptero de ataque adequado para o EB?
Meu sonho sempre foi o AH-2 Rooivalk, por sua robustez, alcance, capacidade de armas e, principalmente, poder usar o mesmo conjunto propulsor do EC-725 que será montado na Helibras.
Mas a Eurocopter, parceira estratégica da DENEL, infelizmente não pensa assim.
A sua opção foi priorizar o Tiger, projeto mais moderno. Entretanto este Tiger é bom para a Europa, que necessita da sofisticação que ele encerra.
Para a savana africana, o cerrado matogrossense e a selva amazônica o ideal é força bruta e robustez do Rooivalk.
Descartando meu sonho inicial penso que o EB deveria estabelecer critérios para este helicóptero, sem sonhar em fabricar no Brasil, pois seriam poucas unidades, algo em torno de uma ou duas dúzias.
Sugestões de critérios:
– Grande reserva de potência, para operar em climas quentes e úmidos;
– Preferencialmente usar motores já em uso no Brasil;
– Aviônicos nacionais ou nacionalizados, estilo Super Tucano, para resistir ao clima quente e úmido;
– Duas versões, uma, mais cara, com grande capacidade anti-tanque e outra, mais barata, com grande capacidade de ataque convencional (canhões e foquetes), funcionando como artilharia aerotransportada;
– Grande alcance;
– Capacidade de operar disperso no terreno, com pequenos destacamentos para reabastecimento e rearme (rápido tournaround – estilo Gripen… ops);
– Seja navalizado, como os AH-64 Apache do Royal Army, pois eventualmente poderiam ser embarcados para poiar os Fuzileiros ou mesmo o Exército em uma operação costeira.
Como fui obrigado a descartar o Rooivalk ficaria entre o AH-64 e o Mi-28.
Se a operação do Mi-35 for um sucesso na FAB, minha opção seria pelo Mi-28 Havoc, sem dúvida.
Evidentemente passando pela adaptação da aeronave aos padrões nacionais… lembram daquela história do comandante militar observar o terreno… quente e úmido.
Neste ponto é bom observar os israelenses, não fabricam aviões ou helicópteros, mas adaptam todas as suas aeronaves (e todas as armas) às sua necessidade operacionais… sempre de olho no terreno.
Mas fica em aberto, pois várias alternativas podem surgir neste mundo louco que vivemos.
Abç,
Ivan, do Recife.
Ivan
14 anos atrás
Francoorp disse:
4 de junho de 2010 às 21:40
Fran,
O Tiger é ótimo para a Europa Central.
Para o Brasil teria uma sofisticação desnecessária, que custaria muito caro.
Sua única vantagem frente aos meus preferidos, AH-2 Rooivalk (tristemente abatido), Mi-28 Havoc e AH-64 Apache é o menor tamanho, para eventual transporte aéreo.
Quanto ao Mangusta é um interessante helicóptero de combate. Seu problema mais grave é pequena quantidade de unidades vendidas.
Outra dificuldade do italiano é sua menor capacidade de armas frente aos especialistas russos e americanos, algo em torno de 8 (oito) contra 16 (dezesseis) mísseis por missão.
Contudo o Mangusta poderia ter algumas cartas na manga muito interessantes.
Por ter pequenas dimensões poderia ser transportado no KC-390. Mas é uma questão a se confirmar.
Sua menor capacidade de armamento pode não ser tão importante, devido ao nosso teatro de operações de menor intensidade… por enquanto.
Por ter tido pouco sucesso comercial, poderia oferecer compensações interessantes para entrar no mercado da América Latina, inclusive com outros produtos da Agusta/Westland.
Sua motorização, entretanto, composta por dois motores Rolls-Royce Gem 2-1004D (licença de construção pela Piaggio) turboshafts , com 890 shp cada, ou 2 LHTEC T800, ambos usados nos Lynx, trariam pouca vantagem logística.
Mas como tudo é possível, quem sabe eles não partem para motores Turbomeca, como a série Arriel usada nos Lakotas e nos Panther/Panteras.
Abç,
Ivan, do Recife.
Ivan
14 anos atrás
Um tema interessante para pesquisar é Cavalaria Aérea.
Neste assunto os americanos são a referência do mundo.
Começaram combinando HU-1 com AH-1, na cavalaria aérea do US Army, aeronaves diferentes mas usando os mesmos motores e rotores.
Hoje o US Army combinam UH-60 com AH-64, com motores semelhanes.
Já o US Marine Corps, que são verdadeiramente operacionais, hoje combinam UH-1Z com AH-1Z Viper, com motores e rotores semelhantes.
Agora sabem o que todos os quatro atuais helicópteros táticos do arsenal americano tem em comum?
A turbina General Electric T700 .
Só como curiosidade a mais:
Os WAH-64 Apache britânicos usam as turbinas Rolls-Royce/Turbomeca RTM322, as mesma usadas nos AgustaWestland EH101 Merlin.
Pois é.
