Leopard 2 versus M1 Abrams: Algumas comparações – comentário de J. Reginaldo Bacchi
Segue abaixo um excelente comentário publicado por José Reginaldo Bacchi no ForTe, adaptado para post:
Tanto o Leo 2 como o M1 são dois excelentes carros de combate.
O M1 na minha opinião é o melhor do Mundo em matéria de proteção da tripulação.
No projeto do carro foi dedicada especial atenção a sobrevivencia da tripulação ao se colocar a munição na traseira da torre com paineis “blow off” para ventilar a força da explosão para cima e para fora.
Como ponto negativo pode ser considerado o uso de turbina a gás, que dá maior consumo de combustivel (fala-se de 2,35 litros por quilometro).
Outro problema da turbina é o problema de filtragem da areia. Num livro sobre a atuação do mesmo na 1ª Guerra do Golfo era mencionado a necessidade de remover a areia dos filtros todos os dias. Para fazer isto usava-se um outro M1 que estacionava ao lado do que deveria ser limpo e usava o gás de escapamento através de uma mangueira para fazer a limpeza do filtro.
Eu já li vários livros sobre o M1 e até hoje não consegui entender exatamente por que a turbina foi adotada.
Pelo que entendi o exército estadinudense preferia a versão do M1 projetada pela GM, com motor diesel, mas o então ministro da defesa (nem mais nem menos que o controvertido Donald Rumsfeld na sua primeira gestão como Ministro da Defesa – 1975/1977) despresou esta decisão e ordenou a adoção do projeto da Chrysler com turbina a gás.
O interessante é que os suecos foram os primeiros a adotar turbina a gás em produção, para propulsão de carro de combate no Stridsvagn 103, também conhecido como S-Tank. Neste caso para diminuir o consumo ele usava dois motores: diesel 4 tempos para deslocamento normal, turbina a Gás para o combate.
Os soviéticos foram os segundos a adotar turbina a gás. Isto foi para as primeiras versões do T-80 (1976) projetado na fabrica Kirov, da então Leningrado.
Em paralelo a fabrica de Leningrado, a fabrica Malishev de Kharkov, na Ucrania, desenvolveu o T-80UD com motor diesel 6TD-1 que entrou em produção em 1987, e após modificaçãoes é conhecido como T-84.
Bacchi
Acho que devido ao convívio com o leo1, passei a admirar a engenharia alemã, e olha que o leo1 tá anos luz dessa belezinha que é o leo2a6.
O que me chama a atenção no leo 2 é o tamanho do chassi, é bem alto, lembra os mbt russos, o “vão” distância do chão ao chassi também é maior que a do M1 poe ex., aliás é incrível como a cada versão dos blindados alemães o peso aumenta muito, a engenharia de blindados ainda não descobriu uma forma de melhorar sem aumentar o peso….
Se continuar assim nessa perspectiva, o EB ou abraça as 60/70 tons ou dá tchau aos MBT e fica com os de médio porte.
Apenas no intuito de colaborar, nada mais, sugiro a correção de “gaz” para “gás”.
[[ ]]
GHz
Se o mestre Bacchi disse, tá dito !!
Sds.
Como disse o Baschera:
“se o mestre Bacchi disse, tá dito !!”
Alguém poderia fazer a comparação destes com o Osório?
“Alguém poderia fazer a comparação destes com o Osório?”
Serve comparar c/ a viúva Porcina, aquela que foi sem nunca ter sido???
Seria interessante uma matéria complementar à essa com as características dos principais MBTs do mundo, como o M1A2, LEO 2-A6, Chalenger 2, Merkava e outros, descrevendo, as principais caracteristicas e as qualidade de mobilidade e blindagens.
No cenário da AS, por enquanto os Leopard 1A5 estão de bom tamanho….
[]’s
Ótimo comentário…
Só q ele só falou do M1 né !?!
