O acordo com o Irã e o desafio à tutela de Washington
Brasil e Turquia decidiram fazer um contrapeso aos 30 anos de tolice americana na relação com Teerã
GRAHAM E. FULLER, GLOBAL VIEWPOINT
Se Washington acredita que agora enfrenta complicações para obter a aprovação de sanções contra o Irã no Conselho de Segurança das ONU, essa não é nem a metade do problema. Muito mais importante do que isso é a sutil mudança nas relações internacionais introduzida pelos gestos de Brasil e Turquia.
Essas duas potências de médias proporções acabam de desafiar a tutela de Washington na definição da estratégia nuclear em relação ao Irã e seguiram uma iniciativa própria para persuadir o país a aceitar um acordo. Além de inteiramente independente, a iniciativa avançou mesmo diante dos alertas consideravelmente grosseiros feitos pelos americanos, que pediam aos países o abandono das tentativas de negociação – apesar de seus termos serem muito semelhantes aos da proposta feita ao Irã pelos EUA no ano passado. Para piorar, o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, e o premiê turco, Recep Tayyip Erdogan, ousaram obter sucesso em suas negociações com o Irã, enquanto Washington previa publicamente seu fracasso certo (e tão esperado).
Será que os iranianos estão simplesmente envolvendo-se em outra trapaça, com o objetivo de ganhar tempo (manobra na qual são especialistas)? Ou será que ocorreu algo mais profundo? Em primeiro lugar, são importantes não apenas os termos do acordo, mas também seus mensageiros e o clima político no qual ele é celebrado.
Durante décadas, Washington relacionou-se com o Irã – quase sempre de maneira indireta – com truculência e beligerância consideráveis como trilha sonora das “negociações”. Isso era considerado normal – nada mais do que a única superpotência mundial exigindo dos demais países que atendam aos seus interesses estratégicos.
Quando Lula e Erdogan foram a Teerã, o jogo foi completamente diferente. A mudança não estava no conteúdo, mas principalmente nos negociadores, no local da reunião e no clima. Desta vez, Teerã não sentiu como se estivesse fazendo concessões à pressão exercida por uma superpotência, e sim aceitando um pedido razoável feito por dois Estados considerados seus pares sem nenhum histórico de imperialismo no Irã.
Num certo sentido, o acordo estava quase destinado a dar certo. O que o Irã mais deseja é frustrar o domínio americano sobre a ordem internacional, e principalmente sua capacidade de ditar seus termos ao Oriente Médio. Se o Irã aceitasse fazer alguma concessão nas questões nucleares, não haveria melhor forma de fazê-lo do que aceitar a proposta de dois Estados bem sucedidos e respeitados. Caso Teerã recusasse a oferta, poderia devastar o próprio conceito de iniciativas independentes, alternativas e desvinculadas dos EUA na estratégia internacional. Para o Irã, uma resposta positiva a esta abordagem conjunta fazia todo o sentido.
O mesmo vale para China e Rússia. Após o sucesso obtido por Lula e Erdogan, a secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, proclamou imediatamente seu sucesso na consolidação do apoio de Pequim e Moscou a sanções mais rigorosas contra o Irã – uma resposta surpreendentemente insultante aos notáveis resultados das negociações promovidas por brasileiros e turcos. Afinal, estes países são extremamente importantes para os interesses regionais e globais dos EUA. Esnobá-los desta forma foi um imenso erro.
Mas será que realmente acreditamos que Hillary tenha conquistado o apoio de Rússia e China? Assim como a Teerã não faltaram incentivos para aceitar uma proposta feita por “iguais”, Rússia e China também encontram motivos de sobra para aprovar esta iniciativa de Brasil e Turquia. É verdade que os termos do acordo não são sem importância, mas, para esses países, é muito mais relevante a lenta e inexorável decadência da capacidade americana de ditar os termos da política internacional e de satisfazer seus próprios objetivos. É exatamente essa a meta principal da estratégia russa e chinesa na política externa. No fim, esses países não permitirão que a abordagem de linha dura dos EUA prevaleça sobre a iniciativa brasileira e turca no Conselho de Segurança da ONU, mesmo que sejam necessários alguns ajustes do acordo obtido por Brasil e Turquia.
Polaridade. É claro que China e Rússia representam a polaridade alternativa na luta emergente para pôr fim à hegemonia americana. Mas é mais importante o fato de agora esses países testemunharem o afastamento do centro da política internacional em relação aos EUA.
Os dois países que desafiaram os desejos americanos não são meros agitadores do terceiro mundo tentando ganhar fama à custa dos EUA. Trata-se de dois grandes países considerados amigos próximos dos EUA. Isso torna sua afronta ainda mais cruel. Esses acontecimentos são profundos sinais dos tempos. O problema do poder unilateral está no fato de ele se tornar invariavelmente sujeito a tolices ocasionais na ausência de freios e contrapesos.
Os americanos acreditam em freios e contrapesos quando se trata de sua Constituição. Quando Washington entrou em sua quarta década de paralisia e incompetência no relacionamento com o Irã, ainda incapaz de nem sequer conversar com o país, essa abordagem exacerbou o problema, fortaleceu o Irã e as forças do radicalismo no Oriente Médio, polarizou as emoções e, pior, fracassou em todos os sentidos. Será que o mundo não deveria dar as boas-vindas aos gestos de dois países importantes, responsáveis, democráticos e racionais que decidiram intervir e estabelecer um contrapeso para décadas de tolice na política externa americana? É por isso que freios e contrapesos são importantes, e é por isso que o centro está se deslocando.