A gente começa com Cavalaria Aérea, combate em 3 (três) dimensões, etc e tal, e vai parar onde…
Na maldita Logística.
Mas me alonguei demais, em um assunto que seria para o Marine tratar.
Sds,
Ivan, do Recife.
Vader
14 anos atrás
Excelente análise Ivan. Pessoalmente acho que a máquina que casaria melhor para o Exército Brasileiro seria o AH-1Z Viper, um heli robusto o suficiente para operar no Brasil, e que não será tão caro de manter quanto o Longbow. E dá tempo de negociar alguma participação. Uns três esquadrões já fariam o Exército ter uma enorme capacidade antitanque e antitropa.
Mas pelo visto iremos mesmo é substituir o Pantera pelo Cougar e modernizar o Pantera para ataque.
Sds.
OTV
14 anos atrás
Ivan pelo que você disse sobre o M35 da FAB na Amazônia, ele também poderia se aplicar ao EB e aos FN no mesmo cenário, já que todos praticamente fazem a mesma coisa naquelas áreas.
Ivan
14 anos atrás
Felipão,
Qualquer heli especialista em ataque seria bom para o Brasil, desde que buscássemos uma padronização de motores e aviônicos com outro vetor já existente no inventário.
Eu também gosto muito do AH-1Z Viper, que é última letra (he he he) do desenvolvimento da revolucionária família Huey Cobra.
Na verdade gosto de toda a família.
Acho até que um lote de AH-1 Cobra monoturbina usados, com uma reforma estilo Huey II, repotenciando as turbinas Honeywell/Lycoming T53-L-703, mas deixando com 1.340 kW (1.800 SHP).
Seriam usados como GunShips, sem mísseis, apenas foguetes e um canhão M-197 com 3 (três) canos de 20mm.
Mas a família Cobra está chegando ao limite do desenvolvimento, o que me leva a pensar em outras alternativas para compra, como os poderosos Mi-28 Havoc (se o Mi-35 der certo na FAB) ou mesmo o bem sucedido AH-64 Apache, via FMS – Foreign Military sales.
Contudo há um helicóptero de ataque italiano, pequeno mas bem projetado, que por não ter muito sucesso comercial poderia oferecer condições interessantes. Seria o Agusta/Westiland A-129 Mangusta.
Para comprar pronto não vale a pena.
Para começar uma segunda montadora de helicóptero ou desenvolver novas tecnologias no Brasil seria ótimo.
A Agusta/Westland tem um projeto interessante na África do Sul.
Quanto aos Panther/Panteras do EB eu tenho idéias radicais, que iria gerar muita polêmica.
No meu entendimento os Panteras não apresentam desempenho adequado para assalto aerotransportado. Levam apenas 8 (oito) infantes, ou seja, menos que um GC – grupo de combate, que no EB tem de 9 a 10 homens.
Na minha opnião eles seriam excelentes na FAB, nas funções de ligação, SAR e apoio aéreo leve, substituíndo justamente os Sapões UH-1H.
Em seu lugar deveria o EB usar os BlackHawk para assalto e Cougar/Caracal para transporte.
Abç,
Ivan.
Ivan
14 anos atrás
OTV,
Veja bem, é minha opnião o que segue.
O Mi-35 é adequado para a FAB, apenas para a FAB, como um helicóptero multi-tudo que pode atuar em diversas missões isoladamente ou pequenos destacamentos de 2 ou 4 aparelhos.
Claro que pode apoiar um pelotão de fronteira do EB, ou uma patrulha ribeirinha dos Fuzileiros, ou ainda um destacamento da Polícia Federal.
Sua enorme capacidade de fogo é útil em diversas situações.
Mas quero deixar claro dois pontos:
1º) O helicóptero de ataque, nas funções anti-tanque, apoio aéreo aproximado (CAS) e escolta armada, deve ser um especialista, com agilidade e reserva de potência suficiente para cumprir as missões.
O Sabre tem boa de potência, mas inferior ao Mi-28 Havoc, só para referênciar o mesmo fabricante. Contudo deixa muito a desejar em agilidade, até pelo próprio tamanho avantajado.
2º) Helicópteros de ataque é assunto para o Exército, em qualquer país, pois irá lutar no terreno com os soldados da infantaria ou cavalaria. Penso que eles são a moderna cavalaria, substituíndo os cavalos da antiguidade, que flanqueavam as formações inimigas.
É possível usá-lo também nos Fuzileiros, mas acredito que só seriam viáveis para Estados Unidos e China, considerando o custo de uma estrutura própria para estas tropas especiais.
A solução inglesa de preparar, treinar e utilizar os WAH-64 Apache do Royal Army embarcados nos navios da Royal Navy uma experiência muito interessante, até mesmo um exemplo a ser seguido por países que não tem o mesmo orçamento de defesa das super potências.
Normalmente evito polêmicas, mas neste assunto não.
Abç,
Ivan.
OTV
14 anos atrás
Ivan não estou criando polêmica porque disto eu não entendo nada. Estou pensando somente no apoio aos unidades de fronteiras e uma maneira rápida e intervenção e apoio as unidades terrestres de fronteira.
