Ministro propõe que líderes da Câmara priorizem projeto que vai centralizar as decisões das três Forças

vinheta-clipping-forteO ministro Nelson Jobim (Defesa) pediu a líderes partidários na Câmara dos Deputados que tratem com prioridade o projeto de lei complementar que cria o Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, função cujo objetivo é centralizar as decisões de Exército, Aeronáutica e Marinha.

Previsto na Estratégia Nacional de Defesa elaborada em 2008 e que resultou em decreto presidencial publicado ainda naquele ano, o Estado-Maior seria chefiado por um general de último posto subordinado diretamente ao ministro da Defesa. O projeto de lei foi enviado pelo governo ao Congresso Nacional no dia 8 de dezembro.
Centralização

Na sua justificativa, Jobim escreve que o Estado-Maior terá como objetivo “a unificação doutrinária, estratégica e operacional” das três Forças, afirmando ainda que essa é uma das principais modificações legislativas da Estratégia Nacional de Defesa.

Devido a essa centralização, o Estado-Maior é visto com desconfiança em alguns setores militares, pois hoje há relativa autonomia de ações nas Forças.

O pedido de Jobim deve ser levado para a reunião da semana que vem dos líderes das bancadas partidárias na Câmara. Caso eles atendam à solicitação, deve ser aprovada a tramitação em regime de urgência do texto, o que dispensaria a passagem do projeto pelas comissões da Câmara antes da votação em plenário.

Depois de ser aprovado pelos deputados federais, o projeto terá de passar ainda pela análise dos senadores.

FONTE: Folha de São Paulo

0 0 votos
Classificação do artigo
Inscrever-se
Notificar de
guest

15 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
caravlhomtts
caravlhomtts
14 anos atrás

Difícil isso ocorrer,se for para unificar folha de pagamento,área de logística e alguma outra área burocrática até vai,mais doutrina, cada força tem que ter a sua,cada força com sua escola de guerra,e que tenhamos um local para debater as varias filosofias de guerra,essa até já temos que é a ESG.

Learce
Learce
14 anos atrás

É o Ministro da Defesa, melhor dizendo o Generalissimo Jobim, de modo professoral, como sempre, querendo impor e ensinar a sua doutrina. Até o fim deste governo teremos que aturar muitas ainda.

Leopoldo Duarte
14 anos atrás

Muito boa a ideia de criar o Estado Maior, ate porque o centro das decisões e gerenciamento das Forças tem que ser unificado com a interligação do exercito, marinha e aeronautica. É um das formas de unir as forças para qualquer gerênciamento de crise.
Espero que seja aprovado.

Clésio Luiz
Clésio Luiz
14 anos atrás

Eu acho que não se trata de desfigurar as FAs, mas fazer com que elas operem de forma coesa, como o é em qualquer pais com doutrina moderna. Japão e Alemanha sofreram muitíssimo na Segunda Guerra por rivalidades infantis entre suas forças armadas. Nós não podemos cometer os mesmo erros.

A Marinha precisa do apoio eficiente da FAB na proteção aérea dos seus navios. A FAB precisa do EB para ganhar terreno, destruir SAMs em solo e ajudar na proteção das bases aéreas contra incursões de Forças Especiais. Os exemplos são muitos mas eu vou parar por aqui.

A mensagem é clara: ou você tem um comando eficiente, ou suas FAs vão ficar batendo cabeça umas com as outras, coisa que os inimigos agradecem.

Wolfpack
Wolfpack
14 anos atrás

Excelente, afinal somente nós os contribuintes temos que prestar conta para a Receita. Está na hora das três forças apresentarem os recibos também. Ainda acho que existe muito gasto desnecessário nas três forças. Compras sem sinergia entre as três, e além do mais muita gente dando pitaco, como ficou demonstrado no FX2 da FAB.
[]s

samuel
samuel
14 anos atrás

Se esta ideia vingar, acredito que será um enorme salto de qualidade.
Temos três tipos diferentes de resolver o mesmo problema! É só olhar o armamento individual de nosso soldado… FAB é G-33(5,56), Marinha M-16(5,56) e EB FAL(7,62). Imagina gerenciar isto tudo no meio de um conflito…Estamos como o exercito Italiano na WW2.
Acredito que um comando unificado não só resolveria este tipo de problema, mas tambem teria maior influencia junto ao governo, seja ele da orientação partidaria que for!
Acredito

Challenger
Challenger
14 anos atrás

O Clesio e o Leopoldo disseram tudo, o Jobim tem seus defeitos mas é o unico que está tendo coragem de por a mão no vespeiro.