Talvez os “Estados renegados” – termo na moda em Washington para designar países recalcitrantes que não se submetem à linha ditada pelos EUA – possam responder melhor a novas abordagens livres das antigas técnicas imperialistas do intervencionismo e dos ultimatos. Enquanto isso, os EUA correm o risco de tornar-se seu próprio “Estado fracassado” em termos de ser capazes de exercer uma liderança internacional competente e eficaz após a queda da União Soviética. / TRADUÇÃO DE AUGUSTO CALIL
FONTE: Estadão
“ditar seus termos ao Oriente Médio”
Uma opinião primorosa sobre o assunto.
A política externa do Brasil está totalmente equivocada. O Irã é governado por fanáticos, cujo “executivo” é um ditador sanguinário. A guarda revolucionária se assemelha à SS como um poder paralelo às forças armadas (não em ideologia, aliás, ambas idiotas). Infelizmente, não há como apaziguar esta gente. Se os americanos forma incompetentes em lidar com o Oriente Médio e adjacências, nada justifica a nossa ingenuidade na área. O presidente é apenas um joguete nas mãos do Marco Aurélio e do Amorim e corre o risco de empanar seu, afinal de contas, bom governo, naquilo que imitou do FHC e nas políticas sociais (mesmo naquelas usadas indevidamente como moeda de troca eleitoral).
O mínimo de conhecimento político e economico que sempre rondou o Oriente Médio é o suficiente para saber que esse texto só fala bobagem.
“Quando Lula e Erdogan foram a Teerã, o jogo foi completamente diferente. A mudança não estava no conteúdo, mas principalmente nos negociadores, no local da reunião e no clima” – digno de risos!!
Então americanos, ingleses, franceses, russos e chineses não sabia que era só ir “perfumado” e “sorrindo” que os iranianos fariam um acordo??
Só mesmo que não acompanha a história do Irã para acreditar nesse acordo!!!!! estão ganhando tempo com a ajuda do Brasil agora…
Ai fica a pergunta: se o lula não consegue nem ser lider na América Latina, onde o chavismo avança a passos largos, como conseguiria um acordo internacional?
respota: não conseguiria!!
mas dei ótimas risadas do texto, parecia uma comédia!
hauhauahuahuahu
Parabéns ao blog por expor o contraponto das análises anteriormente publicadas.
Em relação ao conteúdo, eu concordo e acredito ser uma das análises mais sensatas até agora.
O acordo firmado nada mais é do que o acordo defendido pelos EUA há 6 meses atrás. Sendo o mesmo agora criticado pela secretária de estado americano sem um mínimo de coerência …
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Em tempo, comédia é a análise do deputado tupiniquim e sua eterna sina de inferioridade que tanto afeta os brasileiros …
Se morassem um ano na Europa mudariam de opinião …
Graham E. Fuller is the former vice chairman of the National Intelligence Council at the CIA and author of numerous books on international politics, including the forthcoming “A World Without Islam” (August 2010).
http://www.csmonitor.com/Commentary/Global-Viewpoint/2010/0524/Former-CIA-officer-on-Iran-Brazil-and-Turkey-are-vital-checks-and-balances
O ápice da política externa norte americana no oriente médio foram os dois jatos enfiados com passageiros e tudo dentro dos dois prédios do World Trade Center, tamanha a sua incompetência.
A América está envolvida em duas guerras, não consegue se desvencilhar de nenhuma, não vencerá nenhuma delas, para alegria das empresas como a Halliburton que superfaturam e fraudam tudo que entregam no Iraque e Afeganistão, e apóia governos totalitários como a Arabia Saudita que está há séculos de ser uma democracia e que corta a cabeça dos inimigos internos.
O que se percebeu com este acordo de Brasil, Turquia e Irã, antes defendido e agora prontamente rejeitado pelos sobrinhos de Tio Sam é que a multi polaridade do mundo já chegou.
Os estrangeiros conseguem fazer análises mais conscientes do que a mídia subserviente nacional, sem poupar nosso governo de críticas, e a parte da classe média que se encontra aqui neste fórum, e que representa a era Pré-Lula, no qual o Brasil era o país com pior distribuição de renda no mundo até agora não engole o fato de que o nordestino torneiro mecânico conseguiu o que nenhum deles obteve ou será capaz de realizar.
Na cabeça dos europeus e dos ianques, o Brasil somente serviria para ser subserviente, alinhado, obediente e esta turma aqui foi educada para ser subserviente, serva destes gringos, e reagir contra qualquer tentativa de soberania em nossa terra.
Qualquer coisa fora disso lhes parece absurdo, mas esta é a nova realidade queiram vocês ou não.
Parabéns, Galante, pela matéria. Fuller é um analista sério e de influência crescente nas leituras acadêmicas de R.R.I.I.
Um acréscimo pode ser encontrado em alguns outros noticiários. Ao contrário do que Hillary divulgou, China e Rússia não endossam cegamente medidas além das sanções anteriormente aprovadas. Apenas apóiam que as mesmas sejam mantidas, e com a advertência explícita da Rússia, no sentido de que a União Européia ee os Estados Unidos não passem desses limites.
Curioso como se omite que a Rússia constrói uma central nucleal no Irã, e a entregará pronta em Outubro.
Somente agora percebi a matéria anterior do Sr. João Mellão Neto. Sem que o episódio o desqualifique enquanto autor (o texto fala por si) socializo algo ocorrido em seu primeiro dia de trabalho como Ministro do Trabalho de Collor.