Eu não entendo nada disto, agora, depois de ler suas explicações é que pude fazer uma pequena reflexão sobre o assunto.
E pelo que você disse por exemplo, o M35 não serve ao EB como H de ataque.
Sei por exemplo que há unidade de H no Amazonas.
Nada de polêmica. Foi uma pergunta.
Abç
OTV.
Ivan
14 anos atrás
Grande OTV,
Amigão, a polêmica é a prática da controvérsia ou do contraditório, da discussão de um determinado tema.
NÃO significa uma briga ou algo assim.
Na verdade entendo a polêmica como algo necessário ao avanço do conhecimento humano, afinal “o que seria do AZUL se todos gostassem do AMARELO?”… he he he.
Não polemizamos… pelo menos ainda não.
Mas há esperança!
Quem sabe no futuro próximo poderemos divergir, debater, polemizar e, finalmente, crescer em conhecimento e humanidade.
Grande abç,
do ‘polêmico’ Ivan.
Francoorp
14 anos atrás
Grande informador és tu Ivan, Prbns!
Vader
14 anos atrás
Ivan disse:
5 de junho de 2010 às 10:46
Ivan, apenas uma correção: já voei no Pantera, como observador, em companhia de um GC L completo. Éramos 10 na verdade, fora a tripulação. Então, assim, conseguir o Pantera consegue carregar mais que 8…
Só não pergunte se a viagem foi confortável, rsrsrs…
Abs.
Ivan
14 anos atrás
Felipão,
Pelo que sei a tripulação de combate (assalto) aérea do Pantera é a mesma do Bell UH-1H, nosso sapão:
– 01 Piloto;
– 01 CoPiloto;
– 02 Artilheriros;
– 08 Fuzileiros.
Será que vc vôou sem os artilheiros?
Na minha época voei de UH-1H da FAB, exatamente na configuração acima.
Bichinho barulhento o Sapão.
Abç,
Ivan, o Antigo.
Leandro RQ
14 anos atrás
Ivan
Obrigado pelas informações!
Só uma dúvida. A África do Sul não ofereceu o Rooivalk para o EB algum tempo atrás?
Se ofereceu, foi apenas uma “sondagem comercial” ou o EB chegou a testar o helicóptero?
Juro que lembro de ter lido alguma coisa sobre Rooivalk no EB…
OTV
14 anos atrás
Pow..pelos cometários aqui postados comentando as postagens do “polêmico” Ivan, faço uma sugestão ao FORTE: faz um “estudo” sobre a cavalaria aérea (hist, desenvolvimento, aplicações, atualizações, aplic. táticas e estretégicas, a situação nacional hoje e pespectivas para futuro, helis para forças terrestres e etc).
Ivan sentirei-me honrado quando pudermos polemizar, mas para que isto ocorra, eu tenho muito o que me gabaritar, para tentar acertar um único tiro no “Álvaro”, pra não perder de “0” .
Sdçs
OTV
Vader
14 anos atrás
Ivan, o Pantera ia fechado, sem artilheiro(s). Piloto, co-piloto, mecânico de vôo, o GC L (9) e eu quase caindo pela porta (sorte estar fechado 🙂 ).
Não sei se ainda hoje é assim, mas em 1998 (rsrs) era.
Abs.
Ivan
14 anos atrás
Felipe,
Por pouco não te levaram pendurado…
He he he.
Abç,
Ivan.
Joao Gabriel Porto Bernardes
14 anos atrás
Ivan,
“Na verdade os primórdios do heli de combate estam nas unidades de cavalaria aerotransportada do US Army… inclusive o tristemente famoso 7º Regimento.”
a 7ª cavalaria foi aquela do general Custer e batalha do batalha de Little Bighorn?
Ivan
14 anos atrás
Joao Gabriel,
Cavalaria é coisa antiga.
Durante muitos séculos a cavalaria era montada a cavalo mesmo.
Foi no Século XX, durante a Primeira Grande Guerra que os ingleses criaram os primeiros veículos de combate, que se chamaram “tanks” para disfarçar seu transporte para a linha de frente.
Foi uma revolução para a arma, mas relaxada pelos seus inventores foi terrivelmente usada pelo seus adversários, os alemães, que haviam aprendido com a derrota.
Já na primeira se pensava em tanques de apoio para a infantaria e tanques para a cavalaria.
No Vietnam o US Army criou o conceito de Cavalaria Aérea, ou aero-transportada, usando a enorme capacidade de produção americana, mas também observado o uso que os franceses fizeram dos helicópeteros no noroeste da África (Marrocos e Argélia).
Certamente foi outra revolução.
Mas o triste evento (triste para os brancos, claro) que aconteceu com o 7º Regimento de Cavalaria do US Army foi ainda montado a cavalo.
Após a Guerra de Secessão Norte Americana, as fronteiras do “Oeste Selvagem” tinham que ser conquistadas.