Ele poderia complementar o tópico dando a sua opnião sobre o Leo2…
abs
Concordo com o Nick, nosso brilhante mestre Bacchi está intimado a continuar a matéria comparando os MTB, se não mundialmente, pelo menos os em uso na America do Sul.
Boa matéria, bem dito pelo Bacchi! Só complementando.
As turbinas não são de todo mal: Promovem uma aceleração bem mais rápida que um motor a compressão; são bem menores, possibilitando um maior aproveitamento do espaço, possuem uma manutenção bem mais fácil e barata e possuem uma melhor relação potência/peso.
O Leo2A6 é só 1 tonelada mais pesado que o Abrams, creio que a blindagem dele seja mais espessa em determinados pontos ou que isso seja resultado de seu maciço e super-poderoso motor a diesel.
Para falar a verdade, o trabalho dos alemães foi mais incrível ainda em minha opnião por eles terem conseguido criar um carro-de-combate ao mesmo tempo mais pesado contudo mais rápido e ágil que qualquer outro!
De qualquer forma, são excelentes MBTs
Cada um tem seus prós e contras.
A favor do M1 primeiramente a “fartura” orçamentária do US Army, bem como da Australia que permitem o bom uso do veículo. O Egito tambem o usa, mas os EUA auxiliam subsidiando a manutenção do mesmo. Ele tem um preço de aquisição muito alto, bem como seu peso sempre foi alto, comparado apenas ao Challenger I e II inglês.
Ambas as armas são iguais, tendo inicialmente o M1 um canhão de 105mm totalmente ineficaz na decada de 80, em meados da mesma usou o mesmo canhão do Leopard II, um canhão de alta velocidade de 120mm alma lisa (primeiro no ocidente) que tem como grande caracteristica a grande precisão acima de 2000m (algo comum para artilharia alemã!).
Sua mobilidade é boa, tanto em estradas como em QT, mas sofre em terrenos “moles” como pantanos, charcos e banhados, devido ao seu peso, alem disso sua movimentação em alta velocidade “destroi” suas esteiras e componentes automotivos, onde a excelente manutenção do US Army permite sua alta taxa de operacionalidade, mas precisa de manutenção a cada 1000Km, com troca de muitos componentes.
Sua blindagem sempre foi forte, com destaque pelos paines blindados internos que protegem a tripulação de detonações secundárias do paiol. Detalhe, protege contra pequenas cargas HEAT ou HESH, mas contra cargas mais fortes ou munições de carga cinética, o mesmo não tem muita serventia pois o projetil o perfurará. No Iraque notou-se que muitas cargas HEAT perfuravam facilmente a lateral do chassi do veículo, ferindo a tripulação ou danificando sua transmissão e incapacitando-o.
Seu grupo motor foi escolhido já que a turbina tinha uma grande potencia, era mais leve e barata do que o motor diesel, era mais silenciosa tb. O grande problema da turbina é seu combustivel, o querosene, que é bem mais inflamável que o Diesel, alem de ser mais caro, e segundo relatórios russos, na Chechênia a turbina perdia muita potencia com sujeira, como areia, lodo e capim, e principalmente em locais onde a pressão atmosférica era menor (montanhas e planaltos) a potencia caia drásticamente. Outro detalhe que o cofre do motor quando é uma turbina é maior do que um motor diesel devido a turbina ser mais comprida.
O Leo 2 tem um peso menor, é um veiculo um pouco menor, bem como tem um super motor Diesel de 1500HP, não sendo necessário a turbina, e possui tambem os paineis internos, mas com blindagens menores. Nunca foi testado em combate é verdade, mas em testes era mais dificil de destruir que qualquer tanque ocidental. O seu destaque é que ele mesmo sendo grande é de facil manutenção, relativamente mais barato que seus concorrentes ingleses e americanos. Seu controle de fogo por muito tempo foi o mais moderno, onde foi o mesmo que causou essa “revolução” de contar com varios meios de controle de fogo (camera termica, telemetros, sensores de temperatura, cameras de TV e etc).