Mellão convocou toda a Imprensa para estar às 7h da manhã no pátio do Ministério, numa demonstração de como seria seu desempenho à frente da pasta.
Reunidos os poucos jornalistas madrugadores, subiu ao 7o andar e lá se perdeu procurando o Gabinete do Ministro. Deserto o prédio, além dos seguranças da portaria (para quem não quis pedir informações), Mellão se viu obrigado a perguntar, na frente dos jornalistas, a uma humilde faxineira, onde era seu novo gabinete.
A faxineira, meio espantada, devolveu:
– Quem é o Senhor?
– Sou o novo Ministro do Trabalho!
– Ih, Moço! O Ministério do Trabalho é no outro prédio!
Por mais “ingênua” que possa parecer a posição do Brasil e seu presidente neste cenário do acordo, e deixando as questões de preferências partidárias, que norteiam o ton dos comentários, de lado, creio que toda esta situação é muito válida para o Brasil como estado e não governo…
Vejamos…
– o Brasil defende que o Iran (assim como todos, inclusive da UE e EUA) é uma nação soberana, que tem o direito de realizar pesquisas com energia nuclear;
– Se é um ditador, mas foi escolhido conforme legislação do pais… assim como o Bush foi escolhido com menos votos naquele embrólio de 2004;
– todos são signatários do tratado de não proliferação de armas nucleares… mas porque o Iran é o problema e não o Paquistão ou a India (resposta, petróleo)…
– O Iran pode atacar Israel?? Israel e o EUA vivem atacando os outros países…
No desenrolar deste cenário atual, fica explicito no ponto de vista do Brasil, que todas a nações, capitalistas, comunistas, islâmicas, mulçumanas, etc, etc, são soberanas em suas decisões, e lamentavelmente a ONU, nestas questões são uma marionete da vontade da UE e EUA.
Creio que o Brasil, ao adotar esta postura de diálogo e defesa da soberania das nações, sem aqui entrar no mérito da promoção pessoal do presidente, está defendendo a si mesmo…
Abraços
André Oliveira,
Conconcordo plenamente, finalmente alguém expôs de fato a realidade sobre esse assunto. Infelizmente a verdade, para a classe média desse país, é um conceito que muda de acordo com o seu interesse, de acordo com o que agrada a seus olhos e ouvidos.
Saudações
O Brasil, segundo alguns descoberto, e a meu ver, invadido por Portugal, desde suas origens, surgiu para fornecer produtos básicos para o exterior e não foi projetado para opinar, para interagir com soberania. Uma pequena elite riquíssima, apoiada por uma classe média pequena seria a responsável por manter o restantes da plebe (escravos) controlada e mansa. O Brasil mudou muito, evoluiu muito, mas essa estrutura mental de domínio ainda persiste e este anacronismo, ou seja, um conceito deslocado de seu tempo, está impregnado na mente das pessoas de uma forma tão forte que elas acham que o mundo é esse mesmo e qualquer coisa fora disso é um erro grave. Certas pessoas nasceram ouvindo Bee Gees, cresceram assistindo o Clube do Mickey, se emocionaram com o Resgate do Soldado Ryan, e assim vai. Soa estranho pra eles ver o Brasil dizer não para os americanos..
Analise perfeita. A politica externa americana há tempos é parcial e injusta. Primeiro Iraque, depois Iran, Coreia do Norte, Venezuela, Siria e etc…
Logo logo o mundo seria formado apenas por governos fantoches ou com oeles mesmo dizem… alinhados.
Eu não sou a favor do governo autoritário do Iran, mas os americanos e israelenses fazem muito pior há décadas.
Não se esqueçam que o senhor premier de Israel já tentou vender uma bomba atômica ao regime intolerante do apartheid na Africa do Sul, é esse tipo de corja que os cegos tentam defender???
Bem falar o que? Artiguinho superficial da “esquerda festiva” norte-americana. Nada a ser levado a sério.
Ia escrever um texto mais comprido, mas estou sem tempo (e não vale a pena).
O autor comete erros históricos (o Império Turco-Otomano já invadiu a Pérsia no séc. XV), confunde o que é a vontade do viés que imprime ao seu texto com a realidade (a de que Rússia e China “não permitirão que a abordagem de linha dura dos EUA prevaleça sobre a iniciativa brasileira e turca no Conselho de Segurança da ONU”) e simplesmente não entra na análise dos motivos subjacentes à atuação brasileira (e turca) no episódio.
O principal, o que o texto não analisa, é: porque o Irão é contra o USA? Porque o Brasil e a Turquia também são? Aqui o escriba malandramente se cala.
Claramente, como quase todo analista que segue um viés (e se pauta por fora dos fatos), mistura meias-verdades com a realidade, para determinar a conotação (ou seria melhor dizer “coloração”?) de suas impressões. É o maior exemplo de texto “me engana que eu gosto”.
Enfim, joga pra torcida.
Mas parabéns ao ForTe pela publicação. Assim deixou feliz a vermelhuxada raivosa, que andava tristinha de tanto apanhar por aqui com os últimos chafúrdios da patética diplomacia bolivariana do Itamaralívia… 🙂
Sds.
Parabéns ao Blog
e aos Amigos de post André Oliveira e José Maria Bravo pela consciencia.
Infelizmente, só tenho a me distanciar da forma como pensa o VADER, que dá exemplos de ser da DIREITA ENTREGUISTA…(Já que somos da Esquerda Festiva…)
Onde você fez sua graduação e em que fez caro amigo?