Nesta época, um Coronel Yankee extremamente vaidoso e arrogante, chamado Custer, que fora General ou Comodoro durante a guerra, no comando deste experiente regimento, resolveu avançar contra formações de índios, sem fazer reconhecimento do terreno e sem dados da inteligência (reconhecimento e espionagem tem milhares de anos também).
Era 25 de junho de 1876.
Nas proximidades do rio Little Bighorn uma coalizão de Cheyennes e de Sioux, unidos sob o comando de Touro Sentado (Sitting Bull) e Cavalo Louco (Crazy Horse), estavam esperando por esta oportunidade.
Sob o comando direto de Custer tombaram 210 (duzentos e dez) cavalarianos, inclusive o arrogante comandante.
Morreram mais 52 (cinquenta e dois) soldados sob o comando de outros e 40 (quarenta) índios.
Detalhe, este é um dos poucos episódios, talvez o único, em que índios de diferentes tribos se uniram para lutar.
Mas não dá para ter muita pena dos homens do 7º daquela época, pois estes tinham uma prática nefasta de atacar aldeias indefesas, matando mulheres e crianças.
Abç,
Ivan.
victorsxavier
14 anos atrás
eu galante ou padilha… esse review do ivan deveria virar um post! rs mto boa mesma a analise!
gostaria de levantar uma questão qual o melhor heli-ataque disponível no mercado, e se o nosso sabre esta nessa categoria dos melhores do mundo, pois gosto muito do tiger, tanto pelo disigner e performance.
Em questão de sensores, armamentos provavelmente o AH-64D, agora para operar no meio do mato, da lama, de chuva, a -35/47º, a 3000m, voltar para a base depois de ser alvejado por uma rajada de AAA, isso eu acho que é indiscutivel os Hinds são os melhores.
Luiz,
A questão “qual o melhor” é sempre polêmica.
Eu prefiro abordar o assunto com outra questão:
– Qual o mais adequado?
Desta forma se faz necessário estabelecer parâmetros para aplicação da aeronave.
Um comandante militar deve olhar para o terreno antes de tudo. Então a primeira pergunta é onde o seu helicóptero deve lutar?
Vamos lá, existem inúmeros cenários, ou TO – Teatros de Operações, para usar um jargão militar. Vamos tentar enumerar alguns, só para como exercício de um antigo entusiasta.
As estepes Russas, imensas planícies, com pouquíssimas elevações, vegetação rasteira (tundra) e bosques esparsos, pedem um heli com longo alcance, rústico e pesadamente blindado e armado. Como os antigos soviéticos tinham como plano de combate movimentos motorizados (tanques e infantaria blindada) amplos, auxiliados por uma compentente engenharia de combate. O Mi-24 era o heli adequado para este TO, com poucos mísseis anti-tanque e grande carga de foquetes não guiados, verdadeira artilharia aérea.
Com as mudanças de paradigmas da URSS para a Rússia, bem como experiências como o Afeganistão soviético, aumentou a necessidade de helicópteros especialista em ataque, que levou ao incrível Mi-28 Havoc, um dos melhores do mundo e ADEQUADO a diversos cenários.
Mas vamos para a Europa Central, regiões acidentadas da Alemanha principalmente, com florestas de coníferas fechas e inúmeras cidades de todo tamanho.
A luta defensiva seria contra ondas sussessivas de blindados de todos os tipos (milhares) em ataque generalizado.
Os helicópteros de ataque para este TO precisa ser ágil para usar os acidentes do terreno ou mesmos as edificações das cidades, levar um potente e preciso armamento anti-tanque (8 mísseis TOW ou HOT na época), ter uma grande capacidade de contra medidas eletrônicas e contra-contra medidas eletrônicas (seu TO estaria saturado de ECM), além de ser reabastecido e rearmado com rapidez (aeronave boa é a que voa mais). Alemães usaram o BO-105 (6 HOT), franceses os Gazelle (4 a 6 HOT) e ingleses os versáteis Lynx (8 TOW).
Mas, diante da necessidade do TO (lembrem de sempre atentar para o terreno), foi desenvolvido o Eurocopter Tiger, para mim o melhor helicóptero para lutar na Europa Central.
Continua!
Isso ai Ivan, ótima analise!! Prbns!
Mas para o nosso cenário amazônico creio que o MI-35 seja mesmo o Ideal, pois além de poder reduzir a força do inimigo ou dos traficantes utilizando suas armas de ataque ao solo, ainda desembarca um pelotão para combater diretamente no terreno… mas falta ainda uma aeronave de asas rotatórias dedicada ao ataque puro, e creio que o Mangusta(Italia) seja a melhor opção para o Brasil, melhor até mesmo que este Tiger ai encima.
Valeu !!
Vamos para o deserto.
Pode ser planície ou planalto.
O calor vai tirar potência dos motores e a areia vai entrar por todos os buracos que a máquina tiver.
Nestes TO invariavelmente teremos grandes forças blindadas em manobra, tanto em colinas como em áreas mais amplas.
