Brics estão longe da liderança global
Países ainda não estão prontos para liderar uma mudança, diz jornal. Publicação compara países a uma onça, um urso, um tigre e um panda.
Coloque uma onça, um urso, um tigre e um panda juntos e você poderá ter um bom espetáculo, mas não terá uma vida sossegada. Essa é a definição do jornal “Financial Times” para a situação dos Brics (Brasil, Rússia, Índia e China), na série especial preparada pelo jornal britânico sobre o grupo dos principais emergentes do mundo.
Na avaliação do FT, apesar do avanço econômico dos últimos anos, esses países ainda não estão prontos para liderar uma mudança do centro de poder global, principalmente em razão das fortes diferenças existentes entre eles.
“Uma década de crescimento rápido não é suficiente para os Brics pegarem o bastão da liderança econômica global dos Estados Unidos e da Europa Ocidental”, diz o FT. O grupo pode ter surpreendido o mundo com o seu progresso nos últimos dez anos, mas será preciso uma melhora qualitativa, assim como mais crescimento, para consolidar a mudança de poder, avalia a publicação.
Conforme o banco Goldman Sachs, que inventou o acrônimo Bric, a China deve se tornar a maior economia mundial antes de 2030. Atualmente, o grupo já tem a maior fatia do comércio.
Ascensão
O movimento é reconhecido pelos investidores: as ações dos Brics encerraram a década valendo mais que o dobro de 2005, diz o jornal. Há uma década, apenas um deles tinha grau de investimento, hoje todos têm. Há 12 anos, o calote da Rússia e a crise cambial brasileira balançavam o mundo, agora esses países acumulam vastas reservas.
O desempenho levanta questionamentos sobre uma mudança do centro de gravidade da economia e governança globais. “É este o centro de rotação como aconteceu na Segunda Guerra Mundial, quando os confiantes e inovadores Estados Unidos colocaram de lado as fracas e endividadas economias da Europa e refizeram a arquitetura financeira global?”, questiona o FT.
“A resposta mais provável é: ainda não.” Para o jornal, o grupo é tão desigual que qualquer generalização é problemática. Assim como uma boy band, os países podem ter sido escolhidos mais por suas diferenças do que similaridades, compara o FT.
Obstáculos
A China, membro dominante do grupo, ainda está baseada em um modelo econômico dependente da demanda externa. A Índia é conhecida pelo setor de software e serviços para negócios.
O Brasil, apesar de alguns fabricantes bem-sucedidos, permanece como um dos exportadores de produtos agrícolas mais eficientes. E a Rússia, após algumas tentativas de diversificação, continua essencialmente vendendo apenas petróleo e gás.
A falta de interesses comuns também impede uma política conjunta, apesar das reuniões dos Brics a partir de 2008, na tentativa de fechar posição sobre questões econômicas. Temas como política cambial, modelo econômico e comércio mostram divergências.
Um exemplo é o câmbio desvalorizado na China, que contraria os interesses do Brasil. “(Os Brics) devem reconhecer que, conforme ficam mais ricos e mais poderosos, se amontoar na bandeira de solidariedade de países em desenvolvimento não ajudará nem a eles nem à economia mundial”, afirma o editorial do FT, que também trata do tema.
FONTE: G1
“Coloque uma onça, um urso, um tigre e um panda juntos e você poderá ter um bom espetáculo, mas não terá uma vida sossegada”
PERFEITO! ABSOLUTAMENTE PERFEITO!
Ter-se-á apenas um espetáculo digno de Coliseu Romano, com todos os animais se despedaçando uns aos outros.
Sds.
É isso mesmo,não há nenhuma politica em comum entre estes paise a não ser negocios.
Olha a Onça! 😀
Tae..a onça pintada podia ser o novo simbolo do Brasil …melhor que a arara azul ….hehehehe
Sério… antes desses 4 se tornarem maiores que o G7, no mínimo umas duas décadas, de crescimento econômico ininterrupto(certo?), investimentos na infra-estrutura e redução dos problemas sócio-econômicos . Ae sim com esses problemas internos equacionados( eu nem diria resolvidos) . Poderíamos pensar em Cadeira no CS da ONU. 🙂
[]’s
Simplificando o maior problema dos BRICs.