Você leu quais livros? (obs: Revista Veja não é livro)
Essa matéria foi sem dúvida a mais precisa em relação ao que penso e propago.
Vader
pense você a respeito disso:
O principal, o que o texto não analisa, é: porque o Irão é contra o USA? Porque o Brasil e a Turquia também são? Aqui o escriba malandramente se cala.
Você é do tipo que acha que os USA são os power rangers e tem o direito de agir da forma que querem para proteger (o seu) mundo???
Assistir muito Bradock e comando Delta dá nisso…
Sobre o autor é bom ver que a Foreign Affairs colocou-o como uma das leituras para se entender a Turquia.
http://www.foreignaffairs.com/features/readinglists/what-to-read-on-turkish-politics
Por sinal, ainda não li nada do primeiro time de Relações Internacionais contra a atuação brasileira, Foreign Affairs, NYT (Roger Cohen),Foreign Policy todos são uninimes…contra fica umas analises do pessoal goiabinha, verde e amarelo por foro, e rosinha por dentro.
Caro Vinicius, frequento este espaço há mais de dois anos e quem me conhece por aqui sabe quem eu sou. Não tenho a menor obrigação ou intenção de exibir minhas credenciais a V. Sa.
Mas suponho que, pela forma como escrevo, o camarada, caso tenha algo no bestunto, pode inferir que não sou nenhum dos iletrados e analfabetos funcionais (e morais) com quem vermelhinhos enrustidos como o cidadão tem por costume se relacionar.
A propósito: “entreguista” é a esquerduxada raivosa na qual o cidadão notadamente se inclui, que quer que a nação abra as nádegas para que a corja de bolivarianos capitaneada pelos Castro e pelo patético Chavez “entube” o Brasil “com caco de vidro”, em nome de um projeto de uma grande nação latrino-americana estabelecida desde os tempos de Foro de São Paulo.
A verdade dói né? 🙂
Amigos, por favor… Olhem com os olhos do Brasil Nação e não o Brasil Governo…
Olhem tudo pensando com o que é melhor para o Brasil… Phota-ze Iran, Eua, Chaves, esquerdas, direitas… Todos tem seus erros e seus acertos…
Analisem, pensando o que é melhor para o Brasil como nação, no seu povo, no seu desenvolvimento…
é duro aturar Ongs defendendo terras de índios (que usam celular e assistem tv) como se fosse uma nação internacional, sendo que sabemos que o local é rico em minerais preciosos como nióbio….
aturar o James Cameron protestando contra a criação de uma hidrelétrica, e afirmar que irá pedir para o concresso americano intervir… é isso que eles pensam a respeito do Brasil… e o pior que tinha atores globais protestando no leilão da Anael em Brasília, e que depois vão para casa tomar banho quente, usar microondas e ar condicionado e assistir tv com energia de hidrelétrica…
O Brasil está certo neste contexto por um simples motivo… porque esta mesma liberdade que defende do Iran, é a mesma liberdade que queremos para nós, pois poderemos ser a bola da vez algum dia…
O Brasil está certo em defender as Malvinas Argentinas, porque ao mesmo tempo defende a extensão de nossa plataforma continental… é coerente…
O radicalismo de nossas discursões políticas entre esquerdas e direitas para saber quem fez ou roubou mais, não nos fortalece, pelo contrário, nos enfraquece… e dessa forma, nos tornamos nosso pior inimigo…
O Brasil precisa agir como grande se quiser efetivamente ser grande, e nesse cenário, o Brasil somos todos nós, esquerdas e direitas, Lulas e FHCs…
Brasil acima de tudo.
Abraços
Parabéns e obrigado ao blog pelo contraponto. Eu gostei muito do artigo e concordo em grande parte com o texto.
Eu não acredito em argumento de autoridade, mas para quem acha que o autor do artigo é um Zé Ninguém “comuna” americano, saibam que ele tem nas costas 27 anos de carreira na CIA no Departamento de Estado: http://en.wikipedia.org/wiki/Graham_Fuller
O artigo vai na mesma linha das palavras do Bresser-Pereira, que sinto muito, mas não é nem petista nem comunista.
http://www.bresserpereira.org.br/view.asp?cod=3948
Se vocês preferem confiar no deputado estadual e “grande especialista” em Relações Internacionais, Sr. João Mellão Netto, aí é com vocês.
Como é fácil para alguns brasileiros acharem que o Presidente etá sempre fazendo algo errado(risos).
Onde estão os inteligntes letrados que até hoje não fizeram nada!
Se o Lula etá certo ou errado, acho que o problema é outro.
Dizer quem está certo ou errado é mole, mas, os EUA fizeram algo certo até hoje? Talvez as bombas no Japão!(risos)
Nosso problema é este, nunca estamos satisfeito e apioamos nossos representantes.
Se sabem fazer melhor porque não vão lá ou mandam uma carta para a ONU resolvendo tudo isto.
Se mancam e caia na real!
O Lula ao menso está tentando fazer alguma coisa.
Sou mais ele que vocês que reclamam tanto e os outros países que na história toda nunca resolveu o problema de ningué. Só deles próprios.
Artiguinho superficial da “esquerda festiva” norte-americana. Nada a ser levado a sério.
É i-m-p-r-e-s-s-i-o-n-a-n-t-e a capacidade desse cidadão de pensar apenas com o fígado e usar a falácia ad hominem para desqualificar quem escreve algo que ele não concorda !!! Graham Fuller foi do alto escalão da CIA por 27 anos, participa do think tank conservador RAND e o cidadão chama o cara de “esquerda festiva” !!!
