Número de militares brasileiros mortos em terremoto no Haiti sobe para 16
Mulher de tenente-coronel critica declarações de Jobim
O Comando do Exército do Brasil informou nesta segunda-feira que identificou o corpo do tenente-coronel Marcus Vinícius Macedo Cysneiros. Ele era um dos militares desaparecidos nas instalações a ONU no Haiti. Outos dois militares brasileiros ainda são considerados desaparecidos. Com isso, sobe para 18 o número de brasileiros mortos no terremoto em Porto Príncipe – 16 militares e 2 civis.
Cysneiros servia o Gabinete do Comandante do Exército e desempenhava funções de Observador Militar da Missão da ONU, a Minustah.
Depois de se manter calada após as declarações do ministro da Defesa, Nelson Jobim, que disse na sexta-feira que a palavra “desaparecido” funcionava como um “eufemismo” em relação à tragédia no Haiti, a esposa de um dos militares ainda não encontrados se manifestou publicamente e emitiu nota de repúdio à afirmação do brasileiro. Cely Zanin, mulher do coronel João Eliseu Souza Zanin, ainda tem esperança de rever o marido.
O comunicado de Cely foi divulgado antes da identificação do corpo de Cysneiros e depois de cinco pessoas serem resgatadas com vida dos escombros no domingo.
Intitulado “Repúdio à falta de respeito do ministro Jobim aos brasileiros”, o comunicado diz que “ninguém tem o direito de tirar a esperança do meu coração, dos meus filhos, da nossa família e de nossos amigos.
No Orkut, os filhos do coronel expressam a sua fé: “Pai, aguenta firme. Eu sei que você vai sobreviver”, diz o perfil de um dos adolescentes. Já a filha conta com o resgate possivelmente feito pelos colegas de Zanin: “Pai aguenta firme! Eles tão indo te buscar!! Seu anjinho tá com você!!! Aguenta!!!”
Em entrevista ao GLOBO na semana passada, Cely disse que não queria comentar as declarações de Jobim e afirmou que o Exército tem dado todo o apoio a sua família desde o desastre. Na última nota, a mulher do militar ressalta o trabalho do marido.
“A farda verde oliva do Exército Brasileiro é vestida por um homem íntegro, honesto, dedicado ao seu Exército amado – este é o meu marido, coronel João Eliseu Souza Zanin – que até hoje dedica sua vida ao nosso exército. Esta farda foi conquistada com muito suor, muita dedicação, muita garra e muito amor. A farda verde oliva do Exército não é para ser vestida por qualquer um. Ela foi feita para os homens verdadeiros e íntegros do nosso exército brasileiro.”
O coronel, que estava nas instalações da ONU que desabaram no momento do terremoto, chegara a Porto Príncipe na segunda-feira, 24 horas antes do tremor que devastou a capital.
FONTE: O Globo
Ela tem razão quanto a indelicadeza do Jobin, mas peca do mesmo jeito falando sobre farda do EB! eu já vesti, não sou militar, e tive orgulho de vestir, esta arrogância milica de alguns retrógrados, de que só um militar pode colocar um simples uniforme, tornam as coisas menos populares para promover o EB, nos USA pessoas comuns, civis, cidadãos, usam uniformes militares, muitas delas com respeito e em forma de homenagem! muitas delas gostariam de ser militares e não puderam! não importa o motivo! agora vamos ter de colocar os miltares num pedestal intocável, com sua farda “impossível”? por favor Senhora, respeito muito sua dor, mas menos! farda é farda! feliz foi seu marido que conseguiu! agora não se pode querer transformar um uniforme que simboliza algo maior em atestado de superioridade! não é por aí! já imaginou se os clubes de futebol só permitirem que as camisas sejam usadas apenas pelos jogadores? não é humano, não é inteligente! qualquer um pode diferenciar um militar de verdade daquele que não o é! e não é pela farda!
Eu acho bacana que o Jobin use uniforme sim! mostra a consideração que ele tem pelo meio militar! pior seria se ele se apresentasse lá no CIGS por exemplo, de terno e gravata! como queriam alguns!
Sds!