1. falta de interajamento entre eles.
2. fica cada um para o seu lado “so esperando o milagre econômico” acontecer.
3. não fazem acordos comerciais.
Se os BRICs fizessem uma espécie de G4 entre eles, no futuro, quando ja forem muito mais desenvolvidos. Não ficaríamos tão dependente do G8 vulgo G20 do eixo americano.
Isso mostra que ainda os USA ficaram com o bastão na mão por muito tempo ainda na liderança global.
corrigindo:ficaram (ficarão)
Essa coisa de BRICS não existe. Pelo menos econômicamente o que existe ali é Índia e China, Rússia e Brasil possuem dados irrisóriamente expressivos nos dados desse grupo.
Mesmo com o potencial do Brasil como exportador de alimentos e recursos naturais e da Rússia como exportadora de derivados do petróleo, estes tem pouquissíma chance de se tornarem os “porretões” futuramente caso o atual quadro de desenvolvimento e investimento não mude, mesmo com o poder bélico da Rússia.
A quem interessar possa, o FT é o porta voz da política econômica ortodoxa. Da City trata o resto do mundo como se estivesse no século XIX. Não interessa ao carcomido Reino Unido a emergência de novos líderes, que não sejam seus amigos americanos. A China com o capital humano (ou sub), a Índia com os serviços, a Rússia com o petróleo e o Brasil com as comodities (agricultura e petróleo) estão com a faca e o queijo na mão. Desde Getúlio passando por JK; Costa e Silva, Médici e Geisel dos militares; um hiato entre Figueiredo e a época… Read more »
Marcus em 19 jan, 2010 às 18:00 Você se esquece de um ponto, a China. A China quer ser o volante do mundo nos próximos 35/40 anos. Ja está financiando projetos espaciais no Paraguai, bases na África e futuramente na Venezuela. A CHina certamente não quer crescer normalmente, do jeito normal. Ela penetra em todos os nichos de mercado mundiais. Compra empresas em todos os cantos do planeta (a Volvo já é deles), compram empresas americanas, eles querem o “knowhow” e o nicho de mercado. Se a China continuar assim, vai ser o único país a fabricar de TUDO, TUDO… Read more »
Fly Man em 19 jan, 2010 às 18:23
“…Meu medo no futuro é justamente a China mandando no mundo, se ela for desleal a concorrência, outros países terão que se fazer deste mesmo caminho, com assalariados ganhando cada vez menos e trabalhando cada vez mais…”
Achei interessante este teu raciocinio…dá medo! rsrsrsrs
Algum tempo atrás lí pelos cantos da internet que a Indonésia estaria em posição p/ desalojar a Russia, do simpático grupinho!!!
Então a sigla ficaria: BIIC ou B2IC.
Boa noite a todos.
Sou um “bot” habitual do blog.
Mas,nesse, eu “num guentei maize” !
Brasil “serão ” ?
Pelo amor de DEUS !
Será que não se ensina mais concordância verbal ?
É por isso que jornalista não precisa mais de diploma !
Um abraço a todos.
Brasil acima de tudo !
Desculpem, amigos, correção: é
Desculpem, de novo.
Dei “enter” antes.
É “Brasil estão” e não “serão”
Um abraço.
“Fly Man em 19 jan, 2010 às 18:23”
Profunda Reflexão…..Fly Man….Abraços………
Os problemas não se criam nem se resolvem só se transformam……….A luz não existe é uma ilusão de ótica…O Ser Mais Otimista Do Universo É O Demônio Por Achar-se Capaz De Tornar As Coisas Piores Do Que Já Estão!..A lua é um planeta similar à Terra só que mais morto…..
Viva cada dia como se fosse o último!Um dia você acerta!
Fly man,
A China saiu da redoma tarde demais, tinha condições de ser mais se não fosse o budismo/confucionismo.
Descobriu-se extemporaneamente imperialista e é certo que quer mais.