É muito sem noção, a figura, caramba … Principalmente pq o cara não consegue argumentar, já parte logo pra agressão, sempre.
Vou dar uma dica pro cara:
-Fala aqui com a minha mão (rs)
Fabio disse:
25 de maio de 2010 às 23:30
O mínimo de conhecimento político e economico que sempre rondou o Oriente Médio é o suficiente para saber que esse texto só fala bobagem.
Quem falou bobagem foi o colega: Graham Fuller é especialista em OM, tendo inúmeros livros sobre o assunto.
Sugiro ao amigo que faça uma pesquisa na internet. Inclusive, o autor tem um verbete na Wikipedia. Dá uma olhadinha lá e volte duas casas …
athalyba disse:
26 de maio de 2010 às 13:06
Ô, pedacinho de uma urtiga, é você quem está usando argumento ad hominem para qualificar o sujeito como “um gênio da política externa”. E para (tentar) me desqualificar como interlocutor válido. Aliás, é só o que V. Sa. faz aqui na Trilogia, com muita gente, de longa data…
Eu, ao contrário, ataquei os ARGUMENTOS dele, logicamente incongruentes, mentirosos do ponto de vista dos detalhes históricos e superficiais no que toca à motivação subjacente dos países que menciona.
É a minha opinião, e tenho o direito subjetivo de expressá-la, até porque em meu argumento inicial não ataquei ninguém especificamente; a carapuça serve muito bem para quem adora colocá-la na cabeça… 🙂
É até curioso: não preciso conhecer o cidadão, muito menos saber o seu currículo, para saber quando ele fala borracha, e quando está produzindo algo com a função precípua de servir a algum interesse excuso.
Nada como ter a imbatível e infalível LÓGICA a nosso lado… 🙂
athalyba disse:
26 de maio de 2010 às 13:43
No mais, o que o cidadão é incapaz de compreender é que em matéria de lógica não existe “argumento de autoridade”. A opinião do escriba é tão válida quanto qualquer outra.
Primeiramente, parabenizo o Blog por publicar uma visão diferente da apresentada dias atrás. Democracia também se faz assim.
Pena que no Irã, Coréia do Norte, Siria, Venezuela e em outros lugares “aprazíveis” isto não seja possível, lá não existem dois lados, até existem, mas um irremediavelmente vai para a prisão/tortura e morte.
Discordo de praticamente tudo o que foi escrito, mas esta parte chama a atenção e qualquer um que nao seja ingenuo ou deliquente intelectual sabe responder:
“”Será que os iranianos estão simplesmente envolvendo-se em outra trapaça, com o objetivo de ganhar tempo (manobra na qual são especialistas)? “”
A pergunta vem de Graham Fuller que foi do alto escalão da CIA por 27 anos, participa do think tank conservador RAND, como disse o Athalyba.
Resposta: Sim! A Guarda Revolucionária ( que é quem manda lá agora) quer ganhar tempo, para finalizar o programa nuclear, obter uma ogiva para poder ter maior poder interno e ter mais força e liberdade para atacar Israel com o terrorismo do Hamas e Hezbollah.
Acho que o problema se encerra em uma coisa que já escrevi: Quando o poder executivo nos EUA ou Israel for informado pelos seu serviços secretos sobre a iminência do programa da bomba estar concluído, o ataque vai começar, quer a ONU queira ou não e com o CS fazendo mais uma vez o seu papel irrelevante de espernear…
Alguem imagina, por exemplo, Israel submetendo a sua sobrevivência ao voto do Congo no CS da ONU?
É desagradável, mas parece que é assim que tem funcionado, vide o caso do Iraque.
Parabens ao blog, deve ter tido muito trabalho pra achar uma matéria que agradasse em cheio o “outro lado da força” hehehe (basta ver a animação dos vermelhuchos)
No mais, um texto que prova que os EUA não são perfeitos, lá tambem tem gente que não sabe o que fala( ou escreve).
Abs
Excelente ponto de vista.
Para aqueles que vão contra e acreditam que o Oriente médio que é o problema do mundo, peço para reverem seus conceitos e procurarem ver através da PROPAGANDA AMERICANA e não se deixar influênciar por tudo o que o CAPITÃO AMÉRICA DIZ.
Em alguns anos, décadas ou quanto tempo for necessário, assim que o Brasil começar a despontar como uma potência sólida, podem ter certeza que a América do Sul vai ser o alvo da vez.
Basta ver que já começam a reclamar dos nossos Sub-nuclear…………………………………………….
E outra, assim que a China ganhar mais massa e ficar a ponto de ser a 1º economia do mundo, podem ter certeza que também vai virar alvo da ONU, OTAN e todas as outras organizações que vierem a ser capitaneadas pelo TIO SAN.
Se existe um problema no mundo, pode ter certeza que é o GOVERNO NORTE AMERICANO.
Incrível ver como tem gente que idolatra o país que mais ferra com o Brasil…………………… não é atoa que somos reféns da econômia americana………. desprezam o que é feito aqui para ter uma etiqueta MADE IN USA…………
Belo patriotismo.
Rodrigo Marques disse:
26 de maio de 2010 às 14:02
Rodrigo, você esqueceu-se de mencionar a “caliente” Cuba como um dos lugares aprazíveis do globo, no qual essa discussão com contraditórios múltiplos jamais existiria (coisa que irrita sobremaneira os vermelhuxos de sempre: eles simplesmente não toleram ser contestados… conseqüência da idéia de “verdade única” do partidão…).