Discordo Chicão. Acho que a farda do EB é a segunda pele do guerreiro brasileiro e como tal deve ser respeitada e, arrisco-me a dizer, quase consagrada, não devendo ser banalizada. Uma coisa é vestir uma gandola, uma camiseta, fazer da calça uma bermuda, usar coturno ou um gorro. É bonito e a homenagem é válida.
Outra bem diferente é o Sr. Ministro dirigir-se ao Haiti e aparecer frente às câmeras do mundo todo de 4oA1 completo, com gandola de combate e tudo. ELE É UM CIVIL! Não é militar: não deveria se vestir como um. Não tem esse direito.
Mas pior: o sujeito ainda mandou fazer e usa uma porcaria de insígnia lixosa e ridícula do Min da Defesa. Como se ele fosse acima de qualquer General, coisa que ele não é, definitivamente, até porque “rei morto” e ele cai fora, enquanto os militares continuarão nos seus postos/graduações.
Ser militar é uma representação do ESTADO, não do governo de plantão.
Sds.
Apoiado, Felipe, acho que o outro colega foi um pouco infeliz nas suas idéias, mas devemos respeitá-lo mesmo assim. Quanto ao Jobim usar farda, é vergonha sim, mas vergonha para os que não o enquadraram na lei que versa sobre tentar se fazer passar por militar. Nosso ministro devia sim ir ao CIGS sem farda. Quanto a usar uma peça ou outra, tudo bem, não tem problema. Mas acho que maior homengame que se pode fazer a um militar, é respeitá-lo como lhe é de direito. Não por meio da coerç~~ao mas sim um respeito oriundo do respeito ao sentimento que impeliu o codadão comum a abrir mão das comodidades da vida civil, e abraçar a vida militar.
BRASIL ACIMA DE TUDO
Como assim amigos, usar uma peça pode? acho que tem coisa errada! banaliza se usar de forma errada! sem respeito… quanto ao Jobin, pensei que ele usava exatamente uma farda sem ensigneas… quanto ao respeito aos militares, deve-se ao fato do seu carater e não o que ele coloca em cima da pele! acho pouco inteligente este negócio de separar civil de militar desta forma! quando era jovem, fui fazer uma prova para a EEAR, e uma turma de monitores, milicos, adoravam “enquadrar” a turma, tipo esculachando os “civis”… e isso de certa forma vem de cima, pois se coibissem e ensinassem que este tipo de atitude é nesfasta e só prejudica, a caserna seria mais bacana e popular! frescura mesmo! mas que vem de cima também! esse negócio de “maxo” até de baixo de outro maxo, é comum de se ver em gente que não se garante, que precisa de subterfúgios… eu jogava, até pouco tempo, paintball, um dia estávamos montando um cenário e eu usei minha caminhonete para apoiar umas cordas, liguei o som e tava tocando um CD do Pink Floyd, o disco era o More, quem conhece sabe que tem tempestade e calmaria neste disco, mas tava tocando uma música calminha, bem “sensível” rsrsrsr, então um milico, acho que era cabo, que jogava conosco detonou o som, dizendo: “Tira esta música de viado aí…” este mesmo machão, tomava pau direto no campo!… além disso era todo metido, ficava no pedestal, e isso não é legal! o Marine por exemplo, tenho certeza, acolheria qualquer civil que se mostrasse admirado com sua profissão! não sei se me fiz entender… é mais ou menos assim, tu te apaixona pelo negócio e vem um de dentro e diz que tu não tem direito!… esta é a impressão que se passa!
Cara, ahahaha, Chicão, tu misturou tudo e eu confesso que num entendi picas nenhuma, rsrsrs… Mas tá valendo.
Brother, quem já passou pelo alistamento militar sabe o que é ser enquadrado por um monte de “engajados” imbecis, “3a baixa” lixoso, meia dúzia de cabos mocorongos e um ou outro sargento irresponsável. Cansei de tomar enquadrada em meu período de alistamento. Num ambiente extremamente competitivo (como é) isso é mais do que comum, e acontece em todos os exércitos do mundo, o tempo todo. Faz parte da psicologia do endurecimento do combatente, que não pode ser uma “moça” chorona: tem que ser um sujeito duro e marrento mesmo, competitivo e pronto pra brigar a todo o tempo: “o que vier nós traça”. Faz parte do “ser militar”, aqui, na Argentina, na China, no Vietnã e nos EUA broe. Tem gente que não gosta. Mas apenas quem passou por tudo isso entende o sentido da coisa. E garanto que depois de passar você dá é muita risada.
