vinheta-clipping-forteCinco países da Otan — Alemanha, Bélgica, Luxemburgo, Noruega e Holanda– solicitarão nas próximas semanas a retirada de todas as armas nucleares dos Estados Unidos armazenadas na Europa, informou nesta sexta-feira Dominique Dehaene, do escritório do primeiro-ministro belga Yves Leterme.

A iniciativa faz referência às cerca de 240 bombas atômicas da época da Guerra Fria que os Estados Unidos seguem armazenando na Alemanha, Bélgica, Itália e Turquia, confirmou uma fonte próxima ao governo belga.

Apenas os Estados Unidos possuem este tipo de armamento, já que as armas nucleares francesas e britânicas não estão espalhadas “por outros Estados membros”.

“O governo belga e os outros quatro países proporão nas próximas semanas que sejam retiradas as armas nucleares em território europeu pertencentes a outros estados membros da Otan”, insistiu Dominique Dehaene.

“O governo belga quer aproveitar a oportunidade aberta pelo presidente (Barack Obama) a favor de um mundo sem armas nucleares”, afirmou Leterme.

O primeiro-ministro belga afirmou contar com o apoio no mesmo sentido de dois ex-primeiro-ministros belgas, o democrata Jean-Luc Dehaene e o liberal Guy Verhofstadt, assim como por dois ex-ministros das Relações Exteriores, o liberal Louis Michel e o socialista Willy Claes, que também foi secretário-geral da Otan.

“As armas nucleares americanas na Europa perderam toda a sua importância militar”, escreveram em um comunicado os quatro responsáveis para justificar o pedido de retirada.

Segundo especialistas, restam cerca de 20 bombas na base belga de Kleine Brogel, e haveria um número equivalente na Alemanha.

Itália e Turquia abrigariam cerca de 90 bombas cada.

No final de 2009 já havia a tendência de que a retirada das bombas americanas –um pedido já feito pela Alemanha –fosse adotada pela Otan, não de forma unilateral pelos países que a compõem.

Os aliados voltarão a debater o assunto no Grupo de Planos Nucleares da Otan.

A retirada das bombas americanas não significaria o fim do poder nuclear dos EUA, nem o fim da utilização de armas nucleares pela Otan, afirmam especialistas.

FONTE: Folha de São Paulo / France Presse

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brazilwolfpack
brazilwolfpack
14 anos atrás

Estou aplaudindo de pe.

Bernardo
Bernardo
14 anos atrás

Já passou da hora!!!!
Só estúpidos ainda cogitam o uso desse tipo de armas… no caso de um ataque desse oq se seguiria?? Com certeza voltaríamos a caçar com arco e flecha!!!

OTV
OTV
14 anos atrás

“Com certeza voltaríamos a caçar com arco e flecha!!!”

Caro Bernardo tem alguns poréns a sua colocação:

Se sobrar alguem para caçar, se sobrar varetos para se fazer flechas e arcos, e se sobrar algo a se caçar.
Amplexos.

DaGuerra
DaGuerra
14 anos atrás

Claro. Para onde serão transferidas? Lituânia, Polônia, Ucrânia? Quem sabe os ilustres prefiram abrigar as ogivas iranianas?

Edgar
Edgar
14 anos atrás

Como não sobraria madeira, os poucos sobreviventes teriam de amolar pedras e viver de alimentação dos também poucos animais restantes…

O jogo Fallout 3 ilustra de forma bem interessante este possível cenário, passando-se no ano de 2277 d.C.

Wagner
Wagner
13 anos atrás

Está mais que na hora. A presença daquelas armas ali é fruto da neurose imperialista norte-americana, já que alguns em Washington estão crentes de que ” Moscou é o inimigo” .
Não tem sentido manter aquelas armas ali…