Então o primeiro requisito é potência, o segundo é robustez e o terceiro é um preciso e poderoso armamento anti-taque, preferêncialmente com longo alcance.
Hoje o helicóptero mais testado e adaptado para este TO é o Apache, notadamente a versão AH-64 D LongBow, armado com até 16 mísseis Hellfire guiados por laser ou radar micrométrico (o tal LongBow).
Claro que o russo Mi-28 tem um grande potencial para este cenário, mas o fato de ser largamente testado em combate me leva a escolher o americano AH-64 para o Deserto.
E na Savana Africana?
Os sul africanos, exímios usuários dos veneráreis Pumas franceses, desenvolveram um interessante helicóptero de ataque para aquele TO, capaz de reunir poder de fogo, robustez e alcance em uma estrutura (motores e rotores) já conhecida e dominadas.
O helicóptero é o Denel AH-2 Rooivalk, que ao meu ver teria um enorme potencial para o Brasil… mas não terá futuro, pois a Eurocopter está investindo no Tiger.
Bem, qual o melhor para o Brasil?
Bem, qual o melhor para o Brasil?
Aí entra uma outra questão?
FAB ou EB? Talvez ambos?
Bem, no MEU ponto de vista, helicóptero de ataque é arma para o exército, algo como uma cavalaria aérea.
Na verdade os primórdios do heli de combate estam nas unidades de cavalaria aerotransportada do US Army… inclusive o tristemente famoso 7º Regimento.
Combinando UH-1D, UH-1H e os inovadores AH-1 Cobra, o exército dos States revolucionou o combate terrestre ao dar a dimensão vertical um real valor no combate.
Eu explico meu ponto.
Os paraquedistas usavam a dimensão vertical para entrar no campo de batalha, mas apenas para entrar…
A cavalaria aérea luta no plano vertical, atirando do ar, desenbarcando tropas, recolhendo tropas, enfim, usa efetivamente as 3 (três) dimensões.
Simplesmente revolucionário.
Mas a FAB quer, como todas as forças aéreas, dispor de todos os recursos aéreos.
Neste sentido o Mi-35 se encaixa como uma luva para a FAB.
Pesadamente armado para ataque geral, pesadamente blindado, com uma capacidade marginal de transportar uma pequena fração de tropa (8 fuzileiros apenas), mas com dimensões avantajadas, o Mi-35, sussessor para exportação do Mi-24, é perfeitamente adequado para as missões da FAB.
O Sabre, como foi batizado nestas terras, não leva muitos soldados, não é tão ágil como Tiger e não leva tantos mísseis anti-tanque como o Mi-28 ou AH-64.
Mas é um mix de tudo, que desempenha várias missões, e possue uma respeitável capacidade de ataque geral.
Como patrulheiro da fronteira, onde um elemento (duas aeronaves) pode ter que operar isolado em apoio a um pelotão de fronteira ou guarnição da Polícia Federal é simplesmente perfeito.
Lembram daquele conceito de “ADEQUADO”, no sentido de ser melhor para cada tipo de terreno e missão (nesta ordem)?
Pois é.
Contudo para o Exército Brasileiro este monstro não se encaixa, pois as missões são outras, demandando aeronaves especialistas nas suas missões.
– Desembarque em combate – nada como um UH-60 BlackHawk com sua reserva de potência e metralhadoras laterais. Em tempo, os Pantera do EB são muito limitados nesta função;
– Transporte de tropas – a capacidade de transporte de 2 (duas) dúzias de fuzileiros do EC-725 família Super-Puma/Cougar é suficiente e fabricada no Brasil, em que pese achar o Mi-17 uma ótima alternativa;
– Reconhecimento e ligação – missão própria para os Esquilho, helicóptero de baixo custo operacional e fabricado e mantido no Brasil. Tenho um “olho gordo” no EC-635 militarizado, como o vendido para o US Army como UH-72 Lakota;
– Ataque – bem, Panteras com foguetes ou canhões de 20mm não são a solução…
A questão ficaria assim:
Qual o helicóptero de ataque adequado para o EB?
Meu sonho sempre foi o AH-2 Rooivalk, por sua robustez, alcance, capacidade de armas e, principalmente, poder usar o mesmo conjunto propulsor do EC-725 que será montado na Helibras.
Mas a Eurocopter, parceira estratégica da DENEL, infelizmente não pensa assim.
A sua opção foi priorizar o Tiger, projeto mais moderno. Entretanto este Tiger é bom para a Europa, que necessita da sofisticação que ele encerra.
Para a savana africana, o cerrado matogrossense e a selva amazônica o ideal é força bruta e robustez do Rooivalk.
Descartando meu sonho inicial penso que o EB deveria estabelecer critérios para este helicóptero, sem sonhar em fabricar no Brasil, pois seriam poucas unidades, algo em torno de uma ou duas dúzias.