Mas isso não é a expressão da instituição.
No meu caso, o que aconteceu? Um ano e meio depois eu tinha uma estrela na gola e “mijava” em todos eles, sem dó nem piedade, rsrs. Faz parte, nada mudou no EB e “antiguidade é posto”.
Mas isso nada tem a ver com paisano usando fardamento completo de militar. Primeiro porque pode mesmo ser enquadrado no Código Penal Militar:
“Decreto-Lei 1.001/1969 (Código Penal Militar)
Uso indevido de uniforme, distintivo ou insígnia militar por qualquer pessoa:
Art. 172. Usar, indevidamente, uniforme, distintivo ou insígnia militar a que não tenha direito:
Pena – detenção, até seis meses.”
Segundo porque a intenção do Jobim ao usar a farda não é “homenagear” o EB ou ninguém, mas sim, conforme comprova a ilegal, inexistente e ridícula “insígnia” que ele usa, passar a impressão de que ele é superior a qualquer militar, o que não é verdade, eis que ele ocupa um cargo temporário.
Abraço.
Pessoal, a minha opinião sobre algumas ideias aqui manifestadas:(1) O Ministro da Defesa é um seuperior hierárquico dos Generais, assim como o Presidente da República. Ele é um Ministro de ESTADO, portanto, um representante do Estado. Os militares são servidores públicos federais “de carreira”, mas não significa que são mais “ligados” ao Estado brasileiro do que quem ocupa posições políticas. É o mesmo que um professor municipal não aceitar a superioridade hierárquica do Secretário de Educação ou do Prefeito, mantidas as proporções. (2) Quanto a usar uniforme, nem entro na polêmica pq acredito que é uma questão sem importância. Apenas concordo com o Francisco qdo ele destaca a prepotência de quem acha que militar é um ser sobre humano. Que basta vestir a farda para tornar-se magicamente em um ser honrado, corajoso, íntegro. Tem muito militar que comete crime. Isto é uma questão pessoal; não tem a ver com uma corporação. Generalizações partem de um pressuposto teórico e abstrato. (3) Ser militar é ser um SERVIDOR Público Federal. Devem servir à população e não aos seus interesses. Como servidores têm o DEVER de atuar de acordo com princípios como impessoalidade. Este dever implica em não realizar manifestações políticas, não ser sindicalizado, etc….e parece que tem muito militar indisciplinado neste sentido….estão toda hora dando pitaco em questões de EXCLUSIVIDADE dos civis. (4) Gostaria de ver, no Brasil, militares reformados ingressando na política pelos meios democráticos. Acredito que, formando um partido político, dariam grandes contribuições ao Brasil. Está faltando representatividade política a pensamentos como nacionalismo, defesa, princípios conservadores. Acho que este é o caminho para quem quer a volta dos militares ao poder. Seria um grande avanço. Alguém duvida que teriam grande número de votos e alcançariam algumas cadeiras no congresso e, com o tempo, a Presidência? Na minha opinião, este é o caminho. Não adianta criticar pq civis estão no poder, são ministros, decidem assuntos militares…..democracia é assim: os civis têm o poder e os militares são subordinados ao poder civil. Nos EUA, temos o exemplo de Eisenhower como presidente, e inúmeros congressistas. Entenderam pq o Lobby funciona lá? Pq será que o tema defesa é tratado com profissionalismo lá? PQ EXISTE REPRESENTATIVIDADE POLÍTICA CIVIL NO CONGRESSO?
Só para complementar: quanto à subordinação dos militares ao poder civil, não se trata de opinião pessoal e, sim, de determinação constitucional. E, se formos comparar com qq outro país democrático, todos eles têm como princípio a subordinação militar ao poder civil. O Chefe de Estado é o comandante supremo das FA’s. E o Chefe de Estado não pode ser militar “da ativa”, podendo ser um reformado (o que sigifica que é um civil). Em resumo, o militar não pode ser “da ativa”.