O M1 tem um grande defeito que é sua area total ser muito grande, o que dificulta esconder e camuflar. Em um deserto totalmente plano isso é irrelevante, mas em outros ambientes torna o tanque mais visível, ou seja, vai levar mais tiros. O Leo II é mais compacto, favorecendo sua mobilidade e visibilidade.
Bom ambos tem o mesmo poder de fogo, suas blindagens são semelhantes, bem como sua mobilidades são semelhantes, mas o Leo II é um pouco mais barato de manter e comprar, e esse ultimo quesito é muito importante, pois de nada adianta ter uma ferrari e não ter $$ para custeá-la.
Acho que ambos tem dois pontos muitos vulneráveis:
A) Tamanho de suas torres (vejam uma foto onde os mesmos estejam com suas torres viradas a 90º da linha central) e veram como o veiculo expõe uma grande area vulneravel a disparos vindo de sua frente.
Até hj esse é o detalhe que os Russos nunca fizeram torres do mesmo design, pois em campo, sua vulnerabilidade a disparos perfurantes é alta, uma vez que a blindagem lateral da torre é em média apenas 25-30% do arco frontal;
B) Carregamento manual, pois alem de tornar sua operação mais cara (necessita de um soldado a mais capacitado e pago para tal), necessita de espaço interno para o municiador e em combates prolongados a cadencia de disparo do tanque tende a diminuir, pois cada projetil pesa entre 20 e 30 Kg e ficar em um local espremido, tirando e colocando um projetil pesado e retirando sua capsu-la quente, tende a cansar rapidamento o municiador.
Todos são máquinas fantásticas e o fato de um ter turbina e outro não, certamente não irá ofuscar as qualidades de cada um. Eu vejo (na minha opinião), que a turbina não seria ideal para operações no deserto, mas seriam eficientes em operações no território brasileiro, mesmo sabendo que existem várias regiões no brasil com extensas dunas, que se assemelha muito com os desertos do oriente médio, mas um Osório ressuscitado e no estado da arte, seria um páreo duro para os dois, pois seria pesadamente armado, mais leve e tão avançado quanto o M1 e o LEO.
Se um dia os nossos governantes entendessem isso…
E a capacidade do osório diante do M1 já foi demonstrada nos anos 80 na comcorrência para equipar a Arábia Saudita e que o Osório ganhou do M1, mas não levou por causa das pressões do Tio San e a ENGESA foi p/ vala, pois investiu até o que não tinha no desenvolvimento do tanque e o governo da época não fez nada para salvar a emprêsa.
Senhores,
Há um programa no âmbito do US Army que visa dotar o M-1 de motor Diesel e um canhão automático, o que reduziria a tripulação para 3. O peso deverá também ser reduzido não passando de 55 t. É o M-1A3.
Outro grande problema da turbina é a imensa assinatura térmica, o que o faz muito suscetível de ser detectado.
Também dizem que o barulho é ensurdecedor impossibilitando a comunicação.
Outra vantagem que o Abrams tem sobre o Leo2 é que ele já foi utilizado em combate.
Corrijam-me se eu estiver errado: o Leopard em todas as suas versões nunca foi utilizado em combate. Talvez, pelos italianos na primeira guerra do Golfo ou nos conflitos dos Balcãs?
Se foi utilizado, como foi o seu desempenho?
Jacubão, obrigado pelas informações. A planta do Osório ainda continua nas mãos do Brasil. O relançamento do Osório também faria cinergia com a indústria mecânica e a pesquisa tecnológica do Brasil.
O Brasil gastaria melhor seus parcos recursos priorizando os helicópteros, em detrimento aos MBT.