No mais, concordo com o que o amigo disse: o ataque ao Irão é inevitável e virá, mais cedo ou mais tarde. PONTO. Nem Israel nem EUA, nem China, nem Rússia, nem Paquistão, nem Arábia Saudita, nem França, a NINGUÉM interessa um Irão com arma nuclear.
O que a imbecil e doutrinada diplomacia do Itamaralívia não entendeu (ou melhor: entendeu, mas faz questão, por fins politiqueiros, de “pagar de boazinha na história” – desde que a traseira que vá fritar sob a chuva de bombas que certamente cairá não seja a sua) é que a imposição de sanções tenta exatamente evitar o desperdício de recursos e vidas humanas que será o ataque ao Irão.
Porque este virá de um lado ou de outro, tão inexoravelmente quanto o USA ainda é o USA.
Grande abraço.
Para quem desconhece o Autor do artigo em comentário, Fuller é cientista político, ex-analista da CIA, especialista em extremismo islâmico, e acumulou, entre CIA e DoS, 27 anos de serviço público, antes de virar professor de história em Vancouver.
Prezados,
Importantíssima matéria postada pelo blog, com os créditos de um importante especialista respeitado tanto dentre de seu país como fora que, inclusive, já esteve na ESG ministrando palestras. Ou seja, uma figura de extrema importância para quem deseja se aprofundar em questões estratégicas de estado, sem se pautar em ideologias partidárias ou alienantes.
Esse texto na verdade já era de meu conhecimento. Sensato e analítico e que insita uma série de questionamentos quanto ao modo operantis que até o momento vinha sendo utilizado no trato com questões internacionais conflitantes, mais explicitadamente na contenta com o Irão.
O texto demonstra, dentre outros aspectos que, mesmo no alto escalão EstadoUnidense, não existe uma hegemônia de idéias e pensamentos.
Estamos, talves, assistindo uma reedição do que foi a segunda metade dos anos 70 no que tange a diretrizes operacionais do departamento de estado EstadoUnidense para questões internacionais.
Existe todo um movimento de sociedade civil organizada imropendo da américa, donde, diversos valores estão sendo postos em xeque.
Este texto, como outros, reflete esse momento. Nada de novo, uma vez que toda a sociedade é mútavel e adaptável ao contexto vigente.
O impacto causado com imagens de caixões de soldados retornando a seu país causa sim um estado psicológico de questionamentos e de constestação quanto a valia de ações beligerantes extremadas para a manutenção de um “estado de segurança”.
Logo, a suposição de novas ações em detrimento ao viés diplomático, eleva a tensão dentre os setores antagônicos da sociedade EstadoUnidense, e dai, o conteúdo do texto.
Isso sem falar no aumento do déficit público causado pelo incremento do orçamento de defesa.
Essa discussão vai muito além do que o censo comum consegue depreender. É, antes de tudo, uma discussão de sociedade.
Creio que os sinais de mudança já se fizeram sentir. Exemplo disso foi a fantástica eleição do atual presidente EstadoUnidense que exprime a incrível capacidade que a grande parcela da sociedade EstadoUnidense tem de se reinventar.
A verdade é que os Estados Unidos da América não aguentarão outra incursão armada. Os argumentos para isso estão cada vez mais parcos.
Torço realmente que a boa vontade de alguns se sobressaia a megalomania de outros.
Alias, as bases de ações pautadas na boa vontade fazem parte da gênese da criação dos Estados
Unidos.
E para terminar, cito uma frase do célebre Thomas Jefferson, figura histórica e importante na história da humanidade:
“A vida carece de valor se não nos produz satisfações. Entre estas, a mais valiosa é a sociedade racional, que ilustra a mente, suaviza o temperamento, alegra o ânimo e promove a saúde.”
Sds.
O engraçado é que apesar de existir um lunático no poder no Irã, ninguém defende a sobrevivência da população iraniana, reprimida e potencialmente a principal vítima em um possível ataque israelense …
Para muitos aqui no blog a diplomacia do Brasil é ridícula, mas esquece que apesar do oportunismo visando a projeção internacional, a intermediação brasileira visa a preservação da vida através do diálogo, poupando a morte de milhares de civis em mais um guerra …
O acordo assinado entre o Brasil, Turquia e Irã é um ctrl+c e ctrl+v do acordo rabiscado pela diplomacia americana há 6 meses. Entretanto, como a liderança no acordo passou longe da Casa Branca, o mesmo não é mais válido …
A política externa americana é inegavelmente imperialista, nos últimos 30 anos presenciamos milhares de ultimatos e intervencionismos …
O artigo do senhor GRAHAM E. FULLER (que não foi escrito para ser uma tese de doutorado) somente faz uma análise bastante lúcida sobre a política externa americana para o Oriente Médio.
A política do porrete que não funciona nem com uma criança, vai funcionar com um ditador lunático?
O risco do atual governo iraniano estar desenvolvendo uma bomba nuclear é alto, mas não justifica AINDA uma saída através de sanções. A Coréia do Norte é um exemplo contemporâneo de que não resolve.
Quem irá sofrer é a população e não o governo.
Enquanto isso Israel e suas trinta ogivas nucleares continuam intocáveis … Se não ameaça os filhos da pátria americana, não são considerados ameaça a vida.
Que comece a chuva de bombas. Que morram todos os iranianos !
Todos ganham no primeiro ano de vida um cinto recheado de C4 mesmo …
Prezados,
Onde lê-se imropendo leia-se irrompendo.