Sugestões de critérios:
– Grande reserva de potência, para operar em climas quentes e úmidos;
– Preferencialmente usar motores já em uso no Brasil;
– Aviônicos nacionais ou nacionalizados, estilo Super Tucano, para resistir ao clima quente e úmido;
– Duas versões, uma, mais cara, com grande capacidade anti-tanque e outra, mais barata, com grande capacidade de ataque convencional (canhões e foquetes), funcionando como artilharia aerotransportada;
– Grande alcance;
– Capacidade de operar disperso no terreno, com pequenos destacamentos para reabastecimento e rearme (rápido tournaround – estilo Gripen… ops);
– Seja navalizado, como os AH-64 Apache do Royal Army, pois eventualmente poderiam ser embarcados para poiar os Fuzileiros ou mesmo o Exército em uma operação costeira.
Como fui obrigado a descartar o Rooivalk ficaria entre o AH-64 e o Mi-28.
Se a operação do Mi-35 for um sucesso na FAB, minha opção seria pelo Mi-28 Havoc, sem dúvida.
Evidentemente passando pela adaptação da aeronave aos padrões nacionais… lembram daquela história do comandante militar observar o terreno… quente e úmido.
Neste ponto é bom observar os israelenses, não fabricam aviões ou helicópteros, mas adaptam todas as suas aeronaves (e todas as armas) às sua necessidade operacionais… sempre de olho no terreno.
Mas fica em aberto, pois várias alternativas podem surgir neste mundo louco que vivemos.
Abç,
Ivan, do Recife.
Francoorp disse:
4 de junho de 2010 às 21:40
Fran,
O Tiger é ótimo para a Europa Central.
Para o Brasil teria uma sofisticação desnecessária, que custaria muito caro.
Sua única vantagem frente aos meus preferidos, AH-2 Rooivalk (tristemente abatido), Mi-28 Havoc e AH-64 Apache é o menor tamanho, para eventual transporte aéreo.
Quanto ao Mangusta é um interessante helicóptero de combate. Seu problema mais grave é pequena quantidade de unidades vendidas.
Outra dificuldade do italiano é sua menor capacidade de armas frente aos especialistas russos e americanos, algo em torno de 8 (oito) contra 16 (dezesseis) mísseis por missão.
Contudo o Mangusta poderia ter algumas cartas na manga muito interessantes.
Por ter pequenas dimensões poderia ser transportado no KC-390. Mas é uma questão a se confirmar.
Sua menor capacidade de armamento pode não ser tão importante, devido ao nosso teatro de operações de menor intensidade… por enquanto.
Por ter tido pouco sucesso comercial, poderia oferecer compensações interessantes para entrar no mercado da América Latina, inclusive com outros produtos da Agusta/Westland.
Sua motorização, entretanto, composta por dois motores Rolls-Royce Gem 2-1004D (licença de construção pela Piaggio) turboshafts , com 890 shp cada, ou 2 LHTEC T800, ambos usados nos Lynx, trariam pouca vantagem logística.
Mas como tudo é possível, quem sabe eles não partem para motores Turbomeca, como a série Arriel usada nos Lakotas e nos Panther/Panteras.
Abç,
Ivan, do Recife.
Um tema interessante para pesquisar é Cavalaria Aérea.
Se os editores permitirem, segue um link interessante:
http://www.ecsbdefesa.com.br/fts/Helic%F3pteros.pdf
Neste assunto os americanos são a referência do mundo.
Começaram combinando HU-1 com AH-1, na cavalaria aérea do US Army, aeronaves diferentes mas usando os mesmos motores e rotores.
Hoje o US Army combinam UH-60 com AH-64, com motores semelhanes.
Já o US Marine Corps, que são verdadeiramente operacionais, hoje combinam UH-1Z com AH-1Z Viper, com motores e rotores semelhantes.
Agora sabem o que todos os quatro atuais helicópteros táticos do arsenal americano tem em comum?
A turbina General Electric T700 .
Só como curiosidade a mais:
Os WAH-64 Apache britânicos usam as turbinas Rolls-Royce/Turbomeca RTM322, as mesma usadas nos AgustaWestland EH101 Merlin.
Pois é.
A gente começa com Cavalaria Aérea, combate em 3 (três) dimensões, etc e tal, e vai parar onde…
Na maldita Logística.
Mas me alonguei demais, em um assunto que seria para o Marine tratar.
Sds,
Ivan, do Recife.
Excelente análise Ivan. Pessoalmente acho que a máquina que casaria melhor para o Exército Brasileiro seria o AH-1Z Viper, um heli robusto o suficiente para operar no Brasil, e que não será tão caro de manter quanto o Longbow. E dá tempo de negociar alguma participação. Uns três esquadrões já fariam o Exército ter uma enorme capacidade antitanque e antitropa.
Mas pelo visto iremos mesmo é substituir o Pantera pelo Cougar e modernizar o Pantera para ataque.
Sds.
Ivan pelo que você disse sobre o M35 da FAB na Amazônia, ele também poderia se aplicar ao EB e aos FN no mesmo cenário, já que todos praticamente fazem a mesma coisa naquelas áreas.