Bosco, impossibilitando a comunicação da tripulação fora do tanque (o que é bem possível) não é? Porque a camada de diversos materiais entre a turbina e o interior do blindado tenho quase certeza que é suficiente para abafar o som, ou tornar a comunicação possível…
Do lado de fora, com certeza até mesmo motores a diesel tornam impossível a comunicação, só passar do lado de um L1113 abarrotado de coisa na caçamba subindo uma ladeira para lembrar disso!
Mas é basicamente isso mesmo:
turbina:
– Potente
– Pequena
– Manutenção Fácil
– Mais sensível
– Maior consumo
– Maior emissão de calor
Motor Diesel:
– Grande
– Menos Potente
– Manutenção mais complicada
– Mais robusto
– Menor consumo
– Menor emissão de calor
É até meio equilibrado.
Quanto aos sistemas, os dois blindados são muito bons, mas por ser mais ágil eu acho o Leo2A6 mais equilibrado que qualquer outro MBT, por mim ele viria em primeiro, mas praticamente empatado com os 10 anteriores.
Vídeos em baixíssima qualidade, só para demonstrar o som de ambos:
http://www.youtube.com/watch?v=JNyu8zA6gFY&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=oMMQveU8rJo&feature=related
A capacidade de transformar outros carros de combate em sucata, o M-1 demonstrou em 2 Guerras do Golfo.
Na antiga planta do Osório, o motor diesel foi desenvolvido aqui, a transmissão e a suspensão eram fabricadas sob licença, mas a torre era de projeto inglês e tda a eletrônica importada.
“…impossibilitando a comunicação da tripulação fora do tanque (o que é bem possível)…”
O telefone acrescentado na conversão TUSK era p/ exatamente isso, segue link:
(http://www.forte.jor.br/2009/10/27/tank-urban-survival-kit-tusk-para-o-m1a2/)
Que seja toda importada, a eletrônica, mas ja é uma transferência de tecnologia e isso é válido. O triste em tudo isso, é ver esse magnífico projeto ser jogado no lixo como foi feito com o Osório.
O EB seria muito respeitado, mesmo nos dias de hoje, se tivesse uma grande quantidade desses tanques no seu acervo.
“…a eletrônica, mas ja é uma transferência de tecnologia e isso é válido.”
Qual transferência de tecnologia??? Nenhuma!!! A torre era produto da Vickers e seria usada em um cc que seria fabricado em parceria c/ a Krauss-Mafei alemã usando o chassis do Leo II; um tal de Vickers MBT Mk7.
Para nós seria portanto somente mais uma caixa-preta.
O “galho” é, que á época não havia ninguém que fabricasse aquela eletrônica no Brasil e hoje continua não havendo.
Maurício, se não me engano esse telefone é para que a infantaria se comunique com a tripulação, o que eu queria dizer é que, por exemplo, durante o preparativo para uma missão, no estagio de aquecimento das turbinas, a equipe de manutenção deve ter grande dificuldade para comunicar-se entre si.
Maurício, meu filho
Vejo que vc está estressado. Que tal um suquinho de maracujá?????
Entenda que, mesmo que não se domine a tecnologia da torre, sensores e etc… poderíamos aprender a desenvolver os “futuros” equipamentos para futuras modernizações e até fazer engenharia reversa na cara de pau mesmo, pois todos fazem e porquê não faríamos????
Foi apenas isso que eu quis dizer.
Aceita um suquinho de maracujá?????? 😀
MA,
Esqueci do “fora do tanque”.
Maurício,
Mesmo com o telefone externo (que não existe nas versões sem o kit para combate urbano – TUSK) a comunicação parece ser difícil devido ao barulho do motor.
Na verdade essa deve ser uma das razões dele (o telefone) não ter sido adotado desde o início como padrão, sendo que os outros tanques americanos todos tinham um telefone externo para se comunicar com a infantaria.