Sds.
Gostei do texto.
Me parece que é de alguém que não é um tucano cego e pedante, e nem é um puxa saco de Che.
Quem disse que os iranianos são demônios?
O Uncle Sam é que é o próprio Satanás encarnado.
Se preocupem com ele.
É Verdade Vader,
Esqueci desse “paraíso tropical”, modelo para Venezuela,Nicarágua, Equador, Bolivia, Paraguai e por pouco Honduras…
Nestes países citados acima, houve desapropriações de Refinarias da Petrobras, ameaças de calote no BNDES e revisões de contratos que nos prejudicaram… Tudo no “nosso quintal”
Aí com toda essa bagagem de fracassos, resolveremos questões no Oriente Médio… 🙂
Seria só patético se não fosse perigoso e irresponsável.
Abraços!
Não vejo a defesa do nosso programa nuclear como tentativa de vender a mãe, a alma ou o país aos EUA.
Será que ninguém percebe que quando nos colocamos ao lado do Irã na questão nuclear, tendo nós mesmos um programa que já foi ameaçado pela própria AIEA estamos agindo de maneira irresponsável com o NOSSO programa?
Não viram vozes de desconfiança ( já surgiram na Alemanha) sobre o nosso programa?
Acho que antes de acusarem a ou b de tentar vender a mae ou quem quer que seja aos EUA, os acusadores deveriam se posicionar, por exemplo, a respeito da revisão do contrato de Itaipu com o Paraguai.
E aí? Quem é vendilhão na história?
Rodrigo, vejo a postura brasileira de forma totalmente oposta. O que o Brasil está defendendo é o diálogo e o direito de um país desenvolver um programa nuclear com fins pacíficos, o que também é nosso interesse.
Se o irã está desenvolvendo armas ou usando essa negociação para ganhar tempo, acho que é outra questão.
Defender o diálogo e o respeito a soberania são principios fundamentais s equisermos manter nosso próprio programa nuclear.
No mais, o que o texto destaca é esse esforço de negociação, descolado de um mundo pensado pelos norte americanos. Enfim, uma busca por alternativas de dois países respeitados. Não está falando quem está certo ou errado, inclusive levantando a possibilidade da manobra do Irã para ganhar tempo.
Lula tá certo. O Brasil é um novo player mundial. somos uma das maiores economias do mundo, e portanto, devemos ter postura e agir como tal. Os EUA são uma nação em extremo declínio com déficits de 12 % do PIB, em 2 anos sua dívida irá superar seu PIB. As forças armadas dos EUA estão cambaliantes, nas décadas de 70 e 80 os EUA compraram 1700 f-16 e cerca de 1000 f-15. Hoje pretendem comprar 600 f-35 e 190 f-22, na década de 50 tinham 7000 caças, de 7000 para 790 em 70 anos mostra o quanto os EUA estão decadentes, e quem for submisso vai junto em menos de 10 anos, já que a previdência americana vai ser extremamente deficitária em 6 anos, os ianques já eram. os novos players mundiais são os brics, basta ver nos ultimos tempos as vitórias dos brics na omc.
disse 70 anos, porque somente em 2020 grande número de caças terão que ser retirados de serviço, incluindo os f-15, a não ser que investam pelo menos 5 bilhões de dólares nos f-15 c para voarem mais 10 anos
Não vou citar o Governo Brasileiro, e nenhum outro, apenas vou citar as minhas conclusões desse acordo.
Concordo totalmente com o GRAHAM.
O Tio San não gosta de perder em todos sentidos, não gosta de ser surpreendido…….Nenhum país gosta, mas o Tio San é como um”Boss” fica doido quando é questionado ou quando mexem em seu bolso.
Deve ter tidos outros eventos mas é a 1ª vez que vejo o Peão (Brasil/Turquia) andar com as próprias pernas, sem o Comando do Rei (EUA) num assunto Internacional de interesse da Máquina de Guerra Americana.
Rússia e China, não jogam o mesmo Jogo, apenas estão observando, até que seja interessante para ambos….
Acho que pela 1ª vez o Tio San teve sua jogada prevista pelo adversário, se tornando previsível.
Não vejo os EUA atacandoo Irã, no máximo apoiando Israel, mas acho que Israel não quer comprar a briga sozinho.
Como no Texto, concordo que o centro se deslocou, um pouquinho quase nada, mesmo assim se deslocou.
Apoio o programa nuclear Irãniano e para fins militares, Todo país tem direito!
“ahhh mas o governo do Irã disse que não houve Olocausto e quer varrer Israel do mapa”
Ué já vi o Governo de Israel falar cada mer** do povo palestino, que fica em pé de igualdade ao comentário do governo Irãniano.
O povo seja palestino, Irã, Síria tem o direito de se defender em pé de igualdade, ou pelo menos tentar….Se Israel ou EUA tem tanto medo é porque deram motivos.
“ahhh mas o EUA disse que o Irã financia o Terror”
Prova??
Pode não parecer mas não defendo um nem outro, só acho que TODOS tem de ter o mesmo direiro, e fico **** quando vejo a Mídia criando imagem ou manipulando sendo que a História é outra.
PARABÉNS ao site por publicar este exelente artigo. Não é na TV, ou pelo Boris Casoy que agente tem a oportunidade de receber esse tipo de opinião.
PARABÉNS também a todos aqueles que comentaram e acreditam que a alternativa de Mundo Multipolar é a melhor e mais racional para a humanidade.