Um Departamento unico para as compras militares nos moldes do DGA Frances também faz falta.

bruno luiz
bruno luiz
14 anos atrás

O problema é que muita gente entende errado.
Alguns acham que será errado porque pensam que haverá um especie de padronização de armamento e doutrina, o que não é verdade. O que vai mudar vai ser a integração entre elas e a forma de comando.
As doutrinas serão interligadas e não as mesmas, as armas do exército é do exército, a da marinha da marinha, e a da aeronáutica da aeronáutica.
Juntar coisas separadas no modo tático pode assustar muitos generais.

Não fui convocado, alguem ai sabe se existe uma rivalidade entre as forças como ocorre nos EUA?

caravlhomtts
caravlhomtts
14 anos atrás

Boa noite pessoal.
Primeiro,o Srs Jobim esta pleiteando junto ao congresso a criaçaõ do estado maior das forças armadas o antigo EMFA,mais tem de começar de forma gradual e linear,1 passo:unificação de folha de pagamento e pensões,2 passo:unificação do setor de pagadoria ,orçamentos separados mais caixa único,3 passo:unificação do setor de logística,o mesmo parâmetro para as três forças,4 passo:esse um pouco mais complicado,o Sr Jobim quer unificação doutrinaria entre ar,mar e terra,então vejamos, todas as forças tem aeronaves de asas rotativas,mais cada forças tem seus esquadrões para diverso fins e missões,o exercito tem suas aeronaves de asas rotativas,para da suporte aos batalhões de fronteira,a aeronáutica também tem suas aeronaves de asas rotativas,para dar suporte as bases aéreas e de resgate e salvamento e a marinha tem sua aeronaves embarcadas para dar apoio aos seu respectivos navios e por ai vai,agora unificar doutrina é muito mais complicado, uma cartilha,três forças.
ASAS tem sua doutrina.
MAR tem sua doutrina.
TERRA tem sua doutrina.Cada uma com suas particularidades.
abraço a todos.

Galileu
Galileu
14 anos atrás

concordo, a história mostra que as divergências nas forças só atrapalham ao invés de ajudar.

Mas com certeza, isso não vinga aqui, os generais daqui são muito cabeçudos.

Alguem aqui do site sabe dizer se quem escolheria esse general de ultimo posto seria o presidente??

Leopoldo Duarte
14 anos atrás

A uniao das Foças, é uma das melhores manobras para qualquer dissuasão, as Forças tem que ser entrosadas.
E outra se unirem se trabalharem juntas melhor será o desenvolvimento de pesquisas e aquisição de produtos belicos.

Christiano
Christiano
14 anos atrás

Muito bonito no papel,mas quem vai ficar a frente desse ministério?Um civil que nunca prestou serviço militar?que não sabe e nem se interessa pelas FAs?Se o comando for ficar nas maõs de generais,brigadeiros e almirantes tudo bem,se assim não for,é mais um cabide de emprego para alojar algum ‘amigo’ de partido!

Mauricio R.
14 anos atrás

“Um Departamento unico para as compras militares nos moldes do DGA Frances também faz falta.”

Não não faz a mínima falta, uma estrutura que estará aí somente p/ chancelar aquisições feitas a revelia do interesse e das necessidades das ffaa.

EMFA, alguém se lembrou de sua existência???

Fuzileiro
Fuzileiro
14 anos atrás

Olha aí a recriação do antigo EMFA.

Fernandi alves da silva
Fernandi alves da silva
14 anos atrás

Acho boa a ideia mais temos que colocar no comando, militares que entenda do riscado e não gente fora do ramo como. O próprio ministro que nunca comandou nada.