Só que está espremida entre Rússia e Índia. Problema deles.
O que mais preocupa é que estão comprando terras e plantando soja no Brasil para abastecer o mercado interno.
De resto, o mar é bravo, não é lisinho não.
É a “realpolitik”, sejamos práticos.
A CHINA INVENTOU O IMPERALISMO. (TIBET, CORÉIA, VIETNÂ, MONGÓLIA, FORMOSA, ÁSIA CENTRAL SÃO ÁREAS TRADICIONALMENTE AO ALCANCE DA SEDE IMPERIALISTA CHINESA. A HISTÓRIA ANTIGA, MEDIEVAL E MODERNA DEMONSTRAM. NÃO EXISTE A POSSIBILIDADE DOS PAÍSES QUE COMPÔEM O CHAMADO BRIC AGIREM EM CONJUNTO. (LÍNGUAS, RAÇAS, RELIGIÕES, DISTÂNCIA, ECONOMIA E CULTURAL DIFERENTES). É MAIS FÁCIL O BRAISL APROXIMAR DA ESPANHA, ITÁLIA E FRANÇA QUE O BRASIL APROXIMAR DESTES PAÍSES. A NOSSA ELITE NÃO SE IDENTIFICA COM OS VALORES DOS PAÍSES SUPRAMENCIONADOS… NINGUÉM VAI PARA A PORTA DO CONSULADO DA RÚSSIA PARA CONSEGUIR CIDADANIA RUSSA, NINGUÉM DA CLASSE MÉDIA PASSA FÉRIAS OU LUA… Read more »
QUEM NÃO SE LEMBRA DA EXPORTAÇÃO DE SERINGUEIRAS PARA A MALÁSIA … ACONTECEU E ACONTECERÁ O MESMO COM A EMBRAER…TODAS AS COMPANHIAS OCIDENTAIS QUE FABRICAM AVIÔES DE MÉDIO PORTE VÃO DESAPARECER NO ESPAÇO DE 20 ANOS. TEREMOS O NANQUIM-145, HARBIN-155 E WUHAN-165 TODO AVIÕES DE MÉDIO PORTE kkkkkkkkkkkkkkkkkkk
ESQUECI DE DIZER QUE CHINÊS COME CACHORRO………..ESTOU ZANGADO!!!!!!!!!!!!!!!!
“Brics estão longe da liderança global.”
Não sei se estão longe mas certamente estão indo pra lá. É só aguardar.
Como diz o velho ditado:
“O mais importante não é saber onde se está, mas para onde se vai.”
É pelo jeito, é Dilma na cabeça.
Off Topic:
Alguma informação sobre eventual aumento do contingente brasileiro no Haiti? Mesmo que nada de oficial tenha sido divulgado, não há alguma informação a respeito das disponibilidades das nossas FA’s? Fica como sugestão.
Caro Cometa e outros, peço que os colegas, se possível, deixem de usar caixa alta em todo o comentário, fica difícil de ler e polui visualmente o ambiente. Obrigado.
O FT é conservador demais.
Com um crescimento de PIB da ordem de 8,5% em 2009, o “panda” até o final do corrente ano deve ultrapassar o Japão, segundo colocado no ranking das maiores economias do planeta.
Sds.
cometa em 20 jan, 2010 às 0:06
NÃO CONHECE A TORTURA CHINESA. OS JAPONESES VÃO SABOREÁ-LA EM BREVE E PAGARÃO TODOS OS PECADOS DE GUERRA.
Disse tudo
Os japoneses pretendem se aproximar da China e fornecer produtos e servicos que os chineses nao tem capacidade de desenvolver ou copiar em curto prazo. As industrias japonesas ja estao se movimentando para outros paises da asia, o foco e o Vietnam, mao de obra barata e muito produtiva, para a proxima decada os japoneses pretendem investir pesado na Africa. Existe um estado no Japao em kyushu que conseguiu triplicar seu faturamento somente com exportacao de produtos petroquimicos para China principalmente os usados em construcao civil. Existe muitas oportunidades para o Brasil se beneficiar do crecimento da China que poderiam… Read more »