Constituição Federal
Art. 14. A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante:
§ 8º – O militar alistável é elegível, atendidas as seguintes condições:
I – se contar menos de dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade;
II – se contar mais de dez anos de serviço, será agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato da diplomação, para a inatividade.
Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República:
IX – decretar o estado de defesa e o estado de sítio;
X – decretar e executar a intervenção federal;
XIII – exercer o comando supremo das Forças Armadas, nomear os Comandantes da Marinha, do Exército e da Aeronáutica, promover seus oficiais-generais e nomeá-los para os cargos que lhes são privativos;
XVIII – convocar e presidir o Conselho da República e o Conselho de Defesa Nacional;
XIX – declarar guerra, no caso de agressão estrangeira, autorizado pelo Congresso Nacional ou referendado por ele, quando ocorrida no intervalo das sessões legislativas, e, nas mesmas condições, decretar, total ou parcialmente, a mobilização nacional;
XX – celebrar a paz, autorizado ou com o referendo do Congresso Nacional;
XXI – conferir condecorações e distinções honoríficas;
XXII – permitir, nos casos previstos em lei complementar, que forças estrangeiras transitem pelo território nacional ou nele permaneçam temporariamente;
Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa de qualquer destes, da lei e da ordem.
Quanto ao uso de uniforme, o ministro jobim é da reserva do exército e, portanto, pode usar o uniforme:
I – as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas inerentes, são conferidas pelo Presidente da República e asseguradas em plenitude aos oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes privativos os títulos e postos militares e, juntamente com os demais membros, o uso dos uniformes das Forças Armadas;
A insígnia de ministro da defesa não é militar, bem como o cargo de ministro da defesa não é patente, título ou posto militar. Ou seja, o ministro usa o uniforme regularmente (por ser da reserva). Sendo que a insígnia dele não é militar, não há nada de irregular.
Chicão.
Acho que a declaração dela foi mais para dar um “recado” ao N.Jobim e não a aqueles que como vc, eu, o F.CPS e muitos outros aqui vestiram com orgulho e honradêz a farda do EB e/ou da FAB e MB. Acho que foi isso.
Abração.
vazmarcoantonio em 19 jan, 2010 às 11:34
Nelson Jobim nunca foi militar da reserva. Nem ao menos, prestou serviço militar obrigatório.
Cana de 6 meses para ele.
vazmarcoantonio em 19 jan, 2010 às 11:14
Você esteve nas Forças Armadas pelo menos como soldado cumprindo o Serviço Militar Obrigatório?
Se não, não sabe o que é ENVERGAR UMA FARDA DE FORÇAS ARMADAS.
Te explico: Quem esteve nas Forças Armadas e serviu com seriedade, honradêz e espírito de corpo sabe o que estou dizendo. Lá se cria uma irmandade para o resto de nossas vidas. E é sério mesmo. Até hoje encontro com antigos companheiros de farda e nosso relacionamento com as FFAA’s sempre foi de total respeito. Até perdemos um companheiro em treinamento e mesmo assim continuamos a nossa manobra.
CONTINUAMOS NOSSA MANOBRA pois tínhamos um dever para com o país e isso é algo “Perfeitamente Normal no ofício do militar”.
Sei que poderá ser difícil para voce entender.
Más é isso.
Abraços.
Me desculpe a sinceridade, ok?
Soldier, é de se averiguar esta situação. Tem certeza que ele não é militar da reserva? Ele pode não ter servido (não tenho esta informação), mas aqueles que são “dispensados” ao se apresentarem para a prestação do serviço militar obrigatório recebem certificado de RESERVISTA……este é o ponto que precisaria ser averiguado com algum especialista no assunto. A condição jurídica de reservista é somente daqueles que serviram e foram para a reserva ou também daqueles que foram “dispensados” ao se apresentarem?