Mas o barulho sem dúvida é infernal com qualquer carro-de-combate…
Agora, o telefone é essencial, como a infantaria proxima poderia pedir para que a tripulação alvejar um alvo ou que fosse até determinada posição para cobrir a movimentação dos soldados? Não teria outra maneira, só batendo na escotilha e esperando o comandante sair do interior…
O fato do TUSK conter o telefone deve ser exatamente para compensar essa deficiência, provavelmente os projetistas pensaram no uso de rádio, mas não é tão prático.
MA,
Já li em algum lugar que a turbina se deu bem na poeira do deserto e com índices de disponibilidade semelhante ao do M-2 que é Diesel.
Também o peso do motor em relação à potência é altamente favorável a turbina e como você disse a manutenção é bem mais fácil devido a ser modular, diferente de um bloco de motor Diesel.
Quanto ao barulho e a emissão térmica a próxima “onda” dos veículos de combate será a “propulsão elétrica”. Tal conceito irá reduzir drasticamente a emissão acústica e térmica e vai aumentar muito a autonomia.
Tks GHz !
MO
Ih, vai demorar até motores elétricos moverem blindados de 60 toneladas a 70kph por mais de 80km.
Mas esse tipo de propulsão realmente é o futuro, abs Bosco.
MA,
A tendência é de não haver mais blindados pesando mais que 40 t.
O programa FCS do USA que seria colocado em operação já em 2012 tinha todos os seus veículos movidos a propulsão híbrida e planejava substituir todos os veículos blindados do exército por uma família única de veículos não pesando mais que 30 t.
A eletricidade seria em um primeiro momento gerada por motores Diesel e podia ser armazenada em baterias para usar por cerca de 30 minutos (com o motor Diesel desligado), em situações específicas onde fosse necessário o deslocamento furtivo. Nesse caso a velocidade não ultrapassaria 40 km/h.
Futuramente a eletricidade seria gerada por células de combustível em tempo integral não se fazendo mais necessário as baterias e com óbvia vantagem do ponto de vista de emissão acústica e térmica.
Já hoje veículos de combate estão sendo oferecidos com esse tipo de propulsão e dentro de 5 anos será inconcebível sem eles.
A tecnologia já está madura e é pra “ontem”.
Um abraço.
Olá amigos.
Pelo que sei os Leo I e II operaram na Bosnia e operam no afeganistão. Não sei se tiveram algum confronto real mas é bem provavel
Um dos problemas da turbima é que o calor impede que os soldados cheguem perto da traseira do tanque, isso dificulta bastante a comunicação.Por isso não tem telefone. Alguns M1s, no irague usam um grande exautor, (mais uma chaminé) preso na traseira para que os soldados possam se esconder atrás.
Quando em posições fortificadas o M1 tem uma APU que mantém o funcionamneto do sistema de armas com o motor (turbina) deligado, ficando mais discreto que o L2 nessa situação.
O nível de proteção frontal pode ser parecido mas os M1a1HA e M1a2 usam blindagem de urânio empobrecido, que tem um efeito bem diferente sobre progéteis de energia cinética quando comparado as blindagens compostas usadas na maioria dos tanques.
Bosco
Legal você tocar nesse assunto, em relação ao FCS eu acho que tanto os EUA e Russia, estão bem avançados, mas não vejo uma produção de um mbt de 40 tons, canhão maior que os 120mm, novas munições, sensores, carregador e principal blindagem mais leve e resistente, pelos próximos 20 anos, é claro não tenho bola de cristal para saber……….mas digo isso porque praticamente essa nova geração de blindados é 100% nova, isso significa que custará muita grana!!
Do mais acho que nos próximos 5 anos aparecerá algum protótipo, longe do que será o modelo completo desse novo conceito.
Mas é só minha opinião.
