Conferência aprova fundo de US$ 140 milhões para Afeganistão
Potências ocidentais devem liberar dinheiro para encorajar militantes islâmicos a renunciarem à luta armada
LONDRES – Países ocidentais concordaram em criar um fundo de US$ 140 milhões para encorajar militantes afegãos a renunciarem à violência e se integrarem na sociedade do país, disse o ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Miliband, nesta quinta-feira, 28, durante uma conferência sobre o Afeganistão realizada em Londres.
O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, disse no começo da reunião que o mundo vive um momento decisivo para impulsionar o governo afegão. “Esta conferência marca o início de um processo de transição”, afirmou. “Aos insurgentes que se recusarem a aceitar as condições para a reintegração, não temos escolha se não persegui-los militarmente”, alertou Brown referindo-se à luta militar contra o Taleban, que já dura mais de oito anos.
Mais cedo, o presidente do Afeganistão, Hamid Karzai, lançou um plano de paz e reconciliação para estabilizar a situação de segurança na nação asiática e informou que membros do Taleban serão convidados a integrar a mesa de negociações.
Karzai disse que “estenderá a mão” a todos os afegãos não ligados a organizações insurgentes ou terroristas. “Temos que chegar a todos os nossos compatriotas, especialmente aos nossos irmão desencantados que não são parte da Al-Qaeda ou de qualquer outra rede terrorista e que respeitam a Constituição”, disse o presidente.
Repercussão
O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, pediu um enfoque civil para o processo de paz no país e que não prevaleça a parte militar na transição da segurança para as tropas afegãs. “É importante proteger a população civil e, ainda que a segurança seja o elemento central da estratégia, não é o único objetivo a ser alcançado”, disse o chefe da entidade.
Para Ban, a segurança, um bom governo, a luta contra a corrupção, a integração regional e a cooperação com os países vizinhos são os fatores fundamentais para a estabilidade afegão. O secretário-geral pediu ainda um “compromisso de longo” prazo da comunidade internacional com o Afeganistão, mas lembrou que o governo de Cabul também tem suas responsabilidades e que deve “transportar seus compromissos para a vida real dos cidadãos”.
EUA
Os EUA apoiam o plano de transição de poder da Otan, mas dizem que ele não significa a retirada das tropas internacionais do Afeganistão, segundo a secretária de Estado americana, Hillary Clinton.
“Apoiamos o plano de transição da Otan, mas deve ficar claro para os afegãos, nossos companheiros e cidadãos, e assim como para os extremistas, que isso não é uma estratégia de saída do país”, disse a representante americana presente na conferência de Londres.
FONTE: Estadão
É uma boa iniciativa para enfraquecer a guirrilha Taliban.
Muitos dos novos recrutas são seduzidos pelo dinheiro e não pela ideologia.
O Taliban precisa ser eliminado… Qualquer sentido ou sombra no Taliban tem que ser apagada!!!
Concordo Invincible !
Invincible em 29 jan, 2010 às 8:21
discordo do invencible a banda la nao e nossa criminalidade aqui sua frase e valida para nossa realidade e nossos criminosos.
É inacreditável como a história se repete, há 2300 anos os macedônios tentaram o mesmo estratagema e se deram mal. Os afegãos botaram a mão na grana e depois deram uma bela bola nas costas.
Não dá pra acreditar que os governos dessas potências ocidentais são tão ignorantes. Parece mais jogada de marketing do que coisa séria.
KeplerK em 29 jan, 2010 às 23:41
Será?