Soldier, respondendo ao seu segundo comentário: sem problemas cara. Mantendo o respeito a tua opinião é válida. Servi no 9º BIMtz. Conheço muitos militares que serviram comigo que não são e não foram nada disto que você fala. Obviamente não vou citar os nomes. Entendo o que dizes qdo falas em “um dever para com o país”. E eu penso que o melhor para o Brasil é ser uma democracia. Os militares, qdo eu servi, e eu, portanto, tínhamos o DEVER COM O PAÍS de LUTAR PELA DEMOCRACIA. Não sei qdo serviste, mas, se foi depois de 88, deverias ter este dever também. Na minha época, não havia ministério da defesa, mas o Presidente da República (FHC, na época) era o meu comandante-em-chefe e, se um general desse ordem expressamente contrária a ele, eu obedeceria ao meu comandante-em-chefe, pq fui um militar consciente do meu dver com o BRASIL, acima da corporação.
Apenas a título de curiosidade, algum outro Ministro da Defesa de algum país no mundo veste uniforme militar ?
vazmarcoantonio em 19 jan, 2010 às 13:18:
Caro amigo, acho que vc está confundindo as pessoas. Até onde sei quem serviu foi Tarso Genro que s.m.j. era 2o Ten R2 de Artilharia. Jamais ouvi falar de Nelson Jobim tendo servido.
Quanto a sua outra pergunta, o “reservista” que foi dispensado do SMO por excesso de contingente, pé-chato, hérnia, testemunha de Jeová, notória baitolagem, ou qualquer outro motivo, NÃO PODE USAR FARDAMENTO MILITAR, sob pena de incorrer no crime previsto no art. 172 do CPM.
Quem pode utilizar uniforme, distintivo ou insígnia militar é MILITAR! Quando se diz MILITAR, interprete-se a lei restritivamente como “militar do serviço ativo”. Não vale reservista, nem da reserva remunerada (reformados), nem da de segunda categoria.
Assim, um contra-almirante reformado não pode usar uniforme completo da MB, ainda que faça jus a ele. Um Coronel-Aviador reformado não pode utilizar uniforme da FAB. Eu sou 2o Ten R2 de Infantaria e não posso usar uniforme do EB (a não ser que seja convocado). Sequer os pracinhas que lutaram na SGM podem usar o atual uniforme do EB (poderiam usar o histórico, mas poucos o fazem – sinal de respeito?).
Então, o fato é: o Sr. Nelson Jobim, sendo paisano, CIVIL, NÃO PODE UTILIZAR UNIFORME MILITAR COMPLETO, MUITO MENOS INSÍGNIAS INEXISTENTES!
Por outro lado, ele não é nem jamais foi Oficial das Forças Armadas nos termos do art. 12, §3o, VI da CRFB/1988! Não prestou juramento algum ao assumir seu cargo. Apenas é superior hierárquico de qualquer militar enquanto investido do seu cargo, e enquanto em serviço, o que equivale a dizer: seu posto de Ministro da Defesa pode até ser superior, ele não é. É diferente de um militar, que será militar pro resto da vida, pois prestou um juramento para tanto e serviu efetivamente sua pátria.
Sds.
Guto em 19 jan, 2010 às 13:27
“Apenas a título de curiosidade, algum outro Ministro da Defesa de algum país no mundo veste uniforme militar ?”
MUITO BEM COLOCADO!
Nunca se ouviu falar de tamanho absurdo! Ministro da Defesa vestindo uniforme! É o fim da picada: não queriam o MD na mão de um civil? Ora, o paisano assume e… se traveste de militar! É fetiche ou é o fim da picada?!!!
Sds.
Felipe CPS!!!!
“Quanto a sua outra pergunta, o “reservista” que foi dispensado do SMO por excesso de contingente, pé-chato, hérnia, testemunha de Jeová, notória baitolagem, ou qualquer outro motivo, NÃO PODE USAR FARDAMENTO MILITAR, sob pena de incorrer no crime previsto no art. 172 do CPM.”
ahieuahiueahaieuahieuahieuahiweuahiruahuiehuiehauiehaieuahueiahueiaheuiahuei!!!
CAra!!! Você é HILÁRIO MEU VELHO!!! KKKKKKKKKKKK
E você tem razão quanto ao comentário acima!
vazmarcoantonio em 19 jan, 2010 às 13:25
Então meu velho sou 2o Ten R2 de Infantaria e servi no 17o Batalhão de Caçadores em 1986 assim como o Felipe CPS também é oficial da reserva.