Em 2012 estando operante um blindado na faixa das 30ton com motor híbrido, isso é uma demonstração bem tímida dessa tecnologia… Talvez IFVs e APCs façam bom uso, talvez, disso por enquanto, mas os MBTs precisam ser pesadamente blindados, carregar bastante munição, ter alta-autonomia…
Por enquanto a tecnologia dos motores elétricos ainda não é tão avançada, além disso células de combustível e baterias de lítio custam fortunas, pagar mais caro por um blindado menor, mais lento e com menor alcance é brabo né… Tem muito tempo de encubação isso daí, certeza.
Falem bem ou mal, mas falem de mim!
ehehehe
Curioso!!!
Li em um livro especialisado que tanto o M1 quanto o LEO derivam de um mesmo projeto, o MBT 70 e que devido a divergencias técnicas, inclusive no sistema de propulsão ( os Alemães não queriam a turbina ) os dois paises seguiram rumos opostos.
Quanto a propulsão, o motor diesel é infinitamente melhor que a turbina; é mais robusto, confiavel, menor risco à insendios, consome menos combustivel,é mais barato e ao contrário do que dizem alguns, a manutenção não é complicada, é só ligar e sair, a turbina precisa ser pré aquecida antes do veiculo se locomover, queimando galões de combustivel ( inclusive em climas quentes ).
Quanto a capacidade de combate, os veiculos são similares e extremamente capazes, não existe um franco favorito em termos de comparação.
Abraço.
Galileu,
Claro que não era intenção de substituir todos os milhares de blindados americanos de uma só vez. Seria impossível.
O M-1 dizem irá servir até 2050.
Seria gradual.
Eu acredito que a tecnologia de um novo blindado (MBT) já está disponível. Falta dinheiro e a hora certa.
O US Army deu a entender que fará mudanças graduais, mas que rá implementar todos os avanços previstos no programa FCS.
Alguns veículos inclusive irão vingar como por exemplo o canhão autopropulsado de 155 mm (pesa menos de 25 t) , já que o M109A6 está passando da hora.
O que definitivamente não irá ocorrer é a mudança radical prevista.
O M1A3 deverá incorporar o novo canhão de 120 mm, automático e com capacidade de lançar projéteis guiados e as esteiras de plástico.
Já a propulsão elétrica será implementada gradualmente nos veículos existentes (M-2 e Stryker).
A maior vantagem da propulsão híbrida é a economia de combustível que só no US Army com a introdução do programa FCS seria de 1 bilhões de dólares por ano.
Outra inovação que será implementada logo é o uso de “defesa ativa” (como o Trophy), que será um dos responsáveis pela redução da blindagem de um MBT.
Jà está sendo usado pelos israelenses. americanos e russos,
MA,
Os motores elétricos são mais potentes que os térmicos peso por peso.
Não existe problema a ser solucionado na tecnologia de propulsão híbrida. Carros híbridos chegam a 250 km por hora.
O problema existe em relação ao uso civil pelo preço e não pela tecnologia ainda não estar maduro.
Temos um certo preconceito em relação aos carros elétricos pelo tempo de recarga da bateria, pela baixa autonomia das baterias e pelo volume e peso que elas ocupam, mas no caso de veículos híbridos isso não ocorre já que ele é abastecido por combustível como qualquer um.
Essa tecnologia inclusive também avança no transporte naval. E mais rapidamente que veículos em terra veremos os navios no mar usando motores elétricos e aí adeus caixas de redução, eixos gigantescos, etc.
Claro que outros conceitos mais avançados ainda vão demorar, como por exemplo o uso das células de bateria, mas o uso de motores elétricos abastecidos de energia elétrica por geradores elétricos alimentados por motores térmicos é de uso comum e já tem carros produzidos em série com essa tecnologia.
Quanto a conseguirem substituir um blindado de 72 toneladas por um de 30 toneladas de propulsão elétrica não será feito porque o programa foi cancelado, mas não seria um feito nada tímido.
O problema é a ênfase no contraterrorismo. O exército não se convenceu que o programa de 250 bilhões de dólares era fundamental tendo em vista a realidade atual.