Felipão,
Qualquer heli especialista em ataque seria bom para o Brasil, desde que buscássemos uma padronização de motores e aviônicos com outro vetor já existente no inventário.
Eu também gosto muito do AH-1Z Viper, que é última letra (he he he) do desenvolvimento da revolucionária família Huey Cobra.
Na verdade gosto de toda a família.
Acho até que um lote de AH-1 Cobra monoturbina usados, com uma reforma estilo Huey II, repotenciando as turbinas Honeywell/Lycoming T53-L-703, mas deixando com 1.340 kW (1.800 SHP).
Seriam usados como GunShips, sem mísseis, apenas foguetes e um canhão M-197 com 3 (três) canos de 20mm.
Mas a família Cobra está chegando ao limite do desenvolvimento, o que me leva a pensar em outras alternativas para compra, como os poderosos Mi-28 Havoc (se o Mi-35 der certo na FAB) ou mesmo o bem sucedido AH-64 Apache, via FMS – Foreign Military sales.
Contudo há um helicóptero de ataque italiano, pequeno mas bem projetado, que por não ter muito sucesso comercial poderia oferecer condições interessantes. Seria o Agusta/Westiland A-129 Mangusta.
Para comprar pronto não vale a pena.
Para começar uma segunda montadora de helicóptero ou desenvolver novas tecnologias no Brasil seria ótimo.
A Agusta/Westland tem um projeto interessante na África do Sul.
Quanto aos Panther/Panteras do EB eu tenho idéias radicais, que iria gerar muita polêmica.
No meu entendimento os Panteras não apresentam desempenho adequado para assalto aerotransportado. Levam apenas 8 (oito) infantes, ou seja, menos que um GC – grupo de combate, que no EB tem de 9 a 10 homens.
Na minha opnião eles seriam excelentes na FAB, nas funções de ligação, SAR e apoio aéreo leve, substituíndo justamente os Sapões UH-1H.
Em seu lugar deveria o EB usar os BlackHawk para assalto e Cougar/Caracal para transporte.
Abç,
Ivan.
OTV,
Veja bem, é minha opnião o que segue.
O Mi-35 é adequado para a FAB, apenas para a FAB, como um helicóptero multi-tudo que pode atuar em diversas missões isoladamente ou pequenos destacamentos de 2 ou 4 aparelhos.
Claro que pode apoiar um pelotão de fronteira do EB, ou uma patrulha ribeirinha dos Fuzileiros, ou ainda um destacamento da Polícia Federal.
Sua enorme capacidade de fogo é útil em diversas situações.
Mas quero deixar claro dois pontos:
1º) O helicóptero de ataque, nas funções anti-tanque, apoio aéreo aproximado (CAS) e escolta armada, deve ser um especialista, com agilidade e reserva de potência suficiente para cumprir as missões.
O Sabre tem boa de potência, mas inferior ao Mi-28 Havoc, só para referênciar o mesmo fabricante. Contudo deixa muito a desejar em agilidade, até pelo próprio tamanho avantajado.
2º) Helicópteros de ataque é assunto para o Exército, em qualquer país, pois irá lutar no terreno com os soldados da infantaria ou cavalaria. Penso que eles são a moderna cavalaria, substituíndo os cavalos da antiguidade, que flanqueavam as formações inimigas.
É possível usá-lo também nos Fuzileiros, mas acredito que só seriam viáveis para Estados Unidos e China, considerando o custo de uma estrutura própria para estas tropas especiais.
A solução inglesa de preparar, treinar e utilizar os WAH-64 Apache do Royal Army embarcados nos navios da Royal Navy uma experiência muito interessante, até mesmo um exemplo a ser seguido por países que não tem o mesmo orçamento de defesa das super potências.
Normalmente evito polêmicas, mas neste assunto não.
Abç,
Ivan.
Ivan não estou criando polêmica porque disto eu não entendo nada. Estou pensando somente no apoio aos unidades de fronteiras e uma maneira rápida e intervenção e apoio as unidades terrestres de fronteira.
Eu não entendo nada disto, agora, depois de ler suas explicações é que pude fazer uma pequena reflexão sobre o assunto.
E pelo que você disse por exemplo, o M35 não serve ao EB como H de ataque.
Sei por exemplo que há unidade de H no Amazonas.
Nada de polêmica. Foi uma pergunta.
Abç
OTV.
Grande OTV,
Amigão, a polêmica é a prática da controvérsia ou do contraditório, da discussão de um determinado tema.
NÃO significa uma briga ou algo assim.
Na verdade entendo a polêmica como algo necessário ao avanço do conhecimento humano, afinal “o que seria do AZUL se todos gostassem do AMARELO?”… he he he.
Não polemizamos… pelo menos ainda não.
Mas há esperança!
Quem sabe no futuro próximo poderemos divergir, debater, polemizar e, finalmente, crescer em conhecimento e humanidade.