Só te digo uma coisa: O Min.Jobim é reservista de 3a categoria, sem instrução militar. Reserva de 3a classe, enquanto que vc é de 1a ou 2a classe pq não sei qual é a sua QM.
Quanto à DEMOCRACIA, na minha sincera opinião se não fosse nossos militares, este país estaria exportando CHARUTOS e AÇUCAR, e andando em Chevolet’s dos anos 50/60.
Aquela “turminha” que “dizia querer democracia no país” NUNCA pediu a volta de “Jango” à presidência da República. NUNCA mesmo meu caro. Me mostre algum manifesto/documentos deles pedindo isso.
Não existe assim como nunca existiu países socialistas/comunistas que fossem democráticos de 1917 até 1990. NUNCA!
Grande abraço, Brasileiro!
Senhores, como oficial superior da ativa do EB, trago as seguintes considerações, sem qualquer juizo de valor sobre pessoas, autoridades ou idéias diferentes aqui apresentadas:
a) a connstituição federal de 1988 coloca o Presidente da República como o Cmt supremo das FFAA;
b) o Ministro da Defesa NÃO é elo na cadeia hierárquica pois não lhe foi dado pela constituição lugar na hierarquia equivalente ao caso do Presidente;
c) Nos EUA os uniformes de combate mais recentes são marcados com o símbolo da respectiva força misturado à camuflagem e são vendidos em armazens reembolsáveis. Existe projeto de se adotar “dotcamo” no Brasil e o mesmo não deve mais ser vendido em lojas de rua pois deve possuir as marcas acima referidas.
d) não existem restrições ao uso de peças de roupa camuflada no ordenamento jurídico pátrio, desde que sejam diferentes dos uniformes de uso regular das FFAA. Caso um civil queira se camuflar dos pés a cabeça como um Ranger americano, “no problem”.
O Cel Zanin era um militar de escol. Por trás de todo bom profissional existe uma grande mulher!
Saudações fraternais
PS: na última parte do post acima, como todos bem perceberam, faço SIM um juizo de valor.
Sobre um homem e uma mulher de VALOR!
Apesar de meio tardio este meu comentário (pois eh a primeira vez que acesso o site desde que postei), agradeço ao Felipe pelo esclarecimento qto à situação do min. Jobim. Também tenho a mesma dúvida, se foi por pé chato, hérnia ou outro motivo que ele foi dispensado….
E manifesto ao soldier que qdo eu disse que meu dever como militar foi lutar pela democracia, isto significa lutar contra qualquer grupo armado que atente contra ela, DESDE QUE SOB ORDEM DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA.
Com certeza, existem até hoje atentados contra a democracia e contra os direitos humanos. É só assistir a qualquer jornal e veremos policiais que torturam pessoas, presidiários ou em meras abordagens (o que não diferencia a tortura), assassinos que matam policiais militares a sangue frio (como aquela lamentável morte do policial carioca noticiada pela globo), pessoas que atiram contra predios do governo do rio e da prefeitura, organizações criminosas que sequestram, assaltam bancos, tomam bairros inteiros e impõem a sua soberania….isto tudo atenta contra a democracia e contra os direitos humanos…..mas ainda bem que não surgiu alguem querendo enquadrar estas organizações CRIMINOSAS como TERRORISTAS e justificar tortura e execuções contra eles. Ou mesmo querendo dizer que estes crimes são cometidos por terroristas. Pq imagina se algum general resolve mandar as “suas” tropas resolverem a situação em nome da defesa da democracia e dos direitos humanos? Isto é tarefa da POLÍCIA, exceto intervenções autorizadas pelo Presidente (GLO, etc..).
Relaxem guerreiros..
Também sou ofícial R2 de infantaria..
O problema do Jobim é o seguinte.. o sujeito não serviu, não sabe o que é o verde oliva.. portanto, tá realizando um SONHO de juventude não realizado….
Quantos amigos seus que não serviram ao EB um dia não lhes confessaram que se arrependeram por não ter servido ou se dizem frustados. Eu pelo menos tenho vários conhecidos nessa condição.
Deixa o “veinho” desfrutar o prazer.. Quem sabe algum velho general caridoso dá uma ordem unida nele dentro do gabinete pra ele se realizar…
kkk
abs.