A tríade, blindagem, poder de fogo e mobilidade, sermpre foi o baluarte do tanque principal de combate, mas para que o tanque evolua e perca peso tais “paradigmas” devem ser parcialmente substituídos por “furtividade”, “consciência situacional”, automação, etc.
Um abraço aos dois.
células de bateria = células de combustível
Ah! Pelo menos 1 veículo blindado de propulsão híbrida já está em operação: O Thor, da BAe.
MA
Haveria algum livro e ou site que você poderia indicar, onde houvesse dados de Homens/hora e valores dos dois tipos de motor?
Nos livros que li (que não podem ser citados como exemplo de exatidão de informação), sempre consta o motor a Gás como sendo mais complicado e difícil de manutenir! Motivo esse, que leva apenas o M1 a utiliza-lo atualmente.
Também é citado o desgaste que este sofre em ambiente poeirento. Vi fotos de motores com suas hélices totalmente destruidos por areia ou qualquer tipo de poeira que seja admitido pelo motor!!!
Quando servi no EB (outro de exemplo de pouca exatidão de informação), como curioso que sou, perguntei aos oficiais de manutenção o por que dos motores a Disel, e estes me informaram que era devido ao valor do combustivel e facíl manutenção destes motores. Além do menor desgaste das peças que supostamente durariam mais e são mais amigaveis a detritos e sujeira.
Alguem teria como esclarecer está duvida??
E o Bacchi bem que poderia fazer um artigo mais completo sobre o tema!!!!! Eu agradeceria muiiiito!!!!
Vamos lá MO….cutuca o Homen!!!!
podiamos ter coisa bem melhor se não fosse os gringos EUA quebrarem a engesa só por inveja..pois tinhamos já naquela época o melhor tanque do mundo e agora ficamos contentes com descartes dos outros.. isso é só para enganar os trouxas que conhecem pouco sobre armamento bélico
Desculpem me se perdi alguma coisa, mas… e a parte que ele fala do Leo 2??
Não vi comparação alguma, somente uma crítica a respeito da turbina do M1.
Post incompleto?
Pessoal!
Devagar com o andor que o santo é de barro.
1º: os tanques usados pela Arábia Saudita são os M1, portanto quem ganhou a concorrência foi o M-1 e não o Osório. O resto é choro de perdedor.
2º: A Arábia Saudita pelo que me consta nunca foi uma referência em termos de combate com blindados. Se tivéssemos ganho a concorrência do exército britânico, russo, alemão ou americano aí sim eu diria “OHH!!!”.
3º: As partes críticas do Osório não eram fabricadas no Brasil
4º: Existem 200 países no mundo e não creio que seja justo que culpemos os EUA pela quebra da Engesa por não termos ganho a concorrência em apenas 1 país.
5º: Uma concorrência nem sempre é vencida pelo melhor equipamento. Ela é um processo complexo que nem sempre vence o melhor. Existem fatores externos, como por exemplo, “parcerias estratégicas”, preço, pacote, que devem ser levadas em consideração. Também a independência, vitalidade, experiência e tradição do fabricante, etc.
6º: Não há dúvidas de qual foi o tanque que venceu a concorrência na AS
7º: já foram fabricados mais de 10.000 tanques M1 mundo afora em 4 ou 5 versões.
8º: não me consta que os sauditas estejam arrependidos por terem adquiridos o M1
Isso são os fatos, o resto é o velho e legítimo esperniômetro do perdedor.
Lendo os posts da galera fiquei com a dúvida, qual o mais silêncioso? A turbina? Ou o motor a diesel?
Outra coisa, propulsão elétrica? Hum… vislumbro o avanço imediato de armas de pulso eletromagnético!!
Vamos deixar de ser Pollyanna e encarar a realidade.
A ENGESA quebrou por má administração e principalmente por absoluta falta de encomendas de seu principal cliente o Exercito Brasileiro (que não comprava por falta de verbas).