Grande abç,
do ‘polêmico’ Ivan.
Grande informador és tu Ivan, Prbns!
Ivan disse:
5 de junho de 2010 às 10:46
Ivan, apenas uma correção: já voei no Pantera, como observador, em companhia de um GC L completo. Éramos 10 na verdade, fora a tripulação. Então, assim, conseguir o Pantera consegue carregar mais que 8…
Só não pergunte se a viagem foi confortável, rsrsrs…
Abs.
Felipão,
Pelo que sei a tripulação de combate (assalto) aérea do Pantera é a mesma do Bell UH-1H, nosso sapão:
– 01 Piloto;
– 01 CoPiloto;
– 02 Artilheriros;
– 08 Fuzileiros.
Será que vc vôou sem os artilheiros?
Na minha época voei de UH-1H da FAB, exatamente na configuração acima.
Bichinho barulhento o Sapão.
Abç,
Ivan, o Antigo.
Ivan
Obrigado pelas informações!
Só uma dúvida. A África do Sul não ofereceu o Rooivalk para o EB algum tempo atrás?
Se ofereceu, foi apenas uma “sondagem comercial” ou o EB chegou a testar o helicóptero?
Juro que lembro de ter lido alguma coisa sobre Rooivalk no EB…
Pow..pelos cometários aqui postados comentando as postagens do “polêmico” Ivan, faço uma sugestão ao FORTE: faz um “estudo” sobre a cavalaria aérea (hist, desenvolvimento, aplicações, atualizações, aplic. táticas e estretégicas, a situação nacional hoje e pespectivas para futuro, helis para forças terrestres e etc).
Ivan sentirei-me honrado quando pudermos polemizar, mas para que isto ocorra, eu tenho muito o que me gabaritar, para tentar acertar um único tiro no “Álvaro”, pra não perder de “0” .
Sdçs
OTV
Ivan, o Pantera ia fechado, sem artilheiro(s). Piloto, co-piloto, mecânico de vôo, o GC L (9) e eu quase caindo pela porta (sorte estar fechado 🙂 ).
Não sei se ainda hoje é assim, mas em 1998 (rsrs) era.
Abs.
Felipe,
Por pouco não te levaram pendurado…
He he he.
Abç,
Ivan.
Ivan,
“Na verdade os primórdios do heli de combate estam nas unidades de cavalaria aerotransportada do US Army… inclusive o tristemente famoso 7º Regimento.”
Houve algum episódio infeliz ocorrido nessa unidade?
Compartilhe conosco essa história…
Abração!!
a 7ª cavalaria foi aquela do general Custer e batalha do batalha de Little Bighorn?
Joao Gabriel,
Cavalaria é coisa antiga.
Durante muitos séculos a cavalaria era montada a cavalo mesmo.
Foi no Século XX, durante a Primeira Grande Guerra que os ingleses criaram os primeiros veículos de combate, que se chamaram “tanks” para disfarçar seu transporte para a linha de frente.
Foi uma revolução para a arma, mas relaxada pelos seus inventores foi terrivelmente usada pelo seus adversários, os alemães, que haviam aprendido com a derrota.
Já na primeira se pensava em tanques de apoio para a infantaria e tanques para a cavalaria.
No Vietnam o US Army criou o conceito de Cavalaria Aérea, ou aero-transportada, usando a enorme capacidade de produção americana, mas também observado o uso que os franceses fizeram dos helicópeteros no noroeste da África (Marrocos e Argélia).
Certamente foi outra revolução.
Mas o triste evento (triste para os brancos, claro) que aconteceu com o 7º Regimento de Cavalaria do US Army foi ainda montado a cavalo.
Após a Guerra de Secessão Norte Americana, as fronteiras do “Oeste Selvagem” tinham que ser conquistadas.
Nesta época, um Coronel Yankee extremamente vaidoso e arrogante, chamado Custer, que fora General ou Comodoro durante a guerra, no comando deste experiente regimento, resolveu avançar contra formações de índios, sem fazer reconhecimento do terreno e sem dados da inteligência (reconhecimento e espionagem tem milhares de anos também).
Era 25 de junho de 1876.
Nas proximidades do rio Little Bighorn uma coalizão de Cheyennes e de Sioux, unidos sob o comando de Touro Sentado (Sitting Bull) e Cavalo Louco (Crazy Horse), estavam esperando por esta oportunidade.
Sob o comando direto de Custer tombaram 210 (duzentos e dez) cavalarianos, inclusive o arrogante comandante.
Morreram mais 52 (cinquenta e dois) soldados sob o comando de outros e 40 (quarenta) índios.
Detalhe, este é um dos poucos episódios, talvez o único, em que índios de diferentes tribos se uniram para lutar.
Mas não dá para ter muita pena dos homens do 7º daquela época, pois estes tinham uma prática nefasta de atacar aldeias indefesas, matando mulheres e crianças.
Abç,
Ivan.
eu galante ou padilha… esse review do ivan deveria virar um post! rs mto boa mesma a analise!