Tem gente vive num mundo maniqueista (capitalismo x socialismo), esquece que há meios termos e infinitas maneiras criativas e paralelas pra resolver os mais complicados conflitos. Eles são os antiquados, típicos da Guerra Fria quando no mundo não haviam alternativas possíveis a seguir. Tudo determinado pelo terror imposto pelas ditaduras tanto de direita quanto de esquerda. Vader, seu pensamento se enquadra aqui.
Outra coisa, esse susto com a posição alemã sobre nosso programa nuclear é ridiculo. O autor do artigo não tem prova nenhuma do que fala. Junta um discurso que procura botar medo nos outros com ouvidos prontos a ouvi-lo, dependendo da situação. Método inclusive muito comum da imprensa de certos países sul americanos, que tentam ganhar discussões no grito e nos boatos.
E alguém me ajude, por que eu não vi o VADER argumentar contra nenhum ponto do texto. Ele so defendeu a posição dele.
Vou fugir do tópico, mas outra coisa que me incomoda nessa discussão é essa idéia de Brasil lider da AL. Que país aqui quer ser liderado? O que o Brasil vem tentando fazer (com erros e acertos) me parece ser respeitar o dialogo entre as partes, como paises soberanos que são. Ou alguém aqui queria sanções na ONU ou desembarque de fuzileiros na Bolívia?
E vamos tentar argumentar, porque rotular os outros de “reacionários entreguistas” e ” esquerdalha bolivariana” não leva a nada.
kkkkkkkkkkkk
Pior que o artigo escrito…
São aqueles que acreditam que tem alguma parcela de verdade…
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
É incrivel como ainda existem aqueles que acreditam em papai noel, coelho da páscoa, cuba, chaves…
O texto aborta pontos importantes em relação ao assunto. Concordo com o autor quando ele diz que, em termos de política externa, os EUA cometem tolices. Mas desta vez não acho que foi o caso. Vejam, por diversas vezes houve tentativas de diálogo com o Irã, e não deu em nada. A cada dia o regime iraniano dava claros sinais de que estava apenas tentando ganhar tempo.
Além disso, num caso como este, as medidas necessárias(e isso inclui guerra) devem ser tomadas rapidamente. Do contrário, as conseqüências podem ser terríveis.
No caso do Brasil, acho que a intenção foi até boa, mas, na condição de mediador, deveria negociar com os dois lados, e o que vimos foi o contrário. O Brasil simplesmente ignorou os EUA, dando a entender que dava apoio incondicional ao regime iraniano.
Outra coisa, o Brasil, apoiando um programa nuclear extremamente controverso como o do Irã, põe em risco a credibilidade do nosso próprio programa nuclear.
Abs.
Cunha,
Respeito a sua opinião, como a de todos os colegas, mas no texto o cara deixa a entender o que pensa, assim como todos os não ingênuos ou mal intencionados:
“”Será que os iranianos estão simplesmente envolvendo-se em outra trapaça, com o objetivo de ganhar tempo (manobra na qual são especialistas)? “”
Cunha,
Não tem susto com posição de uma revista alemã, assim como não há susto com a informação do The Guardian sobre bombas Israelenses para a Africa do Sul.
O problema é que essas coisas começam nas revistas e/ou jornais e acabam em debates no CS da ONU, aí quem não tem poder de fogo, fica debaixo de bombas… Simples assim.
Prezado Vinícius
Obrigado, mas os parabéns são desnecessários. Porém, insisto que não desista de participar e opinar. Não se intimide com ofensas e grosserias postadas exatamente para que nos afastemos.
um abraço
Cunha disse:
26 de maio de 2010 às 15:27
“E alguém me ajude, por que eu não vi o VADER argumentar contra nenhum ponto do texto. Ele so defendeu a posição dele.”
Cunha, argumentei sim contra o texto em meu comentário de 26 de maio de 2010 às 10:43. Ocorre que, como eles não tem argumentos, começaram a atacar este interlocutor, e a discussão se perdeu em finesses com o tal pessoalzinho que masca capim e anda sobre as falanges dos membros superiores…
Olhe lá e volte cá pra comentar, mas sem vir com as costumeiras idiotices da “tchurmitcha”, que toda vez que eu escrevo fica ouriçada (até porque aqui tem café no bule e de onde vem é pra onde volta)…
Mas basicamente é como eu demonstrei lá: alguns argumentos do texto são logicamente incongruentes, mentirosos mesmo, do ponto de vista dos detalhes históricos, e tolamente superficiais no que toca à motivação subjacente dos países que menciona.
Enfim, o autor constrói uma boa peça de retórica. Só isso. E qualquer um que enxergue sem aquele viés tipicamente esquerdopata de “glorificar tudo o que faz bem à causa do partidão”, consegue enxergar isso com facilidade.
Abs.
ditongo disse:
26 de maio de 2010 às 15:27
Ditongo, deixe de ser bobo-alegre rapaz! Ataque meus argumentos, não a mim! Ou você acha que eu vou ficar com medinho da sua pessoa e parar de escrever? 🙂
Faça melhor, e não fique repetindo a catilinária que lhe ensinaram nos madrassais do esquerdismo que vcs frequentam… Isso aí só impressiona quem tem mais espinha do que barba na cara, cabra…
É impressionante, o autor do artigo é ou foi da CIA, e os caras aqui vem falar de “esquerda festiva” e outras besteiras, por favor Anakin e seus soldadinhos, voltem para a cápsula do tempo de onde vocês escaparam junto com o Austin Powers, não vivemos mais nos anos 60/70.