Mikhail Aleksandrovitch Bakunin disse:
22 de maio de 2010 às 18:59
“O Brasil gastaria melhor seus parcos recursos priorizando os helicópteros, em detrimento aos MBT.”
Bakunin, o Exército Brasileiro já faz isso. MBTs não são prioridade, helicópteros sim.
No mais, parabéns ao Pedro, ao Bosco e aos demais pelos excelentes comentários. Alguns muito bons.
E vamos parar com essa palhaçada de que o Osório era o melhor tanque do mundo, que era inteiramente brasileiro (mentira estapafúrdia, pois ele era uma colcha de retalhos) e, pior, que foram “uzamericanu” que quebraram a Engesa. A Engesa quebrou por absoluta incompetência nossa.
Sds.
Samuel, o que o pessoal da manutenção lhe disseram durante seu serviço não está errado de forma alguma. O motor a diesel é de manutenção mais barata e mais robusto que os motores a explosão.
No caso das turbinas é fácil ver porque possuem manutenção fácil, não vi isso em livro algum, mas essa afirmação é inata do conhecimento básico de como são as turbinas: Enquanto que um motor a diesel possui uma série de eixos, virabrequim, pistões, câmaras individuais, mangueiras de combustível e óleo, tudo no interior de um bloco metálico; a turbina possui menos partes, as quais são montadas de maneira que qualquer componente importante (compressor, câmara de combustão, etc) pode ser acessado facilmente retirando paineis da estrutura externa. No caso da AGT-1500, sua estrutura é toda dividida em módulos e a turbina dispõe de um Controle de Operação Digital, capaz de oferecer um diagnóstico bem mais rápido do defeito. Daí para o passo de desmontar a sessão e resolver o problema é algo mais rápido que desmontar o bloco de um motor a diesel…
Lembrando que a econômia de peso também ajuda na manutenção, enquanto que a turbina do Abrams tem somente 1,1 ton, o MB-873 possui 2,2ton, e possuem praticamente a mesma potência.
A AGT-1500 também pode utilizar diesel e gasolina, então o combustível em si não acresce no custo de operação do Abrams, o consumo sim.
Aos que estão habituados com a manutenção desse tipo de equipamento (motores a diesel, turbinas industriais, etc…) gostaria de saber o tempo que se leva para desmontar um motor, é algo que não faço idéia, gostaria de saber também se é necessário um ambiente estelirizado para essa operação.
Bosco,
o BAe é um IFV/APC, bastante leve, com espaço livre interno para transporte de passageiros e blindagem espessa o bastante apenas para resistir, no máximo, a alguns disparos de caliber 12,7mm. No campo de batalha esse tipo de veículo pode ser alvo de praticamente tudo, não há condições de se depender de algo assim para capturar terreno e objetivos estratégicos num campo de batalha tradicional e nem mesmo em todas as situações da guerra assimétrica pode se confiar nesse tipo de veículo para o apoio a infantaria.
Ele tem o mesmo peso de um LAV-25 e precisa de dois motores a diesel de 640hp somados para gerar uma mesma velocidade, sendo que o motor do LAV tem somente 275hp. Eu não tenho certeza, mas só posso suspeitar que isso se deve a perda de potência entre a conversão da energia mecânica em elétrica, para ser armazenada numa bateria, transmitida em corrente para o motor elétrico e então convertida novamente em mecânica.
Eu acho sim, que há muito ainda para essa tecnologia vingar e ser viável em larga escala para os campos-de-batalha. Agora, se você fala de uma revolução no conceito de utilização dos carros-de-combate que vai totalmente contra as tendências das últimas décadas, aí eu digo com convicção que isso demorará ainda mais que o uso de motores elétricos em larga escala.
Abs camarada!
post incompleto ???
WTG , isso foi copia fiel de um comentario, não foi post montado, alem do que parte do titulo é ALGUMAS comparações e não CMPLETAS comparações
MO